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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, agosto 26, 2023

    inverno em paquetá


     

    Carlos Gonzaga - Diana (in memoriam)

    Não te esqueças, meu amorQue quem mais te amou fui euSempre foi o teu calorQue minh'alma aqueceuE num sonho para doisViveremos a cantarA cantar o amor, Diana
     

    America was supposed to be Art Deco

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     Thread by @Culture_Crit on Thread Reader App – Thread Reader App

    America was supposed to be Art Deco - a thread of 10 iconic Art Deco designs

    TV’s Streaming Bubble Has Burst, Writers Are Striking, and “Everybody Is Freaking Out”

     

     Illustration by Jorge Arévalo.

     "

    To be fair, everybody is learning to curb their enthusiasm. “Wall Street changed the rules of the game,” says Marc Guggenheim, a veteran showrunner. Instead of chasing subscriber growth with great content, streamers are now directed to focus on profitability. “Overnight, all the streamers will suddenly be measured by a completely different yardstick that they weren’t built to meet.” Guggenheim compares the companies to a car speeding down a highway at 100 mph: “Suddenly they slam on the brakes and the car spends a little time skidding out of control. I picture Ted Sarandos white-knuckling the steering wheel going, ‘Okay, well that was fun. But let’s get the heart rate down now.’ ” 

    The financial pressure on streamers has caused a parade of panic. “Everyone in the industry is freaking out, because things are getting cut left and right,” says a former studio executive. “What’s being cut big-time is development. And that’s where most of this town is. I’m working on a project. How often have you heard that?” It takes time and care to bring truly original shows into the world. “I’m worried about that pipeline—not just at HBO, but at Showtime, Hulu, FX, and others—getting their budgets cut as things get consolidated,” says the exec. “You get to a White Lotus because HBO nurtured Mike White and Enlightened. You get to an Everything Everywhere All at Once because A24 nurtured the Daniels.” 

    Over the past few months, we talked to dozens of executives, writers, producers, crew members, actors, directors, and dealmakers, many of whom asked for anonymity, as people in Hollywood tend to do when they’re going to tell the truth. One award-winning showrunner thinks of the streaming revolution as an earthquake with a series of aftershocks. “And I guess the question really is: At the end of the quakes, are we going to be better off or worse off?” She lets out a ragged sigh. “It doesn’t look good.”  "

    READ THE REPORT BY JOY PRESS


    3 x Paquetá




     

    Vingança (Lupicínio Rodrigues) – Linda Batista


    Mas enquanto houver força em meu peito
    Eu não quero mais nada
    Só vingança, vingança, vingança
    Aos santos clamar
    Você há de rolar como as pedras
    Que rolam na estrada
    Sem ter nunca um cantinho de seu
    Pra poder descansar

    sexta-feira, agosto 25, 2023

    Claude Ruiz Picasso, youngest son of Spanish artist, dies aged 76

     FILES-FRANCE-CULTURE-PICASSO-OBIT(FILES) Claude Picasso, son of late Spanish artist Pablo Picasso stands at Lyon's courthouse, on September 24, 2019, central-eastern France, prior to the appeal trial of Pierre Le Guennec, who is accused of receiving stolen goods after being found in possession of paintings by Pablo Picasso. Claude Ruiz-Picasso, son of Spanish painter Pablo Picasso, died aged 76 in Switzerland on August 24, 2023, announced his lawyer Jean-Jacques Neuer in a press release. (Photo by ROMAIN LAFABREGUE / AFP) (Photo by ROMAIN LAFABREGUE/AFP via Getty Images)

     "As Picasso did not leave a will, the division of his holdings took six years and led to bitter divisions in the family. Eventually it was agreed that the works would be split between Claude, Paloma, Maya and two of his grandchildren, Marina and Bernard Ruiz-Picasso. Writer Deborah Trustman observed at the time that Picasso’s web of heirs “resembles one of [his] Cubist constructions – wives, mistresses, legitimate and illegitimate children (his youngest born 28 years after his oldest), and grandchildren – all strung on an axis like the backbone of a figure with unmatched parts.”"

    read more>> 

    Claude Ruiz Picasso, youngest son of Spanish artist, dies aged 76 | Pablo Picasso | The Guardian

    Warming decimates Antarctica’s emperor penguin chicks

     

    Penguins are seen on January 1, 2010 on the Antartic Peninsula.

     

     "To survive on their own, chicks must develop waterproof feathers, a process known as fledging that typically starts in mid-December and lasts a couple of weeks.

    But the ice in Bellingshausen Sea colonies started to give way last year in late November.

    “The ice will break up, disintegrating or breaking into floes which float away,” Fretwell explained.

    “Chicks that go into the water will likely drown, but even if they manage to get back out they will probably freeze to death,” he added.

    “If they manage to stay on icebergs, we assume most of them will drift away and starve as the parents will not be able to find them,” Fretwell said."

    read more>>

    Warming decimates Antarctica’s emperor penguin chicks | Climate Crisis News | Al Jazeera:

    Gatonet


     

    A cartada do Bolsonaro



    LADINO

     

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    Hermosa



    DALCIO MACHADO

     

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    Trump, de frente e de perfil


    CAU GOMEZ

     

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    PJ Harvey - A Child's Question, July



    Will the sweven's golden keysHanging in the aishy treesOpen gawly geates to deathWho hoards 'es answers in the eth?Who hoards 'es answers

    3 x Biguás




     

    Robbie Robertson - Somewhere Down The Crazy River



    Yeah, I can see it nowThe distant red neon shivered in the heatI was feeling like a stranger in a strange landYou know, where people play games with the nightGod, it was too hot to sleep
     
    I followed the sound of a jukebox coming from up the leveeAll of a sudden, I could hear somebody whistling from right behind meI turned around, and she said"Why do you always end up down at Nick's Cafe?"I said, "Uh, I don't know, the wind just kinda pushed me this way"

    Javier Milei e a ultradireita argentina

     

    "Milei não chega a defender a ditadura militar da Argentina (1976-83), mas alia-se aos seus defensores. Acha que a esquerda exagera o número de vítimas da repressão do Estado e repudia os movimentos de mães e avós que buscam identificar os desaparecidos políticos e seus filhos. É contra a educação sexual nas escolas, contra o aborto e a favor das armas. Na economia, defende a dolarização da Argentina, a privatização de tudo o que for possível, a redução do tamanho do Estado, a saída do Mercosul e a extinção do Banco Central.

    Milei tem posições estranhas à cartilha convencional da ultradireita. É a favor do casamento gay, por exemplo. Acha que é um contrato como qualquer outro, desde que feito entre pessoas maiores de idade. Não se trata, portanto, de um assunto do interesse do Estado. Quando fala sobre seu estado civil, contrariando o discurso que celebra a família tradicional, diz que não acredita no casamento. Por isso, é solteiro, vive apenas com seu cão, um mastim inglês chamado Conan e seus quatro filhotes. Sua última namorada conhecida foi uma cantora, Daniela Mori, intérprete de um hit local, Endúlzame que Soy Café (Me adoce que sou café). Com a candidatura presidencial, foi aconselhado a se casar, mas se mantém firme na sua oposição ao matrimônio.

    Milei conjuga essas posições ora com liberalismo, ora com ultraliberalismo. Diz, inclusive, que é a favor da compra e venda de órgãos humanos porque, também aqui, se trata de uma transação comercial entre pessoas adultas na qual o Estado não deve se imiscuir."


    mais na reportagem de Sylvia Colombo​

    Javier Milei e a ultradireita argentina

    MILLOR 100



    FRAGA

     

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    A aula de Stedile

     

     

     

     "Na verdade, quase ninguém estava in-
    teressado nas respostas. Enquanto bol-
    sonaristas de todas as estirpes insulta-
    vam o convidado, Salles aproveitou os
    holofotes para dar pistas do que preten-
    de escrever no relatório final, obra qua-
    se exclusiva de sua imaginação. O ex-mi-
    nistro acusou o movimento de explorar
    os assentados e cometer crimes. Tentou
    arrancar do depoente a origem do finan-
    ciamento ao grupo e fez perguntas des-
    conexas. Uma delas? Existe na China al-
    go parecido ao MST? Sereno e didático,
    Stedile respondeu: “Não, eles fizeram a
    reforma agrária em 1949”. Acostumado a
    frequentar ambientes mais hostis, o líder
    sem-terra não se deixou abalar. Às vezes
    benevolente, às vezes professoral, apro-
    veitou a oportunidade para espalhar li-
    ções sobre conflitos agrários, concentra-
    ção de terra, história e desigualdade. No
    fim, venceu por nocaute e despejou a úl-
    tima pá de cal em uma CPI que morreu
    por inanição e ainda não se deu conta."

     

    leia reportagem de FABIOLA MENDONÇA 

     

    Twitter Is Broken. Thanks, Elon

     

     

     "About six months ago, Elon Musk bought your favorite neighborhood bar. Then he fired veteran bouncers and bartenders, tried to stiff the landlord and at least one vendor, and demanded that regulars pay a cover charge. He’s frequently struggled to serve his customers, yet he’s penalized them for mentioning the competition. He’s tamped down the revelry in general, really — a lot of conversation at his watering hole has been drowned out by Musk’s own never-ending stage act, which consists mainly of him yelling dad jokes at customers through a bullhorn."

    read article by Farhad Manjoo

    Twitter Is Broken. Thanks, Elon. – Cervantes

    quinta-feira, agosto 24, 2023

    GATOTATU


     

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    DALCIO MACHADO

     

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    Jair in the skies with diamonds



    MIGUEL PAIVA

     

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    Paiêêê



    NANDO MOTTA

     

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    TV On the Radio - Heroes (David Bowie cover)



    I, I will be kingAnd you, you will be queenThough nothing will drive them awayWe can beat them, just for one dayWe can be heroes, just for one day

    quarta-feira, agosto 23, 2023


     

    Mae Bernadete, presente

      Foto mostra mulher negra sentada em uma cadeira, Ela usa um turbante e veste uma roupa colorida

    Itamar Vieira Junior

    "Eu quero que você escreva minha história", disse Bernadete Pacífico, ialorixá e líder, ao descobrir que eu escrevia. Conheci sua luta há mais de dez anos nas dependências da Superintendência Regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) da Bahia e depois em Pitanga de Palmares, território quilombola localizado em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador.

     

    Quando soube do seu brutal assassinato ontem à noite, no terreiro onde morava, recordei essa e muitas outras histórias dos nossos anos de convivência. Aos 72, dona Bernadete, como a chamávamos, poderia estar aposentada e ter se retirado da militância depois de tantos anos de serviços prestados à causa. Mas preferiu estar na linha de frente, reivindicando a titulação do seu território e políticas públicas para sua comunidade.


    Dona Bernadete era incansável na defesa do reconhecimento e da regularização fundiária do território quilombola onde vivia. Foi lá também que, em 2017, viu seu filho Binho do Quilombo, também líder comunitário, ser assassinado. O crime jamais foi esclarecido, mesmo com a resiliência dessa mãe visitando o Ministério Público, delegacias de polícia e órgãos de direitos humanos e de Justiça, mesmo encontrando autoridades em Brasília e em outros estados.

    Vê-la tão destemida exigindo resposta para esse crime bárbaro fez com que eu e muitos outros temêssemos por sua vida, mas sua postura era um exemplo de que é preciso cultivar a coragem para mover e mudar o mundo.

    Somente em 2017, no estado da Bahia, oito quilombolas foram mortos. José Raimundo de Souza Junior, da comunidade de Jiboia, seis pessoas em uma chacina em Iúna, no município de Lençóis, e Binho do Quilombo, seu filho.

    O Brasil não protege nem ampara os que lutam por dignidade humana e justiça. Foi assim com João Pedro Teixeira, Margarida Alves, Chico Mendes, a irmã Dorothy Stang e Marielle Franco. São tantos os que tombaram nesse caminho por equidade e reparação que não caberiam em todas as páginas deste jornal.

    Nos falamos duas vezes por telefone na semana passada. Dona Bernadete queria minha orientação sobre o processo da comunidade, se queixava da morosidade do Estado e dizia que queria viver para ver tudo ser concluído.

    Na última vez que estive em Pitanga Palmares, em dezembro de 2021, fui recebido com um almoço e muitos risos. Apesar de toda a dor que ainda pairava sobre a família com a impunidade pela morte de seu filho, ela cultivava o bom humor, interpelava políticos e autoridades por onde passava, cativava todos com sua firmeza e obstinação.

    A certeza da impunidade —a morte de Binho do Quilombo jamais foi esclarecida e os responsáveis continuam soltos— abriu caminhos para que mais um dos nossos tombasse novamente. O mesmo Estado que extermina crianças, negros, indígenas e pobres é o Estado incapaz de esclarecer o crime.

    A necropolítica não está refletida apenas nos assassinatos diretos praticados pelo Estado, mas também na falta de resposta para os crimes cometidos contra as populações vulneráveis. Reflete também na burocracia sem fim e na falta de investimento que faz com que conflitos diversos, como a disputa por terra em Pitanga de Palmares, se arrastem sem nenhuma solução no horizonte.

    Gostaria de poder escrever sobre a resiliência, a coragem e o inquebrantável espírito humano. Para evocar a memória de dona Bernadete, eu escrevo, mas gostaria que o final dessa história fosse outro: vê-la recebendo o título do seu território, vê-la em paz com a responsabilização e a punição dos responsáveis pela morte de seu filho. Não gostaria que essa história terminasse como todas as que antecederam.

    Gostaria de escrever que o tempo está mudando, que a violência fundiária, religiosa e racial ficou no passado, mas a brutalidade que vitimou dona Bernadete me diz que o Brasil continua encalhado no seu passado tenebroso.

    Anos atrás, dona Bernadete me deu um oxé —o machado de Xangô— esculpido por Binho do Quilombo. Essa ferramenta está até hoje sobre a minha mesa de trabalho para me recordar que é preciso perseguir a Justiça.

    FOLHA

     

     

     

    Thread by @historia_pensar on Thread Reader App – Thread Reader App

     

     "Há 232 anos, em 22/08/1791, negros escravizados e libertos iniciavam uma grande rebelião contra o domínio colonial francês em São Domingos, dando início à Revolução Haitiana. A insurreição resultou na independência do Haiti — primeiro país das Américas a abolir a escravidão"

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    Thread by @historia_pensar on Thread Reader App – Thread Reader App:

    carnaval


     

    Millôr 100 Anos



    AROEIRA

     

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    Pacificação não é anistia


     

    Harmonização facial


    ARNALDO BRANCO 
     

     

    LADINO
     
     
     
     
    QUINHO

     

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    Tom Waits-Swordfishtrombone



    Well he came home from the war
    With a party in his head
    And modified brougham deville
    And a pair of legs that opened up
    Like butterfly wings
    And a mad dog that wouldn't
    Sit still
    He went and took up with a salvation army
    Band girl
    Who played dirty water
    On a swordfishtrombone
    He went to sleep at the bottom of
    Tenkiller lake
    And he said "gee, but it's
    Great to be home.

    O melhor album do mundo que nunca existiu

     


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     JULIO MARIA

     

    Uma matéria que fiz o coração aos pulos a cada entrevista. Aqui vai um trecho da espetacular história do “melhor álbum do mundo” que Elis Regina e Wayne Shorter não gravaram. A foto foi tirada por Elis, em 1980, com Wayne Shorter, David Hajges e Cesar Camargo. (um doce pra quem ler até o final)
    Uma das histórias mais nebulosas sobre a carreira de Elis Regina ganha revelações inéditas com um depoimento ao Estadão do produtor David Hadjes, hoje com 69 anos. Hadjes era o coordenador no Brasil da gravação de um álbum que Elis faria, em 1980, ao lado do saxofonista norte-americano Wayne Shorter, uma das maiores referências do jazz de todos os tempos – algo já chamado de “o melhor álbum que nunca existiu.”
    Elis e Wayne haviam feito um primeiro encontro em Los Angeles, na casa do músico, para tratarem dos detalhes. Roy Cicalla, engenheiro de som que havia gravado álbuns de John Lennon, Aretha Franklin, Madonna e Elvis Presley, faria a captação. Uma segunda reunião foi marcada, desta vez no Brasil, na casa de Elis, na Joatinga, Rio de Janeiro, onde Wayne passou alguns dias hospedado com a mulher, Ana Maria. Mas, de madrugada, logo no início da gravação no então estúdio da gravadora Som Livre, em Botafogo, Rio, um desentendimento seguido de ataques verbais e uma quase agressão física encerrou o projeto em alguns minutos.
    As versões contadas até aqui não traziam detalhes das razões da briga que envolveu Elis, o pianista Cesar Camargo Mariano, e Wayne Shorter. Shorter faz uma rara e sucinta referência ao episódio no documentário Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você, dirigido por Roberto de Oliveira, sobre a gravação do antológico álbum de 1974. O filme vai estrear primeiro nos Estados Unidos, no próximo dia 15, para depois chegar às salas do Brasil, em 21 de setembro.
    Ele conta que Elis e Cesar param a gravação, entram em uma sala reservada e começam a brigar feio. Saem então desse espaço já decididos a não mais seguirem com o projeto. Depois de fazer elogios à voz da cantora, diz que “ainda vão se encontrar em algum lugar para fazerem o disco que não puderam fazer em vida”. Shorter morreu em março último, aos 89 anos.
    A fala de Hajdes, agora, com muitos detalhes, dá a entender que Shorter pode ter narrado apenas parte da história. “Havia um clima estranho já no primeiro dia em que fomos para o estúdio da Som Livre”, diz o produtor. “Wayne Shorter estava de pé ao lado de Cesar, sentado à frente do piano. Eles iam ensaiar a música The Tiger (nunca lançada), quando tudo aconteceu bem rápido.” Além de The Tiger, há uma segunda canção ainda inédita, lembrada pelo produtor Roberto de Oliveira, chamada As Três Marias, feita por Shorter em homenagem a três mulheres que lutaram contra a ditadura de Antonio Salazar, em Portugal.
    Shorter, que não falava português, não sabia como fazer Cesar, que não falava inglês, entender o acorde que ele estava pedindo para sua composição. “Ele queria mostrar a estrutura do acorde a Cesar, e decidiu fazer isso na prática.” Shorter, então, pegou na mão de Cesar para colocá-la nas notas certas, e tudo foi pelos ares.
    “Quando percebi que e a coisa estava feia, com os dois quase brigando fisicamente, me coloquei no meio deles”, lembra Hadjes.
    Elis se aproximou enfurecida e, nas memórias do produtor, “esculhambou” Cesar por algum tempo com frases do tipo “quem você pensa que é, essa é a minha música, esse é o meu piano, até a sua carreira você deve a mim”. Shorter foi a Hadjes, que falava bem inglês e estava responsável pela coordenação das gravações do álbum no Brasil, e disse: “Não tenho condições de trabalhar com ele, e não vou conseguir mais ficar na casa de Elis.” Naquela mesma madrugada, já eram mais de 3h da manhã quando Hadjes levou Shorter para o hotel Ceasar Park e viu um sonho partir em direção aos Estados Unidos na manhã seguinte.
    Cesar Camargo estava, nesta quinta, 22, na Eslovênia, onde iria se apresentar em um festival de jazz. O Estadão trocou mensagens por e-mail com sua mulher, Flávia, e foi informado de que ele não teria tempo de responder ao jornal, mas Flavia adiantou a posição de Cesar sobre o assunto: “Elis e ele decidiram abortar o projeto quando entraram em estúdio para gravar e, de surpresa, o projeto tomou um rumo totalmente diferente do que foi inicialmente proposto e acordado.”
    Quando se pronunciou sobre o assunto, em outras ocasiões, Cesar afirmou que o disco não existiu porque Wayne Shorter não queria que os músicos da banda gravassem nada e que nem Elis sabia o que iria cantar. Afirmou que o norte-americano chegou a dizer que Elis poderia fazer um vocal ou outro em alguma música. Cesar teria então achado tudo absurdo e falado a Shorter que, desse jeito, não iria gravar com Elis. O saxofonista, então, segundo o pianista, teria partido.
    David Hadjes, ao saber dessa versão pelo Estadão, reagiu indignado. “Meu Deus do céu, não existe isso. Elis e Wayne estavam em lua de mel, super afinados. Havia muito dinheiro envolvido na produção, com muitos equipamentos chegando dos Estados Unidos. Quem não estava nisso era o Cesar, o disco era de Elis e Wayne. Nem sabíamos se iríamos usar a gravação do Cesar do piano ou se colocaríamos depois, em overdub, o piano do Herbie Hancock (também jazzista, amigo de Shorter).” E conclui: “Aliás, se isso realmente tivesse acontecido, você acha que Elis não teria esperado Cesar dizer algo? Ela não aceitaria.”
    Shorter veio ao Brasil, a convite de Elis, para ficar hospedado em sua casa, de frente para a praia. João Marcello Bôscoli, filho da cantora, então com 10 anos, curtia o “tio” logo de manhã. “A gente assistia televisão juntos e ele falava da trilha sonora dos desenhos. Me lembro de ter ficado cheio de orgulho quando ele me ensinou a recitar um mantra budista para tornar as pessoas felizes à sua volta antes de minha mãe.” Elis começava, por influência de Shorter, a aderir a alguma práticas budistas.
    Uma versão levantada por uma fonte do Estadão, ligada a Elis à época, diz que percebeu que Cesar, com o relacionamento entre idas e vindas e bastante desgastado com Elis, pode ter se sentido ameaçado pela nova fase que estava para iniciar na vida da cantora. “As cantoras têm bolhas sonoras em suas carreiras. A de Elis era criada por Cesar Camargo.” Ao perceber que poderia perder o protagonismo na criação do som, ele teria agido, mesmo que inconscientemente, na contramão dos interesses que estavam naquele estúdio.
    O histórico de Wayne Shorter com músicos brasileiros parece também implodir a versão de Cesar. Ao lado de Milton Nascimento, ele fez, em 1974, um álbum estupendo chamado Native Dancer, o disco que apresentou o cantor aos Estados Unidos. “Veja a participação do Milton, ela é marcante. E foi Wayne quem fez questão de sua presença”, diz Hadjes. O álbum com Elis já vinha sendo chamado, nas internas, de Native Dancer 2. Para João Marcello, seria “um Native Dancer elevado à décima potência.” Shorter, aos 47 anos, era um gigante. Depois de passar, nos anos 50, pelo grupo Art Blakey’s Jazz Messengers e, nos 60, pelo segundo quinteto de Miles Davis, estava a pleno vapor no comando do avassalador Weather Report.
    Só a imaginação do encontro entre o poder de Elis, que muitas vezes usava sua voz, mesmo instintivamente, com recursos jazzísticos, ao lado de Wayne Shorter já parece um exercício extasiante, mas o fato é que havia um plano maior por trás deste álbum: a internacionalização definitiva da cantora. E o caminho era esse: foi o empresário Joe Ruffalo, da companhia Cavallo Ruffalo Fagnolli Management, responsável à época pelas carreiras dos grupos Weather Report e Earth, Wind and Fire e dos artistas Ray Parker Jr e Prince, quem se interessou por Elis e chegou a mandar redigir o contrato para sua aquisição.
    “Estamos agora com planos de contratar Elis”, disse Ruffalo a seu produtor no Brasil, David Hajdes. “Ele queria a Elis e a Rita Lee, mas acabou ficando só com Elis.” O investimento para a gravação do álbum, pago por Ruffalo, foi grande. “Além de contratar Roy Cicalla, eles estavam trazendo 48 rolos de fita Ampex 456, quando Roberto Carlos só usava 10 em um disco.”
    Nem tudo com relação à interrupção de uma carreira de Elis no exterior, no entanto, pode ser colocado na conta de Cesar. Roberto de Oliveira, produtor que trabalhou com Elis na gravação de Elis & Tom, conta que esse foi o terceiro movimento com intenções de posicioná-la fora do Brasil. Os dois anteriores, também frustrados, foram os dias posteriores às gravações do disco com Tom Jobim, nos Estados Unidos, quando o próprio Roberto fez um planejamento de carreira internacional, e em 1979, quando Elis se apresentou no Festival de Montreux, na Suíça.
    “Elis não aceitava duas coisas importantes para que esse caminho fosse feito. Morar por seis meses fora do Brasil e falar inglês. Ela tinha bom ouvido, mas não parecia gostar de cantar em outra língua.” Um exemplo é seu pedido para que Roberto retirasse do disco com Tom uma versão em inglês da canção Bonita. Sobre o pós Montreux, conta Roberto, a ideia era torná-la uma espécie de nova Ella Fitzgerald. “Ela estava cotada para isso, mas possuía muitos traumas, não queria enfrentar esse desafio.” Cabe a pergunta: se desaprovou a postura de Cesar, por que Elis não cogitou retomar a ideia com Shorter nem quando o marido se foi, definitivamente? Talvez porque o tenha amado até o último dia de sua vida.
     

    Adeus a uma velha estante

     

     CORA RONAI

    Durante muitos e muitos anos a estética da minha vida doméstica foi uma coisa meio mambembe. Os ambientes eram simpáticos e alegres -- eu nem saberia viver de outra maneira -- mas o dinheiro, como um cobertor curto, não dava para tudo. Tendo comprado o apartamento, não podia comprar os móveis; tendo comprado os móveis, não podia trocar o chão; tendo trocado o chão, não podia fazer a reforma do banheiro. Era preciso escolher. E a primeira escolha que fiz, assim que a poeira da mudança assentou, foi uma estante na sala, grande o suficiente para abrigar os meus discos, os meus livros e uma imensa tevê de 30 polegadas. Ela ocupava a extensão de uma parede, e era linda: toda em pau marfim, com frisos em rádica nas portas e um bonito detalhe em mármore no cantinho do bar.
    Fomos felizes juntas por vários anos. Quando a Sony Trinitron foi embora, porém, ela teve que sofrer uma modificação estrutural. Não ficou ruim, mas ali, sem que nenhuma de nós percebesse na hora, começou o fim da nossa relação. As pequenas prateleiras que entraram no vão antes ocupado pela televisão eram incongruentes, assim como o ressalto projetado para abrigar aquele monstrengo com seu descomunal tubo de imagem.
    Mais tarde, quando a música se mudou para a nuvem, a estante, que tinha recortes cuidadosamente projetados para abrigar uns tantos CDs, deu mais um passo em direção à obsolescência. Os CDs, ao contrário da TV, nunca foram embora; mas eu olhava para o espaço fantasma e para aqueles objetos agora desnecessários e sentia o passar do tempo.
    Passei os dois últimos anos vendo a minha velha estante com um olhar crítico. Com as mudanças que a vida fez na casa e em mim, o que era elegância virou excesso, o que era moderno ficou datado.
    Comecei a implicar com a madeira escurecida pela claridade, com o espaço que ela tomava, com o seu testemunho dos anos 90. Perdi o gosto de arrumá-la, e os livros e objetos empilhados só fizeram piorar a situação.
    Ainda assim, relutava em trocá-la. Com toda a sua inadequação ao novo século, ela continuava sendo um belo móvel, sólido e eficiente, daqueles que as visitas elogiam, cheias de admiração: "Ah, hoje não se consegue mais fazer uma peça assim!" Eu pensava na nossa história, pensava em quanto tive que economizar para mandar fazê-la e na satisfação que senti quando ficou pronta, e ia adiando a decisão. Até que, de repente, de um dia para o outro, tomei coragem.
    Há três semanas ela foi começar vida nova numa instituição filantrópica em Itaipava; há cinco dias, uma nova estante ocupa o seu lugar. É o seu exato oposto, básica, magra, em ferro e madeira -- pouco ferro, pouca madeira. Pouca estante.
    Ainda não me acostumei com a mudança. É como se a casa tivesse cortado o cabelo, trocando os seus longos cachos louros por um corte castanho bem curtinho.
    Às vezes, de noite, quando estamos sozinhas na sala, a nova estante e eu, sinto um aperto no coração, imaginando como estará a minha velha amiga, e se será usada como era, ou se apenas as suas prateleiras serão reaproveitadas, como os órgãos doados de um corpo morto. Sinto que traí a sua confiança: ela nunca teria esperado isso de mim. Sinto até que traí a mim mesma, uma versão mais jovem de mim que tinha uma outra visão do mundo e da casa.
    Mas aí os livros por arrumar me olham da sua pilha e reviram os olhos metafóricos:
    -- Deixa de ser emotiva, Cora Rónai! Era só uma estante.
    Os livros por arrumar.
    Estamos falando de mais de vinte anos de livros, e de um tipo muito especial, aquele que os angloparlantes definem como coffee table books: livros grandes e vistosos, belos objetos de papel e tinta, comprados mais por capricho do que por necessidade.
    Muitos dos meus coffee table books estavam exilados nas prateleiras superiores, das quais nunca mais haviam descido; vários tinham desaparecido da minha lembrança, junto com as razões que me levaram a adquiri-los. Virar lentamente as suas páginas é reencontrar blocos do passado, numa espécie de arqueologia sentimental que expõe a longa galeria dos meus arrebatamentos -- história medieval, mergulho, design, tapetes orientais, livros e bibliotecas, fotografia, animais, cinema, mapas e globos, computadores, Egito Antigo, viagens, internet, as grandes guerras, Índia e China, Veneza e Constantinopla.
    Quanta coisa eu já soube. Quanta coisa eu já não esqueci.
    (O Globo, Segundo Caderno, 20.8.2015)

    Abrindo o celular do Wassef



    MIGUEL PAIVA

     

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    terça-feira, agosto 22, 2023

    Uber Crime



    AROEIRA

     

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    The Killers - Land Of The Free

    So how many daughters, tell me, how many sonsDo we have to have to put in the groundBefore we just break down and face itWe got a problem with guns? (Oh oh oh oh)In the land of the free

     Down at the border, they're gonna put up a wallConcrete and Rebar Steel beams (I'm standing crying)High enough to keep all those filthy hands offOf our hopes and our dreams (I'm standing crying)People who just want the same things we doIn the land of the free

     

    MoNeyMar



    CAU GOMEZ

     

    Deu ruim

     

     


     Dorrit Harazim

    Domingo passado, neste mesmo espaço, o texto sobre o intrigante périplo das joias presenteadas ao Estado brasileiro, e dele subtraídas por Jair Bolsonaro, terminava assim: “Daqui para a frente são só notícias amargas para o capitão... é possível que logo mais seu passaporte seja retido; provável que venha a ser indiciado, denunciado, julgado, quiçá condenado — não só pelo rastro de ladroagem deixado. Talvez ainda não saiba, mas sua casa já caiu”.

    Hoje, à luz dos múltiplos desdobramentos das operações em curso pela Polícia Federal (PF), o capitão-ex-presidente já parece saber. E os demais envolvidos também. Com todos juntos e embolados no inquérito sobre milícias digitais e atos golpistas do 8 de Janeiro, a investigação sob a regência de Alexandre de Moraes dá até a impressão de já conhecer o final do enredo. Apenas não atropela. Deixa decantar cada novo pacote de buscas e apreensões, para só então avançar ao patamar seguinte. E é bom que assim seja. Qualquer estrelismo, precipitação nas acusações ou atropelo à lei e às garantias constitucionais seria simplesmente desastroso.

    A semana não deu sossego. Em embate (ou conluio) travado por meio de entrevistas à imprensa, os advogados de Bolsonaro e do seu malfadado ajudante de ordens, tenente-coronel da ativa Mauro Cid, dedicaram-se a nada esclarecer. Por ora, a disputa de versões ainda gira em torno das joias manuseadas pelos respectivos clientes. Mas o campo a ser defendido é vasto. Ainda não houve tempo para rastrear o estranho aparecimento de R$ 17 milhões em depósitos Pix no cofrinho do ex-presidente.

    Na CPI dos Ataques Golpistas, o depoimento fluvial do hacker Walter Delgatti sugou todas as atenções, tamanho o detalhamento de revelações por ele feitas. Com a tranquilidade de um delinquente profissional que se encontra preso, Delgatti discorreu com fartura sobre ordens recebidas de Bolsonaro e coligados para, assim disse ele, cometer uma variedade de ilícitos. A tarefa mais espetaculosa teria lhe custado seis meses de labuta: programar uma urna eletrônica fake que demonstrasse ser possível falsear o resultado do pleito de 2022. Ao digitar o número 22 (de Bolsonaro), a urna registraria o 13, de Lula. A engenhoca seria apresentada à nação na festa do 7 de Setembro e “comprovaria” a inconfiabilidade das urnas eletrônicas a menos de um mês do pleito. O plano só não foi concretizado por ter vazado antes da exibição.

    Triste asterisco da história republicana, Bolsonaro mentiu tanto e enxovalhou de tal forma o cargo antes, durante e depois de seus quatro distópicos anos no poder, que a palavra do ex-presidente, aposta à de um hacker de ficha policial corrida, acaba merecendo grau de suspeição maior.

    Por mais exótica que seja a destrambelhada traficância de joias presidenciais, e a revelação das liaisons dangereuses de militares e do chefe da nação com o hacker-bomba, foi o estamento da Polícia Militar do Distrito Federal que acordou mais sobressaltado na sexta-feira. Em operação deflagrada com base em investigação conjunta da PF e da Procuradoria-Geral da República, sete oficiais da corporação foram presos preventivamente sob acusação de envolvimento nos ataques antidemocráticos. Todos graúdos: o atual comandante-geral da corporação, coronel Klepter Gonçalves, seu antecessor, coronel Fábio Vieira, três outros coronéis, um tenente e um major. Não é todo dia que cai nas redes da Justiça a cúpula inteira de uma PM do porte e importância da que atua no centro do poder da República.

    As trocas de mensagens e fake news entre os integrantes de corporação, liberadas pela Justiça, assombram pelo tom explicitamente conspiratório — e chulo. Um dos áudios compartilhados prega que a “ordem” seja restabelecida para impedir a confirmação da eleição de Lula à Presidência. O “afastamento” de Alexandre de Moraes é tido como prioritário. Não apenas Xandão, mas também “esses vagabundo tudinho e ladrão, safado, dessa quadrilha... não admito que o Brasil vai deixar um vagabundo, marginal, criminoso e bandido como o Lula voltar ao poder”. Em 28 de outubro, portanto dois dias antes do segundo turno, foi a vez de o atual comandante-geral se dirigir ao coronel Fábio Vieira, que à época chefiava a corporação, nos seguintes termos:

    — Rapaz, vocês têm que entender o seguinte: o Bolsonaro, ele está preparado com o Exército, com as Forças... as Forças Armadas, aí, para fazer a mesma coisa que aconteceu em 64. O povo vai pras ruas, que ninguém vai aceitar Lula ser... ganhar a Presidência, porque não tem sentido, o povo vai pedir a intervenção e, aí, meu amigo, eles vão nos livrar do comunismo novamente.

    Deu ruim. O povo brasileiro não foi para as ruas. O povo não pediu intervenção militar. O Brasil votou. E, por isso mesmo, quer poder acompanhar sem medo as investigações em curso.

    O GLOBO

    ILUSTRAÇÃO DE MARCELO

     

    NEGREIROS, O NOSSO SEMPÉ

     

     


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    por Ediel Ribeiro

    Conheci Negreiros no ‘Jornal da Tarde’.
    Eu era fã do vespertino da família Mesquita. Lia todos os dias. O ‘JT’ - como era carinhosamente chamado pelos leitores - era um jornal alegre, irônico e divertido. Tinha o humor que faltava à 'Folha de São Paulo’ e ao ‘Jornal do Brasil’, outros dois jornais que eu lia, diariamente.
    O JT da família Mesquita, de ‘O Estado de S. Paulo’, foi concebido e idealizado por Mino Carta - com o auxílio de Murilo Felisberto. O ‘Jornal da Tarde’ foi um dos jornais brasileiros que apostaram na escola do new journalism americano de Gay Talese e Truman Capote. Minhas primeiras leituras eram os textos do Carlos Brickmann, ilustrados pelo Negreiros, o suplemento ‘Divirta-se’ e as histórias em quadrinhos.
    Negreiros, tinha como marca-registrada o traço ‘sujo’ e o humor inteligente e criativo. Seu estilo era parecido com o do cartunista francês Sempé. Muito preto e branco, muito cinza e muitas ranhuras.
    Roberto Negreiros nasceu em São Paulo, em 1955. Cartunista e ilustrador teve seu primeiro trabalho remunerado como desenhista, ainda na infância, aos 6 anos de idade.
    Foi formado em produção visual , artes plásticas e jornalismo. Trabalhou como ilustrador no ‘Jornal da Tarde’, nas revistas ‘Piaui’, ‘Veja’, ‘Ilustrar’, ‘Playboy’ e na ‘Cripta’, revista de terror, editada pelo Ota. Trabalhou também para as editoras ‘Três’, ‘Abril’ e ilustrou vários livros.
    Negreiros conseguia ser ao vivo tão ou mais engraçado do que as figuras que desenhava. Recebia a todos que o procuravam na redação do ‘Jornal da Tarde’ com muito humor e carinho. Dependendo do nível de amizade, o visitante ainda saía do JT com um original assinado pelo cartunista.
    Escreveu e ilustrou, junto com os também ilustradores Ale Kalko e Orlando Pedroso o livro "Com a Palavra, Os Ilustradores". Um projeto original, que reuniu em um box, três livros dos talentosos ilustradores. Na obra - uma publicação da ‘Mandacaru’, com edição de Bebel Abreu e André Valente - os autores foram buscar em sua memória – e resgataram com ilustrações – casos da infância, adolescência, o início das carreiras e casos emocionantes e divertidíssimos.
    Para o cartunista José Alberto Lovetro, o JAL - presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil. “Negreiros desenhava como um escultor, esculpindo com traços leves e ágeis sua obra”.
    Um dos maiores desenhistas e artistas gráficos do país, Negreiros também era apaixonado por música, em especial pelos instrumentista de jazz dos anos 20. Músico bisexto, tinha até uma certa intimidade com o ukulele.
    A arte de Negreiros, um misto de desenho e poesia, ficou órfã do seu criador, mas os fãs do cartunista ainda podem conseguir um original do artista. Sua obra está à venda por R$150, (incluso despesas de postagem) em vários formatos. Os Interessados, devem entrar em contato inbox, na página do Facebook do artista.
    O artista morreu no dia 23 de março de 2023, em São Paulo, vítima de um ataque cardíaco. Negreiros era casado com Anderson Barros.

     


     

    It Makes No Difference - The Band - The Last Waltz



    It makes no difference where I turn
    I can't get over you and the flame still burns
    It makes no diff'rence, night or day
    The shadow never seems to fade away

    And the sun don't shine anymore
    And the rains fall down on my door

    IN MEMORIAM ROBBIE ROBERTSON

    Tarcisíadas

    AMARILDO
     
     
     


    AROEIRA
     
     

     
    GEUVAR


     

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    A pleasant way to die

     

    JEFFREY ST CLAIR

    A trove of newly disclosed documents show how Robert Oppenheimer’s boss, the imperious Gen. Lesley Groves, repeatedly downplayed the risk of radiation exposure from atomic testing and the blasts at Hiroshima and Nagasaki themselves. Groves claimed those hit with lethal doses of radiation would die “without undue suffering. In fact, they say it is a very pleasant way to die.” It turns out that Oppenheimer himself was intimately aware of Groves’ deceptions about the dangers of radioactive fallout. But even after leaving the Manhattan Project, Oppenheimer kept quiet about the grotesque consequences of Groves’ lies.

    + Hideko Tamura Friedman, recalling the day her city was bombed, when she was 10: “On that day, August 6 in Hiroshima, the sun and the earth melted together. On that day, many of my relatives and classmates simply disappeared. I would never again see my young cousin Hideyuki, who had been like a brother to me, or Miyoshi, my best friend. And on that day of two suns, my Mama would not come home for lunch.”

    + Nagasaki Mayor Shiro Suzuki, both of whose parents were survivors of nuclear bombings, calls for the abolition of nuclear weapons on the 78th anniversary of the atomic destruction of Nagasaki: “Now is the time to show courage and make the decision to break free from dependence on nuclear deterrence.”

    domingo, agosto 20, 2023

    Paquetá


     

    Dark Skies - Emma Pollock



    The light we see is from times unknownPut in their place the troubles we are shownWe are the root, we are the branchWe are the product of a million chances
     
    Don't you love the way they dance above you in Dark Skies?

    Millôr, como Machado, foi grande intérprete do Brasil

     

     Desenho de Millôr Fernandes sobre o Rio de Janeiro


    "Autor de vasta obra em variados meios de expressão, Millôr Fernandes, que faria cem anos na quarta-feira (16), foi um dos mais argutos artistas que refletiram a respeito do Brasil. Em afinado diálogo com Machado de Assis, compartilhou com ele a busca, pela via do humor e do ceticismo, de uma forma que desse conta das mazelas brasileiras, o que em ambos desaguou no retrato sarcástico de uma sociedade derrotada e arrasada."

    leia ensaio de TIAGO FERRO

    Millôr, como Machado, foi grande intérprete do Brasil

    Atores das sombras se movem e fazem de Folha e Estadão marionete

     

     

    "Resumindo: Folha e Estadão estão dando palco para Bolsonaro E para militares. Isso não é pouca coisa, e isso demonstra a movimentação, na sombra, de atores políticos que só se movem nas sombras."

    leia análise de Letícia Sallorenzo​

    Atores das sombras se movem e fazem de Folha e Estadão marionete:

    Festa de São Roque


     

    Sinead O'Connor - Three Babies



    Each of these my three babiesI was not willing to leaveThough I tried, I blasphemed and deniedI know they will be returned to me
     
    Each of these my babiesHave brought you closer to meNo longer mad like a horseI'm still wild but not lostFrom the thing that I've chosen to be

    Stage Fright= The BAND



    in memoriam robbie robertson
    See the man with the stage fright
    Just standin' up there to give it all his might
    And he got caught in the spotlight
    But when we get to the end
    He wants to start all over again

    Conjo & Conja vão ao cinema

    AMARILDO
     

    AROEIRA
     

    JOTA CAMELO
     
     

     NANDO MOTTA

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