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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, julho 09, 2022

    The One Place in Lviv Where the War Is Never Far Away

     

     Most of the millions of Ukrainians who have fled abroad in the past weeks have passed through the Lviv train station.

     "This great movement of people, this exodus, had discombobulated Ukrainian society, but also galvanized parts of it. The evening after escorting Rudenko to the music school, I met up with Liasheva, the Lviv-based sociologist. She had moved to the city from Kyiv four years earlier, while finishing her Ph.D. Her dissertation was about housing issues in post-Soviet Kyiv. When the war began, and suddenly tens of thousands of people needed housing in her adopted city, she started trying to help. She found a room here, a bed there, helped convert an office space into a shelter. She also sorted and organized the many packages of aid that arrived from abroad. After several weeks of war, she was angry and exhausted. “There are all these romantic ideas that people have about war,” she said. “But it’s not like that. It’s the worst thing ever. You see so much pain every day. It’s not romantic at all.”

    Liasheva’s volunteer group sent medicines to cities where heavy fighting had shuttered pharmacies. They distributed the medicines through the trade unions or mailed them directly to people in Kyiv or Kharkiv. “And I have learned so many things. But they’re not, like, philosophical things. We get all these medicines from abroad,” she said. “So I’m spending all my time just reading these labels and trying to understand them. It turns out there are so many kinds of diabetes. Now I know what they’re all called, in Polish, German, and Italian.”

     more in the newstory by KEITH GESSEN

     

    Globo Lixo



    BETO

     

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    Roger Daltrey - Helter Skelter



    When I get to the bottom, I go back to the top of the slide
    Where I stop and I turn and I go for a ride
    Till I get to the bottom and I see you again

    Valduto


    ARTEVILLAR 

     

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    Maricá, capital da Ursal, incomoda o bolsonarismo






    "Em jantar que reuniu em um restaurante do Rio de Janeiro militares, policiais, motoqueiros, evangélicos e terraplanistas para celebrar a candidatura do general da reserva e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello a deputado federal, um assunto mobilizou a plateia tanto quanto (ou mais) do que o anúncio da campanha: Maricá, cidade do litoral fluminense governada há 14 anos pelo PT. Mal a ser extirpado, segundo os convivas, o município de 150 mil habitantes foi descrito como uma “ameaça”, “polo de dominação comunista”, projeto do Foro de São Paulo e semente da Ursal, a União das Repúblicas Socialistas da América Latina, um chiste da socióloga Maria Lúcia Barbosa levado a sério pelo folclórico Cabo Daciolo, que popularizou a sigla nas eleições presidenciais de 2018. Daciolo, ficou evidente no jantar, não é o único preocupado com a infiltração socialista. Na noite que marcou o início de sua aventura eleitoral, Pazuello discursou: “Senhores, eles estão trabalhando nisso há mais de 20 anos para implantar o bolivarianismo em toda a América do Sul”. Alguém gritou de uma das mesas: “É um absurdo o que fazem em Maricá. Até ônibus de graça tem lá”.  

    E pior, além de gratuitos, são todos pintados de vermelho. A tarifa zero no transporte público, exibida em letras garrafais nos ônibus, é um dos marcos da cidade que se tornou famosa no mundo por seus experimentos sociais. Outros, um pouco menos visíveis para quem visita o município, mas de grande impacto na população local, são o programa de renda básica, o banco comunitário e a moeda municipal, a mumbuca, equiparada ao valor do real. Após duas gestões de Washington ­Quaquá, hoje vice-presidente nacional do PT, e passada quase metade do segundo mandato do sucessor, Fabiano Horta, Maricá aos poucos tem deixado de ser uma cidade-dormitório, vazia e sem perspectiva. Nos últimos dois anos, a localidade figurou entre aquelas que proporcionalmente mais geraram emprego no País, segundo dados oficiais. É também a maior beneficiária dos royalties do pré-sal: foram 2,4 bilhões de reais em 2021."

    leia reportagem de Maurício Thuswohl​

    Maricá, capital da Ursal, incomoda o bolsonarismo

    Details round the house | Detalhes pela casa

     

    Details round the house | Detalhes pela casa

    Rir é um ato de resistencia !



    NANDO MOTTA

     

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    PAUL ROBESON SWING LOW SWEET CHARIOT

     
    I looked over Jordan, what did I see?
    Coming for to carry me home
    A band of angels coming after me
    Coming for to carry me home

    'A Escuta' chega aos 20 anos como uma das maiores séries da história da TV



    "Recentemente, o governo Biden e a prefeitura de Nova York anunciaram que queriam aumentar o número de policiais nas ruas. Eu me divirto ao ver que aquilo que eles estão fazendo é a verdadeira definição de insanidade: você tenta algo, e não funciona. Você tenta de novo, e não funciona de novo. É hora de tentar alguma coisa diferente. Mas eles continuam a fazer a mesa coisa.

    É claro que a campanha por cortar as verbas da polícia não é a maneira certa de apresentar o argumento. Mas transferir o dinheiro da polícia para pessoas que poderiam lidar com alguns aspectos da situação seria bom. E depois fazer alguma coisa ainda mais dramática, como por exemplo criar um propulsor de crescimento econômico, que não as drogas, para ajudar as pessoas a se erguerem e a fazerem alguma coisa com suas vidas."

    LEIA ENTREVISTA COM SEUS CRIADORES

    'A Escuta' chega aos 20 anos como uma das maiores séries da história da TV - 05/06/2022 - Cinema e Séries - (julho 2022) Vision Art NEWS

    sexta-feira, julho 08, 2022

    Bomba de excremento



    GILMAR

     

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    Passeio Fotográfico


     

    Este texto é a sério?

     

    Bolsonaro, o presidente da mulher livre de verdade

    Pietra Bertolazzi

    Foi em meio a gargalhadas que li uma recente coluna de Marcelo Coelho para a Folha em que ele faz uma "análise" da base eleitoral feminina do presidente Jair Bolsonaro ("Grosso e obsceno, Bolsonaro é o falo que sua eleitora gostaria de ter", 28/6).

    O colunista-comunista é um retrato cartunesco da militância midiática mainstream esquerdista, e, diante de todos os clichês possíveis utilizados por ele para denegrir a imagem da mulher conservadora, me pergunto por onde andou nas últimas décadas para ter estagnado de forma tão ajumentada em tais premissas falaciosas e batidas.

    Depreciar a valorosa mulher que preza pela família, pela igreja e pela comunidade é uma das mais pífias e manjadas estratégias de propaganda esquerdista, usada desde os primórdios na era comunista do Leste Europeu até o fim da Guerra Fria.

    Ao atribuir uma imagem turrona e nada sexy à figura da dona de casa, cria-se a falsa sensação de que, adquirindo um posicionamento político conservador, se está automaticamente tornando-se uma versão contemporânea da Dona Florinda —e nenhuma mulher quer ser a Dona Florinda! Logo, incute-se a ideia do famigerado "empoderamento feminino", uma das maiores babaquices ditas pelos teóricos comunistas para se tirar uma mulher do seio da família e do marido e transportá-la para a dependência do Estado.

    A decadência moral precede a decadência política, e, para se destruir uma sociedade, basta destruir a mulher, que é quem dá o sustento moral ao homem. Karl Marx, Gramsci e todos os comunistas da história (e aparentemente Marcelo Coelho) sempre souberam disso.

    O infeliz colunista tenta, de forma sorrateira, incutir no leitor a falsa sensação de que a mulher é uma vítima do sistema patriarcal-machista-opressor (logo, do Biroliro). Para isso, ele utiliza-se de um sincretismo entre premissas sexuais freudianas aliadas à um new-ageísmo infanto-juvenil e pitadas de Teologia da Libertação, sem sequer saber o que isso tudo significa; afinal, lacrar é mais fácil do que estudar. Ele mesmo é vítima da doutrinação gramscista à qual 90% da massa de manobra da área de comunicação foi sujeita nas últimas décadas.

    Mal sabe esse colunista que, preso na jaula ideológica progressista, ele é infinitamente mais oprimido do que qualquer dona de casa comum, com sua vida comum e sua família comum.

    De forma descaradamente elitista, ele associa a eleitora de Bolsonaro a uma mulher humilde: "... tudo indica que vem da classe média baixa, ou média mesmo, em algum bairro que não conta com muito prestígio nas páginas de um jornal impresso".

    A forma como a figura da mulher comum é ironizada deixa claro não só a sua misoginia como também a ausência de desejo sexual pela figura feminina no geral —e tá tudo bem!

    Não estamos aqui para julgar a sexualidade de ninguém (ao contrário do curioso caso do exímio colunista político aficcionado por figuras falocêntricas). Talvez uma mulher à la Pablo Vittar suscite mais os seus sentidos. Afinal, a mulher comum é sem graça, é chata... Não sabe bater cabelo; não tem coragem de fazer tatuagem nas partes íntimas como a Anitta; prefere a vida monogâmica à cirandagem sexual (onde já se viu não querer ser puta?); gosta de cuidar dos próprios filhos (veja você que loucura); é temente a Deus e respeita o marido (que lhe oprime com toda aquela proteção financeira e moral)... Enfim, é uma chata! A sua única luta, como muito bem observado pelo colunista-revolucionário, é para que tudo que existe de mais sublime à sua volta não mude.

    Como eleitora de Bolsonaro (e mulher chata), deixo aqui registrado que tais impropérios deferidos às mulheres conservadoras por esse colunista não me causam sensação alguma e que tampouco sou a favor de eventuais processos contra ele, como se tem discutido.

    Eu, enquanto defensora das liberdades individuais e principalmente da liberdade de expressão, as defendo inclusive para que imbecis tenham o direito de exercer a sua imbecilidade.

    Da mesma forma, peço que não tentem tolher o meu direito de ser uma mulher chata —​muito chata!— e de viver livre das premissas esquerdistas que aprisionam mulheres à senzala ideológica feminista imoral e nefasta.

    FOLHA

    insira seu cartão



    DUKE

     

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    Joni Mitchell - Woodstock (Live In-Studio 1970)



    I came upon a child of God
    He was walking along the road
    And I asked him: Where are you going?
    And this he told me

    I'm going on down to Yasgur's farm
    I'm going to join in a rock 'n' roll band
    I'm going to camp out on the land"
    I'm going to try and get my soul free

    Passeio Fotografico


     

    Tutela e anarquia militar

     


    A mal fundada e a malfadada república brasileira tem uma história salpicada por intromissões das Forças Armadas no poder civil

    POR ALDO FORNAZIERI... 

    Não há república sem o comando do poder civil legítimo. 

    Esse princípio vem desde a república
    romana antiga. Foi reafirmado nas repú-
    blicas modernas, principalmente a partir
    da aprovação da Constituição dos EUA,
    em 1787. Na Roma antiga, depois que a re-
    pública adquiriu seus contornos definiti-
    vos, o poder civil era constituído pelo Se-
    nado, pelos tribunos do povo e pelos dois
    cônsules. Estes eram eleitos anualmente
    e detinham o comando das legiões roma-
    nas. A legitimidade assenta-se no fato de
    que todo o poder deriva do povo, dos ci-
    dadãos, de forma direta ou indireta.
    Maquiavel, ao promover a transição do
    pensamento republicano antigo para o
    moderno, reafirmou a necessidade de su-
    bordinação do poder militar ao civil.

     Arrolo cinco razões principais que justifi-
    cam essa subordinação:
    1. O presidente, o primeiro-ministro
    ou o príncipe são as expressões políticas
    e simbólicas da unidade do povo e pontos
    mais altos de um sistema de hierarquias
    políticas. 2. O poder militar deve ser um
    poder subordinado, a serviço dos interes-
    ses do povo, que se definem no processo
    político. 3. Como força em armas o poder
    militar deve estar submetido a controles,
    para que não abuse de sua condição de es-
    tar em armas. 4. Se o comando supremo
    das forças militares fosse militar, o risco
    da insubordinação, da indisciplina e das
    conspirações seria muito maior. 5. Com
    o surgimento da ordem estatal, a guerra
    torna-se função da política. A guerra pas-
    sa a atender a objetivos políticos. Assim,
    é a política que deve comandar a guerra
    e as Forças Armadas, organizadas para
    atender os objetivos da defesa do Estado.


    A mal fundada e malfadada repúbli-
    ca brasileira tem uma história salpicada
    por intromissões militares no poder civil
    que agridem o princípio básico da noção
    de república. A partir do governo Bolso-
    naro instituiu-se uma permanente amea-
    ça de nova violação da ordem republicana
    por intervenção militar. Generais a servi-
    ço do presidente, e não da Constituição,
    ameaçam as eleições e se intrometem in-
    devidamente em assuntos eleitorais.


    Os Estados Unidos, primeira repúbli-
    ca moderna, precaveram-se com instru-
    mentos legais para coibir ameaças mili-
    tares. O código que trata do Secretário
    de Defesa, similar ao nosso Ministério
    da Defesa, estabelece que o ocupante do
    cargo é escolhido pelo presidente desde
    que seja um civil. Para um militar ocu-
    par o posto, precisa estar na reserva, no
    mínimo, há sete anos, se for um oficial
    de patente inferior àquela de brigadeiro-
    -general (grau O-7, uma estrela) e de dez
    anos se for de patente superior.


    No Brasil, não há nenhum regramen-
    to nesse sentido. No governo Bolsonaro,
    quatro generais passaram à reserva, sem
    nenhuma quarentena, e ocuparam o car-
    go de ministro da Defesa. Ao menos os
    dois últimos – Braga Netto e Paulo Sérgio
    Nogueira – emitiram ameaças golpistas.
    Além da violação do princípio da subor-
    dinação do poder militar ao civil, o gover-
    no Bolsonaro agride os princípios da hie-
    rarquia e da disciplina militares e disse-
    mina a anarquia militar. O termo “anar-
    quia militar” surgiu no Império Romano,
    no período entre 235 a 284, no qual ocor-
    reu uma recorrente sucessão de impera-
    dores, legítimos e ilegítimos, por conta
    da intervenção e dos interesses milia-
    res. Não eram essencialmente interesses
    estratégicos do Império, mas de ganhos,
    privilégios e enriquecimento dos milita-
    res. Em consequência, não havia apenas
    uma ação contra imperadores, mas uma
    recorrente quebra da hierarquia e da dis-
    ciplina e prejuízos para o povo.


    Bolsonaro foi um mau militar. Quebrou
    a disciplina e foi expulso do Exército. Ago-
    ra age deliberadamente para introduzir a
    anarquia militar, em três sentidos: a) Es-
    timula o interesse dos militares nos privi-
    légios públicos; b) Incentiva a indisciplina
    e a politização nas Polícias Militares e nas
    Forças Armadas; c) Desmoraliza generais.


    O que interessa aqui é o primeiro pon-
    to. A reforma da Previdência provocou
    perdas para toda a população e ganhos
    para os militares. Os reajustes dados aos
    integrantes das três Forças no atual go-
    verno fizeram com que eles tivessem um
    aumento real de 29,6% acima da inflação
    na última década, contra 6,3% dos demais
    servidores federais. Sob esse governo, o
    salário mínimo sofreu a maior desvalori-
    zação desde 1994. Bolsonaro colocou mi-
    lhares de militares em cargos civis, pro-
    movendo o interesse político no poder e
    o desvio de função. Portaria assinada por
    ele permite que militares ganhem muito
    acima do teto constitucional. Alguns ge-
    nerais ganharam até 350 mil reais anuais
    a mais do que deveriam receber.


    Para salvar o País, é preciso remover o
    quisto da tutela militar contido no artigo
    142 da Constituição, impedir a participa-
    ção política dos militares da ativa, estabe-
    lecer quarentenas para quem está na re-
    serva e bloquear os mecanismos que favo-
    recem os privilégios e a anarquia.

    CARTA CAPITAL

    A hipocrisia bolsonarista


    por GUILHERME BOULOS


     Acuse-os do que você mesmo é. Esta é a síntese mais contundente do modus ­operandi bolsonarista desde 2018, quando os milicianos usaram e abusaram de fake news para chegar ao Palácio do Planalto. O exemplo mais recente foi o escândalo que levou à demissão de Pedro Guimarães, agora ex-presidente da Caixa Econômica Federal.  

    Denunciado por assédio sexual por dezenas de funcionárias da instituição, Guimarães é um arquétipo clássico do governo Bolsonaro: em casa, é um homem de bem que defende a “família tradicional” e os bons costumes. No trabalho, usa o poder do próprio cargo para fazer propostas de cunho sexual às mulheres ao seu redor. Longe de ser exceção, a atitude de Guimarães é a regra que habita as mentes de um governo perverso não só em suas políticas, mas na sua própria essência. Não faltam exemplos desse mundo invertido, e ele precisa ser chamado pelo que é: hipócrita.  

    De que outra maneira descrever um presidente que diz defender a vida, mas se negou a comprar vacinas e riu da morte de mais de 600 mil brasileiros por Covid-19? Hipócrita.  

    Como não descrever assim um governo que diz defender as crianças, mas tem entre seus adeptos mais notórios um parlamentar carioca acusado de pedofilia? Hipócrita.  

    É possível descrever de outro jeito um governo que diz que “bandido bom é bandido morto”, mas que registrou a apreensão de mais de 50 quilos de cocaína em um avião da Presidência da República, até hoje sem explicação satisfatória? Hipócrita. 

     Qual outro adjetivo poderia ser utilizado para qualificar um deputado federal – por acaso, filho do presidente – que chama de “vagabundos” os trabalhadores sem-teto, mas cujo único emprego na vida foi mamar nas tetas do papai? 


     Enfim, a lista é longa. Dizem amar o Brasil, mas batem continência para a bandeira dos Estados Unidos. Acusam a esquerda de violência, mas são responsáveis pelo maior boom armamentista da história do País e, pior, por uma escalada sem precedentes nas execuções policiais de negros e pobres nas periferias. Vencem eleições por meio da urna eletrônica, para depois afirmar que essa mesma urna não é confiável. Dizem ser contra a corrupção, mas são batedores de carteira responsáveis pelo orçamento secreto, pela rachadinha e pela Wal do Açaí.  

    A psicanálise tem um conceito específico para esse fenômeno: projeção. Trata-se de um mecanismo de defesa, no qual o indivíduo atribui a outro seus próprios pensamentos inconscientes e desejos recalcados. Claro, todos os seres humanos carregam consigo algum grau de contradição. Somos seres complexos, mas há uma diferença crucial quando analisamos a falsa moral bolsonarista.  

    A mesma vontade hipócrita que proclama “liberdade” quando pratica “destruição” tem efeitos concretos nefastos na vida de todo o País. A pandemia deixou isso cristalino para mais de 220 milhões de brasileiros.  

    A solução para um governo de hipócritas não está, porém, no divã. Está nas ruas e no voto. O bolsonarismo aniquilou a economia brasileira e produziu uma tragédia humanitária com 33 milhões de famintos. O bolsonarismo entregou a Petrobras para investidores estrangeiros. O bolsonarismo não é patriota, mas uma seita de vira-latas que odeia tudo que o Brasil tem de mais brasileiro. O bolsonarismo corroeu a democracia, conquistada com sangue e tortura de toda uma geração. A solução está em dizer a verdade sem medo.  

    Neste processo eleitoral não disputaremos apenas votos. Disputaremos mentes e corações, expondo a hipocrisia bolsonarista e apresentando um projeto que possa recuperar a esperança de um povo. Os brasileiros estão cansados de viver em um país onde o diabo lê a Bíblia. • 

    CARTA CAPITAL



    Boris & Bolso



    NANDO MOTTA

     

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    Details round the house | Detalhes pela casa : Baudelaire


     

    black midi - bmbmbm (Live on KEXP)



    And they find different ways to suck themselves off
    She does not care at all
    She moves with a purpose

    Palmeira e Biá - FLOR DO LODO - samba-canção de Biá e Goiá - gravação de 1957...



    Quem sou eu para mudar o teu destino
    Não se muda o formato de uma flor
    Tens a sina de vender falsos carinhos
    Não nasceste para ter um só amor!

    Why superhero satire The Boys turned off its rightwing fanbase




    "The de facto leader of the superheroes is Homelander, a Superman analogue dressed in a Stars and Stripes cape. Homelander presents a smiling, all-American front to the public, but in private uses his powers to intimidate and murder his rivals. He is, without exaggeration, one of the most terrifying TV villains for years.

    The problem is, some of Homelander’s behaviour this season has seemed a little familiar. He’s given an open platform on a rightwing news network. His popularity soars after he starts saying the worst things possible. He becomes the head of an over-reaching corporation and immediately finds himself out of his depth. He’s a self-destructive mixture of professional ambition and personal insecurity. In other words, as if it needed to be spelled out, Homelander is Donald Trump."

    read more>> 

    Why superhero satire The Boys turned off its rightwing fanbase | Superhero TV | The Guardian

    quinta-feira, julho 07, 2022

    Passeio Fotografico


     

    T.Rex - Children of the Revolution (The Reflex Revision)



    Well, you can bump and grind, it is good for your mind
    Well, you can twist and shout, let it all hang out
    But you won't fool the children of the revolution

    The Costs of the Russian Onslaught in Ukraine




    see the gallery by James Nachtwey​

    with text by David Remnick

    PEC Kamikaze



    FRAGA

     

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    O primeiro apartamento na Vieira Souto a babá nunca esquece


    Gregorio Duvivier

    Se eu fosse a babá dos filhos do Washington Olivetto e descobrisse pelo jornal O Globo que ele me considera da família, contratava imediatamente um bom advogado sucessório. Imagino que ela tenha tanto direito aos bens do pai-patrão quanto seus herdeiros diretos.

    Há quem diga que a coluna do marqueteiro seja inútil. Discordo: ela pode ser muito útil se for interpretada como um testamento. A frase que promove (ou rebaixa?) a funcionária à categoria de parente talvez tenha passado batido na belíssima coluna do Washington pro Globo, mas, pela primeira vez em toda a vasta obra do publicitário, pode mudar a vida de alguém.

    Ilustração feita com colagens de fotografias em preto e branco representando um senhor de idade com um terno vermelho e uma coroa dourada sobre a cabeça segurando uma folha de jornal recortada
    Ilustração publicada em 5 de junho - Catarina Bessell

    Atenção: o publicitário não usou a fórmula habitual "ela é como se fosse da família" nem tampouco "ela é quase da família", mas literalmente "virou parte da família". Falta uma reforma trabalhista que inclua essa lei: quando o patrão disser que a funcionária "é da família", ela passa a ter automaticamente os mesmos direitos que os filhos, quando disser "quase da família", ganha 95% do que ganham os filhos, se disser "como se fosse da família", 80%, "meio que como se fosse da família", 40%, "meio que como se fosse quase da família", 35%.

    Vendo outros vídeos de Washington, descubro que é a ex-babá-hoje-parente quem "cuida" do apartamento dele na Vieira Souto —afinal, Washington mora em Londres, onde acontece aquilo que ele chama de "vida real". Não entendo muito de direito sucessório, mas acredito que o apartamento na orla deva ficar com a familiar que mora nele, senão por herança, por usucapião. Ou pelo fato de o apartamento nem sequer existir, já que ele fica a tantas milhas de distância da vida real.

    No mais, não sei quando foi que normalizamos marqueteiro ter coluna em jornal. Quer dizer, nada contra publicitário ter espaço na mídia —desde que ele seja remunerado pelo publicitário, e não pela mídia. No entanto, de um tempo pra cá, todo jornal grande tem demitido jornalistas e contratado publicitários, invertendo qualquer lógica, como um poste que mija no cachorro. Enquanto isso o publicitário prefere pôr dinheiro em influencer no Instagram —que é precisamente o motivo pelo qual os jornais não tem mais verba pra fazer jornalismo. Se pelo menos os influencers assinassem jornal, a conta fechava.

    Ao que parece o jornalismo, ele também, é quase como se fosse da família da publicidade —duvido que esteja no testamento.

    FOLHA

    quarta-feira, julho 06, 2022

    Passeio Fotográfico


     

    GIL 80



    ULISSES ARAUJO

     

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    PEC Kamikaze

     



    AMORIM

     

    Suspiro nas trevas

     


    ESTHER SOLANO

    Viver é se sentir partido ao meio. Mas, ultimamente, nem partidos ao meio estamos. Parece que 80% do coração da gente está angustiado, esperando a próxima pancada e recebendo-a, com raiva, com desespero, com resignação, porque são muitas pancadas, muitos socos, de todos os lados. Não dá tempo de respirar, de se recompor para o próximo assalto que o juiz está apitando o nocaute seguinte. Aquele outro 20%, e estou sendo muito generosa, se regozija com as poucas notícias que esquentam a alma.  

    Sejamos sinceros, antes fosse 20%. Tem dias que a gente fica num miserável 5%, 1%… Tem dias que a alma fica gelada. Estamos tão carentes de boas-novas, tão órfãos de grandes vitórias, que aguardamos, com entusiasmo, as possíveis pequenas conquistas, nos deleitamos, como crianças com brinquedos novos, a cada mínima possibilidade de esperança. Estamos tão frágeis que a gente já não mais vibra só com os grandes fulgores de luz, mas com os tímidos cintilares que temos a nosso dispor. Uma pequena faísca, uma chispa diminuta de fé, e a gente se agarra a elas como carrapatos desesperados, até o próximo soco no estômago. 

     Dizem que alegria de pobre dura pouco. A alegria da esquerda também. Pouco, pouquíssimo. Nos últimos dias, tivemos uma amostra do que falo. Petro ganhou na Colômbia. Essa notícia não foi cintilar modesto, essa foi fragor poderoso. A primeira vez que a esquerda ganha no país. Derrota da extrema-direita. Sim, por pouco, por pouquíssimo, mas derrota. Francia Márquez, outro fragor poderoso. Deu para iluminar um sorriso enorme em cada um de nós. Sabemos que governabilidade não está garantida, sabemos que chegar ao poder é muito diferente de se manter nele e que as reformas estruturais que a Colômbia precisa serão de extraordinária complexidade, mas mesmo sabendo isso, dos problemas gigantescos que serão enfrentados, foi uma conquista, uma página da História foi escrita.  

    Mas os socos no estômago estavam lá, agachados, prontos para o bote.  


    E, como de hábito, as pancadas que mais doem, aquelas que nos fazem chorar sangue, vêm do patriarcado. Uma criança de 11 anos foi estuprada e teve aborto negado. Essas palavras, quando lidas, abrem uma brecha no peito da gente. Uma brecha não, um buraco, profundo, obscuro. Se Petro e Francia tinham aberto uma franja de luz, de repente tudo ficou em trevas. Escuridão total.  

    Joana Ribeiro, a juíza. Escrevo o nome dela e só sinto ódio. São as Joanas deste país que fazem do Brasil um lugar vergonhoso, trágico, desprezível, mesquinho, miserável. Há juízes que simbolizam toda a ignomínia que representa o poder do Judiciário brasileiro. Há juízes que fazem querer vomitar sobre as togas deles, há juízes que despertam um desejo selvagem de linchamento…sobre eles. Lágrimas, lágrimas, lágrimas. 

     Os Estados Unidos revogam o direito constitucional ao aborto. Outra página da História escrita. Para trás. Ao contrário. Uma História que deu as costas para a vida, uma página escrita com as dores de tantas e tantas mulheres que serão vítimas de uma decisão que nos violenta de forma escandalosa. De novo, as togas que provocam ódio, que fazem vomitar, porque nos agridem, nos matam, com uma caneta Montblanc na mão. Tantos anos lutados, para que, numa canetada, voltemos décadas e décadas para trás.  

    Lágrimas, lágrimas, lágrimas. Como a gente faz para secar tantas lágrimas, para abrir um espaço na escuridão e deixar passar a luz? Há dias que a realidade impõe muralhas impenetráveis, tão opacas que parecem bloquear qualquer pequeno resplendor de luz, mas nós seguimos. Eu me pergunto de onde tiramos as forças, em meio a tantas derrotas, como conseguimos manter a esperança? Somos titãs.  

    Temos de prosseguir, arrastando os pés, com o peso de tantas dores nas costas, com o fardo da escuridão no coração, carregando as nossas perdas, mas adiante, sempre adiante. Contra as Joanas. Contra as canetadas da morte. Porque se a infância não for um lugar seguro todo o restante é terror. Onze anos, a garota tem apenas 11 anos… Estamos esgotadas porque decidem por nós, por nos retirarem a dignidade, a vida. Estamos fartas dos monstros que nos querem mortas. Estamos extenuadas, mas seguimos, tropeçando, caindo, mas seguimos.  

    Vamos prosseguir lutando pelas próximas luzes, para que cada vez sejam maiores os fulgores e menores as escuridões. Em outubro, temos a ­oportunidade­ de cair mais nas trevas ou abrir uma brecha para a luz. Luz, sempre luz. • 

    CARTA CAPITAL 


    The Clash - This is Radio Clash (Different Lyrics - The People's Hall ) ...



    This is Radio Clash using audio ammunition
    This is Radio Clash can we get that world to listen?

    Passeio Fotográfico


     

    O Brizola é coisa nossa

     


    "Morto em 2004, o ex-governador Leonel Brizola deixou um vazio de coragem, impertinência, bom humor e liderança no campo progressista. O que diria da atual situação brasileira se vivo – e lúcido – estivesse? Trabalharia por uma candidatura própria do PDT? Integraria uma aliança mais ampla? Imaginar os movimentos e as decisões de um dos maiores líderes trabalhistas da história guarda semelhanças com uma sessão espírita, mas há quem, nos últimos tempos, se arrisque a “incorporar” o gaúcho. Anda acalorada a briga pelo uso da imagem de Brizola e por sua herança política, tanto por políticos fluminenses quanto pelos descendentes."

    LEIA REPORTAGEM  POR MAURÍCIO THUSWOHL



    PEC Kamikaze



    AMARILDO

     

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    Bruce Springsteen - Nebraska



    From the town of Lincoln, Nebraska
    With a sawed-off .410 on my lap
    Through to the badlands of Wyoming
    I killed everything in my path

    terça-feira, julho 05, 2022

    Gilberto Gil - "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band" - (1971)

    GIL 80



    QUUNHO

     

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    🤬 E-mail: "Estou contando as balas"


    "Se bem que no seu caso você não é mesmo homem, é um boiola assanhado, uma bicha escrota, um viado nojento. Você também não é um boi zebu, você é um macaco preto favelado fedorento.

    Mas você continua sendo uma aberração da natureza igual ao porco humano Tarcísio Motta, vereador daqui do Rio do seu partido PSOL. Aliás o PSOL é o maior zoológico do mundo, partidinho de merda que só dá pra ter macaco, porco gordo, viado, sapatão, traveco, maconheiro e vagabundo."

    leia noticia por LEANDRO DEMORI

    🤬 E-mail: "Estou contando as balas" - by Leandro Demori

    Estado de Emergencia



    AMORIM

     

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    What a Decade-Old Conflict Tells Us About Putin

     

    "In epochal moments such as these, when a strongman uses the might of his military to invade another country, we often look backwards to search for the moments that brought us to the present, seeking out signs of what was to come. In the case of Putin and Russia, this effort has concentrated on his domestic political evolution, and his relations with the occupants of the White House. Yet one can trace a straight line from the Libya episode—in which Putin’s country initially stood on the sidelines, and which occurred when he was on his four-year hiatus from the presidency in the prime minister’s office—to today’s devastating war in Ukraine."

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    No meu quintal | In my garden

     

    No meu quintal | In my garden

    Bolsonarismo Monty Python



    BENETT

     

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    Café com Fascistas



    TONI D'AGOSTINHO
     

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