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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, setembro 24, 2022

    Bicicletas Antigas de Paquetá


     

    DWELLER ON THE THRESHOLD - Van Morrison



    I'm a dweller on the threshold
    And I'm waiting at the door
    And I'm standing in the darkness
    I don't want to wait no more

    A derrota de Bolsonaro terá um significado além do Brasil

     

    "Havia decidido escrever, mais
    uma vez, sobre lawfare. Desta
    vez tinha o intuito de conven-
    cer os brasileiros que me leem de que,
    ao contrário do que pensam, essa mi-
    serável arte de instrumentalizar o sis-
    tema judicial para fins políticos não é
    apenas um fenômeno latino-america-
    no, mas também europeu. Entretanto,
    um amigo brasileiro mandou-me o Hino
    ao Inominável e o meu estado de espírito
    mudou. Deixemos de lado o lawfare que
    haverá outras oportunidades de falar
    nisso. Agora, o que realmente me ape-
    tece dizer é que o Brasil pode se quei-
    xar de muita coisa, menos dos seus ar-
    tistas. A generosidade e a coragem com
    que tantos se entregaram ao seu dever
    cívico de fazer alguma coisa para mu-
    dar a situação política do País deixou-
    -me comovido. Para ser sincero, deixou-
    -me também com inveja, já que, aqui, na
    Europa, o engajamento político de inte-
    lectuais e de artistas consagrados não
    só deixou de ser costume como passou
    até a ser mal considerado socialmente.
    Tenho muitas saudades de quem põe de
    lado o cálculo e a carreira para se entre-
    gar sem hesitação àquilo que considera
    ser urgente para o seu país – tirar a ex-
    trema-direita do poder."

     LEIA A COLUNA DE JOSÉ SOCRATES 

    Ainda acho cedo


     

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    Vivian Kuczynski - Mesmo Lugar

    Luto e catarse

     

     

    Despedida. A multidão espera resignada. Muitos falam em captar o “clima” da nação, como se bastasse um termômetro. A morte de Elizabeth se segue à pandemia - Imagem: Loic Venance/AFP e The Royal Family Official

    "Mas o ritual é importante, e não há
    como descontar a necessidade de alguns
    britânicos agora. A fila serpenteante,
    com seus 8 quilômetros, fala de nossos
    impulsos mais rudimentares, quase ins-
    tintos, que no século XXI pagão têm ca-
    da vez menos canais de expressão. As ge-
    rações passadas sabiam chorar: as viúvas
    se vestiam de preto, joias feitas de azevi-
    che e mechas do cabelo do morto. Os ho-
    mens usavam chapéus pretos e braçadei-
    ras. Eles entendiam que essas coisas não
    eram apenas uma questão de forma, mas
    também úteis: um sinal, para os não enlu-
    tados, da condição agonizante de alguém
    e um purgante para o sofrimento. Muito
    antes de conhecer a palavra “catarse”, eu
    tinha uma ideia do seu significado. Quan-
    do eu era muito pequena, meus avós, em
    Sunderland, seguiam a tradição e manti-
    nham as cortinas fechadas na manhã do
    funeral de um vizinho. “Pense como será
    bom quando as abrirmos mais tarde”, vo-
    vó me disse quando expressei frustração.
    Na tarde de segunda-feira, quando o fune-
    ral da rainha finalmente terminar, mui-
    tos na Grã-Bretanha experimentarão al-
    go semelhante: uma libertação, uma sen-
    sação de sol após a escuridão."

     

    leia artigo de RACHEL COOKE 

    Vaca no brejo


     

    Esticando a corda



    MIGUEL PAIVA

     

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    Spánking as punishment

     

    Jeffrey St. Clair 

    A school district in Missouri has reinstated spanking as punishment. The principal explained that: “Parents have said ‘why can’t you paddle my student?’ and we’re like ‘We can’t paddle your student, our policy does not support that. There had been conversation with parents and there had been requests from parents for us to look into it.”

    + Corporal punishment is, of course, yet another a grisly instance of religious practice infecting the public sphere. Fetuses are pure, but children are born into a state of sin. They are guilty of something sinister from their first breath and must of have “goodness” and “morality” whipped into them.

    + This is the educational mentality that Jean-Jacques Rousseau sought to demolish. Children, Rousseau argued, were born innocent and had the evils of society beaten into them: “Let us lay it down as an inconvertible rule that the first impulses of Nature are always right; there is no original sin in the human heart. The how and why of the entrance of every vice can be traced.” (I doubt Emile or the Social Contract are on the approved reading lists in Missouri schools these days. Ironically, the Divine Jean-Jacques, himself, wouldn’t even have permitted libraries in schools, believing that the reading of all books (with the notable exception of Defoe’s Robinson Crusoe) had a pernicious effect on the mental development of children before the age of 15.)

    + Here’s A.S. Byatt’s description of the disciplinary torments inflicted on students at Christ’s Hospital, the public school attended by Samuel Taylor Coleridge and the essayist Charles Lamb (Elia): “Lamb gives a vivid picture of the inhumanities of punishments at the school. At the age of seven, on his first day there, he saw a boy in fetters–the punishment for running away­. If a boy ran away for the second time he was put in the dungeons–‘little square, Bedlam cells, where a boy could just lie at his length on straw and a blanket…with a peep of light let in askance from a prison orifice at top, barely enough to read by.’ Boys were kept there day and night–the porter brought bread and water but was forbidden to speak: the beadle came twice a week to administer the ‘periodical chastisement.’ If a boy ran away a third time he was expelled after a state of flogging in front of all of his schoolfellows. ‘Scourging after the old Roman fashion, long and stately.’ Lamb felt, he says, very sick.” (Unruly Times: Wordsworth and Coleridge in Their Time)

    sexta-feira, setembro 23, 2022

    Jardim Botanico


     

    Pesquisas


     

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    Cartola Acontece



    Esquece o nosso amor
    Vê se esquece
    Por que tudo na vida acontece
    E acontece que já não sei mais amar
    Vai sofrer, vai chorar
    E você não merece, mas isso acontece
    Acontece que meu coração ficou frio
    E o nosso ninho de amor está vazio
    Se eu ainda pudesse fingir que te amo
    Ah, se eu pudesse
    Mas não posso, não devo fazê-lo
    Isso não acontece

    Ghostpoet – Concrete Pony



    Fade to black and credits roll
    Find the financier
    There is nothing
    Black hole mind set now
    Sink hole gathering
    Black didos jeans my idea
    There is nothing
    Flickering lightbulbs, wind from the east
    Whispers on Twitter feed, no lies, no die
    There is nothing
    There is nothing
    Yes
    There is nothing

    quinta-feira, setembro 22, 2022

    Slippery Horn - Duke Ellington - 1932

    Jardim Botanico


     

    quarta-feira, setembro 21, 2022

    PALAVRAS

     

    "O passado não tem importãncia. O presente não tem importãncia. Temos que lidar é com o futuro. Pois o passado é o que homem não deveria ter sido; o presente é o que o homem não deve ser; o futuro é o que são os artistas."

    - Oscar Wilde


    Bicicletas Antigas de Paquetá


     

    Elza Soares - Exú nas Escolas - Part. Edgar



    Na aula de hoje veremos ExuVoando em tsuruEntre a boca de quem assopra e o nariz de quem recebe o tsunuAs escolas se transformaram em centros ecumênicosExu te ama e ele também está com fomePorque as merendas foram desviadas novamenteNum país laicoTemos a imagem de César na cédula e um "Deus seja louvado"As bancadas e os lacaios do EstadoSe Jesus Cristo tivesse morrido nos dias de hoje com éticaEm toda casa, ao invés de uma cruz, teria uma cadeira elétrica

    Bolsonarismo


     

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    Jardim Botanico


     

    A campanha normal acabou

    Nela, Jair já perdeu; o que resta para as próximas semanas é a anormalidade

     

    Celso Rocha de BarroS

     

    A revista britânica The Economist, que a elite brasileira lia antes de começar a dar mamadeira de coturno para seus filhos, trouxe em sua capa essa semana a foto do Jair com o texto "Bolsonaro prepara sua grande mentira para o Brasil".

    "A Grande Mentira", nesse contexto, tem um sentido bem específico. "The Big Lie" é o nome que os americanos dão à mentira segundo a qual Donald Trump venceu a eleição presidencial de 2020, mas foi vítima de fraude.

    Não há, obviamente, um único indício que comprove isso. Se houvesse, seria "a grande dúvida", ou "o grande questionamento", mas é "a grande mentira".

    A revista britânica, como todo mundo que não dormiu nos últimos quatro anos, teme que Bolsonaro tente um golpe como o de Trump quando perder as eleições.

    comício do último 7 de Setembro deve ser entendido nesse contexto. Segundo o Datafolha da sexta-feira, o show não trouxe votos que ajudassem Bolsonaro a vencer. Mesmo assim, pode tê-lo ajudado a virar a mesa quando perder.

    O 7 de Setembro eletrizou a militância bolsonarista. As promessas golpistas estavam todas lá: Bolsonaro prometeu, por exemplo, que em seu segundo mandato enquadraria quem saísse das quatro linhas da Constituição. Traduzindo para o português, Bolsonaro prometeu reprimir juízes ou demais autoridades que investiguem seus crimes. Isso aconteceu poucos dias depois do presidente da República chamar o ministro Alexandre de Moraes de vagabundo.

    7 de Setembro encerrou a campanha normal. Veio logo depois do fim do mês em que, segundo as projeções do Planalto, Bolsonaro deveria ter ultrapassado Lula nas pesquisas. Ao que tudo indica, mesmo mudando a Constituição a três meses da eleição para poder gastar mais dinheiro, mesmo usando as Forças Armadas como animadoras de comício, Bolsonaro ainda não conseguiu tirar votos de Lula. Como notou Bruno Boghossian em sua coluna de 8 de setembro, Bolsonaro não tem como vencer sem tirar votos de Lula.

    Com o 7 de Setembro, a campanha normal acabou, e nela Jair perdeu. Perdeu quando deixou centenas de milhares de brasileiros morrerem sem vacina, quando trouxe o Brasil de volta para o mapa da fome, quando fez sua guerra particular contra as mulheres, quando a imprensa descobriu os 51 imóveis de sua família comprados com dinheiro vivo. A maior parte da campanha de candidato à reeleição é sempre o mandato que está chegando ao fim, e o de Jair, enfim.

    O que sobra para as próximas semanas —e, se for o caso, para o segundo turno— é a anormalidade. Desde o dia 7, mais um petista foi assassinado por bolsonarista, e seguidores do presidente ameaçaram Guilherme Boulos e Ciro Gomes na rua. As ligações do bolsonarismo com o mundo do crime são notórias: no palanque do dia 7, discursou o secretário de Polícia Civil bolsonarista que, dias depois, foi preso por ligação com a máfia do jogo do bicho.

    Além da violência, que busca evitar que as pessoas manifestem seu apoio a Lula, ou mesmo que tenham medo de votar no dia 2, Bolsonaro deve avacalhar ainda mais as instituições brasileiras de agora em diante. Já liberou R$ 5 bilhões adicionais do orçamento secreto e não vai parar aí. Afinal, se ninguém cassou sua candidatura por usar as Forças Armadas em um comício, o que ele se sentirá impedido de fazer?

     

    FOLHA 

     

    Democracia Política e novo Reformismo: Celso Rocha de Barros - A campanha normal acabou: A campanha normal acabou

    Selfie no Funeral


     

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    Dorival Caymmi - O Vento


    Vento que dá na velaVela que leva o barcoBarco que leva a genteGente que leva o peixePeixe que dá dinheiro, Curimã
     

    Exército diz não saber qual é o número de armas de CACs em cada cidade

     

     Número total de armas de caçadores, atiradores e colecionadores em circulação no Brasil passa de um milhão - Stockphotos/ Agência Senado

     "Segundo o Exército, para saber o número de armas de CACs por cidade seria necessário o trabalho de 12 militares durante 180 dias úteis. Isso acarretaria "considerável prejuízo no cumprimento de outras atividades, como regulamentação, fiscalização e autorização referentes ao trabalho com Produtos Controlados pelo Exército", afirmou.

    É uma contradição, já que, segundo especialistas, a análise de dados é uma das principais ferramentas de fiscalização. Permite detectar, por exemplo, uma alta atípica no número de armas em uma determinada cidade e, assim, determinar investigações

    "Isso mostra a baixíssima capacidade do Exército de fazer o controle das armas de forma eficiente", diz Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz. "Ter dados por município é muito importante para planejar ações de fiscalização mais efetivas, a partir de inteligência

    "Isso se resolve com facilidade. Acredito que o Exército tenha técnicos competentes para lidar com isso. Se é tão capacitado para opinar sobre as urnas eletrônicas, como não tem capacidade de fazer gestão de um banco de dados?".


    leia reportagem de Amanda Rossi

    Exército diz não saber qual é o número de armas de CACs em cada cidade

    Slade Alive- Hear Me Calling- 1972

     

    terça-feira, setembro 20, 2022

    Bombay Bicycle Club - Everything Else Has Gone Wrong



    Aching for a word And the words are not coming I can paint it with a speech bubble Sing a motif Rub in on my teeth Glisten white Eyes shut And my tongue's tied wrong But I'm listening right

    Bicicletas Antigas de Paquetá


     

    Kiko Dinucci e Bando Afromacarrônico - Engasga Gato



    Fui na casa do ExpeditoTava cheia de mosquitoEu num sei se foi macumbaO meus'ói tava esquisito
     
    A urucaca da velhacaTaca a pata, faz trapaçaA danada é das brabaNa arengada de mulata

    Jardim Botânico




     

    Coveiro


     

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    Creedence Clearwater Revival "Good Golly Miss Molly" on The Ed Sullivan ...



    Good Golly Miss Molly, sure like to ballWhen you're rocking and a-rollin'Can't hear your mama call, aaahhh

    Um vexame servindo de amém



    AROEIRA

     

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    ‘Olê, olá, Lula!’ Brazil’s voters sing for a heroic comeback to banish Bolsonaro




    "As their champion came into view, the throng chanted back a refrain from old times: “Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula!”
    Virtually identical spectacles played out two decades ago as Luiz Inácio Lula da Silva prepared to claim a momentous election victory in 2002 that would make him the first working-class president of one of the world’s most unequal nations.
    But this was September 2022 and the factory worker who became a left-wing legend was battling to complete a sensational political comeback that would return him to the presidency at the age of 77.
    “Get your new Bermudas ready! Get your new shirts ready! Because on 1 January, I’ll be taking power!” Lula told the thousands of supporters who had come to see him in Nova Iguaçu, a down-at-heel city north of Rio."
    read report by tom phillips

    ‘Olê, olá, Lula!’ Brazil’s voters sing for a heroic comeback to banish Bolsonaro | Luiz Inácio Lula da Silva | The Guardian

    ‘Godard shattered cinema’: Martin Scorsese, Mike Leigh, Abel Ferrara, Claire Denis and more pay tribute | Jean-Luc Godard | The Guardian






    "He was the explosively talented film-maker who changed cinema for all time. But what did other directing giants make of this movie legend – and did they find his latter films unwatchable?"

    ‘Godard shattered cinema’: Martin Scorsese, Mike Leigh, Abel Ferrara, Claire Denis and more pay tribute | Jean-Luc Godard | The Guardian

    segunda-feira, setembro 19, 2022

    Decoro Presidencial

    DASSILVA



     

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    Bicicletas Antigas de Paquetá


     

    Quadrinha Enquadrada


     

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    The Beatles - Glass Onion (Esher Demo / Audio)



    I told you about strawberry fieldsYou know the place where nothing is realWell here's another place you can goWhere everything flows.

    A opção pelo caos


     


    Esther Solano

    Bolsonaro não vai respeitar o rito eleitoral. É fato. Qualquer observador minimamente atento às jogadas bolsonaristas sabe disso. Certeza. É cenário garantido, irrefutável: não teremos um processo eleitoral normalizado. Haverá violência. Já há violência. Física, simbólica, retórica. Violência. Se Lula ganhar as eleições, a faixa presidencial não será entregue pacificamente. Alguém duvida? Alguém consegue fazer um malabarismo imaginativo, um duplo carpado na abstração utópica para projetar Bolsonaro, sorriso aberto, na rampa do Planalto, a receber Lula como seu sucessor? Não há ginástica cerebral que dê conta dessa imagem. Não vai acontecer.


    Na verdade, o caos sempre esteve posto. Bolsonaro sempre foi sincero no seu autoritarismo, sempre foi honesto no seu fascismo, na sua capacidade de odiar o outro. Seu total desprezo às instituições sempre foi gritado, exposto, ostentado. É só pegar um vídeo aleatório de seus primeiros anos na política. A monstruosidade estava lá, sempre esteve lá. “Mas ele vai se domesticar quando chegar ao Planalto”, “mas o Paulo Guedes”, “mas ele vai entender que para governar tem que mudar”, “mas melhor isso do que o PT”, “mas ele não faz por mal, é só o jeito dele de falar, meio tosco, tipo militar”… Baboseira. A monstruosidade sempre esteve lá. Nunca se escondeu. Só que muitos preferiram não enxergar a monstruosidade ou fingiram que não enxergavam, pois muitos convivem perfeitamente com os monstros, desde que outros sejam as vítimas.


    Bolsonaro sabe que, se perder este pleito, ele e a família podem terminar muito mal. É preciso negociar uma ­maneira de sair do Planalto e não acabar na cadeia. E para isso é preciso o caos. Negociar com o caos. Negociar com a violência. Só que, para ter poder de negociação, vários elementos são necessários. O primeiro deles é a capacidade mobilizadora. Ele deve ser capaz de ameaçar e cumprir suas ameaças. Bolsonaro precisa de militância e de soldados. E tem, nossa se tem. Bolsonaro tem votos e tem milícias, tem simpatizantes e tem combatentes. Tem gente que irá às ruas semear o caos, enobrecidos com seu papel na história, guiados por Deus para salvar o Brasil. E tem gente que observará, complacente, os acontecimentos na televisão. Mas Bolsonaro também precisa de uma fábula. Bem, é só escutar seu discurso no Maracanãzinho para entender, rapidamente, a sua estratégia discursiva: “Sobrevivemos a um atentado. Deus me salvou”. 

    O enviado por Deus. Nunca antes cobrou tanta relevância o Messias. Deus o colocou no poder, só Deus pode tirar. Só Deus tem essa legitimidade. O que podem fazer os homens diante da vontade divina? O que podem fazer os homens diante do Messias? Se o Messias for retirado do poder, o Brasil vira o inferno. Literalmente. Não se trata de metáforas. E, claro, os guerreiros da pátria, da família e da fé não fazem a guerra só com os punhos. Sim, tem gente que sairá às ­ruas com bandeira e Bíblia nas mãos, mas quero lembrar que, entre 2018 e 2021, aumentou em 320% o número de novas armas registradas nos estados mais bolsonaristas. Os guerreiros da pátria, da família e da fé têm convicção e têm balas. Esta é a força de Bolsonaro. Muita.
    E, diante disso, nós fazemos o quê? Continuamos a acreditar na solidez das instituições? Continuamos simplesmente a divulgar abaixo-assinados? Continuamos a fingir que vamos ter eleições normais? Não iremos.
    A única saída é encurralar totalmente Bolsonaro. Devemos proteger as eleições, a Justiça Eleitoral, o processo, as urnas. Devemos proteger o País da violência em curso, que continuará a acontecer. E devemos, não tenho a menor dúvida, nos posicionar do lado de quem pode confrontar o monstro. Devemos escolher, devemos optar, sem hesitação nenhuma. É Lula. Mas, para Lula receber a faixa presidencial pacificamente, todos nós, os democratas, devemos ter lado e agir desse lado. Desta vez, não pode haver falsas polarizações, falsos extremos. Por isso, eu fico apavorada quando vejo ainda tanta gente pretensamente defensora da democracia, pretensamente enjoada de Bolsonaro, mas que continua fielmente enganchada no seu antipetismo. “Lula não dá.” Amigos, só Lula dá. Em 2018, o antipetismo nos conduziu à ignomínia nacional. Em 2022, nos conduzirá de novo?

    Aos pretensos democratas, por favor, não nos joguem no abismo outra vez. Vocês também irão junto. Só Lula 2022 é possível. Vocês, que fingem não saber, também o sabem. •

    CARTA CAPITAL

     

    Jardim Botânico


     

    Golpe de Vista - Douglas Germano



    Meu samba não fez juramento
    Mas serve pra me confessar
    Meu samba não é de lamento
    É muito mais de atormentar
    Meu samba não porta bandeira
    Meu samba não é pra rezar
    Meu samba não serve pra roda
    Pra outro sambista cantar
    Meu samba tem sua maneira
    Meu samba é do jeito que dá

    L de Lula: artistas criam "logos" para a marca registrada do candidato petista



    ""Fazer o L" acompanha os brasileiros há pelo menos 33 anos, quando Luiz Inácio Lula da Silva foi candidato à presidência pela primeira vez. Na alegria e na tristeza: foram três derrotas "fazendo o L" (em 1989, 1994 e 1998) até o petista finalmente chegar à vitória, em 2002. Agora, na sexta vez que Lula se lança candidato e quando o dedo polegar esticado e o indicador levantado se opõem à "arminha" do bolsonarismo, artistas resolveram reinventar o já célebre gesto.

    A ideia foi do editor especializado em quadrinhos Rogério de Campos, da Veneta, que lançou o convite público com o objetivo de postar as "logos" nas redes sociais (facebook, instagram e twitter) e homenagear Lula. "


    veja a galeria postada por Cynara Menezes​

    L de Lula: artistas criam "logos" para a marca registrada do candidato petista | Revista Fórum

     

     

    Um ovo para quatro estudantes


     

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    Cidadão de Bem


     

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    domingo, setembro 18, 2022

    Jardim Botanico


     

    Godard Taught Me How to Watch Cinema, Even as He Kept Reinventing It

     

     Isabelle Huppert in “Every Man for Himself,” Jean-Luc Godard’s 1980 return to form.

    "In time, I learned how to watch Godard, though in truth, I think he taught me how to watch. An early exposure to avant-garde cinema helped me in this simply because by the time I started digging into Godard’s work, I already knew that movies didn’t necessarily have to be obvious. Sometimes, you needed to puzzle through them; sometimes, you need to get lost. There’s immense pleasure in getting lost in movies, in letting the at times excitingly, bafflingly unfamiliar wash over you, letting the images and sounds sink into your body as your mind tries to comprehend what’s happening."

    READ ARTICLE BY MANOHLA DARGIS

     


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