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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sexta-feira, junho 22, 2007

    Charge: Renan não larga o osso



    DALCIO MACHADO
    Campinas


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    Fazendo um Roquette

    Não ouço mais rádio. (Rádio normal, rádios pela internet rolam o tempo todo pelas caixas amplificadas do computador).

    Ana ainda ouve a MEC FM, música classica predominantemente sinfônica, insossa - havia bons programas antes que escassearam.

    Por isso uma luz no dial é motivo de alegria sonora.
    A dica é a renovação na estatal Roquette Pinto (94.1 nas FMs do Rio).
    A direção musical está a cargo de Artur da Távola
    com assessoria e pitaco de músicas como Nelson Sargento, Tibério Gaspar, Henrique Cazes Dicró, Pery Ribeiro e João Roberto Kelly.

    Ontem foi aniversário de Nelson Gonçalves e a rádio tocou por horas músicas gravadas pelo Metralha.
    Enquanto escrevo este link rola um programa Samba de Raiz
    acabaram de desfilar Jovelina Pérola Negra e Ivone Lara
    e agora toca Xangô da Mangueira versejando sobre o ótimo "Moro na Roça, Iaiá".

    O slogan da programação é
    "A música que a mídia esconde de você".

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    Rusga & Rabujo



    ANGELI
    "Chiclete com Banana"


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    Palavras


    O Iraque é uma armadilha da qual será difícil escapar com dignidade e honra.
    Sonegaram informações do povo ingles para que este caisse nessa armadilha.

    As coisas estão muito piores do que nos dizem, nossa administração mais sangrenta e ineficiente do que é de conhecimento do público.

    Hoje não estamos longe de um desastre.

    - T. E. Lawrence, em 1920.

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    quinta-feira, junho 21, 2007

    18º Salao Carioca de Humor: Galeria Virtual



    ZURCK
    (Rio de Janeiro - RJ)
    "Compay Segundo"
    Caricatura - Menção Honrosa



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    Ainda o Luiz Fernando Carvalho...

    Um amigo desmarcou um encontro comigo dizendo ao telefone:
    "Não vou poder ir, não tô saindo de casa hoje...
    me foi introduzido uma narrativa do descontrole."

    "?!"

    "É que eu tô de caganeira..."

    .


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    quarta-feira, junho 20, 2007

    Relaxando & gozando



    HUMBERTO
    Recife




    AMORIM
    Rio de Janeiro




    JOAO BOSCO
    Belém






    AMARILDO
    Vitoria


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    Passarinho que come pedra do reino sabe o LFC que tem

    A crítica do MAG na Folha reafirma algo do que escrevi aqui na minha percepção da adaptação de "Pedra do Reino" para TV e acrescenta outros pontos com os quais concordo, portanto transcrevo aqui o texto:

    Revolução" para afugentar as massas
    MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
    EDITOR DA ILUSTRADA

    É bom que a Globo, em sua estratégia de produção de teledramaturgia, firme um espaço para séries mais elaboradas, que contribuam para ampliar e elevar o repertório da televisão -e, quem sabe, venham, enfim, a conquistar um cobiçado Emmy para a emissora, além de ajudá-la a reforçar sua imagem de defensora da cultura brasileira.

    "A Pedra do Reino" foi a mais recente incursão nesse sentido. Bem cuidada, apresentou esmero formal de impressionar o júri, e o resultado parece ter correspondido à proposta do diretor.

    Proposta, a meu ver, já de início equivocada, ao pretender confrontar a narrativa convencional da teledramaturgia -vista em círculos mais intelectualizados como "comercial" ou de "baixo nível"- a um cânone vanguardista associado a projetos político-culturais dos anos 50 e 60.

    Esvaziado de sua contextualização histórica, reprocessado na barriga da maior emissora comercial do país, o que se viu foi a estetização desse cânone numa encenação que naufragou no maneirismo e no hermetismo, tentando fazer aquilo que é datado e retrô parecer um "avanço".

    A esta altura do campeonato, não devemos esquecer que procedimentos ainda estimados por alguns como auspiciosos sinais de uma atitude "radical" e transformadora -como a contestação do "ritmo industrial", a "subversão da narrativa linear", o uso da câmera na mão, a alegoria etc- já são quase todos centenários e há muito se incorporaram ao repertório das convenções narrativas.

    Por si só, não significam muita coisa e podem perfeitamente estar a serviço de propostas confusas, tediosas e regressivas como foi "A Pedra do Reino", um caso primoroso de vanguardismo atrasado, cujos problemas não podem ser atribuídos ao despreparo do público.
    Contribuiu para o descompasso, diga-se, a própria escolha da plataforma de onde se pretendeu dar o salto, uma releitura estilosa e vanguardeira da obra de Ariano Suassuna, cujo universo medieval, regionalista, monarquista e circense, é um tanto ambíguo em sua relação com modernidade, quando não lhe é frontalmente avesso. Tornada hegemônica, a visão estética e cultural de Suassuna nos transformaria num relicário picaresco em pleno alvorecer do século 21.

    Não creio que a audiência deva servir de régua para medir a qualidade da série. Mas não parece uma boa estratégia tentar propor uma improvável "revolução" na TV aberta, veículo de massas por excelência, começando exatamente por aborrecer e afugentar as massas.
    Apesar da generosa acolhida dos críticos, "A Pedra do Reino" errou na mosca. Num veículo como a Globo, propostas do tipo "introduzir uma narrativa do descontrole" podem soar ousadas, mas podem também mais contribuir para reforçar preconceitos sobre sofisticação cultural do que para consagrá-la em registro adequado.

    Não se trata de preconizar a "acessibilidade" como um preceito fundamental da arte, mas de considerá-la básica ao menos quando a discussão é sobre a elevação do repertório na planície da TV aberta. Nesse sentido, em "Hoje É Dia de Maria", o mesmo diretor esteve mais próximo de atingir o alvo.

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    terça-feira, junho 19, 2007

    18º Salao Carioca de Humor: Galeria Virtual



    JR LOPES
    (São Paulo - SP)
    "As Rosas Não Falam"
    Caricatura Finalista


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    Annariê!

    Fui a duas festas juninas neste fim de semana.
    Uma no sábado, outra no domingo.


    Uma foi em Paquetá, no Preventório, orfanato/creche onde estudam e convivem crianças da ilha.
    Depois de uma lauta feijoada
    onde nas compridas mesas de um refeitório sentaram e degustaram pessoas de diferentes "classes" e tipos
    vieram as danças de quadrilha, na quadra à beira-mar.

    As músicas eram as tradicionais de sempre. Meninos e meninas vestidos de caipiras formavam seus pares e díspares pelas marcações seculares de rodas e caracóis e círculos e espirais, que às vezes davam certo, outras não
    correndo saltando dançando
    simplezinhos com os petizes que mal se mexem
    e evoluindo ao passar para as turmas maiores.

    Olha chuva! Olha a cobra! Noivo & noiva chegam para o casamento na roça, uma improvisação onde os textos se perdem em meio às gargalhadas.
    A garotada se diverte. Nos intervalos entre as danças a quadra é tomada por crianças que pulam, saltam, correm, brincam de cair no chão ou fazem um futebol com lata de cerveja.



    No domingo a festa junina foi no colégio de classe média alta no rio de janeiro onde estuda o meu neto. Na quadra cercada por telas as danças se sucederam, novamente indo dos pirralhos aos adolescentes. As músicas eram temas do folclore - jongo, maracatu, ciranda, maculelê - em gravações de cantores urbanos atuais.

    Para as crianças acompanharem essas músicas haviam sido criadas coreografias complexas, de muitas marcações, que as crianças, tensas, se preocupavam em executar. Algumas desenvoltas flanavam pela quadra em rodopios mas a maioria estampava no rosto o medo de errar, diante dos pais e professores.

    Uma voz ao microfone soltava ordens não só para os dançantes mas também durante os intervalos, com os pais constantemente exortados a ficarem atrás de uma linha amarela. Intervalos de quadra vazia e esperas enquanto as crianças se concentravam nas salas de aula repassando o que deveriam fazer na sua parte do espetáculo.

    A voz eventualmente também agradecia às autoras das coreografias e a Fulano de Tal, responsável pelo "projeto de festa junina".
    Entenderam? Não era uma festa, era um "projeto".
    As danças de cada turma tinha nomes como
    "Desconstrução Coreográfica da Cobra Salamanta"
    (juro, era isso mesmo, e em determinados instantes a meninada deitava no chão e simulava movimentos de cobra).
    Numa outra dança a música dava um breque e a voz ordenava "agora façam bagunça. Bagunça! Façam o que quiserem"! E em seguida: "Retomem suas posições".

    Eu & Ana cortávamos em nossas cabeças para a festa junina em Paquetá onde as crianças faziam bagunça a dança inteira, sem serem ordenadas ou liberadas para isso, onde nas rodas alguns seguiam as marcações, outros não, e todos se divertiam.

    No domingo Bia Lessa - entre outras artistas mães & pais de alunos - elogiava e incentivava as crianças e professores e coreógrados, animadíssima. O tema geral da festa - ou do projeto - era "Nuestra América" e as brincadeiras das barraquinhas eram temáticas, ensinando coisas sobre os países da América Latina. Teve uma turma dos mais velhos que dançou ao som de uma música cubana, portando boinas com estrela à la Che Guevara.
    (Vi um mural em parede de sala de aula com loas a Cuba, Che e Fidel. Deve ser algum outro "projeto" junino.)



    Enfim. Pensei na mini-série de televisão que havia visto na semana, "A Pedra do Reino" adaptada por Luiz Fernando Carvalho. Um projeto para ensinar as pessoas, como afirmou o diretor em entrevistas. Ensinar a ver as coisas de outra maneira.
    Até coisas que são do próprio povo, como o compêndio de lendas romanceadas por Suassuna em "A Romance da Pedra do Reino e o Princípe do Sangue de Vai-e-Volta".
    (Eu acho ótimo que existam livros herméticos e convolutos
    onde o cérebro se exercita em sua decifração
    mas NÃO é o caso deste livro.)

    São os egressos desse segundo colégio junino que produzem obras como esta exibição equivocada de "A Pedra do Reino". Para estes, a visão do povo é simplória. O povão não enxerga direito. Necessita do óculos da intelectualidade.

    Coreografias e marcações. E as saudações de Anarriê soam como Anauê.

    .

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    segunda-feira, junho 18, 2007

    Charges para Boi Dormir



    DUKE
    Belo Horizonte



    AMORIM
    Rio de Janeiro



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    Comentários que acabam virando posts

    Luiz Fernando Carvalho é mala. Lembro da adaptação dele para Irmãos Coragem (foi sacado no meio da temporada para salvar a audiência).

    Acompanhei as primeiras semanas por curiosidade, por ter seguido no Maracanã o drama do Marcos Winter, que fazia o jogador de futebol Duda (miscasting or what?) esperando atrás das traves dos adversários do Flamengo que a bola entrasse para correr uniformizado pra torcida na gravação de uma das primeiras cenas da novela.

    Claro que nos três jogos em que formou com o time - inclusive posou para as fotos - não saiu nenhum gol, três 0X0. Fizeram um gol fake em estúdio.

    Mas o pior era o personagem, que tinha algo de poeta, naipe "o que LFC entende por poeta". Lembro de uma cena particularmente constrangedora em que, para mostrar para sua namorada de infância como se sentia na volta a sua terra natal, Duda não falava nada, fechava os olhos e abria os braços para uma cachoeira - em câmera lenta. Cristo.




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