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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, março 05, 2022

    Corredor Humanitário



    AMORIM

     

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    Moacyr Luz | 'Flores em vida' - para Nelson Sargento (Aldir Blanc e Moacyr Luz)



    Se a paixão do momento engana que é bonita
    O Nelson Sargento diz que acredita
    Essa é a grandeza que o samba nos legou:
    Em cada tristeza erguer nosso corpo ao humor
    Se o riso é mais do que cansaço
    Mangueira cabe em nosso abraço
    E toda a dor deste mundo enfeita nossa fantasia...

    O Contexto



    ORLANDELI

     

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    Carta para Arthur do Val: a condição feminina na guerra e na paz

     4.mar.2022 - Refugiados esperam em uma longa fila para embarcar em um trem para a Polônia na estação central de trem de Lviv  - Daniel LEAL / AFP

     "Senhor deputado,
    Confesso que não conhecia seu nome, e nem sua denominação de guerra. Mas os áudios indigestos que vazaram com seus comentários sobre a situação na Ucrânia me obrigaram a escrever aqui algumas linhas sobre o que eu vi em campos de refugiados e filas de pessoas desesperadas para escapar da guerra e da pobreza ao longo de duas décadas."


    leia texto de Jamil Chade​

    Carta para Arthur do Val: a condição feminina na guerra e na paz - 05/03/2022 - UOL Notícias

    Sommelier de tristezas

     

    Flávia Boggio

        Há aproximadamente 80 mil anos, em alguma fogueira nas montanhas da Etiópia, um 
nômade chorava ao saber que moradores da aldeia vizinha foram devorados por tigres dentes-de-sabre.

    Ao ver o lamento do nômade, um parente comentou com desdém: "Quando a aldeia do sul foi pisoteada por mamutes, você não falou nada".

    Foi o surgimento do primeiro exemplar de uma nova subespécie de Homo sapiens: o "sommelier de tristeza". Assim como o sommelier de vinho, o sommelier da tristeza é chato. E sente prazer em diminuir o sentimento alheio como se degustasse uma sidra Cereser.

    Também conhecido como "sommelier do luto", tem 
sempre uma resposta pronta para qualquer lamúria ou 
insatisfação, para deixar claro que quem sofre é uma pessoa pequena e mesquinha.

    Muitas vezes, ele ataca com ondas de energia positiva, com conselhos como "a vida é boa" ou "olha que dia bonito". Ou com laudos médicos como 
"pelo menos você tem saúde", como se a saúde mental não fizesse parte do pacote.

    Há também o sommelier de tristeza preguiçoso, que solta um "não fica triste", porque a pessoa estava só esperando esse conselho para ficar feliz.

    Já o sommelier egocêntrico não pode ver uma mãe doente, que responde com um "pior é a minha, que teve o pé amputado". Se você tiver enxaqueca, ele vai replicar: "E meu primo, que tem um gêmeo siamês crescendo dentro do cérebro?".

    A chegada da internet funcionou como um passaporte da alegria —ou da tristeza— para esses sommeliers, que passaram a infernizar a dor de qualquer desconhecido 
das redes sociais. Alguém se choca com assassinato? "Todo dia matam e ninguém fala nada." Uma celebridade morre? "Quanto fã apareceu agora, né?" Aconteceu um atentado? "Quando tem chacina em outros 
lugares ninguém fala nada."

    A crise na Ucrânia serviu como um prato cheio —ou meio vazio— para os sommeliers da tristeza, que passam o dia na internet esperando alguém se lamentar para atacar com "tem guerra no mundo todo e você não se abala", "mas a Otan não é santa". "Tem gente morrendo em (complete com uma região) e ninguém faz nada."

    O ser humano é complexo o suficiente para sofrer por diversas causas e chorar por diferentes guerras. E lutar por mudanças. Bem mais produtivo do que perder tempo 
julgando a dor dos outros.

    folha 

    Frankenstein meets its monster

     


    by Jeffrey St. Clair
    While there have been several incarnations of “Russia” in the last 120 years the West played a huge role in creating this one. In the early 90s the Harvard Boys walked into Moscow almost unopposed and shocked the hell out of the economy, imposing austerity, privatization and deregulation schemes that gave rise to the oligarchs, impoverished tens of millions of Russians. The plan to privatize the public assets of St. Petersburg (neé Leningrad) was developed by Kissinger and Associates in concert with a young aide to the city’s mayor Anatoly Sobchak named Vladimir Putin. Frankenstein meets its monster.
    + The shock therapy regime imposed by neoliberal technocrats in the 90s resulted in the premature death of millions of Russians and, according to a Lancet study, reduced the life-expectancy of Russian men from 67 to 60 years. Austerity kills, here, there, everywhere.
    + Of course, it wasn’t only the neoliberals who helped shape Putin’s Russia, American evangelical Christians played their part.

    Ben Webster-Memories of you...

    Putin inicia guerra



    LEZIO JR

     

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    sexta-feira, março 04, 2022

    A Ucrânia e o PL anti-indígena

    Cristina Serra

    Governistas estão usando a guerra na Ucrânia e o possível desabastecimento de fertilizantes no Brasil como chantagem para acelerar a votação do projeto de lei 191/2020. Como se sabe, o projeto viola a Constituição ao permitir a mineração e o garimpo (entre outras atividades) em territórios indígenas.

    A eventual escassez é mero pretexto para passar o rolo compressor sobre os direitos dos indígenas. Mesmo que o projeto seja aprovado na Câmara em regime de urgência, provavelmente a guerra já terá terminado quando a tramitação for concluída.

    Uma importante contribuição para entender o que está em jogo é o relatório "Quem é quem no debate da mineração em terras indígenas", organizado pela historiadora Ana Carolina Reginatto e pelo geógrafo Luiz Jardim Wanderley.

    Recém-divulgado pela ONG Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração, o trabalho esmiúça os lobbies, as entidades poderosas do setor e as forças políticas e econômicas articuladas para avançar sobre novas áreas de extração mineral num cenário em que grandes jazidas são cada vez mais raras.

    O PL trata as terras dos povos originários como a última fronteira a ser derrubada para permitir a entrada avassaladora das engrenagens que produzem devastação ambiental, conflitos, violência, doença e morte na floresta. Os indígenas não foram ouvidos e são tratados como seres invisíveis, sem poder de veto contra os grandes empreendimentos.

    A proposta estabelece consultas de faz de conta e uma vaga forma de remuneração pela exploração econômica dos territórios, além de estimular disputas entre os indígenas pelos recursos.

    A análise dos dois pesquisadores mostra ainda que o projeto pode criar condições semelhantes à da "corrida do ouro", nos anos 1980, na Amazônia, quando invasões e massacres quase levaram ao extermínio de povos como os yanomamis e os cintas-largas. Se aprovado, será um golpe fatal contra os indígenas, comandado por Bolsonaro, seu maior algoz.

    FOLHA

    MBL analisa áudios atribuídos a Arthur do Val que dizem que ucranianas são fáceis porque são pobres

     

     

    O pré-candidato ao Governo de São Paulo teria afirmado que as ucranianas são "fáceis" de pegar por serem pobres —e que a fila de refugiados da guerra tem mais mulheres bonitas do que a "melhor balada do Brasil"."

    leia coluna de Mônica Bergamo​

    MBL analisa áudios atribuídos a Arthur do Val que dizem que ucranianas são fáceis porque são pobres - Diário do Litoral

    Refugiados no Tom



    FRAGA

     

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    Itamaraty


     

    Fake News Fake News




    AMORIM

     

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    GALVÃO

     

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    How the Left Should Respond to Russia’s Invasion of Ukraine

     

     A convoy of Russian military vehicles moving towards border in Donbas region

     

    "In the present context, the tankies either directly defend, or make excuses for, Putin and Russia, even though the government is phenomenally corrupt, a crony capitalist regime led by a thug who assassinates his political opponents. The tankies tend to be correctly critical and probing about U.S. empire but don’t apply these critical faculties to Russia. They become gullible and naïve when dealing with Russian officials and their narrative.

    What the tankies fail to acknowledge is that Putin’s regime is as deeply reactionary socially as it is repressive politically. That’s why right-wing extremists in western Europe and the U.S., including Tucker Carlson and Steve Bannon, have applauded him, and why neo-Nazis have celebrated him as the savior of the white race. In supporting Putin, the tankies are in league with the far right."

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    How the Left Should Respond to Russia’s Invasion of Ukraine

    Media Malpractice and Information War in Ukraine

     Press conference with President Volydymyr Zelensky

     ""As much of the world rallies behind Ukrainians defending their country against a Russian invasion, mainstream news outlets and social media in the United States and elsewhere have been awash in tales of Ukrainian heroism. The Ukrainian defense against a much larger force has indeed been inspiring, but all conflicts include informational warfare—from all sides. Some of the most widely shared images and stories of Ukrainian resistance have fallen apart under scrutiny or in the face of subsequent reporting, yet many who are rightly skeptical of Russian claims are displaying very little caution about pronouncements from the other side, leading to a wave of credulous media coverage that serves to propagandize more than illuminate. "

    read more>> "

     Media Malpractice and Information War in Ukraine | The Nation:

    quinta-feira, março 03, 2022

    Putin chuta o balde



    FRAGA



     

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    The Pioneers - Papa Was a Rolling Stone



    Mama just looked at him and said, "Son,
    Papa was a rollin' stone.
    Wherever he laid his head was his home.
    And when he died, all he left us was alone."

    Itamaraty


     

    Quatro Capas

     

    de RENATO LIMA

    4 capas com personagens dando uma "bicicleta"/
    4 covers with characters doing a bycicle kick ⚽️😅
     
     
    Vigésimo quarto post da série inspirada no #4capas de vinis do mestre Octavio Aragão (a meta é chegar a 100). #24
     
    A ideia da série é basicamente reunir capas de gibis com o mesmo grafismo/ e/ou design e/ou temática. Quem lembrar de mais capas, pode postar aí nos comentários, please 😉😉
    The idea of ​​the series is to bring together comic book covers with the same graphism/ and/or design and/or theme.
     




     

     


    Bulgarian Folk Jazz - Devoiko, mari hubava

    Voce está aqui



    AROEIRA

     

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    Bolsonaro perdeu quase metade do apoio em grupos-chave do eleitorado

     

    Bruno Boghossian

    Jair Bolsonaro perdeu quatro de cada     dez eleitores que votaram nele no primeiro turno de 2018. Números do Datafolha desenham um mapa das deserções que ocorreram desde então, traçam os movimentos dos principais grupos demográficos e exibem algumas pistas sobre as chances de recuperação do presidente.

    O esvaziamento de Bolsonaro se deu com intensidade em dois segmentos que haviam impulsionado sua candidatura na última campanha: o Sudeste, região mais populosa do país, e o eleitorado com ensino superior. Os índices do presidente nesses grupos caíram quase à metade nos últimos anos.

    Há um ponto de partida duplo para esse derretimento. O humor de eleitores mais escolarizados e das grandes cidades do Sudeste virou na primeira metade de 2020, na fase em que Bolsonaro expôs seu negacionismo diante da pandemia e Sergio Moro deixou o governo.

    O ex-juiz capturou parte desses votos. Atualmente, ele marca percentuais acima da média entre eleitores com curso superior (13%) e no Sudeste (12%). O alinhamento a Moro sugere que parte desses segmentos continua no mesmo campo político e pode retornar para Bolsonaro caso ele permaneça como o nome mais viável da direita até o dia da votação.

    Outra parcela de eleitores desses grupos aderiu à candidatura de Lula. O petista registra nesses setores um crescimento significativo em relação ao desempenho de Fernando Haddad no primeiro turno de 2018.

    Os números favorecem o ex-presidente porque esses segmentos foram marcados pelo antipetismo na última campanha. Hoje, no Sudeste, Lula aparece com 43% das intenções de voto –perto da melhor marca do PT na região em pesquisas às vésperas do primeiro turno (45% em 2002).Uma variação interessante também é vista entre os jovens. Bolsonaro teve sua maior queda proporcional na faixa de 16 a 24 anos –grupo em que Lula tem seu melhor desempenho. Nenhum desses eleitores podia votar quando o petista venceu as disputas de 2002 e 2006.

    Uma variação interessante também é vista entre os jovens. Bolsonaro teve sua maior queda proporcional na faixa de 16 a 24 anos –grupo em que Lula tem seu melhor desempenho. Nenhum desses eleitores podia votar quando o petista venceu as disputas de 2002 e 2006.


    folha 

    Quarta feira de cinzas



    FRAGA

     

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    Rússia aumenta poder de fogo e concentra ataque em quatro frentes na Ucrânia

     . Foto: .

    Abaixo, um resumo dos quatro eixos de ataque da Rússia:

    LEIA ANALISE DE ANDRÉ DUCHIADE

     



    GALVÃO

     

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    quarta-feira, março 02, 2022

    Kremlins


    Não tinha visto esta charge ótima de
    DALCIO MACHADO
     da época da visita a Moscou

     

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    Blind Faith - Do What You Like



    Do right, use your head.
    Everybody must be fed.
    Get together, break your bread.
    Yes, together, that's what I said.
    Do what you like

    Itamaraty


     

    Nove anos e o fim do mundo

     

    Meu neto mora na Inglaterra e está apavorado.

    Acha que Putin vai invadir o Reino Unido e obrigar todos a falarem russo e a seguirem os costumes russos.
    Não adianta tranquiliza-lo. Diz
    - Eu conheço esse cara! Ele é completamente insano!

    Eu tinha também nove anos de idade e estava na America quando houve a crise dos misseis em Cuba. Insuflados pela mídia e pela propaganda, também ficamos apavorados.
    Se os adultos achavam que o mundo poderia acabar a qualquer instante, imagine esse fim próximo fermentando na imginação de uma criança.

    Na escola tinhamnos dia sim dia não treinamentos de ataques atomicos. O mais maluco é que não havia abrigos antinucleares, uma das providencias era: se estivessemos em sala de aula, todos deveriam se enfiar debaixo das carteiras e cobrr a cabeça com os braços.

    As crianças ficavam ali, por vários minutos, agachados, ouvindo a sirenes soarem, imaginando como seria se o mundo estivesse realmente desmanchando do lado de fora.


    Mais neutro do que sabão em po



    FRAGA

     

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    A culpa na crise ucraniana tem muitos donos

    De pé, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursa sobre o ataque da Rússia à Ucrânia na Casa Branca, em  Washington
     


    Janio de Freitas


    A preliminar de todas as turbulências em que se envolveram Estados Unidos e europeus, desde o fim da União Soviética, espera há três décadas a compreensão desses países para tentarem solucioná-la: o comunismo acabou como nação e como movimento, mas os Estados Unidos continuaram contra a Rússia o que era a guerra contra o comunismo. Por quê?

    O tema não entra em consideração, por certo pelo temor da reação americana. Onde houve proximidade, entendimentos e interesses da Rússia, os Estados Unidos puseram sob acusações, pressão e riscos.

    Assim foi sacrificada, reiteradamente, a oportunidade de convivência menos letal e mais inovadora entre as forças dominantes do mundo.

    A Rússia extinguiu os saldos da experiência de convívio equânime de Gorbachev e mesmo de Ieltsin, e assumiu sua contraparte nas confrontações.

    colaboração na aventura espacial foi a exceção da regra, mais por necessidades temporárias dos americanos que por associação de sinceridades promissoras.

    Assim a Rússia foi cercada por 14 países que eram partes da União Soviética ou a ela associados, vários deles abrigando armamentos voltados para a Rússia, inclusive mísseis nucleares.

    Todos esses países de fora da Europa Atlântica, como a Ucrânia, mas conduzidos pelos Estados Unidos a integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte, Otan, formada sob a liderança americana para aplacar o pesadelo de uma expansão ocidental da URSS.

    O capítulo atual de tal elaboração bélica fica explicado na mínima síntese da porta-voz do Ministério Exterior chinês: "Eles (americanos e membros da Otan) já pensaram nas consequências de encurralar uma grande potência?".

    Também uma pequena frase, esta de Joe Biden quase três semanas antes da invasão da Ucrânia, simboliza com perfeição a arrogância e a diplomacia dos Estados Unidos.

    Refere-se ao gasoduto Rússia-Alemanha, obra de US$ 10 bilhões, pronta, de extrema necessidade para a carência alemã de gás: "Nós [os americanos] vamos acabar com ele". Não falava do interesse de um inimigo, mas das futuras condições de vida em um aliado leal.

    O poder americano não tem diplomacia. Age nas divergências e objetivos externos com uma adaptação do modo "primeiro atira e depois indaga".

    Inesquecível, a propósito, uma frase muito explorada no divertido Diário Carioca, sacada pelo extraordinário jornalista e depois historiador que foi José Ramos Tinhorão: "Os americanos só farão política externa quando tiverem diplomatas ingleses e redatores franceses".

    Sem isso, é a força, pressionante, ameaçadora, sempre, como iniciativa e como resposta.

    Os russos não são diferentes, mas, sinistros por natureza, poupam-se de usar ares angelicais e falar tanto em diplomacia sem a praticar. Ou, nos europeus, não a praticando senão entre potências.

    A culpa na crise ucraniana tem muitos donos. Biden inflamou-a, no entanto, de maneira tão deliberada quanto a que acusou na ação de Putin.

    No mais recente de seus bons artigos, aliás, o professor e colunista Mathias Alencastro informou que "o segundo (eu, sendo Elio Gaspari o outro criticado) imputa ao governo Biden a responsabilidade pela crise".

    Isso não. Não imputo, jamais imputei e não imputaria nem a Bolsonaro. Posso assegurar meu esforço para não expor à vergonha palavras descuidadas de toda estética verbal.

    Em questão secundária, observo o engano da crítica ao supor no texto o que não há nele.

    Modéstia à parte, o especialista do Cebrap em relações internacionais até incorre em semelhanças com o criticado na visão do fundamental.

    Os repetidos apelos do presidente da Ucrânia para que Biden moderasse sua intensa investida contra a Rússia, causa de agravamento e prejuízos econômicos da crise, fazem confirmação inquestionável da ação intoxicante de Biden.

    Tamanha incontinência até fez uso indevido dos nomes da Otan e de aliados, ainda inexistindo resolução sobre a Rússia.

    Biden fechou a Putin as vias de saída sem guerra (por exemplo, dando veracidade às alegadas manobras e recolhendo as tropas). Biden aplicou às suas intervenções o sentido de desafio, de ultimato.

    Muitas vezes, com a inflexão e a fisionomia do ódio, contra a voz baixa e lerda do iceberg russo posto contra parede.

    Contra a mesma parede, logo foram postos Biden e a Otan. Se recusadas pela Ucrânia as condições de Putin para o cessar fogo, os russos poderiam ocupar a Ucrânia e mudar o governo.

    Diante do novo ultimato, à Otan e a Biden restariam duas hipóteses: deixar a Ucrânia à ocupação russa ou recuarem do objetivo de acrescentar a Ucrânia ao cerco estratégico à Rússia.

    Mas nenhuma das partes enfrenta desafios da melhor maneira.

    O que cabe aos de fora, como sempre, é esperar pelo resultado que nunca será bom para a humanidade.

    folha

    Fui ler um comediante pra entender a Ucrânia, mas só encontrei piadas!

     

    Gregorio Duvivier


    Não tá fácil pra ninguém. Uma guerra torna todas as piadas bobas, toda informação deprimente, toda poesia ridícula.

    Cada um reage ao conflito à sua maneira. Por aqui, só penso em comida e em Carnaval. Na última coluna falei de frango Kiev, e passei a semana ouvindo marchinhas dos anos 1940 —descobri dezenas de canções sobre a guerra, como os sucessos "Pro Brasileiro, Alemão é Sopa" e a antifascista "Abaixa o Braço!", de Ataulfo Alves ("Abaixa o braço/ Deixa de teima/ Lugar de palhaçada é no cinema!")

    Um colunista do Estadão compartilhou um vídeo de um tanque invadindo as ruas da Ucrânia e passando por cima de um carro civil. O texto do tuíte dizia: "Imperdíveis os posicionamentos do @gduvivier sobre a invasão russa da Ucrânia. Marchinha de Carnaval, frango à Kiev, ah como é engraçado tudo isso".

    Sim, ao que parece meus comentários levianos sobre frango e marchinha permitiram que tanques russos avançassem sobre Kiev. Peço perdão à população ucraniana pelo descaso.

    Gosto muito do poder que ele parece conferir a mim. Mal sabe ele que não mando nem no que a minha filha come! Menos ainda em tanques russos, mesmo que talvez sejam ucranianos. Sim, um jornalista especializado em cobertura de guerra diz que o tanque do vídeo que ele publicou era ucraniano, e ao que parece não se tratava de uma invasão (ainda) mas de um acidente. Pelo menos as marchinhas que posto existem de fato.

    Ao se deparar com o horror da guerra, há quem fique escandalizado com a cobertura humorística do conflito. "Não dá! Fui ler um comediante pra entender o que estava acontecendo e tudo o que encontrei foram piadas!"

    Peço perdão por não ter entendido que deveria estar fazendo análises aprofundadas —já que os colunistas de política passaram pro ramo do humor. Não me informaram desse troca-troca.

    Entendo a confusão do colunista. A guerra deixou nossa direita perdidinha. Difícil condenar Putin na Rússia e apoiar, por aqui, um bufão miliciano alinhado com ele. Ao colunista conservador, sem saber o que lhe é permitido dizer, só resta criticar os humoristas.

    Por aqui, gostaria de lembrar a todos que continua permitido falar de frango e de marchinha. E não me digam que nós somos teóricos/ Pois ao contrário somos muito práticos/ Nós combatemos com os carros alegóricos/ Todo o ano seremos democráticos", já cantava Dircinha Batista, em "Calma no Brasil".

    FOLHA

    Catarina Bessell - ilustração


    2 de março


     

    Quem sai da casa



    FRAGA

     

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    R.E.M. - It's The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)



    The other night I drifted nice continental drift divide
    Mountains sit in a line, Leonard Bernstein
    Leonid Brezhnev, Lenny Bruce and Lester Bangs
    Birthday party, cheesecake, jellybean, boom
    You symbiotic, patriotic, slam but neck, right, right
    It's the end of the world as we know it

    terça-feira, março 01, 2022


     

    Putin prepara assalto mais destrutivo após erros na guerra da Ucrânia

     



    "Dois princípios de invasões terrestres foram violados por Moscou. O primeiro, o da finalidade: a mais bem-sucedida operação do gênero da guerra moderna, a expulsão do Iraque do Kuwait na Guerra do Golfo (1991), era desenhada com um objetivo só. O conflito que tirou Saddam Hussein 12 anos depois, também.

    Não foi o que se viu agora. Putin deixou claro desde o começo que seu objetivo era Kiev: decapitar o governo de Volodimir Zelenski com o mínimo de danos civis, para provavelmente instalar um aliado que não enfrentasse uma guerra civil e manter apoio em casa.

    O segundo princípio é um corolário do primeiro: concentração de forças. Apesar de chegar às ruas centrais de Kiev no terceiro dia de ação, o fez apenas com infiltrações mínimas de militares aerotransportados. Isso sugere que Putin subestimou Kiev, acreditando que apenas sua chegada ao país forçaria a rendição de Zelenski, pintado na Rússia como um fantoche americano, uma versão vida real do comediante que vivia na TV antes se tornar presidente, em 2019"


    MAIS NA 

    ANALISE DE IGOR GIELOW


     

    Os inacreditáveis 40 anos da Fluminense FM, 'Maldita' |




    Os inacreditáveis 40 anos da Fluminense FM, 'Maldita' | Ancelmo - O Globo

    Resumindo o role



    FRANK

     

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    Homesong- BIG BIG TRAIN



    Voyages are ended
    Journeys done
    Comes over one
    The need to get back home
    The riverbank is firm beneath your feet
    Follow it upstream to where the headwaters flow
    We are home now
    We have found a way back home

    Putin não ouviu o Mito


    BERNARDO MELLO FRANCO

    Se não estivesse gravado, seria difícil acreditar. Quando os tanques russos já se aproximavam da fronteira da Ucrânia, um ministro brasileiro assegurou que o mundo podia dormir tranquilo. Segundo Gilson Machado, Vladimir Putin teria desistido da invasão ao ouvir uma “mensagem de paz” de Jair Bolsonaro. “Graças a Deus, já foram retiradas as tropas e não se fala mais em guerra”, decretou.

    O dublê de ministro e sanfoneiro não delirou sozinho. Apenas repetiu para as câmeras a mentira que circulava nas redes bolsonaristas. Desde que o capitão pisou no Kremlin, no início da semana passada, a fábrica das fake news trabalhou pesado. Com memes e notícias falsas, propagou a cascata de que o Mito teria evitado a Terceira Guerra Mundial.

    A viagem de Bolsonaro produziu pouco resultado e muito constrangimento. Empenhado em bajular Putin, ele ignorou as ameaças à Ucrânia e disse ser “solidário à Rússia”. A fala afrontou a Constituição, que obriga a política externa brasileira a respeitar os princípios da não intervenção e do respeito à autodeterminação dos povos.

    A ação militar de ontem expôs o tamanho da trapalhada do capitão. Alheio às lorotas bolsonaristas, o Kremlin deflagrou a guerra e lançou o planeta num momento de incerteza. O Itamaraty subiu no muro para não contrariar o presidente. Divulgou uma nota envergonhada, que evita condenar a invasão e pede a “solução pacífica das controvérsias”.

    Até o fim do dia, Bolsonaro fingiu ignorar o ataque de Putin. No cercadinho do Alvorada, posou para selfies e perguntou o placar do jogo do Palmeiras. À tarde, cumpriu agenda de candidato e passeou de moto no interior paulista. Só tratou da crise internacional à noite, para desautorizar o vice-presidente Hamilton Mourão.

    O general havia declarado que o Brasil “não está neutro” e “não concorda” com a violação do território ucraniano. O capitão respondeu que ele “deu peruada” e opinou sobre o que “não lhe compete”. Coadjuvante do monólogo presidencial, o ministro Carlos França se esquivou entre generalidades e informações de serviço consular. Para não perder o hábito, foi submetido a outra humilhação pública. Bolsonaro exibiu uma foto de si mesmo e perguntou se estava bonito. “Muito bom, presidente”, concordou o chanceler.

    globo


     

    Aprovação de jogos de azar reflete limitações da bancada evangélica

     

    Bruno Boghossian


    Pastores fizeram uma operação para barrar a liberação de cassinos, bingos e jogo do bicho no país. O esforço não deu resultado: a proposta avançou na Câmara e contou até com o apoio de parlamentares que integram a bancada evangélica. Dos 180 deputados do grupo, só 83 votaram contra a legalização da jogatina.

    O placar mostra que, embora barulhenta e numerosa, essa bancada enfrenta limitações de coordenação e mobilização. No papel, um de cada três deputados faz parte da frente parlamentar evangélica, mas são poucos os casos em que esses políticos agem unidos ou incluem a religião no cálculo de suas votações.

    Integram formalmente a bancada evangélica desde o ex-ator pornô Alexandre Frota (PSDB) até o deputado Altineu Côrtes, líder do PL de Jair Bolsonaro. Os dois votaram a favor da liberação dos jogos. Também é signatário da frente parlamentar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), que comandou a aprovação do texto e disse que as críticas à proposta partiam de "grupos sectários".

    A votação dos cassinos e do jogo do bicho sugere que, em muitas situações, a capacidade de pressão dos evangélicos no Congresso é superdimensionada, principalmente quando suas preferências estão distantes dos interesses do centrão.

    Maior realização dos líderes evangélicos, a aprovação de André Mendonça para o STF só saiu graças a um consórcio dos religiosos com a turma que manda no Congresso. Além da agenda pró-igrejas, o pastor também se comprometeu com uma plataforma de defesa da classe política.

    Parlamentares evangélicos conseguem ter mais sucesso em bolas divididas, como pautas relacionadas ao aborto. Com o apoio de políticos conservadores do próprio centrão, eles conseguem interditar qualquer flexibilização da lei –ainda que não acumulem força suficiente para endurecer ainda mais as regras atuais.

    A bancada da Bíblia gostaria de ter a influência de seus colegas da bancada do boi. A frente agropecuária tem dinheiro de sobra e sintonia perfeita com os políticos do centrão.

    folha


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