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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, maio 04, 2024

    Flotilha para Gaza (4)

     

     


    THIAGO ÁVILA

    Primeiro dia em Istambul
    O corpo estava cansado da viagem, mas a vontade era tanta de conhecer as pessoas e começar o trabalho local de preparação pra a Flotilha da Liberdade que pulei da cama com o sol nascendo em Istambul.

    Fui conhecer a sede da organização Mavi Marmara, bastante dedicada à solidariedade com a causa Palestina. Na Flotilha da Liberdade em 2010, foi justamente o barco da Mavi Marmara o primeiro atacado por Israel.

    Naquela ocasião, da grande flotilha que navegava em direção a Gaza, vários barcos foram bloqueados no caminho e apenas seis conseguiram chegar mais próximos da zona marítima Palestina de Gaza.

    O que vinha na frente, o Mavi Marmara, foi atacado por helicópteros e lanchas rápidas repletas de soldados israelenses.

    Os relatos das pessoas que estavam nesse barco e nos outros é revoltante: o exército israelense atirava do alto dos helicópteros nas pessoas que estavam no convés do navio, enquanto das lanchas vinham os tiros que acertavam a cabeça de pessoas que iam para a grade tentar ver por onde o exército estava fazendo sua aproximação para tomar o barco.

    Naquela noite 10 pessoas foram assassinadas a sangue frio, algumas já rendidas quando o exército sionista havia tomado o barco.

    A tragédia de 2010 marcou muito todas as pessoas com quem converso aqui. Muitas das pessoas que zarparão com a gente na Flotilha rumo a Gaza também estavam ou possuem conhecidos que estavam em 2010.

    De lá para cá, uma dúzia de edições aprimorou as táticas, os protocolos de segurança e nunca mais houve um assassinato pelo exército israelense nas expedições, embora tenha havido ataques, prisões, torturas, deportações e a tomada dos barcos e itens de ajuda humanitária.

    É bonito ver pessoas que sobreviveram em 2010 e que estão tão dispostas quanto eu a ir nessa expedição. Compreendem que apesar do risco, é muito importante essa nossa ação e que não há risco maior nesse momento que o que o povo palestino está correndo em Gaza (e é neles que devemos nos inspirar).

    É muito bonito ver que aqui ninguém se vê como heróis ou heroínas. Não é um lugar de ego individual, mas sim de responsabilidade coletiva (e uma rotina imensa de trabalho de preparação).

    A nossa convicção política de que somos sujeitos e sujeitas ativas da história nos leva, necessariamente, à necessidade de organização para que se tenha mais gente (portanto, mais força). A tarefa de coletivizar para aumentar nosso potencial realizador nos ensina, ao longo da vida, a ter mais mentalidade servidora e atuar não em benefício próprio, mas por uma causa comum.

    Tive o prazer de enfim conhecer pessoalmente o Fellipe, o único outro brasileiro que está comigo nessa jornada. Ele tem também cidadania portuguesa e é residente na Irlanda, de onde se juntou à Flotilha para coordenar a imprensa internacional na expedição. É uma pessoa fantástica, daqueles irmãos de alma que inspiram.

    Quando não está na flotilha, Fillipe atua monitorando e ajudando no resgate de barcos de migrantes de África que afundam ou são atacados tentando chegar na Europa. O mesmo Mar Mediterrâneo onde ele faz esse trabalho humanitário tão importante e corajoso será agora nosso caminho inverso: da Europa para a Ásia Ocidental, onde fica a Palestina (e muita gente chama de Oriente Médio).


     

    O azul de qualquer maio



    ALVES

     

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    Edu Lobo - Canto Triste (Edu & Tom)



    Porque sempre foste a primavera em minha vida Volta para mim Desponta novamente no meu canto Eu te amo tanto mais Te quero tanto mais Há quanto tempo faz, partiste

    Talibã retoma apedrejamentos e açoites de mulheres

     

     Mulheres agora estão proibidas de frequentar a universidade no Afeganistão controlado pelo Talibã, onde foram constantemente privadas de suas liberdades no ano passado

    "— Vocês podem chamar de violação dos direitos das mulheres o fato de apedrejá-las ou açoitá-las publicamente por cometerem adultério, porque isso entra em conflito com seus princípios democráticos — afirmou Akhundzada, acrescentando: — [Mas] eu represento Alá, e vocês representam Satanás.  "

    leia mais>

    Talibã retoma apedrejamentos e açoites de mulheres, e organizações culpam ''silêncio internacional'' - Folha PE

    sexta-feira, maio 03, 2024

    3 cartoes postais

     




    Edith Piaf - Non, Je ne regrette rien



    Non, rien de rienNon, je ne regrette rienC'est payé, balayé, oubliéJe me fous du passé

    Diretas Já: do sonho à frustração

     

     

     A esperança e o fracasso da campanha das Diretas Já
    contado por quem esteve na linha de frente do movimento

    "1 8 C A R T A C A P I T A L . C O M . B R
    Do sonho à frustração
    MEMÓRIA A esperança e o fracasso da campanha das Diretas Já
    contado por quem esteve na linha de frente do movimento
    P O R FA B Í O L A M E N D O N Ç A
    Orelógio marcava 10h45 da
    noite de uma quarta-feira
    atípica, quando a Câmara
    dos Deputados deu início à
    votação de uma emenda, na
    qual os brasileiros depositavam o sonho
    de liberdade. O ano era 1984 e o dia, 25 de
    abril. A votação entrou pela madrugada.
    A Emenda Dante de Oliveira, que estabe-
    lecia eleições diretas para presidente da
    República, acabaria derrotada pela covar-
    dia de alguns parlamentares. Faltaram 22
    votos para os 320 necessários. “Quando
    a emenda não passou, eu me senti derro-
    tado”, afirma Walter Casagrande, ex-jo-
    gador e comentarista esportivo, à época
    um dos líderes do grupo que ficou conhe-
    cido como “Democracia Corintiana”.
    “Aquela foi uma das noites mais tristes da
    minha vida. Depois de uma campanha be-
    líssima, uma grande festa democrática
    pelo Brasil, perdemos por pouco. E isso só
    aconteceu porque deputados ligados aos
    militares fugiram do plenário e se escon-
    deram nos seus gabinetes para não dar
    quórum”, relembra o jornalista Ricardo
    Kotscho, que cobriu tanto a votação quan-
    to as caravanas País afora de apoio às Di-
    retas Já. Mais de 5 milhões de brasileiros
    saíram às ruas para lutar por um direito
    usurpado durante duas décadas. E que só
    viria a ser exercido cinco anos depois."

    LEIA REPORTAGEM DE FABIOLA MENDONÇA

     

    Björk - Saint



    I've seen her offer empathy to widowsShe attends funerals of strangersHer strongest memoryIs feeding children with leprosy


     

    Sem contar os gols



    LAERTE

     

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    Quanto custa uma tela de cinema?


     MARIO BAGG

    Coberto de Ouro - Aracy de Almeida (Waldemar Gomes e Afonso Teixeira) 1942



    Não quero mais saber,
    De quem me fez sofrer,
    Nem que venha coberto de ouro,
    Não há prazer,
    Quem me fez, me fez,
    E outra não me faz,
    Enquanto eu viver,
    Não te quero mais.

    Morre aos 77 anos o romancista americano Paul Auster, autor de 'The New York Trilogy'

     

     O escritor americano Paul Auster

     

     

     Escritor se notabilizou por suas obras situadas em uma Nova York povoada de personagens desorientados 

    "Mais importante do que o caso a ser resolvido é a relação dos personagens com a cidade em que vivem e a dificuldade de dar um sentido ao fluxo de fatos aleatórios produzidos pela grande cidade. Com sua corrente ininterrupta, seus cruzamentos de vidas e trajetórias inusitadas, Nova York é um personagem à parte em seus enredos. 
     
    — Eu sempre soube que Nova York é uma cidade múltipla, e há muitas maneiras de olhar para ela, há muitas Nova Yorks —disse ele ao GLOBO em uma entrevista de 2012. — Em “A trilogia de Nova York”, falo da cidade de indivíduos solitários, dos tipos perdidos na grande cidade. Depois, em obras como o filme "Cortina de fumaça" e o romance "Desvarios no Brooklyn", eu tratava do sentimento de vizinhança do nova-iorquino, eu conectava as pessoas. Foram dois extremos"

    leia obituário por
     

    O Almirante Negro


    CAU GOMEZ

     

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    student photographers’ best images of the campus protests

     


    woman’s face in distress viewed between legs of police

    "Nine photojournalists from across the US tell the stories behind their most powerful shots, as pro-Palestinian protesters face police crackdowns"

    ‘I was lying on the ground beside a wall of cops’: student photographers’ best images of the campus protests | US campus protests | The Guardian

    DUANE EDDY -"The Ballad Of Paladin" (1962)



    IN MEMORIAM DUANE EDDY

    Titãs - O Quê



    Que não é o que não pode ser que
    Não é o que não pode
    Ser que não é
    O que não pode ser que não
    É o que não
    Pode ser
    Que não
    É

    quinta-feira, maio 02, 2024

    3 imagens em São Cristovao




     

    CIÇA E O PATO

     

    de Ediel Ribeiro :
    Hoje, a talentosa jornalista, escritora e cartunista Ciça faz aniversário. Parabéns, Ciça!!! 

     


    CIÇA E O PATO
     

    Tivemos,  no passado, poucas cartunistas mulheres. Destacaram-se Hilde Weber e Nair de Teffé (Rian).

    Embora a profissão ainda seja predominantemente masculina, hoje, são várias: Chiquinha, Pryscila Vieira, Cynthia B, Rosa Araujo, Alexandra Moraes, Suelen Becker, Fani Loss, Liliana Ostrovski, entre outras.

    Das quadrinistas, sou fã da Ciça.

    Nos anos 70 e 80 quando o “Jornal do Brasil” publicava uma página inteira de HQ`s, eu corria para as bancas para ler “O Pato”, da Ciça.
    O Pato e outros bichos eram animais críticos e politizados que formavam o universo com a qual a cartunista conseguiu, por quase quatro décadas, driblar a censura.

    Ciça nunca desenhou pessoas, preferia patos, galinhas, formigas e outros bichos. “Acredito que os bichos me ajudaram a criticar o regime sem ser incomodada. Ao menos, nunca fui presa. Imagino que as autoridades da época provavelmente preferiam não admitir que estavam sendo representados por um pato, um ovo, um sapo, ou uma formiga” - diz.

    O Pato era o protagonista da tira. Contracenava com o ovo, o sapo, a pomba e o galo. Durante a ditadura militar, Ciça criou O Formigueiro, onde uma formiga, usando quepe militar, fazia duras críticas ao regime.

    A tira apareceu pela primeira vez no suplemento Cartum JS do "Jornal dos Sports", do Rio de Janeiro. Teve uma breve aparição na revista “Realidade” e logo em seguida começou a ser publicada diariamente na “Folha de São Paulo”, onde permaneceu por cerca de 20 anos.

    Em 1970, apareceria também na “Folha da Manhã”, “Correio da Manhã”, e “Jornal do Brasil”. A partir daí, foi publicada em vários jornais, no Brasil e no exterior.

    Cecilia Whitaker Vicente de Azevedo Alves Pinto, ou simplesmente Ciça, nasceu em São Paulo, no dia 2 de maio de 1939. Quando criança, adorava os gibis brasileiros como o "Tico Tico" e o "Almanaque do Globo Juvenil". Com os comics americanos - presente do pai - aprendeu a língua inglesa.

    "Luluzinha" era sua revista preferida. Ciça era fã da Marge - cartunista americana criadora da Luluzinha. Admirava também a sofisticação da Hilda Weber, cartunista brasileira de quem foi amiga.

    Entre as décadas de 50 e 80 morou no Rio de Janeiro onde em 1967, começou a publicar no “Jornal dos Sports”. Foi colaboradora do “O Pasquim” na primeira e na segunda fase do célebre hebdomadário.

    Nos primeiros anos das tirinhas, tudo era criado por ela: o texto, o rascunho (que fazia com lápis) e até a arte-final. Anos depois, por conta dos filhos e dos afazeres domésticos, o marido passou a fazer a arte-final.

    “Tínhamos grandes brigas quando ele modificava os meus desenhos a lápis, mas a parceria sempre foi boa. Hoje em dia é ele quem ilustra a maioria dos meus livros” - diz.

    Casada com o cartunista Zélio Alves Pinto, irmão do também cartunista Ziraldo, Ciça tem vinte e dois livros publicados, entre poesias, quadrinhos e livros infanto-juvenis. Em 2009, ganhou o 21º Troféu HQ Mix na categoria "Grande Mestre".

    Dos quadrinistas atuais, seus preferidos são: Angeli, Laerte, Adão Iturrusgarai, Ota e Luis Gê.

    Recentemente, lançou pela L&PM uma coletânea de tiras dos seus personagens o Pato, Filomena, Hilda, Hermes e Naná, entre outros.
    A cartunista disse uma vez: “Não sei se posso ser inspiração para alguma autora jovem, mas, se for, vou ficar bem contente!”

    Com certeza, é.

    FOLHA DE MINAS

    'A marujada brasileira sentia-se humilhada': Uma entrevista com o próprio João Cândido sobre a Revolta da Chibata

     

     João Candido, líder da Revolta da Chibata, aos 73 anos

     "Os marujos levaram algo em torno de dois anos para organizar o movimento. De acordo com o ex-marinheiro, imediatamente alçado à condição de almirante durante a revolta, toda a "marujada" sabia dos planos, e o sentimento contra a chibata era tão grande que não houve caso de delator.

    "Na época, muitos estavam aguardando em Londres a construção dos encouraçados Minas Geraes e São Paulo. Eram membros das guarnições que trariam os vasos de guerrear para o Brasil. Formamos, então, lá na Europa, os nossos comitês de conspiração. Onde havia um marujo brasileiro, havia um comitê de conspiração. O plano era aguardar a construção dos dois navios e com eles fazer eclodir a revolta","

    LEIA REPORTAGEM DE WILLIAM HELAL FILHO 

     

     

    Rio Grande de Chuvas



    FRAGA

     

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    farol da mesbla


     

    Liquid Paper

     
    MARIO BAGG

     

    Duane Eddy - Rebel-rouser (1958)


    in memoriam DUANE EDDY

    Choro pro Zé | Zé Nogueira e Nelson Faria (Guinga e Aldir Blanc)



    IN MEMORIAM ZE NOGUEIRA

    Why are US campuses facing an orgy of state repression in the ‘land of the free’?

     

     

    "The far right has portrayed universities as “hotbeds of terrorist sympathizers” and “wokeness” that threaten core “American values” like freedom of speech. In far-right propaganda, universities are the dystopian future of the whole country, where women, non-whites and LGBTQ+ people oppress “real Americans”, ie white, Christian conservatives. And their propaganda has paid off."

    read article by CAS MUDDE

    Why are US campuses facing an orgy of state repression in the ‘land of the free’? | Cas Mudde | The Guardian

    Senado X Planalto



    KLEBER

     

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    Why hasn’t the US called for an investigation into mass graves in Gaza? |

     

     


    "Did you know that the Palestinians are the very first people in the world to ethnically cleanse and mass murder themselves? I know it sounds weird, but – as American and Israeli politicians keep reminding us – these are “savages” that we are talking about here. Normal rules don’t apply, you’ve got to follow the Palestine Rules."
     
    read article by ARWA MAHDAWI

    Why hasn’t the US called for an investigation into mass graves in Gaza? | Arwa Mahdawi | The Guardian

    Escravidão Moderna



    QUINHO

     

    quarta-feira, maio 01, 2024

    O PRIMEIRO DE MAIO FOI UM FIASCO! VIVA O PRIMEIRO DE MAIO!

     

    GILBERTO MARINGONI
    1. A PRINCIPAL COMEMORAÇÃO do Primeiro de
    Maio no Brasil foi um fiasco completo, de público e de conduta política. A principal comemoração do Primeiro de Maio não poderia ser um fiasco, mas isso não acontece por acaso. Fiascos são pacientemente planejados e construídos. Logo, o fiasco na comemoração do principal ato de Primeiro de Maio não deve surpreender ninguém.
    2. O PÚBLICO NO ESTACIONAMENTO do Itaquerão foi magro, magérrimo. Com muita boa vontade pode-se dizer que havia ali 4 mil pessoas. O problema não foi falha "na convocação". O problema é perguntar o que levaria um trabalhador paulistano que rala a semana toda a sair de sua casa para ouvir passivamente um palavrório sem fim sob um sol saariano, sem que houvesse sequer um apelo político. "Venha comemorar o dia do trabalhador e da trabalhadora", vamos combinar, não anima ninguém.
    3. O FIASCO FICA MAIOR quando se sabe que no palco estaria o presidente Lula e o candidato favorito à disputa eleitoral da principal cidade do país.
    4. A INTERVENÇÃO de Lula - ruim - nos fornece pistas do que está errado. O presidente da República não fala de política, não fala de enfrentamento, não chama ninguém a se engajar para disputar mais verbas para o desenvolvimento, mais financiamentos para a industria e o emprego, não toca na chantagem que sofre por parte do centrão, do mercado e dos militares. Diz que tudo vai bem, que não há problemas, que o governo gerou xis milhões de empregos, entregou xis milhões de novas moradias, vai desonerar xis produtos, vai abrir xis institutos federais e que quem quiser saber mais que vá ao site ComunicaBR, feito pelo ministro Paulo Pimenta, que fica sabendo de tudo que o governo está fazendo pelo país. Números, números, feitos, feitos etc., etc. e muito mais.
    5. É UM POLÍTICO TRADICIONAL jogando confete em sua gestão, que é acompanhado por um jovem político tradicional, candidato à prefeitura da principal cidade do país a dizer que Lula é o melhor presidente que esse país já teve e a dizer que vai fazer isso e aquilo, numa espécie de prestação de contas antecipada. Parece fazer cosplay do antigo político tradicional, até na modulação de voz.
    6. O FIASCO DO PRIMEIRO DE MAIO não é a expressão da falta de uma palavra de ordem num panfleto, mas a resultante de um governo que - tirando o ajuste fiscal - não parece ter projeto ou rumo claro.
    7. ESPERO QUE O PETISMO mais exaltado pare de comemorar o fato de Bolsonaro ter fracassado ao colocar apenas 32 mil pessoas em seu último ato em Copacabana, em 21 de abril, e busque examinar políticamente o que acontece quando se abre mão de enfrentamentos, como marcar o golpe de 1964 ou a Revolta da Chibata diante do golpismo militar, de se desmontar o austericídio, como avalia o próprio PT, quando se entrega sem resistências pedaços do Estado à extrema-direita na mão grande.
    8. UMA ÚLTIMA RESSALVA: este não é um governo de conciliação. Grandes ganhos foram conquistados pelos trabalhadores com políticas de conciliação. Ela ocorre quando um lado propõe algo, outro propõe coisa distinta e a resultante é um meio termo capaz de contantar a todos. O que temos não é isso. O que temos é um governo que abdica de colocar suas propostas na mesa contra os inimigos. Em outras palavras, trata-se de uma conduta que quase sempre leva à rendição sem luta.
    NA FOTO, o palco e o público do Itaquerão, no momento em que Lula discursava


    New York demonstrations spread after mass arrests -

     Nearly 1,000 protesters flocked to Foley Square to rally.

     

    "The scenes unfolding across New York City sent an unequivocal message: From publicly run colleges to elite universities, demonstrations in support of Palestinians would not be subdued by mass arrests."

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    New York demonstrations spread after mass arrests - POLITICO


     

    Dia do Trabalho

    AMORIM
     


    GILMAR 
     

     
     
    NANDO MOTTA & cHICO ALENCAR 
     

     

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    Son of the Velvet Rat - Beautiful Day (ft. Jolie Holland)



    Beautiful day floating on a summer breezeAbove the trampolineThere's the jingle jangle of the carousel& a line for the time machine

    Hedy Lamarr

     



    MARIO BAGG 



    Neil Young - See The Sky About To Rain



    See the sky about to rain
    Broken clouds and rain
    Locomotive, pull the train
    Whistle blowing through my brain
    Signals curling on an open plain
    Rolling down the track again
    See the sky about to rain

    Brazil, What Now? A Thread in the Labyrinth

     A drawing of a person's face with a flowerDescription automatically generated

     

     
     
     
     
     
     
     
     
    "The murders of Marielle Franco and Anderson Gomes were a crude mechanism for protecting illegal real-estate and other criminal interests of milícias and their political allies. If Bolsonaro’s government “became an instrument of crime”, then the highest levels of political and economic power are at the heart of the labyrinth concealing the secrets of the murders of Marielle Franco and Anderson Gomes. The thread of truth and justice will need to be very strong if this monster is to be removed from its lair."
     
    read analysis by Jean Wyllys & Julie Wark

    Brazil, What Now? A Thread in the Labyrinth - CounterPunch.org

    Leonam foi um dos inventores de Ipanema

     Morre o jornalista Carlos Leonam, aos 84 anos, no Rio de Janeiro

     
    JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS

    Carlos Leonam, o jornalista morto semana passada, foi um dos inventores da Ipanema mítica dos anos 60, criador do ritual de aplaudir o pôr do sol e redator primeiro da expressão “esquerda festiva”. Um carioca genial. Ele gostaria, no entanto, tenho certeza, que, ao se escrever o parágrafo de abertura do seu extenso currículo, o autor do texto desprezasse essas glórias públicas. Lembrasse de um mérito particularmente mais sublime — a noite fria em que foi a um restaurante do bairro com a mulher mais bonita do mundo naquele momento, agosto de 1965, a atriz italiana Claudia Cardinale.

    Ela viera ao Rio filmar “Uma rosa para todos”, e Leonam, um homem bonito, enturmado, repórter da Tribuna da Imprensa, logo estava com a atriz embarcada no seu fusca azul. Se houve ou se não houve alguma coisa a mais entre eles dois, ninguém pode até hoje explicar. Cavalheiro, Leonam desconversava. Contava apenas, e já bastava para molhar o babador dos machos ao redor, que naquela noite, ao se aproximar do restaurante e ver os paparazzi à espera, Cardinale combinou:

    “Quando a gente sair do carro, você bota a mão no meu ombro, e vamos matar teus amigos de inveja.”

    No Jornal do Brasil, entre 1967 e 1968, Leonam escreveu a coluna “Carioca quase sempre”, uma coleção fundamental para quem quiser saber dos anos dourados da boemia intelectual de Ipanema.

    A performance do elefante no lançamento de um livro no bar Varanda da Nossa Senhora da Paz, a origem da palavra fossa como sinônimo de depressão, a modernidade da modelo Duda Cavalcanti e o coelho do Jangadeiro, que o cartunista Jaguar achava ser o início de um delirium tremens, mas era um coelho mesmo, criado entre as mesas pelo dono do bar — a tudo isso Leonam deu testemunho e, com texto fino, numa bossa editorial que antecipava o Pasquim, publicou no jornal.

    Era um embaixador da república ipanemenha. Elegante, conheceu os jovens Mick Jagger e Marianne Faithfull numa roda de boa conversa, como diziam os colunistas da época, no apartamento de Fernando Sabino — e, dado o match, levou o casal para esticar no Antonio’s. Explicou ser a versão carioca do Chelsea Potter, o pub badalado da King’s Road, mas sem dar detalhes das extravagâncias locais. No bar, um bêbado logo se invocou com o estilo hippie do roqueiro e, aos gritos de “tinha pra homem onde você comprou?”, fez um barata-voa com o chapelão dele.

    “No futuro você vai usar um”, gracejou Jagger, sempre zen, e recebeu de volta com o chapéu as desculpas do fotógrafo David Zingg, “I apologize for Rio”, que bebia na mesa ao lado com Zózimo Barrozo do Amaral. Na coluna, parodiando a recém lançada gíria do “falou e disse”, Leonam escreveu: “Mick spoke and said”.

    Ele foi um historiador dos bares, das barracas de intelectuais no Posto 9, e foi também quem sugeriu ao prefeito Júlio Coutinho a troca do nome da Montenegro para Vinicius de Moraes. Antes que eu tenha ideia parecida, de dar ao jornalista a placa de alguma rua do bairro que ele ajudou a lançar para a mitologia dos paraísos internacionais, é melhor ficar por aqui. Deixar apenas este abraço do Joaquim no Manoel (Leonam ao contrário) e a eterna invejinha branca pelo que houve ou que não houve com a Cardinale.

    GLOBO

    Vou passar o feriado maratonando Paul Auster

     

     



    LILIA SCHWARCZ

     Conheci o escritor Paul Auster quando ele veio à Flip. Lindo, com um jeito sempre irônico de falar, rosto de galã de filme francês, um cigarro na boca, uma risada rouca e forte, ele era sempre o centro das atrações em qualquer roda que se formasse.

    A essas alturas eu já havia lido seu maravilhoso “A noite do oráculo”. O livro tem algo de biográfico, sendo seu próprio filho um personagem dramático da obra. Cheia de suspenses e ambiguidades, com um estilo direto e quase seco, a literatura de Austen é toda feita de imprevistos, fracassos e desastres também. O livro mexeu comigo.

    Pois, mesmo sabendo que andava doente, não consigo acreditar que acaba de falecer Paul Benjamin Auster. Ele tinha 77 anos e sofria com um câncer no pulmão. Li também “O Livro das Ilusões” e “A Música do Acaso”. Escreveu a trilogia de NY que se completava com os livros: “Quarto escuro”, “Cidade de vidro”, “Fantasmas” Você nunca mais passará pela cidade de Ny da mesma maneira depois de ler Auster.

    Paul Auster era também exímio tradutor. Em 1970 ele pede licença na Universidade de Columbia e vive durante quatro anos na França. A sua proximidade com a literatura francesa ficaria marcada para sempre. Foi confesso admirador de André Breton, Paul Éluard, Stéphane Mallarmé, Sartre e Blanchot, alguns dos quais traduziu para a língua inglesa.

    Costumava aconselhar jovens escritores a traduzir poesia para entendessem melhor o sentido profundo das palavras. Além destes autores, Paul Auster citava ainda como suas grandes influências: Dostoiévski, Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald, Faulkner, Kafka, Hölderlin, Samuel Beckett e Marcel Proust.

    Vivia no Brooklyn, Nova Iorque, com a sua mulher, (a excelente escritora e crítica de arte) Siri Hustvedt. Um autor como ele fica na história, junto com seus livros e traduções que nunca foram mais atuais. Vejo Auster em cada um dos parágrafos, em cada quebra de sentença, em cada situação que cria. Muita pena nos deixar assim cedo. Corre pra ler! Quero passar o feriado relendo e maratonando Paul Auster.

    Proletários de toda parte: uni-vos!



    LAERTE

     

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    Zé Nogueira - CHORINHO PRA VOCÊ - Severino Araújo (1995)


    in memoriam ZE NOGUEIRA

    47 of the most haunting photos from history

    "History is more than just innovations and triumphs. In truth, much of it involves numerous instances of brutality, warfare, and other unsettling, regrettable realities.

    Take a look below at some of the most haunting moments from history

    47 of the most haunting photos from history

     

    terça-feira, abril 30, 2024

    Flotilha para Gaza (3)

     

     

     THIAGO ÁVILA

    Embarco entendendo que sou uma das pessoas entrando do outro lado dessa cadeia da indústria da guerra. Que nossa jornada para chegar em Gaza com medicamentos e alimentos que combatam a fome gritante nos colocava potencialmente junto com o povo palestino na mira dessas balas e dessas bombas.

    Eu tenho total ciência de que os governos de Estados Unidos e Israel farão de tudo para impedir que a Flotilha da Liberdade alcance Gaza e rompa o bloqueio. Eu e todas as mais de mil pessoas entendemos que os riscos são enormes, mas também entendemos que deve ser feito.

    Depois de fazer tudo que estava ao meu alcance do Brasil, do Egito e mobilizando tudo que pude nas redes, nas ruas, no parlamento, nos veículos de comunicação, representar o Brasil na ação direta não-violenta mais importante da nossa geração me parecia exatamente o que eu deveria fazer.

    No último trecho de vôo, pois após Istambul seguiremos de barco, minha cabeça pensava nas várias ações não-violentas que foram impactantes na história. Na corajosa luta de Gandhi durante a independência da Índia, na inspiradora mobilização de Martin Luther King Jr. e o movimento negro na luta por direitos civis nos Estados Unidos (inclusive com “caravanas da liberdade”, que também desafiavam um regime de segregação indo em ônibus para lá).

    Lembrava das outras edições da Flotilha da Liberdade, que também tentaram romper o cerco a Gaza com barcos com ajuda humanitária e foram atacados por Israel (que em 2010 inclusive matou 10 ativistas durante a tomada de um dos barcos).

    Sobretudo, lembrava das ações de extrema coragem do povo palestino, como as Grandes Marchas do Retorno, as greves de fome nos porões das prisões israelenses, entre tantas outras ações não-violentas que o mundo ignorou.

    A verdade é que o povo palestino luta há décadas com uma grande diversidade de táticas, grita de todas as formas possíveis e imagináveis, mas o mundo só prestou atenção (antes de outubro) nas vezes que os palestinos reagiam, então a grande imprensa utilizava essa reação para tirá-la de contexto e culpar os próprios palestinos por sua situação.

    Desembarquei em Istambul me mantendo totalmente convencido do grande propósito por trás dessa ação de solidariedade e do papel histórico-politico dessa ação direta não-violenta para aumentar a pressão sobre Israel para parar o genocídio e diminuir a fome de milhares de palestinos em Gaza.

    É madrugada aqui, então me resta encontrar o meu alojamento, dar notícias ao grupo mais próximo de assistência no Brasil, me atualizar sobre como está minha companheira Lara, milha filhota Teresa, minha mãe (também Teresa), descansar e me preparar para encontrar amanhã todas as delegações internacionais nos últimos preparativos antes de zarparmos para Gaza.

    É curiosa a sensação de fazer um diário de viagem novamente após tantos anos. As últimas vezes que fiz foram quando estive em Cuba, nos territórios zapatistas em Chiapas, no México, e nas missões de solidariedade aos povos Guarani-Kaiowá, todas há mais de 10 anos.

    Desde então realizei diversas ações de solidariedade internacionalista, mas não documentava diariamente as ações e pensamentos. Espero que tenha utilidade e agregue algo para quem lê

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    No front da Ucrânia, frustração silencia esperança na vitória contra a Rússia

     

     Monya (nome de guerra) de 43 anos, passou os últimos dois anos na linha de frente e teve apenas uma folga

     

     "Monya deixou o coração em Adviivka, mas escapou vivo. Naquela tarde fria em Pokrovsk, estava indo para casa, no centro da Ucrânia. Desde que a invasão russa começara, em fevereiro de 2022, teve o direito de ver a família por apenas dez dias. Agora, uma vez mais, voltaria a ver a mulher, a mãe e os dois filhos por outra semana e meia. Quando as lágrimas secaram, perguntei a Monya se não estava cansado após tanto tempo no front. Ele se calou."

     

    LEIA REPORTAGEM DE YAN BOECHAT 

    segunda-feira, abril 29, 2024

     


    O PREFÁCIO DO ZIRALDO - PARTE VI

     

     

    EDIEL RIBEIRO

     Ontem, estive no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, no centro do Rio, onde o jornalista Francisco Ucha relançou o seu livro “Ziraldo - Memórias”. 

    Ganhei um exemplar, autografado pelo Ucha.

    O livro me surpreendeu. Além da longa entrevista concedida ao “Jornal da ABI”, em 2012, a obra apresenta prefácios, e depoimentos de velhos amigos do Ziraldo, como Ricky Goodwin, Zuenir Ventura, Chico Anysio, Jaguar e Millôr Fernandes.

    A seguir, um texto-apresentação, escrito em 2017, pelo Jaguar para o “Jornal da Tarde”, de Salvador (BA), sob o título “Ziraldo Day”:

    “Se você digitar no Google “fatos históricos do dia 24 de outubro”, ficará sabendo o principal acontecimento da data em cada ano. Por exemplo: em 1917 foi o começo da revolução russa. Em 1929, o crack da Bolsa de Nova York levou o país à pior depressão econômica  da história dos EUA. Em 1933 foi fundada Goiânia e, em 1945, a ONU. E, no dia 24 de outubro de 1932, em Caratinga (MG), nasce o cartunista, muralista, pintor, cartazista, logotipista, cenógrafo, escritor e teatrólogo Ziraldo Alves Pinto.

    Desde o século treze, no dia 4 de abril de 1421, quando nasceu o múltiplo Leonardo da Vinci, não acontecia algo semelhante. Ninguém, nem o Leonardo é perfeito. Foi em 24 de outubro (a partir de agora o Ziraldo´s Day).

    Facebook  / Reprodução - 

    Ziraldo sempre me deixou de queixo caído pela capacidade de trabalhar noite adentro. Ele mesmo nos comparava à cigarra e à formiga, o sagaz leitor já deve ter adivinhado quem era a cigarra. Ele só parava quando o sol raiava, justamente quando eu chegava de porre em casa e me jogava na cama, sem forças nem para tirar os sapatos.

    E também ficava embasbacado com a incrível habilidade dele de desenhista, a firmeza do traço. Com a rapidez de um golpe de florete, é capaz de desenhar um círculo perfeito, algo que às vezes não consigo fazer nem com um compasso.

    Ziraldo já deveria ter assento na Academia Brasileira de Letras, há muito tempo, pelo conjunto da obra. Traduzido em quase uma centena de idiomas, Flicts, de 1969, primeiro livro é - como O Pequeno Príncipe, de Exupéry - uma obra prima. Quando os primeiros astronautas visitaram o Brasil, foram presenteados pela Embaixada Americana com exemplares de Flicts.

    Outra coisa, a partir de 24 de outubro teremos, até o final de fevereiro, a mesma idade: 85 anos. Já em março voltarei a ser, como disse Ziraldo em uma entrevista, “muito mais velho que ele”. 

    E é claro que ele está no Livro dos Recordes como o artista que mais produziu cartazes do mesmo evento. Convidado pelo amigo Dom Helder Câmara, em 1961, já fez 57 cartazes para a Feira da Providência.

    Como cartunista , tem coisas antológicas, como o Super Homem sentado no vaso sanitário e a do sujeito com uma faca fincada nas costas dizendo “só dói quando eu rio”. Como caricaturista, nunca se dava por vencido; levou uma semana para conseguir fazer a caricatura de Célia, minha mulher. Mas acabou ficando sensacional. Eu, por mais que tentasse, nunca consegui.

    Com a minha caneca cheia de cerveja sem álcool - levanto um brinde pelos 85 anos do Ziraldo, o - segundo ele - “irrebrochável”.

    FOLHA DE MINAS 

     

    Um Som no Ar [Dichterliebe, x] _ Lívia Nestrovski e Arthur Nestrovski



    Ouço cantar canções
    Que um dia você cantou
    Ouço no som do ar
    Metade de quem eu sou

    Saudade me leva longe
    Me leva pra beira-mar
    E as lágrimas vão caindo
    Caindo por onde eu vou

    ZE NOGUEIRA


     

    Na altura dos pássaros



    ALVES

     

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    Quando menos é mesmo menos



    MARIO BAGG

     

    Metá Metá - Man Feriman



    Olóomi ayé ferimanỌmọn fẹẹ ṣ'oròodò

    Onda de calor

    MIGUEL PAIVA
     

     
     

     

     

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