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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, agosto 19, 2023

    Sabedoria, amor & resistencia



    CAU GOMEZ

     

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    Ninguem tá ameaçando ninguem



    AROEIRA

     

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    Cailendário


     

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    Up On Cripple Creek - The Band



    Up on Cripple Creek, she sends meIf I spring a leak, she mends meI don't have to speak, she defends meA drunkard's dream if I ever did see one
     
    IN MEMORIAM ROBBIE ROBERTSON

    Is this the new normal?

     Jeffrey St. Clair

    + The ocean temperature in Manatee Bay, near Key Largo, reached 101.1F on Monday, the hottest sea surface temperature ever recorded on Earth.

    + The news may be even worse up north off the east coast of Canada, where hundreds of thousands of square miles of ocean experienced sea surface temperatures more than 5°C (9°F) above normal and some areas approaching 10°C (18°F) above normal. Thermal stress from this marine heatwave is certain to have major impacts on marine life in the Northwest Atlantic.

    + The Florida Keys contain the third largest coral reef system in the world and the only one in the continental US. With the extreme ocean temperatures this summer, all of these reefs are at risk of dying out. Many already have. Scott Atwell from The Florida Keys National Marine Sanctuary: “We’ve never seen anything like this. Some are not even bleaching, they are going straight to dead.” “We are surprised by the pace. It is unprecedented what we have seen. We’ve never seen anything like this. Some are not even bleaching, they are going straight to dead.”

    + The brutal heat waves pressing down on Europe are eviscerating the continent’s cereal crops. Southern Europe grain yields are likely to be 60% lower than last year and 9.5% lower than the 5-year average.

    This summer about 200 million people in cities today are at risk from extreme heat. That number that is expected to increase eightfold by 2050.

    + People keep asking me, as they wipe the sweat from their brow: “Is this the new normal? Is this what summer’s going to be like from now on?” My answer is no. We won’t know what the new normal is until after we’ve stopped burning fossil fuels. And we’re still using more each year than the year before.

    sexta-feira, agosto 18, 2023

    As duas mortes de Mãe Bernadete

     

     

    FLAVIO VM COSTA

    Em vida, ninguém escutou seus pedidos de proteção. E agora?

    "Estou com o corpo da minha avó aqui no sofá. Minha avó foi executada. Eles levaram o meu celular, o celular dela. E eu não tive como fazer muita coisa".

    As frases acima foram ditas por um dos netos da ialorixá Maria Bernadete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete. Ela era líder da comunidade quilombola Pitanga dos Palmares, localizada na região metropolitana de Salvador. Na noite de quinta-feira, foi assassinada aos 72 anos de idade, com 12 tiros, dentro de seu próprio terreiro.

    O neto que viu a avó ser assassinada não poderia mesmo fazer alguma coisa diante de homens armados. É um inocente, vítima e testemunha de uma violência.

    Mas as autoridades brasileiras foram avisadas e, como sempre, nada fizeram. Explico abaixo.

    Liderança da Conaq, Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, Mãe Bernadete fez tudo que estava a seu alcance. Defendeu a integridade territorial do quilombo que abriga 300 famílias na região metropolitana de Salvador, cobrou justiça pelo assassinato de seu filho ocorrido em 2017, honrou seus ancestrais e avisou que era um alvo enfrentar a especulação imobiliária.

    Duas semanas antes de ser executada, ela explicou à presidente do STF, ministra Rosa Weber, a sensação angustiante de viver sitiada.

    "Recentemente, perdi um outro amigo e amiga de quilombo também. É o que nós recebemos: ameaças. Principalmente, de fazendeiros e de pessoas da região. É o que nós recebemos. Hoje vivo assim: não posso sair que tô sendo revistada, minha casa é toda cercada de câmera, me sinto até mal com um negócio desse".

    Não se sabe o que Rosa Weber e outras autoridades presentes ao encontro fizeram depois que escutaram o relato, mas a presidente do Supremo emitiu uma nota lamentando a morte de Mãe Bernadete.

    Em maio, Mãe Bernadete foi desligada do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas, PPDDH, de acordo com informação da ONG Justiça Global. A alegação foi falta de recursos.

    O programa é gerido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Sílvio Almeida, chefe da pasta, emitiu uma nota e enviou uma equipe para a Bahia para acompanhar a investigação do homicídio, mas seria bom que ele explicasse os motivos que levaram Mãe Bernadete a ter perdido essa proteção.

    Wellington, filho da ialorixá, disse à TV Bahia que o homicídio era um crime de mando. “Vou deixar um recado para o ministro Flávio Dino e o governador Jerônimo Rodrigues, que estava com ela até a semana passada: está fácil de resolver esse crime. Eu peço por favor que se faça justiça. Que não aconteça o que aconteceu com meu irmão. É a chance de elucidar os dois casos", disse.

    Não falta competência policial, o que não existe é vontade política.

    Indígena e professor universitário, o governador Jerônimo Rodrigues, do PT, que referenda a letalidade da Polícia Militar que mais mata no país, determinou rápida apuração e disse que não podemos permitir que “defensores de direitos humanos sejam vítimas de violência em nosso estado”.

    No lugar de fazer promessas vazias, Jerônimo seria mais útil se cobrasse a Polícia Civil da Bahia por não ter solucionado a morte de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo, filho de Bernadete, morto há seis anos. Governador, é preciso coragem.

    A sensação ao escrever esse texto é que certos pretos morrem duas vezes no Brasil. Morrem a tiros e morrem outra vez quando seus assassinatos permanecem impunes.

    Ser preto no Brasil e escrever sobre violações de direitos humanos é uma luta interminável para vencer dentro da gente o ódio, o desânimo e a paralisia. Porém, pessoas como Mãe Bernadete precisam ser honradas pelo que fizeram em vida e nos cabe lutar por justiça em sua memória. Calados não podemos ficar.

    INTERCEPT  

    Santa Sinéad

    Gabriel Trigueiro

     Se você é mais ou menos velho(a) como eu (e bem-vindo(a) aqui ao conceito de “mais ou menos velho(a)”) a imagem que você tem da Sinéad O’Connor, falecida agora em 26 de julho de 2023, provavelmente deve ser 1) ela rasgando uma foto imensa do Papa João Paulo Segundo, em protesto contra a epidemia de escândalos sexuais envolvendo a Igreja Católica, durante performance no Saturday Night Live ou 2) o clipe minimalista em que ela canta Nothing Compares 2 U, aquele cover lindão do Prince, você sabe. 

    Meu argumento aqui é o de que a artista irlandesa foi muito mais do que isso e que a sociedade no mínimo lhe deve desculpas, porque sempre a tratou com a misoginia mais arrombada e abjeta possível. Vamos às evidências.

    No episódio da semana seguinte ao que ela rasgou a foto do Papa, o SNL deu aquele monólogo de abertura para o Joe Pesci — que apareceu com a foto do João Paulo II colada/remendada e ainda meteu que se o programa fosse dele, ele teria dado umas porradas na Sinéad O’Connor. No que foi prontamente ovacionado pela audiência, diga-se de passagem.

    Sinéad O’Connor foi amplamente criticada quando, depois de ganhar nada menos do que quatro indicações, sinalizou publicamente que boicotaria o Grammy. Também recebeu críticas e, mais uma vez, ameaças físicas (dessa vez de ninguém menos do que Frank Sinatra), quando recusou polidamente que fosse tocado o hino nacional antes de um show seu em Nova Jersey.

    Como ela disse na época: “Anthems just have petrifyingly contagious associations with squareness unless they’re being played by Jimi Hendrix”. Além da ameaça de Sinatra, MC Hammer (pois é) foi abertamente xenófobo e cuzão e se ofereceu a ela para comprar uma passagem só de ida para a Irlanda.

    Sobre a ameaça de Sinatra, Sinéad declarou quase asceta: “I love Frank Sinatra. Who doesn’t love Frank Sinatra? What’s not to love?... Even to have been threatened with physical violence by Frank Sinatra is an honor.” 

    Aparentemente o maior crime de Sinéad O’Connor era o de não ter aceitado e abraçado incondicionalmente o papel de uma estrela pop passiva, de rosto angelical.  

    A verdade é a de que ela conduziu sua vida em torno de uma busca espiritual incessante e absoluta. Em um desses plot twists malucos e irônicos da vida, chegou a ser ordenada padre, por um grupo católico independente, sem ligações com a Igreja de Roma.

    Foi Bernard Shaw, no prefácio da sua peça sobre Joana D’Arc, quem argumentou que quanto mais cristão você fosse, maior seria a sua disposição anticlerical.

    Nesse sentido, nada mais cristão do que rasgar a foto do Papa, em rede nacional. De todo modo, em 2018 ela se converteu ao Islã e mudou seu nome para Shuhada’ Sadaqat — ainda que tivesse continuado a assinar Sinéad O’Connor em discos e apresentações.   

    Sinéad foi uma artista brilhante, original e versátil. Fosse regravando Cole Porter, Nirvana, Prince, alguma canção folclórica irlandesa, um reggae ou um dub. Além disso, foi uma importante aliada e uma early adopter do movimento hip hop — em uma época em que isso não rendia qualquer tipo de capital social, pelo contrário.

    Em 1988 não pensou duas vezes antes de chamar a MC Lyte para remixar seu single “I Want Your Hands (On Me)”, atitude que abriria inúmeras portas para mulheres negras no rap e na indústria musical mais mainstream. 

    Sinéad O’Connor também se apresentou no 31º Grammy, o de 1989, com a logo do Public Enemy estampada na própria cabeça, quando a comunidade do hip hop boicotou o Grammy daquele ano, porque, bem, se hoje ele ainda é um evento ridiculamente racista, agora imagina aquele troço no final da década de 1980.

    Sinéad O’Connor tem um tamanho e relevância na cultura popular e na história da música que lhe é raramente reconhecido. Puta que o pariu, né, já passou da hora de uma revisão histórica.

    CONFORME SOLICITADO 
    https://conformesolicitado.substack.com/i/135852568/santa-sinead

     

    carnaval

     


    Roy Harper • Another Day (1970) UK



    The kettle's on, the sun has gone, another day
    She offers me Tibetan tea on a flower tray
    She's at the door, she wants to score
    She dearly needs to say

    I loved you a long time ago, you know

    quinta-feira, agosto 17, 2023

    Se hacker provar o que disse, Bolsonaro vai em cana e leva generais junto

     

    LEONARDO SAKAMOTO

    Se o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à CPMI dos Atos Golpistas for embasado com provas e documentos e não ficar só no gogó, não apenas Jair Bolsonaro deve passar um longo período no xilindró por conspirar contra a democracia, como levará consigo alguns que passaram pela cúpula das Forças Armadas.
     
    Delgatti afirmou que visitou o Ministério da Defesa em cinco ocasiões após ouvir em reunião de uma hora e meia com o então presidente da República um pedido para ele encontrar uma forma de atacar as urnas e tirar a credibilidade do sistema eletrônico de votação.
     
    Segundo o hacker, ele chegou a se reunir com general Paulo Sérgio Nogueira, então ministro da pasta. Reconheceu que não era possível invadir o sistema de totalização ou mudar o código-fonte da urna de forma remota. Mas alimentou militares.
     
    Em depoimento à Polícia Federal após ser preso em 2 de agosto, Delgatti já havia dito que orientou o relatório das Forças Armadas sobre o processo eleitoral de 2022. "Tudo o que foi colocado no Relatório das Forças Armadas foi com base em explicações do declarante", aponta um trecho. Agora, reforçou isso na CPMI.
     
    A declaração é gravíssima, pois o trabalho da tal comissão técnica do Ministério da Defesa que estava "fiscalizando" as eleições foi usada por Jair contra o próprio sistema eleitoral. E o tal relatório estimulou o movimento golpista que desaguou no 8 de janeiro. Apesar de não conseguir provar fraude, disse que também não conseguiu provar que ela não ocorreu - uma falácia tosca.
     
    Bombado pelas redes bolsonaristas, o relatório ajudou os golpistas a permanecerem mobilizados em frente às portas dos quartéis e em estradas. Entre os depoimentos de golpistas presos, há aqueles que dizem que foram a Brasília para tentar ver o "código-fonte".
     
    Confirmado que Walter Delgatti Neto foi fundamental para o relatório em questão, e lembrando que ele foi incumbido pelo então presidente de atacar as urnas eletrônicas, temos mais uma confirmação de que membros da cúpula militar atuaram ao lado de Jair contra a democracia. E precisam ser punidos de acordo com a lei.
     
    UOL

    Perfume Genius - "Describe"



    No bells anymoreJust my stomach rumblin'Can you describe them for me?

    quarta-feira, agosto 16, 2023

    Files reveal Nixon role in plot to block Allende from Chilean presidency

     Richard Nixon. Transcripts of a telephone call Nixon made to his national security adviser Henry Kissinger the following day are also among the revelations.

     

    “It is incredible that, 50 years later, we’re still learning key details of how the US were trying to block, thwart, undermine and destabilise the first elected socialist president in Chile,” said Kornbluh.

    “Chile is one of the most infamous CIA covert operations, and one where you have an explicit link to the president of the United States ordering that you overthrow a democratically elected government. These documents remind us of the malevolence of US foreign policy in Chile.”

     read more>>

    Files reveal Nixon role in plot to block Allende from Chilean presidency | Chile | The Guardian:

    Paquetá


     

    Sinead O'Connor - Feel So Different



    The whole timeI'd never seenAll I need was inside me
    Now I feel so differentFeel so different

    Driving out the rainforest invaders: crackdown on illegal mining brings hope after Bolsonaro era

     An Ibama agent observes a blaze at a camp

     

     

    "A war of sorts is under way between two visions of the Amazon. On one side is a coalition of global markets, the military and local politicians, miners and ranchers who see the forest as a resource to be exploited for the greatest profit possible. On the other is a coalition of traditional forest communities, environmentalists and scientists who warn that the forest, which is one of the world’s most important climate regulators, is degrading close to the point of no return as a result of forest clearance and river contamination. In between is the Brazilian state, which has become a political battleground for these two conflicting outlooks. This has resulted in a to and fro of sharply contradictory policies in recent years, often in tandem with the health of Brazil’s democracy."

    read report by Jonathan Watts 

    Driving out the rainforest invaders: crackdown on illegal mining brings hope after Bolsonaro era | Brazil | The Guardian:

    terça-feira, agosto 15, 2023

    The Band - Shape I'm In



    I just spent sixty days in the jailhouseFor the crime of having no dough, no, noNow, here I am, back out on the streetFor the crime of having nowhere to go

    IN MEMORIAM ROBBIE ROBERTSON

    Millôr desconstruiu artes plásticas com humor e desconfiança

     

     

     "Anos depois, comprei em leilão um pequeno óleo de Millôr Fernandes em que o título da obra vinha gravado na fina moldura de alumínio: "Cripto II – Dominicanos com Palimpesto". O título explicava a obra: só então a bela e colorida rosácea que se exibia e se assemelhava a um vitral de igreja ganhava novo sentido.

    Millôr havia desenhado quatro monges a partir do alto, de onde se vislumbravam quatro rodelas carecas nas cabeças, cada uma delas com seu discreto contorno de cabelos, e, bem no centro, um pedaço de papel que aquelas mesmas cabeças tentavam decifrar. Mais um truque, mais uma ilusão de ótica, tudo se inclinando para o humor.

    As artes plásticas em Millôr são constantemente desconstruídas pelo tenaz humor, pela desconfiança, pelo impulso de buscar outra reflexão sobre o que não está necessariamente ali"


    leia análise de FELIPE FORTUNA 

    Cisco Kid

     

     


    O ALBUM DE CISCO KID, DO GRANDE DESENHISTA SALINAS, ESTÁ NO CATARSE
     
    Salinas estava em seu auge criativo quando começou a desenhar Cisco Kid e cada tira é um espetáculo à parte. Seguindo orientações, ele baseou seu trabalho na famosa série da TV do herói, mas Salinas melhorou muito o aspecto visual do personagem. Seu Cisco era baseado no do ator Duncan Renaldo, que ficou famoso protagonizando o personagem na TV. Mas Renaldo, que tinha 46 anos na época, nunca foi tão bonito ou atlético quanto o Cisco de Salinas. Não é à toa que as mulheres do oeste bravio, em geral, se apaixonam pelo mexicano galante. E elas também são retratadas de forma belíssima por Salinas.
     
    Os cenários, os cavalos, os vilões, tudo em Cisco Kid é sensacional e a série de tiras fez sucesso de saída, sendo logo vendida para diversos jornais americanos e principalmente para outros países, especialmente os países latinos onde sempre fez muito sucesso.
     
    Na Argentina, onde era desenhada, foi publicada no principal jornal do país, La Nación, e logo foi comprada pela principal editora do mercado, a Columba.
     
    Garanta logo o seu album!

     

    A Morte e a Morte de Sixto Rodriguez

     

    "Antes que divulgassem que ele gerenciava uma pousada em Trancoso com Buddy Holly, alguém teve a brilhante ideia de levar um carregamento de seus discos para África do Sul que vivia sob o regime do Apartheid (1948-1994) e o racismo institucionalizado com shows e artistas censurados e a televisão e os jornais eram vistos como uma armas de destruição em massa criadas por comunistas.


    As músicas do primeiro disco de Rodriguez como “Sugar Man", “Establishment Blues” e “Cold Fact” serviam de alento para os jovens que passaram a cultuar o disco e cantar suas músicas nas violentas manifestações anti-Apartheid, enquanto várias e várias cópias eram produzidas no sigilo, Rodriguez se tornou popstar em Johanesburgo sem mesmo nunca ter pisado por lá "

    leia a postagem de HAROLDO MOURÃO

    A Morte e a Morte de Sixto Rodriguez

    Dura Lex Sed Rolex



    DALCIO MACHADO


    FRAGA 
     
     
       

    MIGUEL PAIVA

     

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    Millôr, que faria 100, foi individualista indomável

     

     


    Image

    "O ponto de vista próprio, peremptório, era inegociável para o homem que criou centenas de desenhos usando as letras do próprio nome —nome que, como se sabe, também foi inventado por ele, que leu "Millôr" na caligrafia arrevesada do tabelião que o registrou "Milton".
     
    Assim como obteve, legalmente, a patente Editora do Editor para fustigar os amigos Rubem Braga e Fernando Sabino, donos da Editora do Autor, teria sacramentado em cartório a propriedade do derradeiro vocábulo do Aurélio só para garantir que, em discussões, teria a última palavra.
     
    A proverbial assertividade foi decisiva para consagrá-lo como o mestre da frase lapidar, síntese fulgurante de ideia, impropério ou piada que nasce para se descolar do raciocínio e ganhar o mundo tão sozinha quanto seu autor."
     
    mais no artigo de PAULO ROBERTO PIRES

    Millôr, que faria 100, foi individualista indomável

    Cristina Buarque - Gênio mau (Wilson Baptista e Rubens Soares)



    ele tem, ele tem um genio mau
    quando digo pedra é pedra
    ele diz que pedra é pau 
     

    segunda-feira, agosto 14, 2023

    Governados por idiotas

     ARNALDO BRANCO

    A última ideia da direita pra tentar motivar seu eleitorado — que está desmobilizado desde o fracasso do golpe — veio de Romeu Zema, um projeto de fascista que não tem muito physique du rôle já que parece o Barbosa da TV Pirata. O plano? Uma aliança sul-sudeste contra o nordeste, em busca de mais protagonismo político.

    Sim, o cara acha que falta protagonismo para duas regiões já extremamente aduladas com verbas federais e que o melhor jeito para chamar a atenção pra sua campanha é convocando um boicote ao nordeste, que não só foi determinante no resultado das últimas eleições, mas que também tem representantes orgulhosos que vivem e trabalham no eixo sul-sudeste. Além de não saber como funciona um vírus, Zema não entende o conceito de corrente migratória.

    É claro que pegou mal e todo mundo que aderiu na primeira hora já voltou atrás — um pouco tarde, já que ficou bem claro que são xenófobos com péssima leitura do jogo político. Mais uma iniciativa frustrada da maior força motriz do bolsonarismo, o idiota motivado.

    Semana passada falei da burrice da direita, que foi instrumental na hora juntar uma horda de tapado que entrou na aventura bolsonarista por identificação, mas que foi uma tremenda desvantagem quando chegou o momento de tentar se perpetuar no poder — o resultado foi uma sucessão de estratégias de jerico que está levando vários representantes do governo Bolsonaro para a cadeia.

    Agora vem a notícia dos ajudantes de ordens a serviço de Bolsonaro que deletaram 17.000 emails comprometedores de suas caixas de entrada, mas esqueceram de repetir a operação na pasta lixeira. Em matéria de estupidez a direita é um exemplo de superação.

    O problema é que sempre que a gente descobre mais coisas sobre o despreparo dos caras lembro a cena em “Trainspotting” em que o Ewan McGregor fala que não odeia os ingleses porque são só uns caras desprezíveis — e que ele e seus conterrâneos escoceses são bem piores, já que conseguiram ser colonizados por caras desprezíveis.

    É a mesma sensação com os bolsonaristas: como é que a gente foi governado por esses caras?

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    https://conformesolicitado.substack.com/i/135852568/governados-por-idiotas

     

     

     

    carnaval


     

    Vittor Santos & Orquestra - Da-Terra (V. Santos)

    Dia dos Pais

     
    DALCIO MACHADO

    HECTOR




    JEAN

     

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    domingo, agosto 13, 2023

    O problema do xis

     


    Image

     SERGIO AUGUSTO

    Custei um pouco a me acostumar com o novo logo do Twitter. Pra ser franco, ainda não me acostumei de todo. Assim como não me afinei ainda com as “inovações” da plataforma, quase todas furadas, a começar, reitero, pela substituição do mascote original pela vigésima quarta e mais antipática letra do alfabeto.

    É Xwitter que agora se diz? Ou será Csuiter? Ou Zuiter? Ou Chuiter?
    Ver aquele estilizado xis onde antes havia um prosaico passarinho azul me incomoda, aturde, irrita. Não tanto porque a figura de Elon Musk me incomode, aturda e irrite, mas porque antes de me evocar xerox, raio X, Madame X, Malcolm X, Arquivo X, Geração X, Pix, Drex, FedEx – ou mesmo Eike Batista, Noel Rosa (O Xis do Problema) e Lygia Fagundes Telles (idem) –, ele me remete a coisas sinistras como censura, cortes, proibições e certos artefatos de repressão medievais.

    Nos idos analógicos, quando datilografávamos em vez de digitar, a letra xis era muito mais usada para eliminar caracteres equivocadamente datilografados do que para escrever palavras como “exemplo”, por exemplo. O X era o deletar rudimentar das máquinas de escrever, o mais perceptível poluente gráfico em nossos textos incessantemente rasurados.


    Além de ter sempre textos limpos diante dos olhos, a migração para o computador me proporcionou uma nova relação com a tecla X. Não mais a utilizo para suprimir caracteres ou palavras, apenas ampliei meu risco de acrescentar ao escrito outro erro, caso escreva, digamos, “xuxu”. Por longo tempo condicionado a usá-la sobretudo para deletar, ainda empaco um pouquinho ao digitar qualquer palavra com X, no computador. Pavlov explica.

    Reconheço-lhe a versatilidade e utilidade na matemática e outras ciências, mas, pelas críticas lidas e ouvidas, o X do Elon Musk não agradou. Não foi uma troca inovadora e palpitante, opinou quem entende bastante de marcas e designs, o consultor de criatividade Jake Hancock.

    Outro fora do bufônico fabricante de carros elétricos e vendilhão espacial. Sua gestão caótica à frente do Twitter pedia um gato como novo mascote, já que, afinal de contas, nenhuma letra do alfabeto come passarinho.

    Mestre em marketing e autopromoção, Musk se mete em tudo que o dinheiro pode comprar e mais grana lhe possa render, a ele e à elite empresarial de suas relações. Inventou o capitalismo intergaláctico, estragou o céu com milhares de satélites artificiais que prejudicam a observação astronômica e podem causar sérios acidentes.

    Para levar adiante um prodigioso chip que funcionaria como interface entre o cérebro humano e os mistérios da tecnologia, fundou a Neuralink, cujos testes com animais já causaram pelo menos 1.500 mortes, mas nenhum chip. Musk já deu ao século 21 o seu Dr. Moreau. A ilha? Ele compra.

    ESTADÃO 

    Criança esperança é estar vivo


     


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