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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, abril 13, 2024

    A afronta de Elom Musk é parte da estratégia global da extrema direita

     

     "Nos últimos dias, Musk colocou sua rede social a serviço de Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal e, particularmente, o juiz Alexandre de Moraes, relator de vários inquéritos policiais que alcançam o ex-presidente. De certa forma, seguiu um apelo público feito em fevereiro pelo deputado Eduardo Bolsonaro durante um encontro reacionário periódico nos EUA, a Conferência de Ação Política Conservadora. “Relatem o que está acontecendo no Brasil. Amanhã, teremos um milhão de pessoas nas ruas de São Paulo em apoio ao presidente Bolsonaro. Façam com que essas imagens circulem pelo mundo. Congressistas americanos (sic), pedimos uma audiência em seu Congresso. Vocês são os líderes do mundo livre. Ajudem-nos a expor esta tirania.”"

     LEIA REPORTAGEM DE ANDRÉ BARROCAL 

    Praia da Moreninha

     


    So This is Christmas



    MARIO  BAGG

     

    Yusuf / Cat Stevens - Where Do The Children Play?



    Well, I think it's fineBuilding jumbo planesOr taking a ride on a cosmic trainSwitch on summer from a slot machineYes, get what you want to if you want'Cause you can get anything
     
    I know we've come a long wayWe're changing day to dayBut tell me, where do the children play?

    Liberdade de X pressão

    THIAGO LUCAS
     
     

     
     
     

     
    GALVÃO
     



     

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    Review: ‘3 Body Problem’ Is A Galaxy-Brained Spectacle

      A woman walks through a fiery landscape.

    "The aliens who menace humankind in Netflix’s “3 Body Problem” believe in doing a lot with a little. Specifically, they can unfold a single proton into multiple higher dimensions, enabling them to print computer circuits with the surface area of a planet onto a particle smaller than a pinprick.

    “3 Body Problem,” the audacious adaptation of a hard-sci-fi trilogy by Liu Cixin, is a comparable feat of engineering and compression. Its first season, arriving Thursday, wrestles Liu’s inventions and physics explainers onto the screen with visual grandeur, thrills and wow moments. If one thing holds it back from greatness, it’s the characters, who could have used some alien technology to lend them an extra dimension or two. But the series’s scale and mind-bending turns may leave you too starry-eyed to notice."


    read review by James Poniewozik

    Review: ‘3 Body Problem’ Is A Galaxy-Brained Spectacle - Talentsofworld Articles

    Mulher busca satisfação do desejo em livro inédito e póstumo de García Márquez

     Gabriel García Márquez trabalhou quase dois anos no livro, entre 2003 e 2004 — Foto: Eduardo Verdugo/AP

     

     

    MARCUS LOPES

    Em março de 1999, o escritor colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014) surpreendeu o público em um evento na Casa da América, em Madri, ao substituir um discurso tradicional pela leitura de um conto que havia escrito recentemente. Ao lado do também Nobel de Literatura José Saramago, Márquez apresentou aquele que se tornou, 25 anos depois, o primeiro capítulo do seu romance inédito e póstumo “Em agosto nos vemos”, cujo lançamento mundial é nesta semana.

    O livro não tem o mesmo refinamento dos grandes títulos do autor, como “Cem anos de solidão” (1967) e “Amor nos tempos do cólera” (1985), por alguns motivos práticos.

    O principal deles é que, apesar de ter trabalhado com afinco durante quase dois anos, entre 2003 e 2004, Márquez já sofria e lutava contra o declínio das suas faculdades mentais. Isso resultou em uma batalha interna entre o rigor dos seus escritos e a realidade imposta pelas limitações da saúde.

    A lenta e constante evolução da doença degenerativa era uma situação frustrante e desesperadora. “A memória é, ao mesmo tempo, minha matéria-prima e minha ferramenta. Sem ela, não existe nada”, disse Márquez em determinada ocasião em seus últimos anos de vida produtiva.

    Todos os elementos do estilo do autor estão ali: a capacidade de imaginação que o tornou um dos expoentes do realismo mágico; a linguagem poética e o mergulho nos sentimentos humanos mais profundos, sempre embalados em uma narrativa direta e cativante.

    O enredo narra a história de Ana Magdalena Bach, de 46 anos, uma bela mulher, integrante de uma família com tradição musical. Ainda muito jovem, abandonou a faculdade de artes e letras para casar-se com um músico que, anos depois, se torna diretor de um conservatório, substituindo o pai de Ana.

    O casal tem dois filhos. O menino seguiu a carreira do pai e tornou-se o primeiro violoncelo da Orquestra Sinfônica Nacional, aos 22 anos. A filha administra o confronto interno entre a rebeldia e os exageros juvenis com uma suposta vocação para ingressar na Ordem Religiosa das Carmelitas Descalças.

    Todos os anos, Ana Magdalena viaja por quatro horas em um barco de linha até uma ilha do Caribe, única referência geográfica em todo o texto. O objetivo é visitar o túmulo da mãe, enterrada no pobre cemitério do vilarejo da ilha que, aos poucos, teve a sua simplicidade e autenticidade tragada pela ascensão do turismo na região.

    A viagem, sempre em agosto, segue um ritual: bate-volta de uma noite, embarque no mesmo táxi velho que a transporta até o hotel onde se hospeda todos os anos; um ramo de gladíolos comprados na florista do mercado local e a limpeza metódica do túmulo. Até o cardápio do jantar se repete — sanduíche de presunto e queijo no pão torrado e uma xícara de café com leite.

    A rotina só é quebrada em determinada noite, quando se dá a liberdade de tomar um drinque de gim no restaurante do hotel enquanto aguarda o lanche. “O mundo mudou depois do primeiro gole”, escreve o autor, ao contar o flerte entre Ana e um homem desconhecido, naquilo que rapidamente e sem muitas perguntas se transforma em um romance fugaz de uma noite. “Subiu para o quarto com o terror delicioso que não sentia desde sua noite de núpcias.”

    O encanto é desfeito quando encontra uma nota de US$ 20 que o amante deixa pela manhã no meio de um livro que ela estava lendo. A simbologia daquela cédula deixada sem qualquer explicação é uma tortura mental que a persegue ao longo de toda a narrativa.

    A frustração com aquilo que poderia ser interpretado como um pagamento pela noite de prazer não impede Ana de adquirir um novo ritual nas viagens à ilha: a procura por um homem que a satisfaça por apenas uma noite. Algo que, já na desconfortável viagem de barco, faz aflorar um sentimento que se assemelha a uma revoada de borboletas alegres em seu peito. Até a relação com o marido melhora.

    A partir daí, em agosto as borboletas começam a voar na mente dela, que aguarda a viagem com a mesma ansiedade de uma criança que espera a tarde de domingo para ser levada ao circo. Uma ansiedade que faz Ana perguntar a um tocador de saxofone e mago ambulante que encontra por acaso onde estaria o homem da sua vida. “Nem tão perto quanto você gostaria, nem tão longe quanto você crê”, responde o mago, que remete o leitor ao cigano Melquíades, de “Cem anos de solidão”.

    Passados quase dez anos da morte do autor, “Em agosto nos vemos” é um belo retorno de García Márquez às prateleiras das novidades literárias. Trata-se de um afago aos órfãos do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1982.

    A edição brasileira do livro inclui quatro páginas fac-símiles de originais com anotações do autor. Há também um texto em que o editor Cristóbal Pera detalha o processo de criação, edição e revisão do livro, além das dificuldades. Mesmo tendo concluído a obra, García Márquez já era traído pelas imprecisões da memória que se esvaía aos poucos.

    O editor também teve de trabalhar com fragmentos de informações e cenas distribuídas em duas versões originais, uma impressa com anotações à mão feitas pelo escritor e outra digital, que foi guardada por Mónica Alonso, secretária de Márquez. “Minha tarefa nesta edição foi a de um restaurador diante da tela de um grande mestre”, escreve Pera.


    VALOR

     

    Curb Your Enthusiasm finale review – an absolutely perfect ending

     

     
    "Clearly, it wasn’t going to end well. For quarter of a decade now, David has been one of the most gleefully cantankerous figures on television. Every single episode of Curb features him transgressing some unspoken rule of social etiquette. Maybe he kept his shoes on in a shoes-off house. Maybe he pointed out the aesthetic appeal of a swastika to his girlfriend’s flamboyant, sewing-obsessed son. Maybe, out of spite, he opened a coffee shop next to the one owned by his mortal enemy, Mocha Joe, just to run him out of business. In the finale, many of these transgressions come home to roost.

    Remember when he stole flowers from a roadside memorial? Remember when he forced a woman to leap off a ski lift, shattering her knees? Remember when he urinated on a picture of Jesus? Within context, these seemed like the actions of a rational man. In a court of law, however, they paint a picture of a monster. Of course he was going to be found guilty. Of course he was going to end up in jail, just like Jerry Seinfeld and his friends all those years ago. For a moment, that’s where it looks like this episode will end, with Larry mournfully poking at his pants tent behind bars."
     
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     Curb Your Enthusiasm finale review – an absolutely perfect ending | Curb Your Enthusiasm | The Guardian

    sexta-feira, abril 12, 2024


     

    case/lang/veirs - Supermoon



    SupermoonWhere all the diamond deals are madeWe never used to live this longWe're pioneers, my dear, press on, move along

    Elon Musk, X Fought Surveillance While Profiting Off Surveillance

     

     

    Elon Musk’s Twitter/X was selling user data for government surveillance at the very same time it was allegedly fighting government surveillance in court.

    "While national security letters allow the government to make targeted demands for non-public data on an individual basis, companies like Dataminr continuously monitor public activity on social media and other internet platforms. Dataminr provides its customers with customized real-time “alerts” on desired topics, giving clients like police departments a form of social media omniscience. The alerts allow police to, for instance, automatically track a protest as it moves from its planning stages into the streets, without requiring police officials to do any time-intensive searches.
    Although Dataminr defends First Alert, its governmental surveillance platform, as a public safety tool that helps first responders react quickly to sudden crises, the tool has been repeatedly shown to be used by police to monitor First Amendment-protected online political speech and real-world protests."
     
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    Elon Musk, X Fought Surveillance While Profiting Off Surveillance

    Roaming Charges

     

    Jeffrey St. Clair

    + This week ocean temperatures in the tropical Atlantic reached levels not normally found until June 3.

    + Hundreds of gray whales have starved to death off the Pacific Coast, owing to a sharp decline in food availability in their Arctic and sub-Arctic feeding grounds attributable to warming oceans…

    + Around 10 percent of the preterm births in the US during 2018, may have been caused by a class of chemicals commonly used in plastic food containers and cosmetic products. The social costs of the harm done by these chemicals may top $8 billion.
     

    Manter a memória viva



    HELO D'ANGELO

     

    Ditadura Nunca Mais

     

    ARTEVILLAR
     
     
     
    PAULO BATISTA 
     

     
    MIGUEL PAIVA 
     

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    Quelé & Momo

     


    The von Trapps & Pink Martini-Fernando



    Lange, lange leve karleken
    Var basta van, Fernando.
    Fyll ditt glas och hoj en skal for den,
    For karleken, Fernando!

    Nick Drake - Pink Moon



    I saw it written and I saw it say
    Pink moon is on its way
    And none of you stand so tall
    Pink moon gonna get you all
    It's a pink moon
    It's a pink, pink, pink, pink, pink moon


     

    quinta-feira, abril 11, 2024

    Aliança entre Musk e crime organizado fracassa

     

     

    Elon Musk não pode tudo. A manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) pelo plenário da Câmara dos Deputados demonstrou que há limites para que uma tese intragável, como a soltura de um dos acusados de ter mandado matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes ganhe adeptos nas redes.

    Os aliados do crime organizado na Câmara não conseguiram pautar a tese de que era o poder ilimitado do ministro Alexandre de Moraes que estava em jogo e não o mérito de uma acusação feita, a duras penas, depois de seis anos de investigações. Marielle permaneceu como um dos assuntos mais buscados ao longo do dia, mas não pela tese pautada pela rede de influenciadores bolsonaristas, entre os quais o filho 03 do ex-presidente.

    O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não estava no Brasil mas gravou um vídeo pedindo a soltura de Brazão. Sua postagem foi uma das mais compartilhadas da comunidade bolsonarista. Seu partido fechou questão, mas perdeu a batalha.

    Não foi a estratégia governista que saiu vitoriosa, mas a tese miliciana que não ganhou guarida na opinião pública. A prisão dos três acusados do assassinato é um dos maiores sucessos deste governo no combate ao crime organizado, ao lado da captura dos fugitivos do presídio de Mossoró (RN), mas isso não foi suficiente para pautar uma estratégia eficiente para defendê-la.

    Os governistas começaram a sessão na CCJ com o resultado aberto e temendo a derrota. Os aliados de Brazão adiaram a votação na tentativa de se esfriar o tema. Quando Musk pousou no Brasil abriu-se um clarão. Aliado aos golpistas na Bolívia e aos fascistas na Alemanha, o dono do X pinçou seus parceiros no Brasil entre os sócios do crime organizado na Câmara.

    A aliança com os novos donos da voz ficou clara quando o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), jogou no lixo o trabalho de quatro anos do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) no projeto que regulamenta as redes sociais depois que o dono do X abriu fogo contra Moraes.

    A aliança do crime organizado com Musk prosseguiu na Comissão de Segurança Pública da Câmara que, numa sessão com presença maciça de parlamentares da bancada da bala e a resistência quase solitária do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), foi aprovada uma “moção de louvor” a Musk.

    Musk e Brazão engrossaram o caldo contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro como ficou claro na ofensiva do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no “Roda Viva” pedindo para o país “voltar à normalidade”.

    Os aliados de Brazão prepararam uma vacina contra uma eventual repercussão negativa, que foi a representação pela cassação do mandato de Brazão no Conselho de Ética, mas não foi suficiente para virar a votação na CCJ. A alternativa seria um “recado” ao STF de que a prerrogativa de privar o parlamentar de seu mandato é da Casa, mas não convenceu.

    O rito desta cassação permitiria que Brazão tivesse seis meses para não apenas continuar a obstruir a investigação do crime como até mesmo evadir-se do país. O relatório da Polícia Federal que resultou na prisão não deixa dúvidas de que não lhe faltaria apoio para tanto.

    O resultado na CCJ demonstrou a prevalência da tese de que, ao longo dos seis anos em que permaneceu sem solução, o crime foi continuado e, portanto, encaixada no flagrante admitido pela Constituição para a prisão preventiva de parlamentares. As câmeras sumiram, o carro foi desmontado, delegados foram trocados, e cinco pessoas relacionadas ao crime foram mortas, entre as quais uma das pessoas que desmanchou o carro, ou seja, há fartos indícios de obstrução de Justiça.

    A tese acabou também por prevalecer em plenário, onde eram necessários 257 votos para manter Brazão detido. A decisão do STF foi referendada com uma sobra de 20 votos, a oposição de 129 parlamentares e a abstenção de 28. O comportamento de algumas bancadas, como o PP de Lira, surpreendeu e demonstrou que pode faltar bala ao presidente da Câmara para sua sucessão. Quem acabou por pautar a bancada foi o deputado Fausto Pinatto (SP), que definiu o voto em favor de Brazão como “suicídio” da Câmara face à resistência da opinião pública.

    Musk mostrou-se uma carona pouco eficiente para os parlamentares, mas não deixará tão cedo a paisagem nacional. O Supremo não caiu na pegadinha perseguida pelo bilionário de banimento do X do país. A abertura do acesso por VPN, mesmo que sob alto custo, desmoralizaria a decisão. O Executivo escapou por pouco, a despeito dos esforços nesse sentido do ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta.

    A aliança de Musk com o crime organizado não prosperou, mas ele foi bem sucedido em enterrar o PL das Redes Sociais. É esta a principal frente de batalha. Porque o que está em jogo não são negócios de Musk, mas a democracia brasileira. Se a Câmara se recusar a legislar, o tema cairá no colo do STF. E, desta vez, não haverá como protestar contra usurpação de prerrogativas.

    Os defensores da soltura de Brazão foram os mesmos que, três semanas atrás, lideraram a votação que derrotou as “saidinhas”. Não foram capazes de convencer a opinião pública de que bandido bom é bandido solto. Os aliados de Musk no crime organizado resolveram apostar que do outro lado da polarização estava um eleitor manobrável. A reação que pautou a votação demonstrou que o eleitor é de direita, mas não é trouxa.

    VALOR 

     

    O placar de Brazão

     

    MALU GASPAR

    ‘Não é sobre Marielle Franco’, foi o que mais se ouviu nos últimos dias da turma do Movimento Brazão Livre, que trabalhou firme para fazer a Câmara tirar da prisão o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca.

    “Também não é sobre Brazão”, seguia o argumento. “É uma resposta ao Supremo”, martelavam ad nauseam lideranças e deputados de vários partidos, incluindo petistas que não repetiriam isso em público de jeito nenhum.

    Tudo bem, ninguém duvida de que uma ala significativa do Parlamento estava sedenta para se vingar do ministro Alexandre de Moraes e do STF. Nesse caso, porém, há mais coisas entre o céu e a terra da capital federal do que a repulsa a Xandão.

    A operação contra Brazão não foi a primeira medida de força imposta pelo STF e Moraes ao Congresso. Ficaram marcados nos caderninhos dos congressistas, em especial nos da direita, a prisão do bolsonarista Daniel Silveira por agressões a ministros do Supremo, em 2021, e as ações de busca e apreensão nos gabinetes de Carla Zambelli (PL-SP) e Carlos Jordy (PL-RJ).

    Em nenhum desses casos, porém, houve tanta mobilização a favor de um parlamentar, e não dá para dizer que antes não havia revolta em Brasília. Apesar de ter perdido no plenário, Brazão foi mantido na prisão por um placar apertado — 277 votos, só 20 acima do mínimo necessário.

    No caso de Silveira, a prisão foi mantida por 364 votos. O placar dos que votaram pela soltura foi praticamente o mesmo para os dois: 130 e 129 votos.

    A mudança é que, agora, 105 deputados ou faltaram ou se abstiveram, porque não queriam ver seus nomes no placar pró-libertação, mas tampouco tinham a ganhar constando na coluna pró-prisão. Quem lá atrás não se incomodou em deixar Silveira mofando na cadeia para não se indispor com Xandão desta vez achou melhor não se aventurar contrariando Brazão.

    Considerando que falamos de um integrante do baixo clero que nunca fez nenhuma diferença para além do seu quintal, fica difícil explicar o que ocorreu na Câmara dos Deputados nos últimos dias sem olhar com atenção para este Triângulo das Bermudas político chamado Rio de Janeiro.

    Tanto Silveira como Brazão foram eleitos pelo Rio. Mas, diferentemente do primeiro, o clã de Chiquinho não apenas povoa a política local há décadas, como também espalhou ramificações por amplos setores do estado e da prefeitura.

    Do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) à Habitação ou à Polícia Civil de Cláudio Castro, passando pela Assembleia Legislativa, pela Câmara Municipal e pela prefeitura de Eduardo Paes, para onde quer que se olhe se poderá ver um aliado dos irmãos Brazão ocupando um cargo-chave.

    O próprio Chiquinho Brazão foi secretário de Ação Comunitária de Paes até fevereiro passado. Só deixou o cargo quando começou a circular nos bastidores a informação de que o matador de Marielle, Ronnie Lessa, apontara o dedo para ele e para o irmão, Domingos.

    Sua presença no secretariado era parte de um acordo em troca do apoio à reeleição do prefeito em outubro, num bonde de que fazem parte Waguinho (Republicanos), prefeito de Belford Roxo cuja mulher chegou a integrar o ministério de Lula, e o ex-deputado Eduardo Cunha, aliado e uma espécie de guru político que por décadas fez dobradinhas eleitorais com o clã.

    Em 2022 Chiquinho ainda subiu no palanque da campanha de Jair Bolsonaro. Além disso, o eleitorado dos irmãos Brazão sempre foi concentrado em áreas dominadas por milícias, com as quais, segundo a Polícia Federal, eles têm “intrínsecas relações”.

    É esse contexto de promiscuidade explícita da política com o crime e com a impunidade que ajuda a explicar por que Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro atuaram em favor de Brazão — Eduardo, o filho Zero Três, chegou a gravar um vídeo pela soltura —, enquanto Paes procurou de todas as formas ficar longe do assunto publicamente, para não afetar suas alianças na campanha de logo mais à reeleição.

    Nada disso quer dizer que a tensão entre o Congresso e o Supremo não tenha interferido no resultado de ontem. Mas não dá para entender tanto esforço sem considerar que, quando se trata da política fluminense, periga a força do clã Brazão ser bem maior que a ojeriza a Xandão.

    GLOBO
     

    Nem só de panela na cabeça são feitos os descendentes de Ziraldo.

     

     0

    São Paulo

    Nem só de panela na cabeça são feitos os descendentes de Ziraldo. Claro que o Menino Maluquinho, nascido em outubro de 1980, tem seu lugar garantido como o personagem mais famoso do cartunista mineiro, morto aos 91 anos neste sábado, no Rio de Janeiro.

    Tanto que foi ele, o moleque travesso usando uma caçarola como chapéu, o escolhido para, na forma dum boneco gigante inflável, convidar o público para a exposição "Mundo Zira", em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil carioca até maio.

    Mas não há de ser pecado dizer que a fama não garante por si só também o posto de criação mais amada a este Maluquinho –o próprio Ziraldo o considerava "cult", algo reservado, quem sabe, aos adultos espertos fãs das crianças prodígio dos quadrinhos, como Mafalda e Lucy Van Pelt. Até mesmo o criador sabia que daquela mesma prancheta surgiram figuras mais queridas das infâncias.

    Pegue "A Turma do Pererê", por exemplo, criada em 1958 e publicada pela primeira vez na revista O Cruzeiro, em 1959, com o nome de "Pererê". Uma galera formada pelo Saci, sua namorada Boneca de Pixe, seus amigos indígenas Tininim e Tuiuiú e a patota animal com uma onça branca, um jabuti, um macaco e um tatu.

    Entre idas e vindas de editoras —em 1964, por exemplo, o regime militar esvaziou de publicações as bancas de jornal– e variações de tiragem ao longo dos quase 20 anos em que foram impressos, os quadrinhos da "Turma do Pererê" foram tão populares que se tornaram inclusive especial da TV Globo em 1983, um sinal importante de sucesso entre produções criativas dos anos 1970 e 1980.

    A história mostrava o indígena Tininim exausto do mato e do ar puro, e decidido a trocar a vida na floresta pela sedutora existência numa metrópole. Galileu, a onça, convoca então os amigos da Mata do Fundão para uma reunião de emergência, na qual se decide que o Saci irá atrás do amigo na cidade grande.

    Ziraldo imaginou, décadas antes da consciência ambiental que habita o coração da infância de hoje, o caos e a cobiça que uma onça-pintada despertaria ao circular num centro urbano. Ilustrou a dimensão da fauna e da flora nacionais, e a opôs à gravidade do desprezo por sua preservação, questão que à época era circunscrita apenas à aflição de minguados ecologistas.

    O especial de TV virou disco pela Som Livre, ainda em 1983, com letras escritas por gente graúda como Guilherme Arantes, Fagner e Ivan Lins, e músicas gravadas por Gal Costa, Zezé Motta, Luiz Melodia, entre outros. Vendeu milhares de cópias e se tornou frisson nas vitrolas, unindo em casa adultos e crianças como poucos sabem fazer 40 anos depois.

    O debute literário "Flicts" –que também ganhou trilha sonora nos mesmos anos 1980, assinada pelo próprio Ziraldo junto de Sérgio Ricardo–, por sua vez, talvez tenha feito mais pelas crianças deslocadas do que qualquer outro livro infantojuvenil até hoje conseguiu.

    A história, escrita em 1969, estreia de Ziraldo neste segmento literário, mostra a cor meio bege e muito triste que ninguém queria por perto por ser "feia" e "sem graça", já que não é tão forte quanto o vermelho, nem tão imenso quanto o amarelo ou pacífico quanto o azul.

    Numa crítica no jornal, o escritor Carlos Drummond de Andrade se derramou diante da poesia de "Flicts". "O conto contado por Ziraldo só merece um adjetivo, infelizmente desmoralizado: 'maravilhoso'. Não há outro, e sinto a pobreza do meu cartuchame verbal, para definir 'Flicts'. Mas exatamente nisso está uma das maravilhas de 'Flicts': não carece de definição. É."

    Em 1986, nasceu de Ziraldo o Menino Marrom, numa delicadeza de traço que trazia na capa do livro um garoto lindo, com olhos gigantes e dum realismo apaixonante. As perguntas levantadas pela curiosidade do menino giravam em torno da diversidade de cores da pele e histórias de vida na infância.

    Para tanto, Ziraldo contrapõe a existência do protagonista à do Menino Cor-de-Rosa, num movimento arriscado que anos depois levantaria críticas a uma suposta postura racista do autor. Ana Maria Gonçalves, por exemplo, autora do incensado "Um Defeito de Cor", de 2006, publicou em 2011 uma carta aberta a Ziraldo em que apontava os problemas que vê em "O Menino Marrom".

    "O seu texto nos ensina que é assim, sem ódio, que se doma e se educa para que cada um saiba o seu lugar, com docilidade e resignação: 'Meu querido amigo: Eu andava muito triste ultimamente, pois estava sentindo muito sua falta. Agora estou mais contente porque acabo de descobrir uma coisa importante: preto é, apenas, a ausência do branco'", escreveu Gonçalves, no documento.

    "A gente se acostuma, Ziraldo. Como o seu menino marrom se acostumou com as sandálias de dedo. O menino marrom, embora seja a figura simpática e esperta e bonita que você descreve, estava acostumado e fadado a ser pé-de-chinelo, em comparação ao seu amigo menino cor-de-rosa. O menino marrom, ao crescer, talvez virasse marginal, fado de muito negro", segue a escritora, na carta aberta.

    Em tempos de revisionismo e cancelamento da literatura, incluindo a infantojuvenil, é interessante pensar que a partida do premiado autor possa encorajar a leitura contextualizada de Ziraldo, a exemplo do que se pode —e deve?— fazer com tantos autores. Responsáveis e educadores têm, agora, a oportunidade de apresentar às crianças a obra de Ziraldo e conduzir, com elas, o debate sobre pontos como os levantados por Ana Maria Gonçalves e outros críticos.

    Assim, não se corre o risco de relegar ao esquecimento a irreverência e o encanto de Maluquinhos, Pererês e Flicts, ou de trechos de rara sensibilidade sobre a infância como os de "O Menino Marrom". "Menino é mais criativo do que adulto, sabe por quê? Porque adulto já viveu muito e já aprendeu dos outros. Menino tem que inventar enquanto não aprende. Só criança é capaz de observar as coisas com os olhos de primeira vez."

    FOLHA

     

     

     

     

    Lula sentiu uma encrenca


     

    Evangelização dos indios



    YKENGA

     

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    ZIAD IN GAZA

     

    Ahmad comes into the room to check on us. He was surprised I got out of the room today. We talk about music. He speaks about his favourite singers and songs. He loves an Egyptian song called My Beautiful Country. He thinks that a current singer is the owner of the song, but I tell him that it is a cover. He surprises me when he tells me he does not know the original singer.

    “Dalida? Who is Dalida?”

    “Dalida is a world-famous singer and actor born in Egypt, but who rose to fame in Europe in the 70s. Then she went back to Egypt and started singing in Arabic.”

    I search in my mobile and find the original song. It is a nostalgic one about the home country, the first love there and hoping that one day she will return. It was the first time I listened to the song in the last five months, and this time, it felt completely different.

    I think of my apartment, which is less than an hour away from me by car, as a far place that I wish to go back to one day. I scroll through my photos to see pictures of a life I used to have that no longer exists. It breaks my heart.

    After Ahmad left, I started looking for other songs by Dalida on my mobile. I played my favourite one – a French song called Je Suis Malade – which she covered after Serge Lama. Such songs made me believe in the importance of the written word; how the writer was able to describe the extreme sadness they were going through after losing their loved one. In the song, she says that being away from her loved one is similar to when her mother left her in the evenings, alone with her despair; that being away from him is like being an orphan in a dormitory.

    In a weird way, I related to the lyrics more than ever. I do feel left alone, like a little boy, scared of what the future is holding for me; missing a home and a complete life full of friends and beautiful details, in a blink of an eye.

    But unlike the song, which starts by saying, “I do not dream any more”, I do still have dreams. I dream of taking a hot shower, of eating strawberry ice-cream and being safe.

    It is that seed of hope. That stubborn little, strong seed of hope.

     

     

     

    Bright Eyes - Just Once in the World



    Found the throughlineFor all humankindIf given the timeThey'll blow up or walk on the moonIt's just what they do


     

    Eternamente Ziraldo



    CAU GOMEZ

     

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    Uma luz misteriosa cruzando o céu



    ALVES

     

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    Clarence 'Frogman' Henry, I ain't got no home (IN MEMORIAM)



    Ain't got no homeA-no place to roamAin't got no homeA-no place to roamI'm a lonely boyI ain't got a home

    Muskadas de Aroeira

    AROEIRA 

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    Footage reveals destruction in Khan Younis after Israeli withdrawal

     

    Trina Robbins, Creator and Historian of Comic Books, Dies at 84 – DNyuz

     

     Trina Robbins, Creator and Historian of Comic Books, Dies at 84

    "In 1970, Ms. Robbins was one of the creators of It Ain’t Me Babe Comix, the first comic book made exclusively by women. In 1985, she was the first woman to draw a Wonder Woman comic after four decades of male hegemony. In 1994, she was a founder of Friends of Lulu, an advocacy group for female comic-book creators and readers.

    In the 1960s, before she devoted her life to comics and to the women who make them, Ms. Robbins was an accomplished clothes designer and seamstress who outfitted rock stars like Donovan and David Crosby. She became a notable figure in the hippie communities of New York City and San Francisco, and in Los Angeles caught the eye of Joni Mitchell.

    The first verse of Ms. Mitchell’s song “Ladies of the Canyon,” featured on her 1970 album of the same name, is a portrait of Ms. Robbins"


    read obit by Gavin Edwards

    Trina Robbins, Creator and Historian of Comic Books, Dies at 84 – DNyuz

    Janela Partidaria



    AMORIM

     

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    Ziraldo revolucionou a literatura infantil

    Ziraldo, em retrato de 2017, no Rio de Janeiro
     

     Bruno Molinero

    Não sei se os leitores conhecem as engrenagens acionadas num jornal quando alguém como Ziraldo morre.

    Em segundos, todos os jornalistas se dividem para produzir reportagens, análises, comentários e repercussões que busquem resumir a vida e a obra da pessoa. Mas aqui há um problema. No caso de Ziraldo, isso é quase impossível. Porque estamos diante de um gigante da cultura.

    E não estou falando sobre a sua altura, que fazia qualquer criança achar que estava em frente a uma montanha. Nem dos braços largos, da voz simultaneamente retumbante, terna e maliciosa ou das sobrancelhas grisalhas e grossas, que serviam de cartão de boas-vindas. Ziraldo foi gigante pela obra que deixou.

    O mineiro de Caratinga tinha um quê de artista renascentista. Jogava nas 11 posições do campo. Ele era incansável. Foi autor de dezenas de livros para crianças que marcaram a literatura infantojuvenil brasileira, mas atuou também como jornalista, pintor, escritor, editor. Onde houvesse palavra e imagem, Ziraldo buscava meter a mão, a tinta, o bom humor sempre afiado e se lambuzava.

    Talvez o jeito mais eficiente de chegar perto de sua estatura neste momento seja publicar dezenas de textos, um para cada área que Ziraldo conseguiu abraçar, do Pasquim ao Menino Maluquinho.

    Por isso, estas linhas vão falar só sobre literatura infantojuvenil —que de "só" não tem nada, porque é um universo dentro de sua produção.

    Não é exagero dizer que Ziraldo faz parte do time que transformou o livro para crianças e jovens no Brasil. Está ao lado de Monteiro Lobato, Ângela Lago, João Carlos Marinho, Tatiana Belinky e de outros nomes que continuam na ativa, pulsantes, como Marina Colasanti, Ana Maria Machado, Lygia Bojunga e Eva Furnari, por exemplo, só para citar alguns desses autores.

    Assim como todos eles, o pai do Menino Maluquinho nunca se contentou em criar histórias que apenas divertissem o público de forma engraçadinha. O artista foi muito mais a fundo do que isso. Chacoalhou a estética, a escrita, o visual.

    Nos seus livros, muito por causa da formação como jornalista e cartunista, texto e imagem costumam ser inseparáveis. Hoje, essa conversa pode soar um pouco embolorada para quem estuda o livro ilustrado, que costuma ser definido pela relação de simbiose entre palavra e ilustração. Só que Ziraldo já estava fazendo isso nos anos 1960, período em que muita coisa ainda era mato.

    Isso fica evidente já nas primeiras páginas de "Flicts", seu best-seller e clássico de 1969. Lançado no auge da ditadura militar brasileira e durante a Guerra Fria, a obra conta a história da tal cor chamada Flicts, que é triste porque não acha o seu lugar no mundo.

    Metáfora existencial e política sobre a eterna busca que temos pela nossa essência, a obra não opta pelo caminho fácil e indolor das imagens figurativas e fofinhas. Ziraldo cutuca a ferida e constrói um projeto gráfico com cores estouradas e formas geométricas cheias de vértices, arestas e ângulos que se dissolvem, se refazem e flertam com o abstrato, criando uma ponte ousada entre a literatura infantil, as vanguardas do início do século 20 e o que de mais fresco era produzido no design. Hoje em dia parece óbvio, com mil títulos assim disponíveis nas livrarias. Naquela época, no entanto, nem um pouco.

    Esse respeito pela inteligência da criança acompanhou o escritor e cartunista durante quase toda a sua carreira. Suas publicações conquistaram, sim, uma legião fiel de fãs e coroaram Ziraldo como um dos reis de bienais e feiras do livro Brasil adentro, onde não era raro vê-lo durante quatro ou cinco horas autografando edições para crianças e adultos. Mesmo com ampla aceitação do público, porém, ele nunca foi devidamente reconhecido pelo entourage que define a chamada "alta literatura".

    Apesar de ter se candidatado a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, por exemplo, Ziraldo engrossou a lista dos que não foram vistos pela miopia imortal e tiveram o ingresso negado. Deixo o próprio autor falar sobre o tema.

    "Se você consegue encantar uma geração, fica muito difícil de desaparecer. É o caso de Monteiro Lobato, Lewis Carroll, irmãos Grimm", afirmou ele em 2016 a este jornal.

    Ziraldo não conquistou apenas uma geração —mas dezenas delas ao longo de mais de 60 anos de carreira, período no qual formou leitores, produziu literatura combativa e viu suas criações no grupo de personagens que dão corpo à cultura. Isso vale mais do que troféus e medalhas.

    FOLHA 

     

     

     

     

     

     

    Morrer & Viver



    ROSE ARAUJO

     

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    quarta-feira, abril 10, 2024

    Christopher Nolan is a relic

     Jeffrey St. Clair >>

     
    + The idea of Christopher Nolan as a cutting-edge director is absurd. He is the most antiquated of filmmakers, making the kind of cinema Godard pronounced dead in 1970. He only makes movies on “film” to be projected at certain aspect ratios inside cinemas with particular screens. When Godard saw the 1st cellphone camera, the old man embraced it as the future of film-making, where movies could be made for almost nothing: shot, edited & distributed worldwide on the web by themselves, freed from the studios & confining walls of theaters. Nolan is a relic.

     

    AQUI MA U IDO PAGU


     

    Janela Partidária... Janela Indiscreta



    CELLUS

     

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    WININ' BOY BLUES - Jelly Roll Morton - Sidney Bechet - 1939



    I'm the winin' boy, now don't you deny my name

    terça-feira, abril 09, 2024

    Da turma do Pererê ao Menino Maluquinho, relembre personagens mais marcantes criados por Ziraldo

     

     O Menino Maluquinho, personagem de Ziraldo

     " Do Menino Maluquinho ao Pererê, de Flicts ao Bichinho da Maçã, Ziraldo criou obras que ganharam o coração dos leitores com páginas recheadas de traquinagens infantis e sentimentos conhecidos por todos, como a perda e a rejeição por ser diferente.

    Com a publicação do livro “Flicts”, em 1969, Ziraldo comprovou que sabia, como poucos, contar histórias para crianças. Histórias que tratavam do vasto universo infantil, das travessuras às dores do crescimento, com todo respeito e importância que os pequenos leitores mereciam.

    Embora tenha feito grande sucesso com personagens criados para leitores adultos, como a espalhafatosa Supermãe e Jeremias, o Bom, lançado também em 1969 e no qual fazia divertidas críticas aos costumes e à ditadura — no auge do regime militar —, Ziraldo se imortalizou como o pai do Menino Maluquinho e de muitas outras adoráveis criaturas e obras inesquecíveis.

    Puxando logo o tapete do bicho



    AROEIRA

     

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    Para chineses, dupla de 'Game of Thrones' estragou 'O Problema dos 3 Corpos'

     

      Cena da série "O Problema dos 3 Corpos", da Netflix

    Ao longo da última semana, usando VPN, uma ferramenta que burla restrições de acesso à internet, os chineses assistiram à versão da Netflix para “O Problema dos 3 Corpos”, baseada na obra de ficção científica de Liu Cixin, e não gostou. Expressou sua contrariedade por aplicativos locais de mensagens instantâneas, como o Weixin (WeChat) e Weibo, que agora tem um tópico com cerca de três bilhões de visualizações.

    Na Douban, plataforma voltada para críticas de filmes, livros e música, a avaliação ou a nota média dada à série americana ficou em 6,7, contra 8,7 para a versão chinesa, que estreou no ano passado no streaming da Tencent. Em outras palavras, como ecoou numa das hashtags usadas no Weibo, “a China venceu” o confronto entre as duas adaptações, há muito aguardado.

    O público diz que a dupla de criadores de “Game of Thrones”, que responde agora por “3 Corpos”, repete o desastre da última temporada da série baseada na obra de George R. R. Martin. O questionamento mais repisado é quanto à conversão étnica e de gênero de alguns dos personagens centrais, sobretudo Wang Miao, cientista que centraliza a trama no livro original e na adaptação chinesa, mas que virou Augustina Salazar, Auggie, na da Netflix.

    Mais até, Wang e outros cientistas chineses, distribuídos pelos livros da trilogia de Liu, sem sequer se conhecer, transformaram-se numa equipe, os Cinco de Oxford, que estudaram juntos na universidade inglesa. Na descrição irônica de Hu Xijin, jornalista e hoje personalidade do Weibo, “Yun Tianming é branco, Luo Ji é negro e fuma maconha” e assim por diante.

    Além da redistribuição “politicamente correta”, essa reunião de cientistas agora “imberbes” é lamentada nas plataformas chinesas por seguir o clichê ocidental de “Harry Potter” a “Senhor dos Anéis”, concentrando-se num grupo de eleitos para salvar a humanidade, uma “elite”. Com a agravante de que a cientista mantida como chinesa na série, Ye Wenjie, se torna uma “vilã”, com uma contínua fisionomia “odiosa”.

    Ye é a jovem desgostosa com a humanidade que deflagra, conscientemente, uma eventual invasão da Terra. No primeiro livro e na versão da Tencent, o momento em que ela se desilude ‘diante da perseguição e morte de seu pai pela Revolução Cultural’ está no meio da narrativa. Na edição americana do primeiro livro e agora na série da Netflix, a cena é trazida para a introdução.

    A mudança foi proposta pelo tradutor americano, há uma década, e aceita por Liu Cixin. Agora, o escritor assinou contrato com a Netflix, concordando com as mudanças ainda mais amplas realizadas pela série.

    Ele não deu as caras, não participa da divulgação, mas o desagrado do público chinês é tamanho que Liu talvez acabe se pronunciando.

    Não que a contrariedade seja unânime. Até alguns dos internautas chineses mais críticos ressalvam que, de um jeito ou de outro, a ficção científica que tanto apreciam segue presente, sobrevive. E o êxito da série americana, a mais vista da Netflix neste momento, é saudado como uma ponte para os espectadores chegarem ao livro e também à série chinesa.

    Neste sentido, também ecoou em mídia social, chegando à rede CCTV, a Televisão Central da China, uma intervenção do criador japonês de videogames Hideo Kojima, bastante festejado na China. Admirador antigo de Liu Cixin, ele defendeu a série da Netflix pela “brilhante perspectiva global” e como alternativa “a quem está cansado dos blockbusters de Hollywood”.

    Ele fez ressalvas, no entanto. “Eu gostaria muito que vocês lessem o livro original. Para os fãs do livro, eu recomendaria a versão da Tencent”, disse. O material está no YouTube, com legendas em inglês.

    FOLHA 

     

    Paquetaenses


     

    ZIRALDO

     



    HIPPERT

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    SUGAR CANDY MOUNTAIN = Rain (Lennon -McCartney)



    If the rain comesThey run and hide their headsThey might as well be deadIf the rain comes

    o X da questão

    DANIEL LAFAYETTE

    BRUM

     
     
     

     

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    As historias de Ziraldo

     

    Conheci Ziraldo em 1969, numa festa natalina na casa do José Aparecido de Oliveira (BH). 
     
    Jamais iria conceber que algum tempo depois estaria trabalhando com ele - e no lendário Pasquim !
     
    Trabalhei com Ziraldo no Pasquim, na Bundas, Pasquim 21, Jornal do Brasil, Funarte, Zappin, no seu atelier, e distribuindo as tiras do Menino Maluquinho, criando o album "É Mentira, Chico" (com 40 caricaturistas) e outras coisas que não lembrei agora... 
     
    Vivemos grandes aventuras, principalmente nos tempos frenéticos festivos e conturbados do Pasquim. 
     
    Um dia, fomos eu e Ana morarmos no mesmo prédio que ele, na Fonte da Saudade. A gente morava no terceiro andar, ele e a família no primeiro e ele trabalhava no segundo. Nossas madrugadas eram embaladas pelos sons dele na prancheta, assoviando, e depois batendo os chinelos... (Isso quando nao nos acordava pra falar de alguma coisa, não obstante ser quatro ou cinco da manhã)
     
    Mesmo assim, quando Edra Amorim me convidou para participar do livro comemorativo dos 90 anos do Ziraldo
    - 90 Maluquinhos por Ziraldo, Histórias e Causos,
    onde as pessoas contavam uma memória envolvendo o nonagenário - não consegui lhe mandar nenhuma. 
     
    Tantos histórias afloraram, tantos causos causando emoções e lembranças na minha cabeça que não pude me decidir por alguma específica, aquela mais definidora do que seria o Zira, a mais engraçada ou insólita. 
     
    Agora também, leio tanta gente comentando suas histórias ziraldeanas, eu queria descrever alguma
    mas nao decido nao consigo não me vem o relato
    me alaga é a imensa saudade que eu vinha sentindo por ele nos ultimos tempos
    e que agora ficou maior imensa mais ainda
     
    QUE SAUDADE

     

    Lucas Santtana - Modo Avião



    Quando acontece, temUma palavra apenasA gente sabe

    Gem Club - First Weeks



    Through lucid lights and tensionsA perfect unconcernedMorning breaks, another dayEverything rebornTo have it all darkWith hearts holding backIt's not enough

    segunda-feira, abril 08, 2024

    detalhe no velorio do ziraldo


     

    Não é fácil fazer prefácio que faça jus ao Zi

     

    Não é fácil
    fazer prefácio

    que faça jus ao Zi

     


    leia o prefácio que escrevi 

    para o livro de Francisco Ucha

     ZIRALDO MEMORIAS

     

     


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