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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, novembro 22, 2003


    ONDE VOCE ESTAVA QUANDO KENNEDY FOI ASSASSINADO?

    O titulo acima eh uma das perguntas seminais do nosso tempo.
    40 anos depois, está um tanto em desuso, mas por décadas foi um tópico de conversas, a ser sacado em vazios de assuntos.

    A geração atual terá seu equivalente de impacto noticioso com: Onde você estava quando derrubaram as Torres Gêmeas...

    No caso do assassinato de 22 de novembro de 1963 a sensação comunitária ao se responder à pergunta era reforçada por vivermos então os primórdios da aldeia global, onde um fato como este poderia ser compartilhada simultaneamente em díspares rincões.
    O meio era uma novidade.
    E a mensagem era uma novidade.
    Não se matavam pessoas ao vivo na TV.
    Não se eliminavam presidentes abertamente.
    A violencia gráfica não fora disseminada no cotidiano de nossas vidas.

    Bem, mas hoje fazem 40 anos.
    Onde eu, especificamente, estava?

    Numa sala de aula. Bem nos intestinos do império, dentro do interior da besta, esse país governado por um líder novo e audaz e bonitão que, ceifado subitamente, se esfarinhava diante dos olhos de uma nação atônita.

    Eu estava na aula. Uma diretora entrou, aos prantos, e anunciou: The president has been shot! Não se falava ainda que ele tinha morrido. Aliás, nem se sabia disso ainda. Mas um atentado desse nível ao comandante supremo da nação era suficiente pra suspender as aulas e irem todos correndo pra casa.

    Não faltaram, claro, naquela terra mergulhada em paranóias, a suspeita de que o ataque seria necessariamente seguido por um ataque nuclear e portanto foi-nos enfatizado que deveriamos ir imediatamente pra casa e nos abrigarmos - com uma TV pra acompanhar os fatos - num shelter ou basement.

    Portanto quando anunciaram que Kennedy levara um tiro todas as crianças aplaudiram! Hoje não tinha mais aula! Um equivalente ao Thank you, Hitler do filme "Hope & Glory".

    Mas na proxima segunda quando as aulas recomeçaram haviam ainda algumas crianças vibrando, refletindo a euforia de seus pais em casa. Apesar da aura gloriosa que se construiu em torno do mito camelotiano, no interior da Amerika John Kennedy nao era exatamente um deus.
    Me lembro de um garoto branquelo e balofo me dizendo:
    I?m glad that nigger lover got what was coming to him!

    Já em nossa família, estreitamente ligada aos democratas, foi como se um parente fora eliminado. O choque e o luto eram totais. Meu tio que morava em Washington proximo ao poder nos telefonou dando detalhes. Soubemos que Jack tinha morrido e que Jackie estava viuva. Todo mundo grudado em frente à TV.

    Eu era um menino de 10 anos e logo perdi o saco praquelas imagens que se repetiam jah que as noticias eram escassas. Depois eu veria dias e dias do drama, o enterro onde John-John fez uma continencia inocente, Jack Ruby matando Lee Oswald em frente às câmeras, etc. Mas naquele fim de tarde eu não tinha mais aula e queria mesmo era ir pra rua brincar com os outros colegas folgazãs. As ruas pacatas ali eram ladeadas de ditches, buracos fundos para escoamento de águas, e naquelas semanas nossa onda era brincar de II Guerra Mundial em batalhas de trincheiras.

    Quando escureceu voltei pra casa e tomei um esporro do meu pai pela alienação de eu não estar me dando conta de que aquilo era um momento histórico!! Foi uma das raras vezes em que me disseram pra grudar o nariz na televisão ao invés de brincar lá fora.

    Depois, muito depois, é que veio tudo o mais. O atirador sobre a colina, a camera amadora de Zapruder, o outro atirador na biblioteca, as teorias, as conspirações... mas aí já era. Era outra era. Aquela terminara.

    SAIA JUSTA NA RECEPÇÃO A BUSH NA INGLATERRA



    foto de Jason Reed

    sexta-feira, novembro 21, 2003

    EU HEIN! sendo processado por uma turma de PMs que o "anúncio" aí do lado ofende os brios da corporação (como se tantas outras coisas, mais do que ofendessem, até não a condenassem). Pedem R$ 200 mil reais como reparação por danos morais.

    Mais uma daquelas ações descabidas onde se tenta punir economicamente criações humorísticas - que, aliás, só são realmente engraçadas porque fundamentadas em costumes reais como o hábito secular da polícia achacar ao invés de proteger seus cidadãos.

    Vocês podem acompanhar esses trâmites pelo proprio Eu Hein ou em outros pontos da internet. Espero que, mais uma vez, não dê em nada a não ser em aporrinhação pro Nelito. Mas nunca se sabe - sempre tem instâncias insensatas ou advogados ávidos por faturamentos sobre o alheio...

    O ponto deste post é que Cora Rónai postou uma nota sobre o caso acima que se transformou num cabidal de comentários que levam o assunto além numa enxurrada de opiniões veementes. A maioria defende o direito ao humor, ou tecem raciocínios a respeito, mas uma minoria vociferante o bastante para impro o tom ao debate considera absurda a brincadeira do Eu Hein!

    Defendem a Polícia Militar com argumentos emocionais como até os de citar os bravos soldados morrendo na guerra contra o tráfico - mesmo os processantes não percebem que a cutucada é contra os elementos corruptos e não a corporação como um todo - e um leitor da Cora mais exaltado propõem que PMs vão lá e cubram o jornalista-humorista de porrada!

    Começo a me cansar e a me desanimar com a ignorancia grassando na internet... a ira das pessoas indelicadas agride & arranha meu bom senso e a paciência de ler e refletir sobre opiniões de outrem. O que vejo são ovos de serpente chocando.

    Conforme comentei lá: Mas estou comecando a notar uma tendencia:
    quando se escreve sobre uma coisa, as pessoas surtam, extrapolam e respondem sobre varias outras coisas!! Os seres andam muito muito revoltados!! Revolta sempre eh uma coisa boa, mas ultimamente anda demais de maos dadas com a intransigencia...


    Cora, cansada de repetir os argumentos mais óbvios, também pensa em jogar toalhas... Não dá para transmitir a vocês o horror que é ver o tamanho do trem que vem vindo em direção à gente e, em vez de sair correndo, ter que explicar, pacientemente, o que é um trem. Isso realmente me envenena o sistema.

    ps,: será que tudo isso é vingança do Cocadaboa?

    E AGORA? MINHA MÃE TÁ LENDO O MEU BLOG!

    É sempre bom utilizar as ferramentas criadas por gente entusiasmada com o que faz e que tem senso de humor. Tenho a maior simpatia pelo pessoal do Blogger, mentores do espaço onde publico este blog0news.

    O satírico The Onion publicou uma reportagem engraçada com um mané que se apavora ao atinar que sua mamãe anda lendo seu blog - daqueles tipo diário, confessionais - e descobrindo suas sujeiras e enfiadas-de-pés-na-jaca.

    O Blogger, além de colocar um link pra matéria em sua primeira página
    (voce que usa o blogger costuma ler os post de sua homepage?)
    arrematou com a postulação de sua Posição Oficial sobre a Questão,
    onde de forma humorística alardeia as possibilidades de sua ferramenta (o blogger)
    dando algumas dicas práticas ou absurdas de como despistar a fuchicação de mães (ou conjuges).



    Extremamente prazeirosa a revista da Biblioteca Nacional, recém-lançada, chamada Nossa História. Uma cria do amante de livros e de histórias Pedro Correa do Lago.
    A publicação segue a linha da História do Cotidiano. Uma história mais viva, relatando além de datas & fatos a maneira como as pessoas viviam.

    Como no artigo de Mary del Priore narrando um dia do Marques de Lavradio, vice-rei do Brasil, andando pelas ruas do Rio.

    Nomes como Eduardo Bueno e Elio Gaspari integram o rol de colaboradores,
    o primeiro mostrando como o burocratismo (e seus filhotes corrupção e nepotismo) vem desde os primeiros instantes do Brasil,
    o segundo revelando os bastidores da reunião que aprovou o AI-5 em 68.

    Até fofocas históricas integram essas páginas saborosas, como o troca-troca promovido pela Princesa Isabel e sua irmã às vésperas de seus casamentos...

    Mas o melhor mesmo é o picante artigo de Ronaldo Vainfas: Brasil de todos os pecados. Como se trepava, como se cantava as mulheres, como elas davam, enfim como era a vida sexual (inclusive dos padres) no Brasil Colônia.
    Como diz o poema de Gregório de Matos citado no artigo:
    O Amor é finalmente
    um embaraço de pernas,
    união de barrigas,
    um breve tremor de artérias.

    Uma confusão de bocas,
    uma batalha de veias,
    um rebuliço de ancas,
    quem diz outra coisa é besta.


    A revista é toda ilustrada com obras do acervo da Biblioteca Nacional. Coisa fina. E viva. Nas bancas.


    Lembrando que esta semana no Pasquim 21
    ou no seu site acessável por este link
    sai a segunda parte da entrevista histórica com Apolônio de Carvalho.

    Escrevi aqui sobre a primeira parte.

    Nesta, Apolonio, com seus 92 anos bem vividos, fala da luta armada nos anos 60/70, e vem narrando pelas décadas até analisar o país de hoje. Sempre com seu inesgotável otimismo

    A caricatura é de Cavalcante


    CITAÇÃO DE HOJE

    A Era da Informação não será lembrada pelos dias divertidos, viajantes e totalmente alto astral das pontocom, apesar da presença perseverante de tecnologias desenvolvidas pelas pontocom.
    A Era da Informação será lembrada como uma época em que cidadãos de terceira idade, universitários inovadores e meninas de 12 anos em favelas de Nova York foram perseguidos por cartéis cobiçosos buscando amedrontar seus futuros fregueses até a subsmissão;
    quando as metas de lucro dos vendedores hi-tech determinaram como interagem e são organizadas pessoas e clientelas de empresas;
    quando se presumiu que todos são criminosos em potencial até ser provado o contrário de acordo com critérios opressivos definidos pela indústria;
    quando um revolução outrora maravilhosa nas comunicações globais converteu-se numa cloaca de mensagens marqueteiras invasoras e ofensivas;
    quando saber fazer algo ilegal tornou-se tão ilegal quanto fazer algo ilegal;
    quando as defesas legais quanto à liberdade de expressão foram manipuladas a fim de preservar segredos corporativos enquanto ocultando vulnerabilidades que ameaçam o público;
    quando nossas vidas foram monitoradas e dissecadas por firmas de marketing visando a melhor maneiras de nos vender coisas que não queremos e das quais não precisamos;
    e quando a promessa e as capacidades promissoras da tecnologia foram usadas para enredar subrepticiamente e aprisionar deliberadamente membros da sociedade da era da informação ao invés de realmente beneficiá-los.


    - Richard Forno
    "High Tech Heroin"
    tradRicky

    quinta-feira, novembro 20, 2003

    LULA ANDA LENDO MUITA HISTORIA EM QUADRINHOS


    quarta-feira, novembro 19, 2003


    BRASIL 3 X 3 URUGUAI

    A imprensa tripudiou como se fossem dos maiores absurdos do universo as declarações do técnico Carrasco, do Uruguai, bravateando que entendia mais de futebol do que o Parreira.

    Claro, que isso faz parte das provocações que apimentam as partidas,
    mas - pelo menos dentro do Pinheirão em Curitiba e dos 90 minutos de BR x Urug - o Carrasco mostrou quem estava com a razão.

    Perdendo de 2 x 0, mexeu no time, re-estruturou sua tática, voltou pro segundo tempo com outra formação e quase vira pra vitória, arrancando um bom empate fora de casa.

    Parreira continuou no previsível: sai Kaká entra Alex, etc. Não soube mexer, não soube alterar, não soube entender mais de futebol do que o carrasco que enforcou sua saída de bola.

    Claro, os uruguaios contaram com a péssima defesa brasileira. E aí volto ao nosso simpático Parreira: se a defesa estava horrorosa, por que não foram feitas substituições na defesa??

    Bem, como poderia responder agora o Lula, cada macaco no seu galho. E Parreira botando o galho dentro.


    Pela COCHLEA: Fletcher Henderson




    DE VOLTA AO REAL

    Toda essa patuscada absurda e abusiva de Berzoini e assessores previdenciários - e outros fatos semelhantes - revelam o quanto o pensamento do brasileiro, principalmente de seus dirigentes, ainda é tão cartorial.

    Um pensamento burocrático, desinventivo, onde diante de questões recorre-se sempre às soluções óbvias e imediatas, as mesmas de antanho. Não se consegue ousar reviravoltas de caminhos. O recurso de exigir que anciões se apresentem fisicamente a repartições lotadas, por filas gigantescas, demonstra como vivemos a mentalidade dos cartórios sebosos. Tantas possibilidades outras poderiam ser pensadas se os cérebros tivessem a agilidade do raciocínio atualizado que engloba o virtual e a aplicação prática não só de novas tecnologias mas novas maneiras de abordagem e portanto de ação.

    E a prevalência dos detalhes e das regrinhas sobre quaisquer fatores de humanidade ou de bom senso? O fulcro é o texto impresso, nos meandros labirínticos, e não a pessoa. Burocratismo total!

    terça-feira, novembro 18, 2003


    Quando se chega de um tempo fora
    se continua ainda um tempo fora.

    Dificil de se encaixar novamente nas engrenagens.
    Alheio ao cotidiano.

    Olho para os jornais e não vejo essas noticias, estou distante desses fatos, que desinteresse diante das novas mancadas e mancas novidades deste governo. O mundo explode lá fora e aqui
    há tanto calor
    me chama me chama cama
    convidando a um descanso das correrias de viagem
    antes de viajar nas corredeiras das tarefas esperantes. Aguardentes.

    Embriagadas de uma importancia que não mais atino.
    Deixei-as aqui urgentes sobre a mesa.
    Retorno re-encontrando-as despidas de sentido.

    Tanta coisa anotada pro blog e agora são traços...

    Seu cerne comido por traças ou pelo distanciamento de minha ida e minha volta? Sei lá, fico lendo jornais e navegando por internets quando deveria estar lendo realmente importante que são os livros as densas histórias de palavras bem encaixada e
    deveria ter prosseguido nas viagens pelas ruas e estradas e descaminhos
    pra ver com meus próprios olhos e não clicando mouses teclando teclas scrolando telas.

    Mas voltei.E em algum momento tudo será como antes. Mas não agora.
    Nessa hora
    não faz sentido
    ficar sentado.
    Assentado.

    Assuntos
    ausentes.
    Assunto
    o presente.


    e o blog0news continua…
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