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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, junho 26, 2021

    A Lira do Lira



    AROEIRA

     

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    St. Joseph's


     

    Ao flertar com tragédia e glória, Dinamarca mostra seu DNA imponderável no futebol


    Image

    "Michael Laudrup foi para a Copa de 1986 como o menino prodígio do time. Para o volante Xavi, do Barcelona, o dinamarquês é o maior jogador da história.

    Seu companheiro de ataque era Elkjaer-Larsen, campeão italiano com a Hellas Verona em 1985. Artilheiro e colunista de revista pornográfica em seu país, o jogador instituiu um bordel de Copenhagen como concentração informal da equipe.

    "Para muitos de nós, não era informal, não. Era a oficial mesmo", se recorda o líbero Morten Olsen."

    leia reportagem de ALEX SABINO

    Resumão do crime

     

    de conrado hubner mendes
    Resumão do xxxésimo crime de responsabilidade (autoria desconhecida)
    Precisamos desenhar:
    1- Ricardo Barros nomeou a servidora que autorizou o contrato irregular, quando ainda era Ministro da Saúde.
    2- O Governo Bolsonaro recusou sistematicamente a compra de vacinas com eficácias mundialmente reconhecidas e ainda acrescentou que “não iria atrás de nenhuma empresa para adquirir vacina; elas, as empresas, que viessem atrás”.
    3 - Ricardo Barros, líder do governo, incluiu emenda para permitir a compra da vacina indiana, que sequer havia sido aprovada pela Anvisa, em detrimento de vacinas já disponíveis.
    4- Governo assina contrato de compra com a empresa indiana, por valor muito superior às demais e com eficácia bastante duvidosa até mesmo na Índia e recusada nos países mais desenvolvidos, mesmo alertado formalmente de tal fato pelo embaixador do Brasil na Índia.
    5- A compra da vacina é intermediada por uma empresa nacional: a Precisa.
    6- Ricardo Barros é réu em ação de improbidade com a sócia da mesma empresa.
    7- Flavio Bolsonaro participou de reunião no BNDES acompanhando o dono da empresa Precisa, sem qualquer justificativa.
    8- O contrato de compra da vacina é assinado e um servidor público verifica a ocorrência de fraude no invoice, que previa o pagamento adiantado a uma empresa que não integrava o contrato.
    9- O irmão do servidor público, deputado federal da base do governo, participa de reunião presencial com Bolsonaro e o informa da fraude;
    10- Bolsonaro imediatamente afirma que é “coisa do dep federal Ricardo Barros, seu líder na Câmara, e que se mexer nisso vai dar merda”
    11- Presidente afirma que vai oficiar imediatamente a Polícia Federal, mas permanece omisso e o contrato continua vigente, não adotando nenhuma providência.
    12 desvio de mais de 200 milhões de reais, com transferência para offshore em Cingapura, somente não ocorre pque o servidor concursado se recusa a assinar e sofre grande pressão de superiores, nomeados pelo Governo Bolsonaro, para efetuar o pagto, mesmo alertado da ilegalidade
    13- Bolsonaro, então, determina que a Polícia Federal investigue o servidor e instaure procedimento administrativo em seu desfavor.
    14 Durante depoimentos na CPI, Fred Wassef, advogado da família Bolsonaro, que defende Flavio no processo criminal da rachadinha
    escondeu Queiroz, assessor parlamentar e operador de Bolsonaro e seus filhos em sua casa, mesmo afirmando em diversas entrevistas que não sabia onde ele estava, comparece para acompanhar pessoalmente a CPI
    15- Nesse meio tempo, mais de meio milhão de brasileiros de todas idades,
    mais precisamente, 511.142, morreram por ausência de vacina, porque o Governo recusou sistematicamente a compra com eficácia comprovada pelo valor de R$15,85 para adquirir vacina não aceita nem mesmo na Índia por R$75,25, com um único objetivo: enriquecer 200 milhões de reais
    Ricardo Barros é desses que defende o nepotismo em nome da família:
    "O poder público poderia estar mais bem servido, eventualmente, com um parente qualificado do que com um não parente desqualificado"
    Surprise surprise: esposa nomeada em conselho de Itaipu
    Tire estabilidade dos servidores e realize o sonho do autocrata
    Saem servidores como Luis Ricardo Miranda, que se recusam a assinar ilegalidades, custe o que custar, e ficam os servos invertebrados: Ricardos Barros e Salles, Weintraubs, Martins, a melhor cepa do gene brasileiro
    Quer o nepotismo, quer o fim do SUS, quer o fim da Constituição de 1988

    No Tribunal de Haia


    DASSILVA

     

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    Carro de Boi - MANACÉA - C/ Cristina Buarque



    Meu carro de boi atolou, no lamaçal
    Meu carro de boi ficou, no lamaçal
    Vai buscar meu boi, vai buscar meu boi, menino
    Vai buscar meu boi pintado, lá no curral
    Meu carro de boi não pode ficar, no lamaçal
    Meu boi pintado vai tirar, do lamaçal

     

     

    4 capas

    Quatro capas com coelhos.



    OCTAVIO ARAGÃO

     

    Amém à corrupção - Na compra de vacinas e até no Cristo Redentor

     

    Alvaro Costa e Silva

      Ricardo Salles pediu demissão, mas o estrago foi feito e vai prosseguir. Ele deixou o caminho da boiada livre para o sucessor. Criou regras que dificultam a aplicação de multas, solapou os poderes da pasta ambiental limitando a atuação dos fiscais e os substituindo, favoreceu o trabalho de garimpeiros ilegais e grileiros de terras, bancou um esquema de contrabando de madeira. E comprou briga com a Polícia Federal —único erro na sua estratégia de destruição. Foi o maior predador da história da Amazônia debaixo do nariz do Exército.

      Tudo isso só foi possível porque ele agiu com o amém de Bolsonaro, que agora o descarta para desviar a atenção do escândalo envolvendo a compra da vacina Covaxin. Salles tinha tanta liberdade que decidiu mandar no Cristo Redentor. Segundo o Ministério Público Federal, a gestão dele atuou para favorecer, sem licitação, o grupo Cataratas na exploração comercial do ponto turístico no alto do Corcovado.

      São seis pequenas lojas de alimentação e suvenires que funcionam aos pés do monumento, que antes da pandemia recebia cerca de dois milhões de visitantes por ano. Uma delas estava nas mãos da mesma família há quatro gerações. Bisavós do atual lojista ganharam a concessão da Igreja Católica. Em julho de 2019 ele recebeu uma ordem de despejo da ICMBio, órgão do Ministério do Meio Ambiente responsável pelo Parque Nacional da Tijuca, área de floresta urbana que circunda o Cristo.

      Na terça (22) as lojas foram desocupadas. A Arquidiocese do Rio de Janeiro defende a permanência dos antigos comerciantes e afirma que o terreno pertence à Igreja. Salles caiu e pode até ser preso, mas a disputa judicial pela exploração do Santuário não acabou.

      Às vésperas do seu aniversário de 90 anos, do alto e de braços abertos, o Cristo Redentor tem acompanhado a transformação do país em feira de milicianos. Mas não esperava que a sujeira chegasse tão perto.


      FOLHA 

      Brasil da boiada do brejo e da parcialidade


      FRAGA



       

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      O 'vacinagate' de Bolsonaro

       

      Cristina Serra

      A veloz evolução dos acontecimentos na CPI da Covid abalou os nervos do contaminador-geral da República. Suas explosões perante repórteres são o que lhe restam diante dos questionamentos sobre o que já pode ser chamado de escândalo da Covaxin ou o “vacinagate” de Bolsonaro.

      O fio da meada foi puxado por esta Folha, que revelou o depoimento do servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda ao Ministério Público Federal, sobre pressões para compra da Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech. As tratativas ocorreram na gestão catastrófica do general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde e envolvem dirigentes da pasta indicados por ele. O irmão do servidor, deputado Luís Miranda (DEM-DF), disse que alertou Bolsonaro sobre o caso suspeito.

      Neste enredo, tudo cheira mal: a rapidez da negociação, o preço da vacina, as condições do contrato, a triangulação de empresas e os personagens da trama. O dono das empresas envolvidas, Francisco Maximiano, tem antecedente de negócios nebulosos com o Ministério da Saúde, na época em que o titular da pasta era Ricardo Barros, no governo Michel Temer. O mesmo Ricardo Barros (PP-PR), agora líder do governo na Câmara, foi autor de uma alteração na medida provisória que facilitou o contrato com as empresas de Maximiano.

      Sabe-se agora também, conforme a revista Veja, que o senador e filho 01, Flávio Bolsonaro, franqueou a Maximiano o acesso ao gabinete do presidente do BNDES, Gustavo Montezano, para tratar de outros negócios. O “vacinagate” está dentro do Palácio do Planalto. Bolsonaro sabe disso, daí seu descontrole.

      Ficou famoso o conselho de Mark Felt, fonte dos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein, do jornal The Washington Post, na cobertura do caso Watergate: “Follow the money (siga o dinheiro)”. A orientação foi certeira. Como se sabe, o escândalo levou à renúncia do presidente Richard Nixon.


      FOLHA 

      Não somos racistas



      LEANDRO ASSIS

       

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      Grateful Dead - Box of Rain



      Look out of any window
      Any morning, any evening, any day
      Maybe the sun is shining
      Birds are winging or rain is falling from a heavy sky
       
      What do you want me to do
      To do for you to see you through?
      For this is all a dream we dreamed
      One afternoon long ago

      The 10 best songs written about Bob Dylan

      “All I can do is be me, whoever that is.” — Bob Dylan

      There are few artists as influential in the world of music as Bob Dylan. Across many albums, songs and performances, the freewheelin’ troubadour has earned his place in the history books as one of the most important musicians of all time. These are facts that cannot be undermined with time or different personal tastes. In fact, it’s not just the songs he wrote that have littered the airwaves for decades but also the songs written about him.

      Below, we are looking back at the songs inspired by the freehweelin’ troubadour, Bob Dylan. Some are affectionate, recognising Dylan for the foundational stone in modern pop that he is. In contrast, others take direct shots at the singer, either for his personality or lack of creative command. Whichever way you cut it, and whichever song you prefer, it’s hard not to see Bob Dylan as one of the biggest artistic influences the world has ever known."

       

      The 10 best songs written about Bob Dylan

      sexta-feira, junho 25, 2021

      SALLES



          AMORIM

       

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      Pai Filho e Espírito de Porco



      GILMAR

       

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      Carmen Miranda - BAMBOLEO - André Filho



      Tudo passa nessa vida
      Nada fica pra semente
      Não se matando a tristeza
      A tristeza mata a gente

      Meritogatinha



      HELO D'ANGELO

       

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      Cão que ladra, morde?


      CRIS VECTOR

       

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      Boletim do JN extra: desigualdade recorde, depoimento de Witzel à CPI e os silenciamentos midiáticos de cada dia

       

       

       "Silenciar ou impor o silêncio – em relação a acontecimentos, atores – é impedir a emergência de um outro discurso, como ressalta a pesquisadora Eni Orlandi. E o silenciamento como política editorial não é censurar ou simplesmente não dar determinado assunto. É aquela estratégia muito bem feita de falar sem falar direito, de dar um acontecimento retirando dele todo o seu significado, toda a sua potência de sentidos.

      O silêncio é aquilo que é colocado de lado, aquilo que é apagado, e na estruturação de uma notícia, o ato de silenciar diz muito sobre os posicionamentos da mídia corporativa, que quase nunca são claros ou transparentes.  Portanto, o ato de silenciar assuntos ou temas ou personagens não é apenas deixar de dar na edição do dia. Eu posso muito bem falar de um assunto e retirar dele todo o seu significado, toda a sua importância. Essa operação é absolutamente intencional e estratégica. A mídia corporativa no Brasil, como um todo, se vale disso, mas o Jornal Nacional é um grande mestre nessa arte. E por isso eu quero destacar aqui três acontecimentos significativos nesta semana que foram objetos dessa estratégia."

      leia análise de Eliara Santana​

      Boletim do JN extra: desigualdade recorde, depoimento de Witzel à CPI e os silenciamentos midiáticos de cada dia – Eliara Santana

       

       

       

      Salles sai, boiada fica

       Thiago Amparo

      Não há o que comemorar com a saída de Salles: sai o algoz, mas fica a política incendiária. Prova disso é a aprovação do PL 490, anti-indígena, na CCJ da Câmara esta quarta (23). Sai Salles, mas fica seu escudeiro. Erra quem pensa que o negacionismo esteja corporificado em Salles ou mesmo em Bolsonaro; é pior: são os interesses do atraso econômico, desinformação e extermínio que sustentam o governo, e não o contrário. A mão que balança o berço do qual cai hoje Salles continuará a ditar o ritmo deste balanço rumo ao retrocesso.

      O sádico roteirista deste país nos brindou com um ato, ao mesmo tempo, trágico e elucidativo como, em geral, os atos finais são: no exato momento em que Salles saía do governo para entrar para o poço da história, a deputada Bia Kicis guiava a boiada para aprovar o maior acinte aos povos indígenas na história recente. É sintomático de um país que esmagou seus povos testemunhar a força gigante, mas solitária, da única deputada indígena, Joenia Wapichana, um dia depois de a polícia de Lira e Ibaneis brutalizar um protesto pacífico.

      Inconstitucional, o PL 490 impõe o marco temporal —que congela as terras indígenas em 1988— apesar de o STF ter sido claro no sentido de que o marco não se aplica a outras demarcações, e a corte ter na pauta outro caso a respeito no próximo dia 30. Esmaga o direito ao consentimento livre, prévio e informado, garantido pela Convenção 169, com força supralegal no Brasil. Mente ao afirmar que indígenas seriam latifundiários, sendo que suas terras indígenas ocupam apenas 13,8% do território nacional (pastagem ocupa 21,2%), sendo 98% na Amazônia e pouco em estados agrícolas.

      Primeiro, mataram seus ancestrais e ergueram monumentos para os seus assassinos. Depois, queimaram suas casas, garimparam suas terras, e chamaram isso de progresso. Salles sai livre, quando há muito deveria estar preso. Hoje, choram as Guajajaras e os Krenakes deste país, molhando o solo em que construiremos o amanhã.


      FOLHA

      São João em casa



      MARCELO MARTINEZ

       

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      East Wind - Bert Jansch · John Renbourn

      quinta-feira, junho 24, 2021

      São João from Hell

       



      QUINHO


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      From our garden | Do nosso quintal ; Pitaya


       

      Joe Cocker With A Little Help From My Friends 1969 in Woodstock



      What would you do if I sang out of tune
      Would you stand up and walk out on me
      Lend me your ears and I'll sing you a song
      I will try not to sing out of key

      Os empreendedores



      TONI DAGOSTINHO

       

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      Não estamos ameaçando ninguem



      AROEIRA

       

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      In our garden \ No nosso quintal


       

      Bolsonaro pressente deposição e reage: desconfia dos militares

       

       

      "A imagem de Jair Messias Bolsonaro afixada nas fotos oficiais dos QGs brasileiros assemelha-se, a cada dia que passa, ao retrato de Dorian Gray, no romance homônimo do escritor e dramaturgo britânico Oscar Wilde.

      Assim como o personagem de Wilde, Bolsonaro vendeu sua alma aos comandantes militares e firmou uma profissão de fé de que seriam felizes juntos e para sempre no comando do País. Contudo, ao se descobrir Presidente, acreditou ser onipotente e deixou vazar os matizes mais grotescos e bizarros de sua alma deformada. Assustados com as perversões que ajudaram a implantar no Palácio do Planalto e envergonhados com a péssima figura externa que o Brasil faz hoje no mundo, os chefes das Forças Armadas querem apagar a foto e exorcizar a culpa que têm por terem-na encomendado. Dar cabo dessa missão, entretanto, é tarefa para um Estadista – e não há biografias disponíveis no espectro de direita com tamanha envergadura para suportar a dimensão desse adjetivo superlativo"


      leia artigo de Luís Costa Pinto​

      Bolsonaro pressente deposição e reage: desconfia dos militares - Luís Costa Pinto - Brasil 247

      Riscados


      LAFA

       

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      St. Josephs


       

      Eu tenho cagaço sim


      GILMAR

       

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      Cai Salles



          QUINHO

       

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      Joana Dark | Videoclipe oficial | Ava Rocha | "Trança" (2018).

      Semana inteira
      Semana inteira
      Queimando erva porque eu sou feiticeira

      Cê tá chapado?
      O que é que é isso?
      Sou eu soprando na sua boca o meu feitiço

      Olha a baba
      Cê tá babando
      Fechando a boca que aqui sou eu quem mando

      Sou eu quem mando
      Sou eu queimando
      Sou eu quem mando na fogueira do pecado

      quarta-feira, junho 23, 2021

      Madeiraaaa



      GILMAR

       

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      St. Joseph's


       St. Joseph

      Guarreichtingueta



      NANDO MOTTA

       

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      Terra, Barros, Lira: Centrão dá salvo-conduto ao negacionismo de Bolsonaro

       

       22.jun.2021 - O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) presta depoimento à CPI da Covid - Edilson Rodrigues/Agência Senado

      "A  depender do que for encontrado, pode ser que isso dê um chacoalhão na imagem do presidente, que se vende como puro após anos de rachadinhas. A questão é que enquanto o contrato com o centrão estiver vigente, ele pode aparecer em um vídeo rindo sobre o caixão de mortos por covid que nada vai acontecer. Terá apenas que pagar mais pela fatura a fim de que deputados digam que ele estava, na verdade, rindo de tanto chorar."
       
      leia coluna de Leonardo Sakamoto

       Terra, Barros, Lira: Centrão dá salvo-conduto ao negacionismo de Bolsonaro - 22/06/2021 - UOL Notícias

      PALAVRAS

      A verdadeira poesia se inclui em tudo que não se conforma àquela moralidade que, a fim demaner sua ordem e o seu prestígio, constrói apenas bancos, quartéis, prisões, igrejas, prostíbulos. 
      A verdadeira poesia se inclui em tudo que resgata o homem daquela riqueza terrível que tem a aparência de morte. 

      - Paul Eluard 

      terça-feira, junho 22, 2021

      Sentiu né



      QUINHO



       

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      Courtney Barnett - Nameless, Faceless



      wanna walk through the park in the dark
      Men are scared that women will laugh at them

      No meu quintal | In my garden


       

      Aberta a sessão



      BETO

       

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      Osmar Terra



      BENETT
       

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      Chokin' Kind / Buddy Ace



      I gave you my heart
      But you wanted my mind
      Your love is the chokin kind

      segunda-feira, junho 21, 2021

      Tá feliz agora?



      AROEIRA

       

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      Happy Together - Wong Kar wai (1997) ~ Cucurrucucu Paloma

      No meu quintal | In my garden


       

      St. Joseph's




       

      Novo patrocinador da Copa America



      LUTE

       

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      ARACY DE ALMEIDA - CONVERSA DE BOTEQUIM (1971)



      Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa
      Uma boa média que não seja requentada
      Um pão bem quente com manteiga à beça
      Um guardanapo e um copo d'água bem gelada
      Feche a porta da direita com muito cuidado
      Que não estou disposto a ficar exposto ao sol
      Vá perguntar ao seu freguês do lado
      Qual foi o resultado do futebol

      Noel Rosa

      Bom dia com Tio Jair



      GALVÃO

       

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      ‘Isto tem que acabar’

       Dorrit Harazin - assinatura

      Por Dorrit Harazim

      Lee Bollinger é o mais longevo presidentem da centenária Universidade Columbia, em Nova York, fundada muito antes de os Estados Unidos terem um 4 de Julho para comemorar a Independência. Ocupante do cargo há duas décadas, Bollinger, que não é de falar abobrinha, define assim a função da instituição: “Uma universidade não consegue sobreviver numa sociedade que não leva a sério os elementos básicos da vida cívica — o respeito à verdade, o respeito à razão como meio de busca da verdade e o compromisso com o princípio fundamental da igualdade humana”. Se substituirmos “universidade” por “país” ou “imprensa independente”, a frase também vale.

      Steve Bannon, o trevoso conselheiro do ex-presidente Donald Trump e inspiração para a extrema-direita mundial, baseou sua estratégia na identificação do inimigo a bater — não a oposição democrata, que Bannon desdenhava e considerava peso leve. “A verdadeira oposição é a mídia. E a melhor forma de lidar com ela é inundá-la de merda”, sustentava o guru, em citação tirada do livro “Hoax” (embuste), do jornalista Brian Stelter.

      Nos Estados Unidos de Trump, a tática deu certo até a 25ª hora de seus quatro anos na Casa Branca. Cada nova afirmação deliberadamente falsa do presidente obrigava a mídia a correr atrás, apontar a desinformação, retificá-la às pressas, fazer do jornalismo um cansativo exercício de fact-checking que, por sua vez, adquiria vida própria, também manipulável. Fatos e decência se tornaram divisores ideológicos, partidários, destruíram ou deixaram destruir a confiança nas Cortes e na ciência, nas eleições e nas instituições. Até hoje, passados sete meses desde o pleito de 2020, 75% dos eleitores republicanos acreditam na versão trumpista de fraude eleitoral.

      O aprendiz Trump fez escola ao usar e abusar da mídia. E esta demorou a reagir, movida em parte por um convencional respeito e deferência ao chefe da nação democraticamente eleito. Acordou tarde e raivosa por ter se deixado insultar — tinha virado alvo de escárnio oficial e agressões de apoiadores trumpistas. Foi somente em novembro de 2020 que grandes emissoras de TV dos EUA (com exceção da Fox) ousaram interromper a transmissão de um discurso em que Trump lançava acusações infundadas contra o processo eleitoral. Decidiram, assim, não mais transmitir informações falsas capazes de colocar em risco as instituições do país. Só mais recentemente, e pelo mesmo motivo, Twitter e Facebook cancelaram a conta do hoje cidadão, mas sempre conspirador, Donald Trump.

      No Brasil de Bolsonaro, o início não foi diferente. Basta lembrar o humilhante papel a que repórteres foram expostos diariamente no “cercadinho” do Palácio da Alvorada, por ordem de seus chefes. Recebiam insultos a rodo do presidente e aguentavam a chacota de bolsonaristas participantes. Tudo com transmissão ao vivo e retransmissões infinitas à guisa de jornalismo testemunhal. Não era jornalismo. Foi um erro de avaliação das chefias quanto à eficácia manipuladora do capitão. Só não foi fatal porque a imprensa se recalibrou. Graças ao jornalismo investigativo, seja de grandes jornais, TVs, mídias ou redes independentes, a terraplenagem de fatos e a disseminação de mentiras do governo encontram barreiras, conseguem ser esmiuçadas, apuradas e contraditas.

      Ainda assim, não há imprensa livre, em país algum do mundo, capaz de impedir que um presidente eleito faça um convite público de risco à vida. Em sua live semanal das quintas-feiras, Bolsonaro dirigiu-se a esta nação-cemitério de mais de 500 mil mortos por Covid-19 nos seguintes termos: “Todos que contraíram o vírus estão vacinados, até de forma mais eficaz que a própria vacina, porque você pegou o vírus pra valer. Quem pegou o vírus está imunizado, não se discute”.

      Discute-se, sim, em qualquer nação democrática, o comportamento criminoso de um presidente, e não apenas pela imprensa. É das instituições nacionais e da sociedade, das ruas e da vontade de existir que precisa brotar o basta à insânia presidencial. Como diz o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues, “isto tem que acabar”.

      Para tanto, convém não contar com a neutralidade das Forças Armadas. Ainda nesta semana, mais um oficial da ativa achou oportuno dar pitaco público. Em entrevista a Rafael Moraes Moura, na revista Veja, o general Luis Carlos Gomes Mattos, presidente do Superior Tribunal Militar, não apenas defendeu o presidente: “É um democrata. Tomou todas as providências cabíveis [contra a pandemia]”. Também afirmou que a oposição ao governo “está esticando demais a corda”. E argumentou, entre outros disparates, que “o povo brasileiro tem de saber votar”.

      Pitaco por pitaco, melhor ouvir Mark Twain: “Seres humanos são o tipo de espécie que nasceu sem saber evitar sua extinção”. Temos, em solo brasileiro, vários desses espécimes

      o globo

      Jail Bolsonaro



      LEANDRO ASSIS

       

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      Crime sem castigo: Bolsonaro e os 500 mil mortos

       

      500 mil mortos: Manifestantes protestam contra Bolsonaro no Rio


      O Brasil atingiu as 500 mil mortes pelo coronavírus. A pandemia devastou o país com a cumplicidade de Jair Bolsonaro. O presidente sabotou as medidas de distanciamento, boicotou a compra de vacinas e segue em cruzada contra o uso de máscaras.

      A CPI da Covid já reuniu provas de que a irresponsabilidade foi calculada. O capitão apostou na estratégia da “imunidade de rebanho”. Atuou para acelerar a disseminação da doença, como se isso fosse abreviar o baque na economia e facilitar sua reeleição.

      Indiferente à tragédia, ele torra dinheiro público para fazer campanha antecipada. Na sexta, transformou uma visita ao Pará em comício, com transmissão ao vivo na TV estatal.

      O presidente tem razões para confiar na impunidade. As instituições se acoelharam diante de suas afrontas. A Câmara já recebeu mais de uma centena de pedidos de impeachment, mas nenhum chegou a sair da gaveta.

      “No momento, parece muito provável que Bolsonaro dispute o segundo turno em 2022, e nada provável que ele seja defenestrado do Planalto por seus crimes de responsabilidade”, resume o professor Rafael Mafei, da Faculdade de Direito da USP.

      No epílogo de “Como remover um presidente” (Zahar, 378 págs.), ele discute por que o capitão não enfrenta o mesmo processo que derrubou Fernando Collor e Dilma Rosuseff.

      Não é por falta de base jurídica. O autor compara a contagem dos crimes de Bolsonaro a um bingo: “a cada tantos dias, pode-se marcar um novo crime na cartela da Lei do Impeachment”. Antes da pandemia, ele já atentava contra o decoro do cargo e a autonomia dos outros Poderes.

      Os constantes ataques ao Supremo fazem parte de uma tática de intimidação. “Não são arroubos de temperamento, mas uso estratégico do poder presidencial para atentar contra o Judiciário”, escreve o professor.

      “Até aqui, os presidentes preocupavam-se ao menos em dissimular a intenção de agredir a Constituição. Ele, ao contrário, comete crimes de responsabilidade em série, abertamente e de modo ostensivo”, sustenta. “Cada comportamento ultrajante e indecente tira o foco da infração anterior. Ele e seus apoiadores são mestres na arte de usar o crime de hoje como diversionismo para o delito de ontem”.

      O professor da USP contesta a tese de que o Congresso não pune Bolsonaro por falta de pressão popular. Ele lembra que Rodrigo Maia segurou dezenas de denúncias em 2020. “É pedir demais que multidões desafiem um vírus perigoso e tomem as ruas para exigir um impeachment que a própria autoridade competente passou o ano jurando que não tiraria da gaveta”, afirma.

      Apesar dos riscos, as ruas voltaram a encher ontem em todo o país. Mas agora o impeachment enfrenta outras barreiras. A Câmara está nas mãos de Arthur Lira, que tem recebido milhões de incentivos para blindar o presidente. E a oposição acredita ter mais chances se ele estiver no páreo em 2022.

      Pode ser um erro fatal, avisa o autor de “Como Remover um Presidente”. “O plano de vencer Bolsonaro nas urnas subestima a quantidade de incentivos e possibilidades que ele tem de jogar sujo no pleito”, adverte Mafei. É o que sugerem os ataques ao voto eletrônico e aos ministros do TSE.

      Genocida



      QUINHO

       

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      Frida Hyvönen ft. First Aid Kit - Everybody Knows (Leonard Cohen)

      Everybody knows that the dice are loaded
      Everybody rolls with their fingers crossed
      Everybody knows the war is over
      Everybody knows the good guys lost
      Everybody knows the fight was fixed
      The poor stay poor, the rich get rich
      That's how it goes
      Everybody knows
       

      Jail Bolsonaro



      DASSILVA
       

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      domingo, junho 20, 2021

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      JOÃO DAS RUAS

       


      de SERGIO AUGUSTO


      Era, de certo modo, mais moderno que os próprios modernistas
      “Você é minha última esperança”, disse Odylo Costa, filho, me olhando com ar confiante, na redação da revista O Cruzeiro, que então comandava. “Você leu Gilberto Amado?”, perguntou. “Não”, respondi. E lá se foi o doce Odylo a resmungar sua decepção por não ter encontrado um escasso leitor de Gilberto Amado entre os seus pupilos.

      Já naquela época, nenhum jovem com os mesmos meus 21 anos, à exceção bastante provável de José Guilherme Merquior, havia lido ou se interessava pela literatura daquele que eu conhecia, acima de tudo ou quase que exclusivamente, como o pai diplomata da atriz Vera Clouzot, casada com o cineasta francês Georges Clouzot.
      Ademais, convenceram-me de que ele era um chato e danado de prosa. Mas dois outros fatores foram igualmente determinantes para me resguardar dele e suas prosas: Amado matara com uma pistola o poeta Aníbal Teófilo e descrevera de forma grosseira a mãe de seu confrade na Academia Brasileira de Letras, Paulo Barreto, mais conhecido como João do Rio.

      O assassinato, ocorrido à saída de uma tertúlia literária, no centro do Rio de Janeiro, vale bem uma crônica exclusiva, que pode ficar para ocasião mais apropriada, pois hoje meu personagem é justamente aquele cuja mãe, dona Florência Barreto, Amado descreveu nestes termos: “Morenona refolhuda e penigenta, alegre e vivedora, de um egocentrismo de atriz”.

      Porque faz 100 anos na próxima quarta-feira que o jornalista e escritor Paulo Barreto morreu, tirando de cena a figura ímpar de João do Rio, cronista maior da belle époque carioca, o Oscar Wilde caboclo, habitué encasacado dos saraus mais elegantes da cidade e conhecedor intimíssimo de suas ruas e sua gente.

      Gilberto Amado, morto em 1969, é ainda menos lido hoje do que 60 anos atrás, ao contrário de João do Rio, cujo fundamental A Alma Encantadora das Ruas, caleidoscópica coletânea de crônicas publicadas na Gazeta de Notícias, no início do século passado, nunca saiu de catálogo.

      Gordo, mulato, homossexual, dândi, epicurista, comilão e flâneur da mítica Rua do Ouvidor, frequentador e observador diário dos bares, livrarias e redações que nela se concentravam, Barreto teve mais de um heterônimo. Foi também Joe, José Antonio José, X. Claude e Máscara Negra, todos aplicados na produção de textos vivos, eruditos e, coerentemente, pernósticos.

      O pândego filho de dona Florência brilhou na imprensa diária, semanal e mensal como cronista, repórter, crítico, editorialista, ensaísta e sociólogo amador. Era, de certo modo, mais moderno que os próprios modernistas, de cuja Semana, em 1922, não pôde participar.

      O cinema mal chegara ao País e ele já tinha uma coluna intitulada Cinematographo. As primeiras lutas de nossas feministas contaram de pronto com sua entusiástica solidariedade. Vítima de preconceitos, precisou insistir duas vezes para ser aceito na Academia Brasileira de Letras, mas o Barão do Rio Branco barrou sua entrada na vida diplomática, por não considerá-lo fisicamente digno da carrière.

      Seu prestígio como cronista e conferencista alcançou Portugal, onde também lhe reconheceram o pioneiro esforço por valorizar os aspectos humanos e sociais da vida urbana. Ele deu visibilidade à miséria dos anônimos e voz “às queixas dos infelizes”, lutou contra a exploração de menores pelos falsos mendigos que infestavam a capital da República.

      Com o pseudônimo Joe assinou a melhor cobertura da inauguração do Teatro Municipal, em 1909. Em linguagem literária, pontuada de alusões históricas e literárias, nada escapou ao seu olhar deslumbrado, jubiloso e fotográfico. Do intenso movimento de veículos e cocheiros à entrada do teatro à cerimônia em si (Hino Nacional, discurso de Olavo Bilac, um poema sinfônico de Francisco Braga e Escragnole Doria, uma peça em um ato de Coelho Neto, uma ópera lírica, também em um ato, de Delgado de Carvalho), com preciosas descrições do opulento interior da casa e dos solenes convivas presentes à grande noite. Era o repórter certo, no lugar certo, na hora certa – e com o estilo certo.

      Na noite de 23 de junho de 1923, Paulo Barreto tomou um táxi na porta de seu jornal, A Pátria, no largo da Carioca, e rumou para Ipanema, onde morava. Não se sentia bem e piorou ao passar pelo Catete, onde pediu que o taxista parasse e lhe providenciasse um copo d’água. Ao voltar com a água, o taxista o encontrou morto – fulminado por um derrame. Para quem tanto se orgulhava de viver na rua, morrer nela foi uma abençoada fatalidade.

      O poeta americano Robert Lowell também morreria dentro de um táxi 58 anos mais tarde, mas ele não desfrutava em Nova York da mesma popularidade que João do Rio alcançara em sua cidade. Antes da meia-noite, boa parte da população carioca já sabia da morte do jornalista. Na manhã seguinte, a notícia foi manchete de todos os jornais.

      O enterro, três dias depois, um domingo, atraiu em torno de 100 mil pessoas, num cortejo que lotou todo o trajeto que liga o centro do Rio ao cemitério de São João Batista, em Botafogo. Divulgou-se, na época, que fora o mais concorrido funeral da cidade desde o do Barão do Rio Branco, nove anos antes. O barão fizera muita coisa e tinha 66 anos. João do Rio tinha apenas 39 e ainda muita coisa por fazer.

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