Para falar do OTA
A íntegra de minha entrevista para O Globo, para falar do OTA:
This site will look much better in a browser that supports web standards, but it is accessible to any browser or Internet device.
Assinar
Postagens [Atom]
Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.
A íntegra de minha entrevista para O Globo, para falar do OTA:
"
Como autor ou editor, ele teve uma vida inteira ligada às histórias em quadrinhos: criou a Garota Bipolar, foi responsável por uma nova coleção de álbuns do Asterix pela Record, participou e escreveu livros sobre HQs, assinou colunas em jornais e editou dezenas de títulos.
Mais de uma vez, retratou a si mesmo em suas produções, sempre com bom humor. Dono de um temperamento forte, teve desavenças com muitos profissionais do mercado, mas nem isso diminuía a admiração que tanta gente tinha por ele."
leia o Otabituário por Sidney Gusman
Morreu o quadrinhista e editor Otacílio d'Assunção, o Ota - UNIVERSO HQ:
.Olá, amiguinhos...
O vídeo do recente jantar em homenagem a Michel Temer lembrou-me uma cena do filme “O Poderoso Chefão 3”, o último sobre a saga da família Corleone, dirigido por Francis Ford Coppola e estrelado por Al Pacino. A ficção mostra um encontro de mafiosos, num ambiente cafona e decadente em cada detalhe da decoração: cristais, pratarias, taças, lustres.
Semelhante também é a disposição dos personagens na cena: senhores cheirando a naftalina, em torno de uma grande mesa para tratar de negócios. No caso, aqui, para celebrar o “business as usual”, depois que Temer afivelou uma focinheira em Bolsonaro e deixou claro quem controla as rédeas do processo golpista que se desdobra desde 2016.
É emblemático que o jantar tenha sido na casa de Naji Nahas, mega especulador que chegou a ser condenado por golpes contra o sistema financeiro, décadas atrás. Entre os comensais, outros arquétipos da elite brasileira. Gilberto Kassab, dono do PSD, o partido que “não é de direita, nem de esquerda, nem de centro”. Poderosos da mídia, juristas, um médico e um suplente de senador completam a confraria. Na ficção, a reunião de mafiosos termina mal. Na vida real, Temer e seus convidados divertem-se a valer.
Nunca um presidente cometeu tantos crimes de responsabilidade contra o povo. Estamos chegando a 600 mil mortos pela Covid. Doença, desemprego e fome dilaceram os sonhos de milhões de brasileiros, lançados ao desespero pelo governo que essa gente ajuda a manter no Palácio do Planalto. Ainda que mal pergunte, riem do que, senhores?
O GLOBO
Marcos Nogueira
Jair Bolsonaro é um tipo que come miojo no quarto do hotel depois do banquete do imperador do Japão.
Ele aglomera no trailer do hot dog. Ele junta gente na pastelaria.
Quando se exibe publicamente em um restaurante, é na churrascaria rodízio, ao lado de caminhoneiros, agricultores e cantores sertanejos.
Ele quer parecer simplão, do povo. Lógico que não é. Mas a audiência do cercadinho engole.
Em Nova York, Bolsonaro e sua comitiva de saltimbancos jantaram em pé, em frente à Slice da Terceira Avenida. É uma pizzaria que vende no balcão, para quem passa na rua, fatias por US$ 3 (algo como R$ 16). Caro para nossos bolsos, mas lá custa só 3 dinheiros.
Ainda na noite de ontem, sites diziam que a delegação brasileira jantou na calçada para burlar a lei municipal que exige atestado de vacinação para entrar em restaurantes.
Não é bem assim. Eles poderiam comer num restaurante sem entrar no restaurante: a exigência não vale para as áreas externas. Mas Bolsonaro preferiu passar seu recado de forma teatral.
Ao comer na calçada com ministros e aspones, o presidente envia uma banana para o antecessor Michel Temer –o ghost writer de sua carta quase limpinha. A banana de Bolsonaro também se destina aos ricos de unhas feitas que riram de sua cara em volta de uma mesa de jantar cheia de vinhos com etiqueta de quatro dígitos.
O truque tacanho funcionou. De novo. Tanto que a presepada do Jair está em todo lugar, inclusive aqui.
Jair Bolsonaro inovou. Antes da pandemia, ele esperava o início da Assembleia Geral da ONU para envergonhar o Brasil. Agora o vexame internacional já começa na véspera.
O presidente embarcou para Nova York sem ter tomado nenhuma vacina contra a Covid-19. Isso obrigou as Nações Unidas a abrirem uma exceção para permitir sua entrada no edifício-sede.
A foto da pizza na calçada, divulgada pelo ministro do Turismo, foi o menor dos constrangimentos da viagem.
Bolsonaro gosta de produzir imagens para se vender como um homem comum, que não teria apego ao luxo e ao poder. A cena da pizza o ajuda a compor esse personagem populista. É o novo pão com leite condensado.
Constrangimento de verdade ocorreu nesta segunda-feira, em reunião com o primeiro-ministro do Reino Unido.
Na parte pública do encontro, Boris Johnson elogiou a vacina da AstraZeneca e disse que todos deveriam tomá-la. Bolsonaro fez sinal de negativo e disse que "ainda não" se vacinou. Johnson olhou para o lado e sorriu amarelo.
Mais tarde, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, criticou o negacionismo do presidente. "Precisamos enviar uma mensagem a todos os líderes mundiais, principalmente Bolsonaro, do Brasil: se você pretende vir aqui, você precisa estar vacinado", disse.
Num só dia, o Capitão Corona submeteu o Brasil a dois vexames internacionais. E a Assembleia Geral da ONU ainda nem começou.
And so castles made of sand, fall in the sea, eventually
Jimi Hendrix / Castles made of Sand from MXJ files / Marijana X Jakelic on Vimeo.
"The great question of America’s twenty-year war in Afghanistan was not whether the Afghans were fit for democracy. It was whether democratic values were strong enough in the US to be projected onto a traumatized society seven thousand miles away. Those values include the accountability of the people in power, the consistent and universal application of human rights, a clear understanding of what policies are trying to achieve, the prevention of corrupt financial influence over political decisions, and the fundamental truthfulness of public utterances. In the first two decades of the twenty-first century, the American republic was fighting, and often losing, a domestic battle to uphold those values for its own citizens.
It is grimly unsurprising that the US could not infuse them into a very foreign country. While the political system of the US was approaching the crisis that culminated in the presidency of Donald Trump and the Capitol riots, its most enduring external adventure could not avoid moving in tandem toward the grim climax of the flight from Kabul. Afghanistan became a dark mirror held up to the travails of American democracy. It reflected back, sometimes in exaggerated forms, the weaknesses of the homeland’s political culture. Critics of the war argued that the US could not create a polity in its own image on the far side of the world. The tragic truth is that in many ways it did exactly that."
read article by Fintan O'Toole
The Lie of Nation Building | by Fintan O’Toole | The New York Review of Books:
"The Afghans now have suffered generation after generation of not just
continuous warfare but humanitarian crises, one after the other, and
Americans have to remember that this wasn’t a civil war that the Afghans
started among themselves that the rest of the world got sucked into.
This situation was triggered by an outside invasion, initially by the
Soviet Union, during the Cold War, and since then the country has been a
battleground for regional and global powers seeking their own security
by trying to militarily intervene in Afghanistan, whether it be the
United States after 2001, the C.I.A. in the nineteen-eighties, Pakistan
through its support first for the mujahideen and later the Taliban, or
Iran and its clients. To blame Afghans for not getting their act
together in light of that history is just wrong."
read the converstion between ISAAC CHOTINER and STEVE COLL
e o blog0news continua…
visite a lista de arquivos na coluna da esquerda
para passear pelos posts passados
ESTATÍSTICAS SITEMETER