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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, abril 27, 2024

    ZE NOGUEIRA (e Ana Pinta)


     

    Cadeira Elétrica

     



    MARIO BAGG

    R. Crumb And His Cheap Suit Serenaders - Mysterious Mose



    There's a man of mystery that's roaming through the land
    Far and near you hear of him; he's found on every hand

    Em cruzada contra Ziraldo, ditadura perseguiu até Jeremias, o Bom

     Ziraldo Alves Pinto, pai do Menino Maluquinho, em foto de 1983

     

    Cartunista amargou três prisões e perdeu cinco empregos por pressão militar

    Por Bernardo Mello Franco

    Em maio de 1974, o presidente da Caixa Econômica enviou uma carta ao ministro da Justiça. Queria ouvi-lo sobre as “implicações político-ideológicas” de renovar um contrato de publicidade da Loteria Federal. A campanha era estrelada por um famoso personagem de quadrinhos: Jeremias, o Bom. O que preocupava era o criador do desenho: o cartunista Ziraldo, persona non grata para a ditadura militar.

    A correspondência de Karlos Rischbieter deu origem a um processo sigiloso, que passou a perambular pela burocracia do regime. Consultada, a Divisão de Segurança e Informações sustentou que o artista gráfico seria ligado a “atividades subversivas”. Apoiou o movimento estudantil, foi fichado como comunista e publicou um desenho que intrigou o tenente-coronel aviador Juarez de Deus Gomes da Silva.

    O cartum mostrava o encontro de duas letras sigma, símbolo do integralismo. Elas se enroscavam até formar uma suástica, emblema do nazismo. “O nominado fez publicar vários signos (sic), fazendo crer que tentava estabelecer uma comparação entre regimes de duas épocas”, anotou o chefe da GSI. “Suas charges e manifestações públicas seguem normalmente uma linha contestatória ao regime, segundo os interesses da propaganda adversa”, concluiu o oficial da Aeronáutica.

    O dossiê seguiu para a Polícia Federal, que acrescentou mais notas ao prontuário de Ziraldo. Em tom de reprovação, o delegado Sérgio Maciel Valim informou que ele assinou um manifesto contra a prisão de intelectuais, os famosos Oito do Glória, e ajudou a organizar a Passeata dos Cem Mil. “Muitos de seus desenhos satirizam atuações governamentais”, acrescentou.

    O doutor ainda pôs em xeque o insuspeito Jeremias — uma figura dócil e resignada, incapaz de fazer mal a uma mosca. “Segundo análise de um OI (oficial de inteligência), o personagem Jeremias, quando apresenta um anúncio da CEF, aparece com o rosto cheio de traços, simbolizando sentimento de vergonha”, assinalou o diretor da PF.

    O papelório passou por seis repartições até pousar na mesa do ministro da Justiça. Depois de 24 dias, Armando Falcão deu o veredicto ao presidente da Caixa: “Confirmo a Vossa Senhoria a inconveniência da renovação do contrato com o humorista Ziraldo Alves Pinto”. Era o fim da carreira de Jeremias como garoto-propaganda de loteria.

    O processo é uma pequena amostra da perseguição a Ziraldo na ditadura. O cartunista foi preso três vezes sem direito a julgamento. Conheceu as celas do Forte de Copacabana, do Dops, da Vila Militar e do Regimento Caetano de Faria, atual sede do Batalhão de Choque da PM. Perdeu ao menos cinco empregos por pressão política, sem contar a censura e a asfixia econômica ao Pasquim.

    Em 2008, a Comissão de Anistia considerou que ele merecia um pedido oficial de desculpas e uma reparação financeira. O julgamento rendeu a Ziraldo uma pensão mensal de R$ 4,3 mil, uma indenização de R$ 1 milhão e uma saraivada de críticas por aceitar receber dinheiro público. Curiosamente, o imbróglio com a Caixa não é citado nos autos. O dossiê foi microfilmado e pode ser lido no Arquivo Nacional.

     
    GLOBO 
     

     

    Desvia o foco



    QUINHO

     

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    ZE NOGUEIRA


     

    Esta obscenidade nao deveria estar aí



    GALVÃO

     

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    Djavan | Faltando Um Pedaço



    IN MEMORIAM ZE NOGUEIRA 

    Inteligencia artificial no combate à dengue

     



    AMORIM

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    Flotilha para Gaza (1)

     

    Thiago Ávila será o representante do Brasil na expedição até Gaza; ele escreverá um diário no ICL Notícias durante a viagem

    Thiago Ávila será o representante do Brasil na expedição até Gaza.; ele escreverá um diário no ICL Notícias durante a viagem

    Uma coalizão de organizações e ativistas de mais de 30 países, a Flotilha da Liberdade, que há 14 anos realiza expedições marítimas com ajuda humanitária, partirá de Istambul com o objetivo de desafiar o bloqueio israelense na Faixa de Gaza e levar 5 toneladas de alimentos e remédios ao povo palestino.

    “Todas as mais de mil pessoas que estão aqui têm a sorte de participar de algo que entrará para a história, mas elas não estão sozinhas. É sabendo que milhões de pessoas estão em coração com a gente que me comprometi a fazer um diário de toda a jornada. Uma alegria que foi abraçada pelo ICL, um dos veículos mais dedicados desde o início a cobrir e denunciar a catástrofe que está ocorrendo contra o povo palestino em Gaza”, afirma Thiago Ávila, profissional de Relações Internacionais que irá representar o Brasil.

    Israel mantém Gaza sob ocupação militar desde 1967 e sob cerco total desde 2007. Isso significa que qualquer criança de 0 a 17 anos (a maioria da população de Gaza está nessa faixa etária) nunca viveu um dia em liberdade.

    As restrições impostas por Israel mesmo antes de outubro de 2023 impediam a entrada de itens essenciais como equipamentos médicos, alimentos (que ultrapassasse um cruel cálculo de calorias para cada pessoa, mas ainda mantendo a insegurança alimentar), materiais escolares e até itens como vestidos de noiva, chocolates e óculos de mergulho.

    “A fome está sendo utilizada por Israel como uma arma de guerra. Na história recente, a situação que o povo de Gaza enfrenta só é comparável à situação que duas regiões da Somália passaram em 2011 e em partes do Sudão do Sul em 2017, com a diferença de que em Gaza hoje toda a população está sendo submetida a esse crime contra a humanidade”, afirma Thiago Ávila.

    As restrições, que já faziam organizações denunciarem Israel por transformar Gaza na “maior prisão sem teto do mundo” pioraram muito após outubro de 2023, quando o ministro da Defesa, Yoav Gallant, declarou que os palestinos em Gaza ficariam sem água, sem comida, medicamentos ou eletricidade como punição coletiva após os ataques de 7 de outubro.

    “Nós estamos enfrentando animais humanos e agiremos de acordo”, afirmou o ministro quando fechou totalmente as passagens para ajuda humanitária de Israel, além do cerco marítimo e aéreo e o controle que detém sobre a fronteira de Rafah, que separa o Egito do sul de Gaza.

    “Antes da intensificação do cerco, 500 caminhões entravam diariamente em Gaza com ajuda humanitária e já existia insegurança alimentar. Há quase 200 dias Israel restringiu a entrada para 0 a 200 caminhões diários, sendo a média dos últimos dias de 181 caminhões. O que já era um campo de concentração, se tornou um campo de extermínio, com mais de 34 mil pessoas assassinadas, entre elas mais de 14 mil crianças, e com a fome se tornando um risco de morte ainda maior que as bombas de Israel”, afirma Ávila.

    Diante da intransigência de Israel, alguns países começaram a realizar entregas aéreas, porém com alcance limitado. Esse método é mais caro, perigoso (pessoas já morreram esmagadas ou afogadas, quando caem no mar) e serve mais para manobras de relações públicas de governos que querem aparecer como solidários à catástrofe humanitária palestina.

    Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, por exemplo, principal aliado estratégico de Israel e maior fornecedor de armas, segue enviando bilhões de dólares em ajuda militar incondicional, mas faz entregas aéreas de comida para diminuir o impacto sobre a opinião pública estadunidense em período eleitoral.

    “Quando os governos falham, as pessoas comuns precisam dar um passo à frente. A Flotilha da Liberdade denuncia a inação dos governos e organismos internacionais para deter o genocídio. O que essas mais de mil pessoas estão fazendo colocando suas vidas em risco era papel dos governos e organismos multilaterais internacionais. Mas, se os governos não fazem, as pessoas comuns terão que deter o genocídio contra o povo palestino através de seus próprios meios”, aponta Ávila.

    Ele afirma que os ativistas da Flotilha estão colocando suas vidas em risco “para cumprir uma decisão da maior instância jurídica mundial, que Israel ignora para manter o genocídio e os governos do mundo não fazem o suficiente para impedir.

    Quem tem consciência e humanidade não pode silenciar diante da maior violação de direitos humanos de nossa geração, e precisa empenhar seus melhores esforços para interromper essa catástrofe”, ressalta.

    “As medidas preliminares do Tribunal Internacional de Justiça ordenadas contra Israel são muito claras”, comenta Ismail Moola, da Aliança de Solidariedade à Palestina da África do Sul, parte da Coligação da Flotilha da Liberdade. “A decisão do tribunal exige que o mundo inteiro desempenhe o seu papel para impedir o genocídio que se desenrola em Gaza, incluindo o acesso desobstruído a ajuda vital.”

    A Flotilha da Liberdade (ou Freedom Flotilla Coalition — FFC) é uma coligação internacional suprapartidária de campanhas que defendem a liberdade e os direitos humanos. As expedições acontecem desde 2010 com o objetivo de quebrar o bloqueio a Gaza, em solidariedade com os gritos dos palestinos por liberdade e igualdade.

    ICL NOTICIAS

     

    60 anos: conversas como essas

    CAU GOMEZ 
     

     
    DANIEL LAFAYETTE 
     
     

     
     
    RICARDO COIMBRA
     
     

     

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    Gryphon----Second Spasm---1974

    ‘The only faithful relationship Trump’s ever been in is with the National Enquirer’

     Jimmy Kimmel: ‘Trump is drawing the biggest crowds of any president criminally indicted for having sex with a porn star in history.’ Photograph: YouTube

     “Wow, this guy is incapable of keeping his mouth shut for two minutes,” said Klepper. “Has Trump ever considered paying himself hush money? Think about it.”

    read more:

    Jimmy Kimmel: ‘The only faithful relationship Trump’s ever been in is with the National Enquirer’ | Late-night TV roundup | The Guardian

    sexta-feira, abril 26, 2024

    ZIRALDO

     




    JBOSCO

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    ZE NOGUEIRA


     

    Reforma Tributaria



    AMORIM 

     

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    Zé Nogueira & Guinga - AMARCORD (Nino Rota)



    IN MEMORIAM ZÉ NOGUEIRA

    O "Amarcord" de Ziraldo

     


    EDIEL RIBEIRO

    - Já se disse e publicou tudo sobre Ziraldo, depois da sua lamentável partida. Ou não?

    Francisco Ucha acha que não. E traz, em boa hora, o histórico e memorável “Ziraldo - Memórias” (Ucha Editorial - 160 páginas); um livro-homenagem a um dos mais importantes artistas gráficos e escritores do mundo, falecido no último dia 6 de abril.

    Autor de obras célebres como ‘Turma do Pererê’, ‘Flicts’, ‘Os Zeróis’ e ‘O Menino Maluquinho’, entre outros; Ziraldo foi também jornalista, cartunista, ilustrador, cartazista, cronista, humorista, escritor e editor de sucessos como o suplemento ‘Cartum JS’, o jornal ‘O Pasquim’ e a revista ‘Bundas”.

    “Ziraldo – Memórias” traz, na íntegra, a extraordinária entrevista biográfica concedida por Ziraldo ao jornalista Francisco Ucha, na época, editor do ‘Jornal da ABI’ (órgão oficial da Associação Brasileira de Imprensa, distribuída a jornalistas).

    Este depoimento definitivo aconteceu em 2012, quando o mestre do traço comemorava os seus 80 anos de vida.. “Ziraldo - Memórias” retrata uma viagem onírica pelas lembranças do cartunista sobre sua vida, sua arte e sobre Caratinga, sua cidade natal; uma espécie de ‘Amarcord’ ziraldiano.

    A obra traz ainda depoimentos exclusivos, como o do jornalista Zuenir Ventura, autor de “1968: O Ano Que Não Terminou” e da cineasta Marisa Furtado de Oliveira, realizadora do documentário “Ziraldo, profissão cartunista”.

    O jornalista Rick Goodwin que foi trazido de Minas Gerais, em 1972, pelo Ziraldo, para editar as famosas entrevistas do ‘Pasquim’, escreveu o belo prefácio.

    Os textos adicionais e parte das pesquisas foram realizadas pelo jornalista Marcos Eduardo Massolini. As fotos, clicadas durante a histórica entrevista, são do Duayer, cartunista e fotógrafo do ‘Pasquim’ nos anos 70 e 80.

    A bela capa traz uma caricatura do Ziraldo desenhada pelo premiado caricaturista Luiz Carlos Fernandes.

    Depoimentos dos amigos também são parte memorável do livro:
    “Mexeu muito comigo... O livro ficou lindo!” - Ricky Goodwin.

    “Ucha, meu amigo, que belo livro! A longa e detalhada entrevista compõe uma obra que Ziraldo jamais produziu: suas memórias. Ele é um personagem único, caipira e cosmopolita, que viveu plenamente as transformações políticas, sociais e culturais de mais de seis décadas do país e do mundo. Os textos iniciais complementam um volume primoroso.” - Maringoni, cartunista.
    “Pô, achei do cacete o livro. Resgata a vida profissional do Ziraldo todinha. Coisa que ninguém sabe. Muito legal.” - Duayer, cartunista e fotógrafo.

    "Pouca gente é como Ziraldo, que junta espírito de luta com carinho pelos outros" – Ana Arruda Callado, jornalista.
    "Ziraldo já deveria ter assento na Academia Brasileira de Letras, há muito tempo, pelo conjunto da obra" – Jaguar, cartunista.

    "Sua frustração maior é não ser um escândalo nem uma calamidade. Pois, popularíssimo, acha, como eu, que merecia ser mais incompreendido.” – Millôr Fernandes, escritor, humorista.
    "Ziraldo é assombroso como trabalhador infatigável, sem que a multiplicidade de encargos, livremente assumidos, sacrifique a excelência de suas realizações e a eficaz execução de seus projetos" – Mauricio Azêdo, jornalista.

    "Senhor de um traço pessoal e moderno" – Wilson Figueiredo, jornalista.

    "Tive a honra e o privilégio de ler e é simplesmente imperdível e obrigatório para quem curte quadrinhos, literatura e artes visuais". - Gerson Luiz Teixeira.


    *Neste sábado dia 27/4 o autor estará no #centercomics para lançar "Ziraldo - Memórias", às 11 horas no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, Rua Luís de Camões, Prç. Tiradentes, 68, Rio de Janeiro.

    'Ripley' submerge na solidão de personagem clássico com suspense delicado e sombrio

     

     

    Ripley

     

    Luciana Coelho

    É difícil odiar Tom Ripley, o vilão incerto desfiado em cinco livros de Patricia Highsmith. Mas é difícil, também, gostar de Tom Ripley, o anti-herói pusilânime de filmes e peças adaptados da obra da romancista americana morta em 1995. "Ripley", versão mais recente que estreou nesta quinta (4) como minissérie na Netflix, é a que mais sublinha esse caráter ambíguo do personagem.

    Há alguns culpados para isso.

    O primeiro é o ator Andrew Scott, que já brilhara em "Fleabag" e "Todos Nós Desconhecidos". Com uma delicadeza sombria e melancólica, ele acentua essa fugacidade do personagem, dotando-lhe de uma espécie de redoma que o protege e o aparta do mundo, em uma solidão perpétua alimentada pelas coisas que não tem ou perdeu: dinheiro, amigos, amantes, família, reconhecimento, propósito.

    Já houve ripleys de Alain Delon, Matt Damon, John Malkovich. O Ripley de Scott é impenetrável, e, ao mesmo tempo, vulnerável entre gestos hesitantes que só ganham segurança quando ele está falsificando ou se passando por alguém.

    Outro é Steven Zaillan, roteirista de "A Lista de Schindler", que faz dessa desconexão do protagonista um trunfo. Sua obra frequentemente exalta heróis improváveis, via de regra solitários. Aqui é que ele acumula bravamente a função de diretor, após parcerias com Steven Spielberg e Martin Scorsese.

    E há Robert Elswit, cuja fotografia cristalina em preto e branco sublinha a solidão do personagem a cada quadro. Elswit, que já havia feito mágica nos filmes "Boa Noite e Boa Sorte" e Sangue Negro" —este lhe valeu um Oscar—, catalisa para o espectador os sentimentos de Ripley nas muitas cenas com água. Plácidas na superfície e revoltas ou sombrias abaixo dela, o mar da série espelha o personagem de Scott.

    Por fim, claro, há a própria Highsmith, a autora genial de "Pacto Sinistro" e "Carol", que pôs muito de sua solidão e seu cinismo com o mundo neste personagem, criado com sutilezas e nuances suficientes para nos fascinar sem nos impor veredictos.

    A saber, Ripley é um trambiqueiro que vive em Nova York e, ao receber a oferta de um milionário para persuadir um herdeiro a voltar da Europa, penetra na "dolce vita" na Costa Amalfitana.

    Uma vez na Itália, ele se torna obcecado pelo alvo de sua missão, o "bon vivant" Dickie Greenleaf (Johnny Flynn), e ressentido de todos que concorrem por sua atenção, como a namorada Marge —Dakota Fanning, muito melhor do que a versão bobinha de Gwyneth Paltrow no filme de 1999— e o amigo Freddie —Elliot Sumner nesta versão, um tanto ofuscado pelo da anterior, Philip Seymour Hoffman.

    Aos poucos, os crimes de Ripley ganham estatura, e ele só se sente bem quando finge ser outra pessoa. Assim, passa a viver em constante fuga, metafórica e literalmente.

    O livro foi escrito em 1955, a minissérie transcorre nos anos 1960. Seria tentador "atualizar" o enredo, mas o ar anacrônico de algumas situações, como a impossibilidade de Ripley se reconhecer como homossexual, mostram que a culpa e a paranoia que o personagem experimenta não estejam tão no passado assim.

    A minissérie "Ripley", em oito episódios, está disponível na Netflix

    FOLHA 

     

     

     

    Reparação Portuguesa

     
    CAU GOMEZ

     

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    Bates Motel



    M,ARIO BAGG

     

    Zé Nogueira partindo em direção à luz


     

    Jeritataca ou Cangambá


     

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    Zé Nogueira e Nelson Faria | Clube da Esquina nº2



    IN MEMORIAM
    QUERIDO AMIGO
    ZE NOGUEIRA

    Marcha a ré: A vitória do Brazilstão

     

     "O advogado Ladislau Porto
    lamenta que o Brasil es-
    teja prestes a repetir um
    erro histórico ao tratar a
    questão das drogas sob a
    ótica da segurança pública, e não da saú-
    de. “Esse atraso é fruto de um racismo es-
    trutural muito forte, porque a erva era
    consumida pelos negros, em cachimbos
    de barro. Fomos um dos primeiros paí-
    ses a criminalizar o uso da maconha, na
    década de 1830, em uma lei racista que
    previa multa para quem vendesse a erva
    e prisão de três dias para o escravo que
    fumasse.” Além do racismo, persiste
    uma falta de conhecimento muito gran-
    de sobre a maconha, lamenta. “Enquanto
    a ciência avança em demonstrar todas as
    aplicações médicas da Cannabis, nós re-
    trocedemos ao criminalizar o uso. Para
    reverter esse quadro é preciso informa-
    ção, é preciso fomentar o debate.”

     Neurocientista e doutor em bioquími-
    ca, Aderbal Aguiar afirma que a maco-
    nha tem eficácia comprovada na terapia
    de doenças que atingem o cérebro em vá-
    rias fases da vida, a exemplo das crianças
    com transtorno de espectro autista, dos
    adultos com transtornos de humor, an-
    siedade, depressão e insônia, e dos ido-
    sos com doenças neurodegenerativas,
    como Parkinson, Alzheimer e esclero-
    se múltipla. Sem falar da epilepsia, que
    atinge todas as idades. “Essa planta fun-
    ciona muito bem, só que temos de impor-
    tar, porque aqui é proibido.” Ele lembra
    que quem consegue comprar o produto
    importado é a população mais rica. “Já
    quem depende unicamente do SUS fi-
    ca prejudicado, porque o acesso é mui-
    to mais restrito. Sem falar que, no SUS,
    o uso desses medicamentos é limitado a
    alguns casos raros de epilepsia."

    MAIS NA REPORTAGEM
    DE MARIANA SERAFINI
    E MAURICIO THUSWOHL

     

    O correspondente acidental


     

    "O jornalista e escritor Ruy Castro, 76, assistiu desde o primeiro momento à surpreendente Revolução dos Cravos. Tão surpreendente que, na noite de 24 de abril de 1974, ao passar em frente à sede da Pide, a polícia política do regime salazarista, ele se resignou pensando que ela continuaria oprimindo a sociedade por muitas décadas. No dia seguinte, acordou com as rádios tocando marchas militares e a cidade ocupada por tanques e coberta por um tsunami de cravos vermelhos representando a alegria da população diante da manchete: “Caiu a ditadura"

     
    leia a entrevista feita por Leão Serva

     O correspondente acidental - Quatro cinco um

    quinta-feira, abril 25, 2024


     

    O Cachorro Joca



    IOTTI

     

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    W C Fields



    MARIO BAGG

     

    Boa Ideia - NÁ OZETTI & LUIZ TATIT



    A cidade então parou
    Entulhou, engarrafou
    Não movia mais
    Paulicéia

    Para ir daqui a ali
    Para ir de lá pra cá
    Quem fosse capaz

    Epopéia

    Morre o jornalista Carlos Leonam, 'inventor' do ritual de aplaudir o pôr do sol em Ipanema

     

     Carlos Leonam

     

    Fotógrafo e colunista social, ele também criou a expressão 'esquerda festiva' e ganhou Prêmio Esso por foto do astronauta russo Yuri Gagarin no Alto da Boa Vista 

     "Carlos Leonam trabalhou, entre outros, nas revistas O Cruzeiro e Veja, e nos jornais Última Hora, Tribuna da Imprensa, Jornal do Brasil e O GLOBO. Neste último, assinou de 1974 a 1984 a Coluna de Carlos Swann. No Jornal do Brasil escreveu, no Caderno B, a página "Carioca (Quase Sempre)". Também escreveu para a revista Carta Capital. 
     
    Foi ainda diretor de arte, cineasta, publicitário e autor de fotos emblemáticas, como alguns retratos de Leila Diniz e Chico Buarque.  
     
    Foi editor-executivo do cine-jornal Canal 100, especializado em futebol,  "


     

    Theo, sobrinho-neto


     

    Grândola Vila Morena - Amália Rodrigues



    O povo é quem mais ordenaTerra da fraternidadeGrândola, vila morena!

    Obrigado Ykenga



    MARIO SERGIO

     

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    Chico Buarque: Tanto Mar



    Canta a primavera, pá Cá estou carente Manda novamente Algum cheirinho de alecrim

    1974: O ano da viração

     


     Sebastião Salgado relembra como se firmou na carreira ao documentar a longa trajetória portuguesa rumo à democracia

    "Poucos analistas políticos puderam prever que cairia tão facilmente a ditadura mais antiga da Europa — mais longeva do que o regime fascista de Mussolini, na Itália, que lhe serviu de inspiração, e do que o nazismo de Hitler, na Alemanha. O governo iniciado por António Salazar, em 1932, sobreviveu à morte do fundador (em 1970), substituído por Marcelo Caetano, mas não resistiu à revolta dos escalões mais baixos do oficialato diante de uma guerra colonial impossível de ser vencida. E a todos surpreendeu a politização das Forças Armadas manifestada depois do 25 de abril"

    "Todo esse processo que durou quase dois anos, Salgado documentou, primeiro por alguns meses, morando na pensão; depois, indo e voltando entre Paris, Lisboa, Luanda e Maputo. Mais tarde, vivendo num apartamento alugado na capital portuguesa. Foi sua primeira cobertura de reconhecimento internacional, a que deu a primeira capa numa revista de prestígio mundial, a Newsweek, e garantiu um emprego com salário melhor na agência Gamma."

    leia histórico por Leão Serva

    O ano da viração - Quatro cinco um

    JOCA



    NANDO MOTTA

     

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    Rainha : FABIANO DO NASCIMENTO

    Os primeiros dias da Ditadura

     

     

     

    SERGIO AUGUSTO

     Na única rede social que frequento, um seguidor solicita detalhes sobre a reação de nossa mídia ao golpe cívico-militar que hoje e amanhã completa 60 anos. À exceção da Última Hora de Samuel Wainer, a adesão da mídia à derrubada de Jango foi total. As manchetes viraram hosanas.

    Convocou-se um timaço: Alceu Amoroso Lima, Antonio Callado, Otto Maria Carpeaux, Rubem Braga, Sérgio Porto, Otto Lara Resende, Carlos Heitor Cony, Barbosa Lima Sobrinho, Joel Silveira, Moacir Werneck de Castro, José Carlos Oliveira - todos posteriormente molestados por censores e outros esbirros da ditadura. O que os golpistas batizaram, levianamente, de “revolução” e o debochado humorista Sérgio Porto, o mais lido da época, de “redentora”, Cony preferiu chamar de “revolução de caranguejo” (por só andar pra trás). Também a galhofa semântica estava apenas começando.

    Até hoje a caserna golpista teima em referir-se ao putsch de 64 como “movimento” e eufemismos de comparável cinismo. O general Braga Netto, por exemplo, ainda um pirralho quando o general Mourão Filho precipitou a tomada do poder pela gorilada, aprendeu na AMAN, mesma alma mater de Bolsonaro, que o regime militar foi “um marco na evolução política do País”, balela em que só os mais fanáticos viúvos da “redentora” acreditam. Na verdade, foi só um março na involução política.

    Em seus primeiros contatos presenciais com a quartelada, Cony e seu vizinho de quarteirão e jornal, o poeta Carlos Drummond de Andrade, se encontraram por acaso numa esquina da Avenida Atlântica, onde, juntos, se espantaram com um grupo de recrutas (“gloriosos herdeiros de Caixas”, ironizou Cony) a montar uma patética barricada de paralelepípedos contra uma eventual reação inimiga. Estava oficiosamente inaugurado o Febeapá (Festival de Besteira que Assola o País).

    Drummond gozou, de modo oblíquo, o besteirol “revolucionário”. Destacou a brevidade do texto do primeiro Ato Institucional, com quatro artigos e um parágrafo, comparando-o ao da Constituição do Estado Novo, a ditadura anterior, e seus 187 artigos. A redação, a seu ver, ficara ao menos mais concisa. “Salve o estilo!”, louvou o poeta.

    ESTADÃO


    ZIRALDO


     

    "Dulces Sueños / Sweet Dreams" by Rita Indiana y Los Misterios



    Dulces sueños 'tan hecho de e'to¿Quién soy yo para decir que no?He cruza'o el mundo y lo' siete mare'Todo el mundo 'ta bu'cando algo

    quarta-feira, abril 24, 2024

    Signs Suggest That Invasion of Rafah Is All but Inevitable

     People walking on the rubble of buildings in Gaza.

     "Israel insists that a push into Rafah is necessary for achieving its goals of eliminating the militants sheltering in a network of tunnels beneath the city, capturing or killing Hamas leaders presumed to be there and ensuring the release of the remaining hostages captured during the Hamas-led Oct. 7 attacks on Israel.

    But more than one million Gazans, many of them previously displaced from other parts of the territory by Israeli bombardment, are sheltering in the city in makeshift tents. In the case of an invasion, one Israeli military official said, civilians would probably be moved to Mawasi, a designated humanitarian zone. But the zone is already overflowing with displaced people, who warn that it lacks the infrastructure, including clean water and latrines, to handle such an enormous influx."


    READ REPORT BY STEVEN ERLANGER

    Signs Suggest That Invasion of Rafah Is All but Inevitable – DNyuz

    Descobrimento



    KLEBER

     

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    Cony & Antonio Maria



    MARIO BAGG

     

    Metá Metá - São Jorge



    A guimba e a fumaça do meu cigarro
    Cega o olho do soldado que pensou em me ferir
    Com um sorriso derrubo uma tropa inteira
    Mesmo que na dianteira sombra venha me seguir

    Don't Worry Baby - BEACH BOYS



    Don't worry, babyEverything will turn out alright

    Pop is awash with nepo babies – Lennon and McCartney are just the latest. But why aren’t they better at it?

     


    ""Far more frequently, as in the case of the new Lennon and McCartney, the offspring bustle into view with a famous surname, which opens doors for them, guaranteeing TV and radio coverage but they fail to deliver anything more than mediocrity, whether on a commercial or critical level. The undue prominence they are accorded rarely translates into greatness. It’s why nobody ever says: “Wow, have you heard that new Jakob Dylan album?”"

    read article by SIMON PRICE

    Pop is awash with nepo babies – Lennon and McCartney are just the latest. But why aren’t they better at it? | Simon Price | The Guardian

    terça-feira, abril 23, 2024

    Liu Cixin: ‘I’m often asked – there’s science fiction in China?’

     


     

    "He says he would like people to “realise what the greatest uncertainty facing humanity is”, which, in his mind, is the potential for life on other planets, and the possibility that we could meet our extraterrestrial counterparts at some point. “I hope they realise that there’s this one thing that may not happen for the next 10,000 years, or it may happen tomorrow morning,” he says. “And that once it happens, our world and our lives will change completely. I hope that the series of 3 Body Problem will make people look up at the starry sky from their busy and trivial lives, even if it’s just for a moment.”"

    read the interview

    Liu Cixin: ‘I’m often asked – there’s science fiction in China?’ | Books | The Guardian

    Ian & Conan, neto & filho


     

    Maconha é a razão do Brasil estar assim



    CAPIROTINHO

     

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    Como surgiu a ideia de Easy Rider


     

    𝐓𝐡𝐞 𝐑𝐨𝐧𝐞𝐭𝐭𝐞𝐬 - 𝐁𝐞 𝐌𝐲 𝐁𝐚𝐛𝐲



    The night we met I knew I needed you soAnd if I had the chance I'd never let you goSo won't you say you love me?I'll make you so proud of meWe'll make 'em turn their heads every place we go
    So won't you, please (be my, be my baby)Be my little baby? 

    segunda-feira, abril 22, 2024

    EVA, sobrinha-neta


     

    esperanza spalding - Não Ao Marco Temporal (Extended Version)



    Diga não à violaçãoO que é dela deixe ao chãoDo jeito que ela já mereceu

    Engajamento


     

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    Cabelo & Dentes


     

    The 10 Best National Pavilions at the 60th Venice Biennale

     

     

    "In the midst of multiple wars and political and social turmoil at a global scale, the best national pavilions we saw in Venice sought to build empathy. Artists and curators are foregrounding Indigenous narratives and heritage; painting notions of belonging; documenting forgotten histories while imagining new futures; and urging us to engage with peoples and spaces that are often dismissed."

    The 10 Best National Pavilions at the 60th Venice Biennale | Artsy

    Guaxo - HELENA MEIRELLES

    O governo enfrenta percalços e perde terreno na disputa com a oposição

     

     

     "O motivo de fundo do recrudescimen-
    to da animosidade é o de sempre: a incer-
    teza de Lira quanto à própria capacidade
    de fazer o sucessor em fevereiro. O depu-
    tado está decidido a instalar várias CPIs
    paradas na gaveta, algo preocupante pa-
    ra o governo (qualquer um), e a botar para
    andar uma mudança constitucional que
    tira parte do poder dos juízes do Supremo
    Tribunal Federal, proposta aprovada no
    Senado em 2023. A Corte tem sido uma
    espécie de aliada do governo. Atacá-la é
    atingir Lula indiretamente.

     
    Lira age com o fígado. Um primo do
    deputado foi demitido da chefia do Incra
    em Alagoas na segunda-feira 15, dia em que
    o ministro do Desenvolvimento Agrário,
    Paulo Teixeira, lançou um plano de refor-
    ma agrária para assentar 240 mil famílias
    até 2026. Desde o início da gestão Lula, o
    MST queria a cabeça de Wilson César
    de Lira Santos, nomeado nos tempos de
    Michel Temer. Lira e Teixeira haviam feito
    um acordo, segundo apurou CartaCapital.
    Santos permaneceria até março, quando
    sairia para disputar a eleição municipal de
    outubro. Ele desistiu de concorrer e dese-
    java manter o cargo. Além do gesto sobre
    CPIs, Lira facilitou o avanço de uma lei que
    pune ocupações de terra, pronta para vota-
    ção definitiva. Um soco no MST."

     

    MAIS NA REPORTAGEM DE ANDRE BARROCAL 

     

    Persongens do folclore brasileiro



    CRIS VECTOR

     

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    My Family’s Daily Struggle to Find Food in Gaza

     An illustration of a man in a room where a family is eating dinner. The man sees his brother in the destroyed landscape...
     
     
    "Three days later, on social media, Hamza posted a photograph of what he was eating that day: a ragged brown morsel, seared black on one side and flecked with grainy bits. “This is the wondrous thing we call ‘bread’—a mixture of rabbit, donkey, and pigeon feed,” Hamza wrote in Arabic. “There is nothing good about it except that it fills our bellies. It is impossible to stuff it with other foods, or even break it except by biting down hard with one’s teeth.”
     
    read more》》

    My Family’s Daily Struggle to Find Food in Gaza | The New Yorker

    domingo, abril 21, 2024

    ZIRALDO


     

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    HOLLY COLE I don´t wanna grow up (Tom Waits)



    Well when I see my parents fight
    I don't wanna gow up
    They all go out and drinking all night
    And I don't wanna grow up
    I'd rather stay here in my room
    Nothin' out there but sad and gloom
    I don't wanna live in a big old tomb
    On Grand Street


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