Um diz que o outro precisa levar chute na
bunda; o outro diz que não fala mais com o
um que, de quebra, é chamado de
vagabundo pelo terceiro. É neste clima
"cordial, educado e de fina sintonia" que o
Brasil e a Fifa vem tratando da Copa do
Mundo de 2014. Barraco internacional
vergonhoso que nos leva a refletir sobre as
reais vantagens de sediar tal competição.
Não bastasse a colossal derrama de dinheiro
público num Mundial anunciado a princípio como
"da iniciativa privada" (lembra?), ainda se é
obrigado a acompanhar tais baixarias, sabendo, de
antemão (por tudo que vem acontecendo e tem
sido fartamente noticiado), que o legado que de
fato interessa (ou seja, melhorias efetivas nas
cidades, nos seus aeroportos, ruas, estradas e
redes hoteleiras) será pífio — na base dos
"puxadinhos" e dos esquemas especiais de trânsito,
de férias no calendário escolar etc, para tornar
viável o que seria impossível com a estrutura atual.
Um descalabro que, a cada dia que passa fica
mais evidente, se limitará a plantar estádios de
futebol até onde, eles não são necessários. E tome
de elefante branco a preços estratosféricos.
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