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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, abril 10, 2021


     

    PASQUIM 51 ANOS

     

    Em 2008, quando a editora Desiderata republicou o livro O Som do Pasquim - com algumas da entrevistas musicais célebres feitas por esse jornal - constou novamente da edição o papo polêmico com AGNALDO TIMÓTEO. 

    leia trechos da entrevista

    veja as fotos como foram publicadas no jornal original 

    Passo a palavra para GABRIELA JAVIER

    "Quando fizemos a reedição do som do pasquim pedimos autorização pra republicar a entrevista. Ele autorizou pedindo para incluir uma nota, na qual admita que tinha falado besteira e que não defendia mais esses absurdos. Achei bem bacana ele não querer apagar o passado e não ter vergonha de se arrepender publicamente. Não sei do caráter dele em geral mas fiquei muito bem impressionada pelo fato dele não querer empurrar pra debaixo do tapete esse mico, como tantos outros que tiram onda de descolados."

    A nota do Agnaldo:

    "Nos dias de hoje, eu jamais cometeria uma grosseria envolvendo Caetano Veloso (a quem sequer conhecia) por ser um colega além de talentoso, extremamente simples, como também peço perdão a uma das minhas paixões no meio artístico, que é a maravilhosa Maria Alcina.


     Com relação a Chico Buarque, Milton Nascimento e Tom Jobim, a história desses personagens está acima de uma análise ignorante e preconceituosa de décadas atrás."










    Leitores de baixa renda temem aumento do preço dos livros com tese da Receita Federal de que 'só rico lê'

     

     

    Flávio Ribeiro e os livros doados: professor de capoeira e morador do Morro da Providência, montou uma biblioteca na comunidade Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
    Flávio Ribeiro e os livros doados: professor de capoeira e morador do Morro da Providência, montou uma biblioteca na comunidade Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

     

    "Longe do debate entre governo e mercado editorial esquentado esta semana com a volta da desoneração do livro à pauta, a estudante Raíssa Luana de Oliveira, de 13 anos, segue conseguindo doações para a biblioteca comunitária O Mundo da Lua, que montou, em 2019, na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, onde mora. No total, a iniciativa já recebeu mais de 60 mil livros, que também foram doados para outras ações populares — ela calcula que o acervo atual esteja entre 8 e 9 mil publicações. A frequência das visitas e retirada de livros é, para Lua, como a estudante da 8ª série é conhecida, uma prova do interesse da população de baixa renda pela leitura, ainda que esta demanda não apareça na compra de livros novos.

    — Na pandemia muita gente, de várias idades, vem retirando livros. Às vezes levam até dez de uma vez. A realidade não permite que as pessoas comprem um livro de R$ 60, R$ 70. Mas, mesmo assim, elas continuam lendo muito — constata Lua, que está colaborando com bibliotecas populares de outros estados, como Minas e Piauí. — Me ligam direto."

     

    leia reportagem de NELSON GOBBI & RUAN DE SOUSA GABRIEL 

    Será que faz sentido um reencontro de Friends?


     


     

    CPI da Pandemia



    GILMAR

     

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    Rua do Ouvidor


     

    Avalon- Mel Powell

    Pessoas normais


    GALVÃO

     

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    Como a principal faculdade de direito do país violou o corpo de uma mulher negra por 30 anos

     

    https://ponte.org/wp-content/uploads/2021/04/HQ_capa-02-1.jpg 

    "Jacinta Maria de Santana sentiu-se mal. Era uma mulher pobre, sem ocupação fixa e habituada a perambular pelo centro da capital paulista. A familiaridade com a região, entretanto, não atenuaria os infortúnios reservados a ela naquela manhã de segunda-feira, 26 de novembro de 1900.

    Jacinta respirava com dificuldade. O abdômen lhe parecia cada vez mais pesado. Atônita e nauseada, tombou no início da Rua Dutra Rodrigues, a setecentos metros da Estação da Luz.

    Leia também: O que é genocídio — e as formas que assume no Brasil

    Por volta das dez horas, sua presença foi comunicada às autoridades. Marcondes Machado, médico legista da Polícia Civil, e Pinheiro Prado, delegado da 1ª Circunscrição, compareceram ao local.

    Jacinta foi introduzida num carro que partiu rumo ao hospital da Santa Casa de Misericórdia, no distrito da Consolação. Morreu pelo meio do caminho. No necrotério, Marcondes Machado apontaria uma causa mortis: “lesão cardíaca”.

    E isso é literalmente tudo o que se sabe sobre a protagonista desta reportagem.

    Jacinta não foi fotografada em vida. As pessoas que compunham seu círculo social nunca foram identificadas. Seus gostos, pensamentos, crenças e dizeres permanecem incógnitos, assim como seu endereço — se é que tinha um. Todos os atributos que lhe conferiam humanidade foram descartados em prol de uma transformação iniciada naquela mesma segunda-feira.
    "

    leia matéria de Daniel Salomão Roque​

    Como a principal faculdade de direito do país violou o corpo de uma mulher negra por 30 anos - Ponte Jornalismo:

    Crise militar



    BRUM
     

    Brasil-Covid19. Para que servem os milicos?


     "Esse novo protagonismo das Forças Armadas, numa cena que se repete ciclicamente de tempos em tempos, fez muita gente se perguntar para que servem, afinal, os militares no mundo atual, além de cuidar dos quartéis e das datas comemorativas.

    Sim, é verdade, batalhões de militares trabalham na construção de pontes e estradas, dão assistência a populações indígenas e ribeirinhas na Amazônia, prestam socorro a vítimas de desastres naturais, guardam nossas fronteiras por terra, ar e mar, e outras atividades que poderiam perfeitamente ser exercidas por civis dos vários órgãos de governo (Funasa, Funai, Denit, Ibama, Polícia Federal, etc). Bastaria que os aparelhassem melhor e com mais recursos.

    Na contra-mão, mais de 7 mil militares estão agora aboletados no governo Bolsonaro em funções civis, segundo o TCU, recebendo salários em dobro para exercer funções para as quais não foram preparados, como aconteceu com o general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde.

    Mas como não estamos em guerra contra potências estrangeiras, nem há sinal de perigo à vista, o fato é que os militares hoje estão sem se dedicar à sua função precípua e principal, que é a de defender o país contra ameaças externas.

    A inutilidade das tropas em tempos de paz torna-se ainda mais saliente quando vemos o constante crescimento do empenho de recursos com as Forças Armadas, em detrimento de setores vitais para o país, como a educação e a saúde.

    O que aconteceria se, em vez de aumentar, o governo reduzisse os contingentes militares, e as respectivas despesas no orçamento federal, com as aposentadorias especiais, acúmulo de soldos e benefícios, e todo tipo de mordomias e privilégios? Que prejuízos o país teria?"

    mai nno artigo de Ricardo Kotscho

    Brasil-Covid19. Para que servem os milicos? – Kaos en la red

    Zé Ramalho Avôhai



    Um velho cruza a soleira
    De botas longas, de barbas longas
    De ouro o brilho do seu colar
    Na laje fria onde coarava
    Sua camisa e seu alforje
    De caçador
     

    sexta-feira, abril 09, 2021

    Ele foi pro culto



    DALCIO MACHADO
     

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    Private Dancer - Um Copo de Veneno [2020]



    All the men come in these places
    And the men are all the same
    You don't look at their faces
    And you don't ask their names
    You don't think of them as human
    You don't think of them at all
    You keep your mind on the money
    Keeping your eyes on the wall
    I'm your private dancer, a dancer for money
    I'll do what you want me to do

    Rua da Quitanda


     Falsas janelas 

    Roger Waters - Picture That




    Picture yourself as you lean on the port rail
    Tossing away your last cigarette
    Picture your finger pushing the doorbell
    Picture the skull and crossbones on the doormat
    Picture yourself on the streets of Laredo
    Picture the casbah, picture Japan
    Picture your kid with his hand on the trigger
    Picture prosthetics in Afghanistan
    Picture a courthouse with no fucking laws
    Picture a cathouse with no fucking whores
    Picture a shithouse with no fucking drains
    Picture a leader with no fucking brains
    No fucking brains, no fucking brains

    quinta-feira, abril 08, 2021


     

    Referência nacional em quadrinhos, Itiban pode fechar após 31 anos

     

     

     "Depois de 31 anos, a Itiban Comic Shop, livraria referência em quadrinhos, corre o risco de fechar suas portas. A falta de estratégia em relação ao abre e fecha, por parte da prefeitura e também do governo federal, a ausência de contrapartida financeira para os empresários da cultura, a impossibilidade de festas de lançamento, que movimentavam a loja quase todo fim de semana, e também a ausência de engajamento do leitor – que às vezes prefere comprar virtualmente de gigantes como a Amazon – são alguns dos motivo"

    "“É preciso consciência. Entender que a Itiban tem esse acesso à diversidade na produção, que é uma livraria física que promove encontros. Para esse leitor, comprar da Amazon, por exemplo, é um tiro no pé. É dar dinheiro para quem já tem. As livrarias físicas dependem deste engajamento para sobreviver”, diz Mitie. “A gente não quer fechar, por isso fazemos umas loucuras como foi a promoção. Mas não temos mais estrutura para continuar”."

    leia reportagem de Cristiano Castilho

    Referência nacional em quadrinhos, Itiban pode fechar após 31 anos – Comunidade Plural:


    PASQUIM 51 ANOS


    Como escrevi ontem, a entrevista com AGNALDO TIMOTEO foi uma das mais polêmicas da historia do PASQUIM. 

    Leiam, por exemplo, os trechos abaixo....




    Millôr - Você não acha o Caetano um gran­de cantor?

     

    AGNALDO - O quê? Caetano como can­tor seria gongado, pô! Vocês fabricaram o Cae­tano! Caetano é uma merda! Caetano não é artis­ta; o Caetano - eu lamento dizer isso, porque a Maria Bethânia eu adoro - não sabe cantar! O Caetano não tem postura no palco. Agora, vem com esse negócio de imitar viado - boneca, né? , que fica mais distinto — e os caras dizem que ele é um gênio. Que isso?  Isso não existe!

     

    Ziraldo - Mas ele não é um grande composi­tor não?

     

    AGNALDO - Compositor de quê? Tá can­tando (CANTA) "xô xuá, cada macaco no seu galho", e todo mundo roda e diz que é sensacional, e a música foi feita em mil novecentos e outrora, por um cara que ninguém conhece. Que génio é esse? Pelo amor de Deus! Génio é Roberto que ganha 300 milhas todo mês.

    (...) 

    Júlio Hungria - Você não acha o seu reper­tório parecido com o do Waldick não?


    AGNALDO — O negó­cio é o seguinte: entre eu e o Waldick Soriano, só existem duas coisas que nos identificam com a massa. Tem mulher magnata aí que gosta do Waldick porque ele deve ser um cara machão, entendeu? Aquele negócio de sair com machão, entende? Agora, eu e o Waldick Soriano como cantor, pelo amor de Deus! É a diferença entre o olho do sol e o olho do cu! O que que há?


    (...) 

    Julio Hungria - Vocc diz que o Chico, Caetano e outros são protegidos da imprensa, correto? Como explica, que você ou o Waldick, que não são protegidos pela imprensa, vendem duas vezes mais do que o Chico e o Caetano?

    AGNALDO - Quando lanço um disco, vou às cinco horas da manhã pra Rádio Globo, Tupi, Mauá, Nacional, catituar o meu disco. É assim que eu vendo disco, bicho. Não é o Caetano gravar disco e vocês escreverem: disco nota 10. Tudo grupo, mas põem: disco nota 10.

    MiUôr - Existe uma máquina de promoção para o Caetano e o Chico. Mas você, sozinho, através das rádios, fura essa máquina e consegue vender mais do que eles, certo?

    AGNALDO - Vendo mais porque atinjo o povo. Mas a TV Globo paga 80 mil contos a Caetano e não quer pagar 4 pra mim, caramba! E eu vou produzir muito mais do que o Caetano. Eu vou cantar e todo mundo vai ter que admitir que eu canto melhor. O Caetano chega lá, não tem voz e não pode cantar. Mas eles pagam 80 mil pra ver a figura do Caetano. A máquina fabricou isso. Chico também cobra muito mais caro do que eu. E os clubes de elite contratam o Chico por uma nota, e não me contratam porque eu não sou enquadrado no esquema de classe A. O MPB-4 faz o show e o Chico recebe o dinheiro. Se mc chamassem que­brariam a cara, porque eu chegaria no palco e provaria a eles que eu sou não só um cantor, mas um artista versátil, porque eu canto em vá­rios idiomas, apesar de falar somente o portu­guês e muito mal espanhol. Canto em francês, em italiano, em inglês, em alemão também. Agora, Caetano, Chico e mais uma meia dúzia aí, são produto de imprensa. São umas m (*), não existem.

    (...) 

    Jaguar - O que você acha de Construção?

      

    Júlio Hungria – Jaguar... não volta a esse assunto!

     

    AGNALDO (RESPONDENDO ASSIM MESMO) - O Chico Buarque vive com uma patota todinha tomando uísque importado, e se preocupando com os problemas do cara que mora lá na putaquipariu, que vem de trem às cinco horas da manhã? ? ? Pera aí Jaguar, pelo amor de Deus!

     

    Millôr - Você acha que isso é falso sob o ponto-de-vista social?

     

    AGNALDO - Isso é faturamento, bicho! Como é que um cara que nunca teve convivên­cia com essa gente, escreve se preocupando com essa gente? Qual foi o show de benemerência que o Chico fez?         

     

    Ziraldo - Adianta alguma coisa?

     

    AGNALDO - Benemerência em prol dos doentes, de pessoas... Pelo menos ajuda, bi­cho. Roberto cansou de fazer: eu canso de fa­zer. Outro dia eu fui em Curupaiti cantar pros doentes, bicho. Quero saber quando é que o Chico Buarque foi no Curupaiti cantar pros doentes, pra levar alegria praquela gente, bicho. Agora, eu sou um cara que convivi e convivo com todo mundo. Como é que um cara que só convive com bacana pode fazer uma música so­bre um fudido?

     

    Jaguar - O resultado da letra não foi bom?


    AGNALDO - Por quê? Foi sucesso onde? Negócio de Chico Buarque, bicho, se escreve muito, se roda pouco e não vende nada. É uma merda!


    (...)

     Millôr - O que você acha desse movimento das mulheres por aí dizendo que são oprimi­das? Você acha que as mulheres são absoluta­mente iguais aos homens? Tem todo os direitos dos homens?

     

    AGNALDO - Absolutamente! O homem pode trair a mulher; a mulher não pode trair o homem de jeito nenhum! A mulher tem que cuidar da casa.

     

    Millôr - Você acha que a mulher deve traba­lhar fora?

     

    AGNALDO — Pode trabalhar fora, mas quando acabar o trabalho, tome jeito, qual é?


    Millôr - Você não admitiria a hipótese de amanhã você casar, e ela mandar em você; ela ir trabalhar e você ficar em casa?

     

    AGNALDO – (COMO SE TIVESSE SIDO MORDIDO) Como é que é o negócio?

     

    Millôr - Não é o que elas querem?

     

    AGNALDO - Eu fico em casa. elas vão pra rua? Naturalmente vão ficar com outro, bicho? A mulher não é legal, não. Eu acho, aliás, falar de mulher é um perigo, porque elas podem ficar bravaS e não comprar meu disco. Mas eu acho o seguinte: as mulheres não podem, de maneira alguma, ter as mesmas liberdades que tem o homem.

    (...)

    Jaguar - O que você acha do Tom Jobim?

     

    AGNALDO - Águas de Março é uma merda!

     

    JULIO HUNGRIA REAGE COMO SE FOSSE O MAIOR ABSURDO.

     

    AGNALDO - Não adianta Hungria, que é uma merda! Tanto que está em cinquentésimo lugar, e com Elis Regina, que é uma tremenda cantora. (CANTA ÁGUAS DE MARÇO DE MANEIRA DEBOCHADA) "É pau/ É pedra/ É o fim do caminho..." Ele gravou um long-play com Frank Sinatra. É famoso o Frank Sinatra! Vendeu 5 mil. Agora, se eu gravo Tom Jobim, caramba! O Flávio Cavalcanti chamou Tom Jobim. Ele chegou lá, pegou o piano, botou um copo de uísque... - como faz o Chico Buarque,  ele não tem peito de encarar o público . É um covarde. Cantou mal pra caramba! Desafinou, dividiu palavras, dividiu frases, pintou o sete e levou 40 mil. Sabe o que aconteceu? Deu 5 de IBOPE! O Chacrinha traçou ele naquela hora. Por quê? Porque ele é superior ao grande públi­co? Mentira! Não é superior ao grande público. Porque ele não faz as coisas que o público en­tende. Ele mora no Brasil, se ele é superior vai embora, caramba! Se mora aqui, tem que fazer as coisas pra todo mundo, caramba! É o caso do Roberto Carlos. O Roberto é interpretado por gente de categoria e por gente modesta. (CANTA AS FLORES DO JARDIM DA NOSSA CASA) "As flores do jardim de nossa casa/ Morreram todas de saudade de você/ E as rosas que cobriam a nossa estrada/ Perderam a vontade de viver ..."

    Jaguar - E João Gilberto, hem?

    AGNALDO - Que que tem o João Gilber­to? João Gilberto fez um sucesso na vida dele e sumiu. De que vive o João Gilberto. De cascata e de grupo. Cadê o João Gilberto? Fez sucesso onde nos últimos dez anos? Tudo grupo. Vocês fabricam falsos monstros! É o caso do Tom Jobim!

     

    Ziraldo - Você não acha Tom Jobim um gênio não?

     

    AGNALDO - Gênio por quê? Por que fez Garota de Ipanema?

     

    Ziraldo - Ele fez a música mais bonita do mundo.

     

    AGNALDO - Hem? Como é que chama?

     

    Ziraldo - Wave.

     

    AGNALDO - Por que você falou em in­glês? Em português qual é o nome?

     

    Ziraldo - Chama Wave.

     

    AGNALDO - Poxa, que beleza, hem? Bem brasileiro ele!

     

    Jaguar - E o Vinícius de Morais, hem?


    AGNALDO - Vinícius de Morais é um gozador. Taí, entre o Tom e o Vinícius, eu fico com o Vinícius. Porque o Vinícius é um gozador, não quer saber. Senta num banquinho, gor­dinho, cabelos bonitos, aí engana todo mundo, conta história. Porque cantando, pelo amor de Deus! Só pode cantar no banheiro, né, Jaguar? 


    (...)

    Jaguar - E o seu conterrâneo, o Milton Nas­cimento?

     

    AGNALDO - Milton é burro! Milton é bur­ro! Porque um homem que todo mundo escreve que é gênio, que não tem um apartamento pró­prio, que anda a pé, é burro, burro! Ele teria que conciliar a sua inteligência, a sua capacida­de de construção artística, com o seu faturamento.

     

    Ziraldo - Toda vez que você quer provar o valor de alguma coisa, que ele é bacana, você fala do lado econômico, o valor do dinheiro.

     

    AGNALDO - O dinheiro é imperativo.

     

    Ziraldo - Então você acha que tudo é di­nheiro?

     

    AGNALDO - Sem o dinheiro não se conse­gue nada. Se eu levo cacete de algumas pessoas, e amanhã ou depois eu esteja numa situação econômica privilegiada, quando nada eu posso me vangloriar de estar numa situação económi­ca legal. Agora, o pior é levar cacete hoje, e amanhã ou depois tá na merda e os caras dizen­do: "Tá vendo, não disse que era um merda"? 






    “Troca de canal, não aguento mais pandemia!”


     

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    Culto aberto é oportunidade



    MONTANARO

     

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    Rodrigo Ogi - Redenção (Video Clipe Oficial)



    De iPad, Walking Dead, carregando o ursinho TED
    Algo lhe amofina e a rotina é de enlouquecer
    Nessa insaciável sede, segue em rede feito um servo
    Sabe que isso serve de morfina pra amortecer
    Ouve Satriani com Tina Turner no iTunes
    Vê Blade Runner e Goonies enquanto fala com a solidão
    Felicidade instantânea e nada sólido
    Likes valem mais do que água, e isso é mórbido
    Máquina que move o homem pateta
    Isaac Asimov agora é um profeta
    Entre os mortos-vivos, tô vivão, ouvi voz
    Que vem ecoando do universo em casca de noz

    Eu uso a arte para o muro quebrar
    E com isso não me deixo no apuro ficar

    Centro


     

    Os trabalhos de memória da pandemia

     Busto do epidemiologista Oswaldo Cruz (1872-1917) usa máscara em frente ao Castelinho da Fiocruz, sede da Fundação Oswaldo Cruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Foto: Guito Moreto / Agência O Globo


    "Eu queria ficar perto de vocês. Eu tô sentindo tanta falta. Eu tô muito angustiada e com medo. Eu temo por vocês, por mim”, dizem as mensagens de WhatsApp compartilhadas por Laryssa Oliveira, moradora de Fortaleza, entremeadas por uma selfie chorando. Era o Dia das Mães de 2020. “Meus vizinhos fizeram uma festa com dez pessoas em casa. Fiquei abalada porque, ao mesmo tempo que achei errada aquela farra, pensei no quanto eu gostaria de fazer o mesmo... Mas as coisas não são como a gente quer. Nunca”, narrou ela.

    A um clique de distância, outra memória cheia de revolta. “Raiva de quando preciso sair pra comprar comida ou por alguma outra urgência, ver amontoados de pessoas fazendo caminhada, soltando pipa, andando de bicicleta, vivendo a fantasia de férias perfeita. Mas ressalto que essa raiva não se baseia em inveja de eu não estar saindo e eles sim, mas apenas em... raiva. Puramente, raiva. De saber que por causa de pessoas como essas os casos não vão cair tão cedo, que graças a pessoas como essas chegamos na situação atual”, constatou Leonardo Chagas, que vive em Campinas, São Paulo.

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    Esses dois relatos fazem parte do projeto #MemóriasCovid19, criado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para a preservação de depoimentos sobre a pandemia. No site memoriascovid19.unicamp.br, as participações compõem uma espécie de museu vivo, que aponta desde já como poderemos contar a história da crise sanitária — ainda que ela esteja bem longe de acabar.

    “Fazer isso é muito novo, porque na história a gente tem o hábito de trabalhar com arquivos que reuniram fontes depois dos eventos”, disse a historiadora Ana Carolina de Moura Delfim Maciel, idealizadora da plataforma. Mesmo assim, ela decidiu arregaçar as mangas logo nos primeiros meses da pandemia. “A ideia começou a ser traçada em uma sequência de noites insones. Eu acordava às 3 horas da manhã e pensava ‘O que será que vai acontecer? O que será de nós?’. Toda essa insegurança me fazia acordar. E aí comecei a usar esse momento para pensar e esboçar o projeto dessa plataforma de salvaguarda de relatos, abertos a toda a comunidade”, lembrou."

    LEIA REPORTAGEM DE GIULIANA DE TOLEDO 

     

     Uma agenda totalmente reservada à quarentena foi a escolha de Anik Zegman Zaharic, morador de São Paulo, para representar o momento no projeto da Unicamp. Foto: Divulgação

    A festa fora de hora do governador do Rio

     Inicialmente, Cláudio Castro disse que apenas almoçou “com alguns familiares”. Imagens da festa mostram convidados sem máscaras e desrespeitando o distanciamento social. Foto: Reproduções / Junior Alves / TV Globo

     

    "Em meio ao pior momento da pandemia, o convescote de Cláudio Castro exemplifica o desrespeito de parte da população e dos mandatários às medidas de isolamento social, fundamentais para frear a crise sanitária "

    leia reportagem de Luã Marinatto​

    A festa fora de hora do governador do Rio – El Latino Times

    Vacina VIP



    LUTE

     

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    Empresários poupam Bolsonaro de críticas durante jantar e atacam o PT: "Brasil não volta para vagabundo"

     

     

    "Bolsonaro pintou um Brasil atrativo para os negócios, ignorando o fato de que o país tem apresentado sucessivos revezes nos indicadores econômicos.

    “Tem de olhar o lado bom do país. Os investidores estão acreditando no Brasil. Basta olhar, hoje, o leilão dos aeroportos. Não existe terra melhor do que essa!”, afirmou.

    Em outro momento do jantar, Bolsonaro ainda resolveu atacar o PT e, mais uma vez, teria recebido apoio dos presentes. Segundo o presidente, se Fernando Haddad tivesse ganhado a eleição de 2018 “o Brasil teria afundado e virado um caos”, como se não fosse exatamente essa a situação do país. "

    leia a matéria de Ivan Longo​

    Empresários poupam Bolsonaro de críticas durante jantar e atacam o PT: "Brasil não volta para vagabundo" | Revista Fórum

    Ty Segall - I'm A Man



    Well, my pad is very messy
    And there's whiskers on my chin
    And I'm all hung up on music
    And I always play to win
    I ain't got no time for loving
    'Cause my time is all used up
    Just to sit around creating
    All that groovy kind of stuff
    'Cause I'm a man
    Yes, I am
    And I can't help but love you so

    quarta-feira, abril 07, 2021

    Meu Exército!



    IOTTI

     

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    Esse é o próximo



    IOTTI

     

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    Tamikrest - Mawarniha Tartit

    Arguments against vaccination

     



    by 


     

    São Dizimão da Covid

    }

    KAYSER

     

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    Q Accidentally Outed Himself, But QAnon Followers Don’t Care



    "The admission was a bombshell ending to a documentary that gave viewers the most comprehensive view yet at how QAnon developed on 4chan in October 2017, before it moved to 8chan in early 2018 and most recently to 8kun, the rebranded version of 8chan.

    QAnon followers believe Q is a government insider with close ties to the Trump administration, who has been posting top-secret intelligence in the form of almost 5,000 posts, first on 4chan but mostly on 8chan, which is owned by Jim Watkins.


    You might imagine that the revelation that Q is not in fact a person with top-secret government clearance but rather the administrator of a fringe website best known for boosting Gamergate and hosting white supremacist hate speech, would rock the QAnon community to its core.

    But in reality, it has barely registered with them."

    read more>> 
    Q Accidentally Outed Himself, But QAnon Followers Don’t Care

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    GILMAR

     

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    Z'AFRICA - A Raiz: Os Mestres em Cerimônia



    Aos mestres aqui vai a nossa homenagem
    Respeito muito bem o que vem do além
    Por isso temos que celebrar a periferia
    A verdadeira “HipHopologia” precisa ser esclarecida!
    Somos frutos de um cerimonial extraído de um quilombo negro
    Onde somente os verdadeiros reinam
    Mande buscar o microfone sagrado guardado no templo
    Quero todo o palácio grafitado representando os seus elementos
    A arena será dos B.Boys (poppings B.Girls lockers)
    Os DJs darão o ritmo
    E através da poesia os MCs fazem da arte uma guerra justa
    Que comece a contemplação Hip Hop cultura de rua

    NIARA



    AROEIRA

     

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    PASQUIM 51 ANOS

     


    A entrevista com AGNALDO TIMÓTEO foi uma das mais polêmicas do Pasquim.

    O cantor estava muito ressentido. Embora fosse um sucesso de público, de vendas de discos, a crítica musical não falava nele, ou quando o citava era para desmerecer a sua breguice e o seu apelo popular. 

    Na entrevista, soltou o vozeirão pra cima de Chico, Caetano, Tom Jobim, João Gilberto - todos uns merdas - e depois partiu pra cima dos próprios entrevistadores. Ao mesmo tempo em que se mostrava simpático e brincalhão (recebeu a patota do Pasquim com um dicionário sobre a mesa: "para entender as palavras difíceis que voces vão dizer".

    Além das voadoras nos músicos que considerava os queridinhos da imprensa, causou espécie também as opiniões reacionários do entrevistado. 

    Anos depois, Agnaldo pediria desculpas ao Pasquim e aos seus leitores, arrependido de ter falado "tantas bobagens". O cantor foi evoluindo. Mas, na edição 177, este foi o retrato do seu momento. 
    Imagens que diziam coisas assim:





    Mas nem só de espinafrações e polemicas constou a entrevista. 
    Teve muitas histórias da vida movimentada de Agnaldo, chofer Angela Maria, no meio da bandidagem, garoto em Caratinga (onde conheceu Ziraldo), e por aí foi.... 







    Praça Tirsdentes


     

    Aulas presenciais



    NANDO MOTTA

     

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    Na imprensa tradicional preocupada com o patronato, o trabalhador é sempre bicho homem

     



    Xico Sá

    Sou do tempo em que os principais jornais brasileiros tinham até editoria sindical, para cobrir, minimamente, a vida, reivindicações, pensamentos dos trabalhadores e dos servidores públicos. Óbvio que isso não impedia que a linha editorial fosse mais a favor dos patrões, né, afinal de contas o jogo é jogado e o lambari é pescado, assim é a linha na grande imprensa, quem viveu no chão dessa fábrica de salsichas desde muito cedo sabe disso muito mais que esse cronista matuto a suar tintas de manchetes populares.
    Sou do tempo presente. E só leio, agorinha mesmo, a mídia tradicional brasileira preocupada com o patronato. Quando tem trabalhador como personagem é o bicho homem já lascado de tudo feito maxixe em cruz, além muito além do lúmpen do lúmpen do proletariado. Tal e qual o homem-gabiru comendo lixo do poema de Manuel Bandeira. Seria um homem ou um bicho?
    O mercado está nervoso. Nossa madre. Vixe. Vamos gastar o suor final e salvar essa santa entidade. Fizeram uma reforma trabalhista durante meses e eu não vi – desafio a quem enxerga melhor que meus 8 graus de miopia + astigmatismo – um só líder trabalhista ou operário avulso com direito a opinião nos telejornais das tevês abertas brasileiras. Resultado: lascaram os pobres. De verde e amarelo. Fumo de Arapiraca nos trabalhadores, para usar uma civilizada metáfora nordestina das antigas.
    Nesse domingo em que rascunho essa crônica – vocês que a terminem na imaginação -, passei e repassei, de norte a sul, de nordeste a sudeste, tudo quanto é jornal tradicional deste país. Só o Capital fala; o Trabalho cala. Não há um só homem ou uma só mulher representando o trabalho dizendo alguma coisa.
    Havia um empresário bolsonarista do Renova BR falsamente arrependido condenando o Lula e o Ciro na Folha de S. Paulo, havia um banqueiro, no mesmo jornal, se dizendo arrependidinho cristão do voto no mesmo traste, como se fosse perdoável um cara que se diz de “elite” não estudar uma linha de história e votar em um fascista.
    Eis um jornalismo tradicional e esquisito que diz toda hora que o mercado está nervoso e esquece de falar que o trabalhador está morrendo.

    Que tal a gente botar um filtro meio Ken Loach, esse cineasta britânico fodão que tem filmado sobre a precariedade da classe trabalhadora? Estamos lascados e não pense que esse pensamento classe média vai nos salvar da merda. Hoje pertencemos todos ao reino da precariedade.


    Bob Dylan - Simple Twist of Fate



    They sat together in the park
    As the evening sky grew dark.
    She looked at him and he felt a spark
    Tingle to his bones.
    'Twas then he felt alone
    And wished that he'd gone straight
    And watched out for a simple twist of fate.

    They walked alone by the old canal.
    A little confused, I remember well,
    And stopped into a strange hotel with a neon burning bright.
    He felt the heat of the night hit him like a freight train
    Moving with a simple twist of fate.

    terça-feira, abril 06, 2021

    No terceiro dia;;;



    GALVÃO

     

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    MARIZA - Com Que Voz



    Com que voz chorarei meu triste fado?
    Que em tão dura paixão me sepultou
    Que 'mor não seja a dor que me deixou o tempo
    Que me deixou o tempo de meu bem desenganado
    De meu bem desenganado

    Os Talentos


    PAULO BRUNO

     

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    Rua da Constituição


     

    A igreja tá diferente, né?



    MONTANARO

     

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    Steve Hackett - Firth Of Fifth



    The path is clear
    Though no eyes can see
    The course laid down long before
    And so with gods and men
    The sheep remain inside their pen
    Though many times they've seen the way to leave

    Praça Tiradentes


     

    segunda-feira, abril 05, 2021

    Ressurreição


     

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    Brazil’s Bolsonaro failed to stop covid-19. Now he may be targeting democracy.

     

     

    BRAZIL IS living through one of the worst spikes of covid-19 infections that the world has yet seen. On Wednesday, it recorded 3,869 deaths, a record that represented almost a third of all the coronavirus fatalities in the world that day. No end to the wave is in sight: Thanks to the stunning incompetence of President Jair Bolsonaro and his government, only 2 percent of Brazilians have been fully vaccinated, and the lockdown measures needed to slow new infections, including from a virulent variant strain that emerged in Brazil, are virtually nonexistent.

    Instead of fighting the coronavirus, Mr. Bolsonaro appears to be laying the groundwork for another disaster: a political coup against the legislators and voters who could remove him from office. With some in the congress threatening impeachment, and former president Luiz Inácio Lula da Silva emerging as a potent challenger in next year’s election, Mr. Bolsonaro this week fired the defense minister, and the top commanders of the army, navy and air force jointly left their positions.

    No explanations were offered, but the defense minister, Fernando Azevedo e Silva, was known for his arms-length treatment of a president who referred to the armed forces last month as “my military.” Mr. Bolsonaro selected his former chief of staff to replace Mr. Azevedo e Silva, and he named a police officer close to his family as the new justice minister. The moves were enough to prompt six likely presidential candidates to issue a joint statement warning that “Brazil’s democracy is threatened.” “Bolsonaro’s clear backup plan,” wrote editor in chief Brian Winter in Americas Quarterly, “is to have as many men with guns on his side as possible in the event of an impeachment or an adverse result in the 2022 election.”

    Though Brazil’s democratic institutions are relatively strong after more than three decades of consolidation, there is reason for concern. Mr. Bolsonaro has openly expressed his admiration for the military dictatorship that ruled the country in the 1960s and ’70s. An admirer of Donald Trump, he has adopted the former U.S. president’s tactic of warning of fraud in the coming election and demanding that electronic voting systems be replaced with paper ballots. He supported Mr. Trump’s claims of election fraud, and his son, a legislator who visited Washington on the eve of Jan. 6, expressed dismay that the assault on the Capitol did not succeed.

    The congress in Brazil may move to impeach Mr. Bolsonaro for his abysmal management of the pandemic, including minimizing its seriousness, resisting public heath measures and promoting quack cures. But the United States and Latin American democracies must pay heed as next year’s election approaches — and make clear to Mr. Bolsonaro that an interruption of democracy would be intolerable. The Brazilian president has already greatly contributed to the worsening of the covid-19 pandemic in his own country and, through the spread of the Brazilian variant, around the world. He must not be allowed to destroy one of the world’s largest democracies as well.

    Washington Post Editorial Board

    Crucificação



    QUINHO

     

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    Quatro capas

     

    Quatro capas com cabeças de cavalos.



    OCTAVIO ARAGÃo



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