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Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.
"Uma vez, voltou de uma dessas e anunciou, vou fazer um livro para fazer a diferença sobre a Amazônia, para propor soluções. Um ano antes de ir a campo, Dom estudou minuciosamente, se preparou. Não se meteu na floresta de modo desavisado ou "aventuresco", como Bolsonaro afirmou, nem foi com uma visão maniqueísta de "garimpeiro mau x indígena bom". Seu imenso preparo, com leituras, entrevistas, faziam com que chegasse aí com a cabeça e o coração abertos para ouvir a todos, mas com uma imensa bagagem teórica já processada. O mesmo Bolsonaro zombou também do preparo físico de Dom. Não deve tê-lo visto nunca. Dom nadava, andava de bike, surfava, fazia musculação, trekking, tinha um pulmão de ferro, que nem a covid tinha conseguido debilitar."
"!“Living to work” instead of “working to live” became the modus operandi for many, especially after upward mobility had long since ceased to be an achievable goal. Now not only is an American what they do, but their place of work is a “home,” even as it provides them with fewer protections and asks more of their time. “When you’re here, you’re family,” preached the famously cheesy Olive Garden slogan, but it chillingly doubles as the motto for the American workplace."
Jeffrey St. Clair
+ Screenwriter Julius Epstein (Casablanca, Arsenic and Old Lace, Pete n Tillie, Mrs Skeffington) on genre films: “I detest science fiction. I thought Star Wars was a big bore and the sequels I didn’t even bother to go see. I just don’t believe there’s anybody out there in space. ET, I thought, was one of the biggest bores of all time. I was bored from the first frame until the last. ET itself was one of the dullest characters ever. He never said anything of consequence. He had no humor. Nothing. He was made up to look like Menachim Begin. With as much humor. I hate Westerns, too. I’m an Easterner. I think all the stories about the West are probably full of shit.”
Epstein’s observation on Hollywood genre films comes from a really funny interview in the first volume of Backstory, a collection of conversations with screenwriters of the 30s and 40s. Epstein, who wrote and doctored hundreds of scrips with his brother Philip, described his working day as “writing from 12 to 2.” He tried to write three good pages. It took him 4 to 6 weeks to produce a complete script. In a career that spanned 50 years (from 1934’s Twenty Million Sweethearts to Reuben, Reuben in 1983), most of his work was uncredited. Epstein said he didn’t mind because most of the Hollywood films were crap and credit only mattered for screenwriters after the collapse of the studio contract system, when screenwriters could earn money off of residuals. He said he and his brother came up with ending for Casablanca while in a traffic jam at the intersection of Beverly Glen and Sunset. I’ve spent motionless hours at that same spot without inspiration striking…He considered the film a fairly standard war flick, which his children later forced him to seek credit for…
de SINAIS DE FUMAÇA
Onde estão Dom e Bruno? Quem matou Ari Uru-Eu-Wau Wau? E Maxciel? E Paulino Guajajara e Emyra Waiãpi? Quem fez com que a violência no campo e na floresta explodissem?
Nesse fio traremos alguns casos que vão muito além do acaso no governo Bolsonaro
Bom, para começar que há um projeto muito bem executado em curso por um presidente racista que recentemente disse que "os índios [sic] já são quase como nós".
E isso tem impactos.
https://t.co/gCCSi7YDi5
O desgoverno, a boiada, a vista grossa, a crueldade, a indiferença e a negligência são os pontos invisíveis daquele minúsculo e vagabundo programa de governo de Bolsonaro.
https://t.co/WeowBl5b8r
A @cptnacional
tem reportado ano atrás de ano crescimentos em indíces de violência no campo e na floresta. Em 2021, caiu a média geral, mas aumentou em terras indígenas, impulsionado pelo garimpo e pelo crime ambiental.
https://pbs.twimg.com/media/FU0xd-uWQAAdqMa?format=jpg&name=900x900
Portanto, qualquer recapitulação não irá conseguir dar conta da dimensão da tragédia criminosa que estamos vivendo. Mas registramos, em nosso monitoramento ao longo desses anos, casos que seguem sem resposta e ajudam a entender o que estamos vivendo.
Logo no começo do governo, Bolsonaro lançou um decreto que liberava mais armas no campo. Ele não foi para frente, mas passou um recado bastante claro para capangas, latifundiários e fazendeiros. 3 anos depois, o contingente civil armado é maior do que o das forças de segurança.
https://pbs.twimg.com/media/FU02QdDWAAE5ND9?format=jpg&name=900x900
Meses antes, Francisco Pereira, liderança Tukano, foi assassinada.
https://pbs.twimg.com/media/FU02jupWYAMRobh?format=jpg&name=900x900
Porém desde a eleição, os criminosos ambientais já se mostravam empoderadas para atacar agentes ambientais do Estado.
https://pbs.twimg.com/media/FU02x9fWYAA4BDK?format=jpg&name=900x900
Em julho de 2019, Emyra Waiãpi foi assassinado no Amapá por garimpeiros. Bolsonaro tentou relativizar, inocentar os criminosos e defendeu a atividade.
https://pbs.twimg.com/media/FU03bejXwAEIE0Z?format=jpg&name=900x900
Em setembro de 2019, na região do Vale do Javari, Maxciel Pereira dos Santos, servidor ligado à Funai, foi executado com um tiro na nuca em uma rua movimentada. O @INAindigenista
havia requisitado previamente proteção aos trabalhadores da Funai.
https://pbs.twimg.com/media/FU03pBLWAAMaXe5?format=jpg&name=900x900
Em novembro daquele ano, Paulino Guajajara, guardião da floresta e agente de proteção florestal por seu povo, no Maranhão, foi assassinado por madeireiros na TI Araribóia.
https://pbs.twimg.com/media/FU04ADzXwAIOWjQ?format=jpg&name=900x900
Um mês depois, Firmino e Raimundo Guajajara foram assassinados no Maranhão.
https://pbs.twimg.com/media/FU04TuQWAAIniWg?format=jpg&name=900x900
Em janeiro de 2020, a @hrw_brasil
foi taxativa: "As ações do governo deram carta branca à atuação de redes criminosas na região e os ataques de Bolsonaro à fiscalização ambiental colocam em risco não só a Amazônia mas também ativistas".
https://pbs.twimg.com/media/FU04gtEWUAAptlO?format=jpg&name=900x900
Ari Uru-eu-wau-wau, outro guardião da floresta e membro de grupos de vigilância florestal auto-organizados, foi assassinado depois de uma série de ameaças em Rondônia.
O caso, como quase todos apresentados aqui, segue sem solução.
https://pbs.twimg.com/media/FU043mPWIAAs64N?format=jpg&name=small
Mostrando a capilaridade do milicianismo bolsonarista, fazenderios do MS montam um "caveirão rural", em um trator, para atacar e ameaçar indígenas Guarani Kaiowá.
https://pbs.twimg.com/media/FU05K1pX0AA9Q_v?format=jpg&name=900x900
Em janeiro de 21, José Vargas , advogado das vítimas do massacre de Pau D'Arco, que aconteceu em 2017 no Pará, foi preso e ficou detido por quase um mês. No dia seguinte à sua soltura, Fernando Santos do Araújo, considerado a principal testemunha do massacre, foi executado.
https://pbs.twimg.com/media/FU06OUDXsAAZIsT?format=jpg&name=900x900
Fernando, que sobreviveu ao massacre, denunciava ameaças há algum tempo.
https://t.co/ZjQhkcnguR
Ainda no começo de 2021, liderança do povo Tembé, Izaka Tembé, foi assassinado por um PM. Os Tembé Theneteraha são alvo constante de perseguição e ameaças. Em 2019, no qual o MPF requisitou à intervenção do estado para proteger os indígenas de criminosos ambientais.
https://pbs.twimg.com/media/FU1BFJ6X0AM2v26?format=jpg&name=small
Um mês depois, outro Tembé, Didi, foi assassinado.
Será que dessa vez a polícia disse que ele reagiu?
https://pbs.twimg.com/media/FU1BjxjWAAAP-j-?format=jpg&name=900x900
Maio de 2021 também foi marcado pela escalada da violência do garimpo contra indígenas Yanomami, que enfrentam abandono e negligência.
Bolsonaro costuma usar a TI como exemplo de um lugar que precisa ser explorado pela atividade mineira.
https://pbs.twimg.com/media/FU1Bv4SWUAYAk5l?format=jpg&name=900x900
Ainda em maio, a casa de Maria Leusa, liderança Munduruku, foi queimada durante ataque de garimpeiros.
https://pbs.twimg.com/media/FU1CDFyWAAAVLdS?format=jpg&name=900x900
A @CPT alertou: 2020 registrou um terrível recorde histórico em conflitos no campo.
https://pbs.twimg.com/media/FU1CKWTXsAE6Lw_?format=jpg&name=900x900
Os ataques intensos aos yanomami seguiram por meses, sob a inação do Estado que deveria proteger as terras.
https://pbs.twimg.com/media/FU1CWptWUAIiNBc?format=jpg&name=900x900
Dois dias depois da @ONUBrasil
cobrar o governo Bolsonaro pela escalada de violência contra indígenas, um avião de garimpeiros atropelou e matou Edgar, um jovem yanomami.
https://pbs.twimg.com/media/FU1CjKzWUAQoJJa?format=jpg&name=900x900
A violência foi tanta que a @ApibOficial
lançou um dossiê documentando e compilando tudo. Você pode ler aqui:
https://t.co/tseWiuwHx0
O "caveirão" seguiu ameaçando os Guarani Kaiowá. E os fazendeiros também.
https://pbs.twimg.com/media/FU1EM5NWUA8CktH?format=jpg&name=900x900
Essa matéria da @adaniellelouise para a @EAtivismo
mostra que entre 2019 e 2021, sete casas de reza dos Guarani Kaiowá foram queimadas. E que isso é uma estratégia de guerra.
https://t.co/Yh7XQGwA4f
Um relatório da @Global_Witness mostrou, em Set/21, que o Brasil é quarto país que mais mata ambientalistas.
https://pbs.twimg.com/media/FU1EvqLWYAE7cZX?format=jpg&name=900x900
Mais um exemplo de violência institucional: a @funaioficial
tem renovado com atraso a portaria da TI Piripkura, onde vivem dois dos últimos membros de sua etnia, os Piripkura. As renovações, de 6 meses ao invés de 2 anos, passam um recado claro aos desmatadores.
https://pbs.twimg.com/media/FU1FBl0XEAAH6T5?format=jpg&name=small
Em outubro de 21, uma tragédia criminosa: duas crianças yanomami morrem ao serem sugadas por uma draga do garimpo.
https://pbs.twimg.com/media/FU1FhDGWIAUYTp8?format=jpg&name=900x900
Menos de um mês depois, indígenas isolados foram assassinados por garimpeiros na TI Yanomami.
https://pbs.twimg.com/media/FU1FrRNWUAEQlvJ?format=jpg&name=900x900
Registramos que o mês de novembro de 21 foi duro para defensores do meio ambiente e indígenas. @Alkorap1
foi ameaçada e teve sua casa destruída e @walela15
sofreu com ataques de ódios. E diversos outros povos sofreram com violências e ameaças.
https://pbs.twimg.com/media/FU1GCwoWUAUJKM3?format=jpg&name=900x900
Em janeiro de 22, uma família de ambientalistas foi assassinada brutalmente em São Félix do Xingu, capital brasileira do desmatamento. Meses antes grileiros haviam ameaçado e forçado caciques a assinar portaria ilegal reduzido uma TI.
https://pbs.twimg.com/media/FU1GrsnXoAEc9O_?format=jpg&name=900x900
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Ainda não acabou, infelizmente tem mais, já seguimos.
Quilombolas relataram estar sob ameaça por capangas de fornecedora da @Nestle , segundo denunciou @ZukerFabio
no @ojoioeotrigo em fevereiro.
https://pbs.twimg.com/media/FU1Mtf9WAAA7t7q?format=jpg&name=900x900
Ainda em fevereiro, o filho de 9 anos de uma liderança rural foi executado na Zona da Mata de Pernambuco e indígenas relataram estar sob ataque de armas químicas, na forma de agrotóxico despejado sobre as aldeias.
https://pbs.twimg.com/media/FU1M6dTWIAAalou?format=jpg&name=900x900
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E Ilma e Edson Rodrigues, da Liga dos Camponeses Pobres, foram assassinados em Rondônia.
https://pbs.twimg.com/media/FU1NOVoWUBEVODH?format=jpg&name=900x900
Em março, o jovem pataxó Vitor Souza foi assassinado na Bahia durante uma invasão de uma festa clandestina em seu território.
https://pbs.twimg.com/media/FU1Nar2WUBMjWqe?format=jpg&name=small
Em maio, ameaças em Anapu, no Pará, reavivaram temores de assassinatos. Foi lá que Dorothy Stang foi morta. Alex Recarte, jovem guarani kaiowá, também foi assassinado.
https://pbs.twimg.com/media/FU1NzQMWUAEDdez?format=jpg&name=900x900
https://pbs.twimg.com/media/FU1N12qWUBkaSnE?format=jpg&name=900x900
E chegamos em junho, apreensivos, enquanto redigimos em nossa linha do tempo, de onde saíram as notícias aqui, sobre Bruno e Dom. Esperando o melhor, mas temendo.
https://t.co/Y2a0b4hAWX
Fazer esse levantamento que fazemos é sempre uma tarefa ingrata e incompleta. Vivemos no país dos desaparecidos, das ameaçadas, das execuções e das milícias. Quantas mortes não-computadas acontecem em nossas florestas e campos? Quantos indígenas isolados?
O que queremos mostrar aqui, com essa retrospectiva exaustiva e falha, é um pouco do projeto de morte do projeto de morte do governo Bolsonaro. A Amazônia, que viu Dom e Bruno desaparecer, é uma Amazônia que vem sendo desmontada, desconstruída e tendo sua destruição incentivada..
Enquanto isso, indígenas, ribeirinhos e ativistas cortam os rios do Vale do Javari em busca de seus amigos e aliados.
Tal qual os Munduruku, Yanomami, Uru Eu-Wau-Wau, Tembé e incontáveis outros povos tiveram que fazer com mais intensidade nos últimos anos: se organizar para se defender e defender a floresta. O que, no final das contas, são a mesma coisa.
e o blog0news continua…
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