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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, janeiro 08, 2022

    NIARA



    AROEIRA

     

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    Os claros da vida



    "Com sua energia, ele a cada instante manipulava a pirâmide etária da qual éramos parte. Nivelados por baixo, regressávamos à infância, conquistando, em troca, espaços para crescer. E crescíamos com o som que nos cercava por toda parte – inclusive no carro, por cortesia dos alto-falantes de meu rádio. Nessas horas, o mar de luzes e faróis em meio à teia de freeways separava a realidade de nossos dias da irrealidade de nossas noites. E a música nos envolvia em uma paisagem única, unindo bares, artistas e figurantes."

    leia o relato de Edgard Telles Ribeiro

    Os claros da vida

    Some I posted in 2021 | Algumas minhas que postei em 2021 (11)


     

    Circo Voador: A estreia do picadeiro que marcou a virada democrática no Brasil

     Caetano Veloso durante show na estreia do Circo Voador, em 1982
    Caetano Veloso durante show na estreia do Circo Voador, em 1982 | Foto de Ney Robson/Divulgação

    "Uma lona azul-rei cobria o palco de 40 metros quadrados e a estrutura de tubos de ferro, revestida de lonas verdes e amarelas. Lá dentro, rodeado pelo público, um Caetano Veloso "semi-quarentão", vestindo calças de cetim amarelas e camiseta vermelha, compunha o cenário mágico erguido às custas de muito suor e sonho na ponta do Arpoador, um pedaço de paraíso na Zona Sul do Rio. "Este circo está lindo, tem tudo para levantar voo", vaticinou o tropicalista baiano ao microfone, durante um intervalo entre uma canção e outra. 

    Aquela era a terceira noite do fim de semana de estreia do Circo Voador, um empreendimento que marcou profundamente o verão de 1982 no Rio e, mantendo-se vivo desde então, misturou-se à própria identidade carioca. Um espaço com oficinas e espetáculos, dedicado à cultura de vanguarda, que abrigou grupos de teatro experimental, companhias de dança calcadas na arte circense, coletivos capoeiristas e muito rock n' roll. Bandas antológicas como Barão Vermelho, Blitz e Paralamas do Sucesso estouraram depois de se apresentar debaixo da lona. "

    LEIA REPORTAGEM DE WILLIAM HELLAL FILHO

    Contos da Carochinha



    JEFFERSON PORTELA

     

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    Epitaph/ The Court Of The Crimson King - Greg Lake



    The wall on which the prophets wrote
    Is cracking at the seams
    Upon the instruments of death
    The sunlight brightly gleams

    Some I posted in 2021 | Algumas minhas que postei em 2021 (10)




     

    Obstrução



    JOTA CAMELO

     

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    Julie London - Misty (HQ) 1960

    Junior Lopes


     

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    Cartunistas Brasileiros

     

    de PAULO VITALE

    Retrato de Junior Lopes que integra meu ensaio manifesto com cartunistas brasileiros.

    Junior Lopes, artista plástico paraense, desenvolve há 15 anos uma técnica inovadora e pioneira de ilustração gráfica, confeccionando seus trabalhos com retalhos de tecidos reciclados.

    Foi premiado nos salões de humor de Piracicaba, Salão Carioca de Humor, Salão Internacional de Humor da Amazonia, Marostica(Italia),Volta Redonda, Santos, FIQH-Pe, Turquia, Itália, China e Japão.
    Autor das ilustrações da Campanha da Levi´s (Cut for you) premiada com um Leão de Ouro no maior certame publicitário mundial, em Cannes (2004).
    Seu trabalho está nas páginas do livro Illustration Now!,da editora alemã Taschen,que reúne os 150 melhores ilustradores do mundo em 2015.

    Mais informações
    Conta com exposições realizadas em São Paulo, Belem, Piracicaba, Porto Alegre, Moçambique e Espanha
    Realizou a exposição Terruá Pará no Auditório Ibirapuera(SP) e em Belem, no IAP(Instituto de Arte do Pará).
    Foi artista homenageado pela revista internacional Gráfica,com capa e mais 48 paginas internas

    Email:juniorlope@gmail.com
    Paulovitale©All Rights Reserved @juniorlopex



    sexta-feira, janeiro 07, 2022

    Some I posted in 2021 | Algumas minhas que postei em 2021 (9)


     

    Francisco Alves - DIVINA DAMA - Cartola - Gravação de 1933



    Tudo acabado
    E o baile encerrado
    Atordoado fiquei
    Eu dancei com você
    Divina dama
    Com o coração
    Queimando em chama

    Vacinação - Intestino



    NANDO MOTTA

     

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    Quatro capas

     

    DE RENATO LIMA

    4 capas com personagens desistindo... no estilo Homem-Aranha/ 4 covers with characters giving up... Spider-Man style #4covers #4comics #4quadrinhos #4bd #blood #sangue #noir #quadrinhos #comics #spiderman #daredevil #spidergwen #harleyquinn

    Vigésimo post da série inspirada no #4capas de vinis do mestre Octavio Aragão (acompanhem os posts dele, nerds & geeks!).

    A ideia da série é reunir capas de gibis com o mesmo grafismo/ e/ou design e/ou temática.
    The idea of ​​the series is to bring together comic book covers with the same graphism/ and/or design and/or theme.

    Créditos das capas:
    SPIDER MAN - JOHN ROMITA SR/ DEMOLIDOR - Master Bill Sienkiewicz ❤ / SPIDER GWEN - Robbi Rodriguez / HARLEY QUINN - Ty Templeton ❤








    Melhor perder a vida



    TONI D'AGOSTINHO

     

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    Some I posted in 2021 | Algumas minhas que postei em 2021 (8)





    Homem de Branco | Man in White


     

    O que aconteceu com o Homem-Aranha da classe trabalhadora?



    "A trilogia Homem-Aranha de Sam Raimi nos apresentou um garoto da classe trabalhadora do Queens que lutava para salvar sua cidade e pagar o aluguel. Mas agora, sob a direção da Disney, o Peter Parker tem novos benfeitores milionários remodelando o que significa ser um super-herói."


    LEIA ARTIGO DE PARIS MARX
    O que aconteceu com o Homem-Aranha da classe trabalhadora?

    Thread by @DavidNemer on Thread Reader App – Thread Reader App




    "For those outside Brazil, let me try to explain what is happening- in a nutshell: @TwitterBrasil is applifying the spread of Covid-19 misinformation and verifying accounts that are being investigated by the Supreme Court of Brazil due to disinformation crimes. + 


    Today marks one year since the deadly Capitol insurrection, and while we hope to never see something like that happen again, I am afraid to tell you that something much bigger has been brewing in Brazil... all that with the help of Twitter... "

    read more>> 

    Thread by @DavidNemer on Thread Reader App – Thread Reader App

    Não Olhe para Cima



    LUTE







    AROEIRA


     

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    Arnaldo Antunes + Vitor Araújo - Enquanto Passa Outro Verão



    Eu não consegui tocar a campainha

     E nem mesmo sei se está sozinha ou não  

    Ou se olha tanta tela que não mira mais janela  

    Quando passo enquanto passa outro verão

    Some I posted in 2021 | Algumas minhas que postei em 2021 (7)


     

    quinta-feira, janeiro 06, 2022

    Joan Didion Was Our Bard of Disenchantment

     

    "In 1988, Joan Didion joined a scrum of reporters on the tarmac of the San Diego airport to witness the writing of the first draft of history. The assembled journalists were trailing the Democratic presidential candidate Michael Dukakis. She was trailing the journalists. Didion watched as a baseball was procured, a staffer tossed the ball to the candidate, he tossed it back—and as the cameras dutifully captured the exchange. She watched as presidential fitness was redefined as athletic prowess with the consent of the national media—as the myths that shape, and limit, Americans’ sense of political possibility were manufactured in real time. She documented the moment in an essay for The New York Review of Books. It was titled “Insider Baseball,” and it has since been, like so many of Didion’s essays, so widely imitated that its innovations can be easy to overlook. But the piece was singular, and scathing: a collective profile of, as she wrote, “that handful of insiders who invent, year in and year out, the narrative of public life.”

    Didion died today at 87, still one of this moment’s most debated and admired and consequential writers. Thinking about her wide body of work—essays, novels, memoirs, pieces of criticism, each with their own tendrils and limbs—I keep coming back to “Insider Baseball,” because it captures something so essential about her approach. She was a storyteller who rejected mythology. She had no patience for the pablum sold in the hectic American marketplace: bootstraps, merits, salvations. Her most common subject, instead, was entropy. And her second-most-common subject was grief. She observed the world that was, even as she mourned the world that might have been."}

    MORE IN THE ARTICLE BY.MEGAN GARBER



    Não olhe para baixo



    GUABIRAS

     

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    Curtindo as férias adoidado: Bolsonaro e a tragédia na Bahia

     


    Há momentos que são capazes de resumir um mandato presidencial. O Brasil assistiu a um deles nos últimos dias de 2021. A Bahia registrou as piores enchentes em mais de três décadas. Enquanto o estado submergia, Jair Bolsonaro foi curtir férias no litoral catarinense.

    A catástrofe deixou 26 mortos, 518 feridos e 93 mil desabrigados. Derrubou pontes, interditou rodovias, destruiu estoques de vacinas e medicamentos. Na semana passada, o presidente foi questionado sobre a longa estadia na praia. “Espero não ter que retornar antes”, respondeu.

    Bolsonaro se esbaldou. Dançou funk, passeou de jet ski, visitou um parque de diversões. Antes do Natal, já havia passado seis dias no Guarujá. Fez um bate-volta em Brasília e retornou ao ócio remunerado em São Francisco do Sul.

    No dia 31, o presidente convocou cadeia de rádio e TV para um pronunciamento à nação. Em seis minutos e meio de falatório, só dedicou duas frases aos “nossos irmãos da Bahia”.

    Visitar locais de grandes tragédias é obrigação básica de qualquer governante. A presença da autoridade não devolve vidas perdidas, mas indica que os sobreviventes não estão sozinhos. É uma demonstração de respeito e empatia — duas mercadorias em falta no Planalto.

    Bolsonaro não se limitou a esnobar a calamidade. Ainda mandou rejeitar a ajuda humanitária oferecida pela Argentina. O chanceler Carlos França obedeceu calado, em mais um episódio de rebaixamento do Itamaraty.

    A recusa teve um componente claro de revanchismo. O capitão se considera inimigo do presidente Alberto Fernández e vê a Bahia como reduto eleitoral do PT. Ele escolheu descansar em Santa Catarina, onde recebeu a maior votação proporcional em 2018.

    O desprezo pelo sofrimento alheio é um traço conhecido da personalidade presidencial. Bolsonaro se projetou na política ao debochar das vítimas da ditadura. Na pandemia, estendeu o desdém aos órfãos da Covid. “Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?”, provocou, quando o país já contava 260 mil mortos.

    Mesmo cobrado por aliados, ele se negou a abrir mão de algumas horas de lazer para se solidarizar com os baianos. Só interrompeu as férias quando sentiu dores no próprio abdome.

    GLOBO

    Tyler, The Creator - HOT WIND BLOWS



    Excuse me, pardon me, the wind, it blow so hard to me
    Like mother nature arguing about some baby father beepin'
    I'm stuck in the middle of the sandwich like slaughter meat
    Got my middle fingers to the cameras that's recording me
    From y'all to me, brrt, stop callin' me unless you're ordering
    I'm on the beach, I got my feet out, and I stay on my feet
    The corner beat, I'm on a deep route, just throw the ball to me
    Thought all this lean will have me senile, I guess they see now

    Some I posted in 2021 | Algumas minhas que postei em 2021 (6)


     

    As férias de Bolsonaro


    CAU GOMEZ


    DUKE





    TONI D'AGOSTNHO

     

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    Toda Forma de Amor | Fafá de Belém (Lulu Santos)



    E a gente vai à luta
    E conhece a dor
    Consideramos justa toda forma de amor

    6 de janeiro



    GALVÃO

     

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    quarta-feira, janeiro 05, 2022

    Django Django - Found You



    I've seen your face in better days
    How times have changed
    The seasons come and go even so it's strange
    You're looking just the same
    You've come around again

    Some I posted in 2021 | Algumas minhas que postei em 2021 (5)


     

    Desejei a morte do presidente



    GALVÃO

     

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    Governança ineficaz das big techs vai impor custos a empresas e sociedades em 2022

     

    "Algoritmos criados com dados enviesados tomarão decisões destrutivas que afetarão o modo como bilhões de pessoas vivem e trabalham. Turbas online incitarão a violência. Má informação movimentará bolsas de valores. Teorias conspiratórias distorcerão as opiniões de milhões de pessoas. Hackers roubarão informações a nosso respeito. Todas essas ameaças crescerão no espaço digital, onde as regras são definidas pelas maiores empresas de tecnologia do mundo, não por governos.

    É uma situação nova. Há quase quatro séculos, Estados-nações traçam os limites e implementam as regras que regem nossas sociedades e nossa vida. Hoje, porém, as maiores firmas de tecnologia do mundo estão projetando, construindo e gerindo uma dimensão inteiramente nova de geopolítica, economia e interação social. Estão escrevendo os algoritmos que decidem o que as pessoas veem e ouvem, determinam nossas oportunidades e influenciam o modo como pensamos.

    Cada vez mais, partes importantes de nossa vida diária e até mesmo algumas funções essenciais do Estado funcionam no mundo digital, e o futuro está sendo moldado por empresas de tecnologia que não estão dispostas e não são capazes de governar a sociedade efetivamente."

     

    mais no artigo de IAN BREMMER

     

     

    Quando o cardápio inclui fezes

     

    Sérgio Rodrigues

    Há 50 anos, o médico mineiro Pedro Nava estreou tardiamente –logo ia completar 70– como memorialista, lançando o primeiro livro de uma série que se tornaria um ponto alto do gênero no país: "Baú de ossos" (Companhia das Letras).

    Mais do que pela data redonda, a obra-prima de Nava me vem à lembrança por incluir um escatológico caso de família que, datado do Segundo Reinado, joga luzes sobre o mar de merda –"merda viva", diria o memorialista– em que Bolsonaro mergulhou o Brasil.

    A história tem como protagonista uma megera da família paterna do autor, uma dona Irifila, casada com o comendador Iriclérico Narbal Pamplona. Sim, a graça quase inverossímil do caso começa pelos nomes.

    O casal oferecia um contraste marcante. Enquanto Iriclérico era amigo de comes e bebes, jogos de salão e boa conversa, Irifila era o cão. "Era contra os namoros, contra o riso, contra as festas, contra as cantigas, contra as danças, contra o álcool, contra o fumo, contra o jogo", conta Nava.

    Um dia, Irifila se encheu das rodinhas de carteado, guloseimas, charutos e prosa que Iriclérico tinha o hábito de promover em casa uma vez por semana. Advertiu o marido de que não queria mais saber daquilo, mas o comendador, com patriarcal distração, não lhe deu ouvidos. E chegou a hora da vingança.

    Iriclérico recebia naquele dia ninguém menos que o visconde de Ouro Preto. O mais ilustre e poderoso de seus amigos era também padrinho de um de seus filhos. Irifila caprichou no serviço.

    "E no meio da maior bandeja, a mais alta compoteira com o doce do dia –aparecendo todo escuro e lustroso, através das facetas do cristal grosso, de um pardo saboroso como o da banana mole, da pasta de caju, do colchão de passas com ameixas-pretas, do cascão de goiaba com rapadura."

    Iriclérico estava numa felicidade contagiante. Aí vem o golpe de mestre de Nava, quer dizer, de Irifila. "O comendador resplandecente destampou a compoteira: estava cheia, até as bordas, de merda viva! Nunca ninguém, jamais, ousara coisa igual."

    Tomado de um choro convulsivo, "tremendo da cabeça aos pés, lívido da dor esquisita que lhe atravessava o peito, o estômago, e banhado dum suor de agonia", Iriclérico nunca se recuperou da cacetada. Até morrer, em 1896, não recebeu mais ninguém em casa. A vitória de Irifila foi completa.

    O poder sinistro da armadilha que a megera montara para o marido tem raízes fundas, imemoriais –as mesmas que tornam tabuísmos, ou seja, palavrões, uma série de termos banais com os quais nos referimos a funções fisiológicas igualmente banais. Mas não em público!

    Não era para aquela montanha de cagalhões estar ali, na mesa do comendador, numa elegante vasilha de cristal. Ao ser destampada com despreocupação, a piscina de barro instaurava violentamente uma dimensão de loucura, de pesadelo. Era evidente que alguém capaz de conceber tal coisa não recuaria diante de nada –nem do mais hediondo dos crimes.

    E o Brasil dos últimos três anos com isso? "Dia sim, dia não", entre golden showers e "caguei para a CPI", entre internações espetaculosas por problemas intestinais e o hábito de falar merda, o presidente tornou sua retórica e seus atos um festival de escatologia. O fedor é nauseabundo. Que 2022 seja o ano de dar descarga.

    Necropresidente entupiu de novo



    PAULO BATISTA

     

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    Terry Callier - 900 Miles



    Cause i"m 900 miles from my home

    Café com Fascistas



    TONI D'AGOSTINHO

     

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    Some I posted in 2021 | Algumas minhas que postei em 2021 (4)


     

    5 de janeiro



    GALVÃO
     

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    terça-feira, janeiro 04, 2022

    O menino e a árvore no lixão, o cartão natalino do Brasil dilacerado pela fome





    "No cenário mais improvável, um tesouro. Entre sacolas plásticas, caixas de papelão e lixo revirado, o menino abre a boca em um sorriso que também é um grito de surpresa e segura entre as mãos um objeto que, aos seus olhos, é quase precioso, apesar de não passar de uma árvore de Natal de 30 centímetros, retorcida, com luzes quebradas e enfeites faltantes. Gabriel, maranhense de 12 anos, não sabia, mas aquele instante de alegria fugaz no lixão em Pinheiro (MA), capturado pelo fotógrafo João Paulo Guimarães, passaria a ser o retrato triste do Brasil em que 20 milhões de pessoas passam fome, de acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), e, como ele, recorrem ao lixo para sobreviver."

    leia reportagem de Joanna Oliveira 

    O menino e a árvore no lixão, o cartão natalino do Brasil dilacerado pela fome | Atualidade | EL PAÍS Brasil

    The Year in Pictures 2021



    ""The year 2021 opened with the promise of vaccines, and the belief that we would all return to “normal” after the tumultuous year of the pandemic. But the year instead took off with an insurrection in the U.S. Capitol, and saw a summer of carefree gatherings derailed by a fast-spreading virus. Governments fell, democracies were challenged, and climate-related destruction was unleashed, all while the casualties of the pandemic continued to amass. The vaccine saved some lives, but human passions, hopes and fears did their usual work to create a year that was anything but calm, and is ending with the prospect of a new variant upending plans once again.
    This is the story of 2021 told visually, through the eloquent universal language of photography.""

    The Year in Pictures 2021 - The New York Times

    Nasceu!





     

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    Maya Beiser - Lithium (Nirvana)

    Some I posted in 2021 | Algumas minhas que postei em 2021 (3)


     

    Uma janela no sorriso


    ALVES
     

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    LUMP - Bloom At Night



    I heard a word that they paint mirrors on their face
    And soon forget that they reflect but don't create
    I heard that birds were drawn to peck at such charades
    And I'd put money on your struggles to relate
     
    Those who find themselves acclaimed, go to God to get renamed
    It took one God seven days to go insane

    Cagou!



    GILMAR

     

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    Haddad: dor de barriga de Bolsonaro fez descaso com a Bahia sumir do noticiário



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    Haddad: dor de barriga de Bolsonaro fez descaso com a Bahia sumir do noticiário - Brasil 247

    Três anos de destruição: Bolsonaro acha pouco e quer mais

    Bernardo Mello Franco                              

    O governo Bolsonaro vai fazer três anos. O capitão acha pouco e quer mais. Na semana que passou, ele recebeu um presente do Congresso. A pretexto de combater a pobreza, ganhou mais R$ 65 bilhões para gastar até a eleição de 2022.


    Todo projeto autocrático depende de um segundo mandato para se consolidar. É o que lembra o filósofo Marcos Nobre, professor da Unicamp e presidente do Cebrap. Em seminário na sexta-feira, ele citou os exemplos de Hungria, Polônia e Turquia, governados por líderes de ultradireita que ascenderam pelo voto.

    “Os populistas autoritários destroem a democracia por etapas”, disse Nobre. “O primeiro mandato é dedicado a minar as instituições. Vão aparelhando progressivamente para que no segundo mandato consigam fechar o regime”, alertou.

    Bolsonaro tem seguido a cartilha. Estimulou movimentos golpistas, asfixiou os órgãos de controle, tentou emparedar o Judiciário. Para minar a confiança na democracia, liderou uma campanha de desinformação contra as urnas eletrônicas.

    O capitão ensaiou uma trégua após o 7 de Setembro, mas voltará a radicalizar para manter sua tropa mobilizada, previu o professor. “Bolsonaro não tem nenhuma pretensão de governar para a maioria. Pelo contrário: a ideia é governar para uma minoria”, explicou.

    Nos últimos dias, o presidente deu razão ao filósofo. Atacou o passaporte da vacina e exaltou o deputado extremista Daniel Silveira, preso após ameaçar ministros do Supremo.

    Para a cientista política Daniela Campello, da FGV, Bolsonaro se tornou a “ilustração perfeita” do populista de direita. O único elemento que destoava do figurino era a defesa da austeridade econômica, que tinha o ministro Paulo Guedes como fiador. Agora o discurso foi abandonado em nome da reeleição.

    “Ainda me impressiono com quem acreditou que Bolsonaro e sua turma teriam se convertido ao neoliberalismo”, disse a professora. Ela lembrou que a gastança eleitoral deve obrigar o próximo governo a assumir o país num cenário de crise fiscal aguda.

    Ainda que seja derrotado nas urnas, o presidente deixará um legado de destruição institucional, afirmou Campello. “Hoje o Ibama hoje não defende o meio ambiente, a Funai não defende os indígenas”, apontou. “Bolsonaro conseguiu normalizar o anormal, e isso já foi uma imensa vitória”, concluiu.

    O cientista político Matthew Taylor, da American University, ressaltou que o retrocesso poderia ser ainda maior. Ele disse que a desorganização do governo atrapalhou parte da agenda autoritária. “Falo com certo alívio. Temos que agradecer a incompetência do Bolsonaro”, ironizou.

    Os participantes do seminário do Cebrap divergiram sobre os prognósticos para 2022. Para Daniela Campello, a inflação e o desemprego tornaram “muito pequenas” as chances de reeleição. “Meu temor não é o Bolsonaro ganhar por vias democráticas. É o que ele vai aprontar para desqualificar as eleições”, disse.

    Para Marcos Nobre, a oposição não deveria repetir o erro de subestimar o capitão. “O projeto é chegar ao segundo turno e demonizar o adversário, o que ele sabe fazer bem”, alertou.

    GLOBO


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