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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, fevereiro 20, 2021

    The Flaming Lips - How??



    White trash rednecks,
    Earthworms eat the ground
    Legalize it, Every drug right now
    Are you with us?
    Are you burnin' out?
    Kill your rock n roll. 
    Motherfuckin' hip-hop sound

    Rei Davi Jesus


     

    Fran Lebowitz’s One-Star Amazon Reviews

     Resultado de imagem para Fran Lebowitz’s One-Star Amazon Reviews

    Welcome Mat (Seventeen Inches by Thirty Inches)

    I don’t like welcome mats.

    They set an expectation that a guest in my apartment will actually be welcome.

    Which isn’t always the case.

    Instead of “Welcome,” it should say “O.K. Fine. You’re here. I’m here. Let’s get this over with.”

    And there should be another mat for on the way out that reads “You see? Was this really necessary? I think a phone call would’ve sufficed.”

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    PASQUIM HÁ 50 ANOS




    Como JAGUAR continuava preso, sem previsão de soltura,
    O PASQUIM começou a publicar cartuns antigos do artista.
    Aqui estão dois clássicos. 


     

    DLR


     

    WandaVision: All the Best Marvel References and Easter Eggs


    "On the surface, WandaVision is an homage to classic sitcom television, with Wanda Maximoff, a.k.a. Scarlet Witch (Elizabeth Olsen) and Vision (Paul Bettany) trapped in an evolving series of comedy setups that recall shows like The Dick Van Dyke Show, Bewitched, and The Brady Bunch. Of course, as with everything Marvel, scratch the surface and you’ll reveal a host of references to both the comic-book history of these characters and how they’ve tracked through movies like Avengers: Age of Ultron and Avengers: Infinity War. Some of them are obvious name-drops like Stark and Strucker, while others require a bit more knowledge of the source material. As each new episode drops further hints about where WandaVision is going and how it’s connected to the larger Marvel Cinematic Universe, we’ll update this feature with new references and connections you might have missed."

    READ THEM HERE
    WandaVision: All the Best Marvel References and Easter Eggs

    Qual facção venceu?



    GENILDO

     

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    Caroline, No : Beach Boys



    Where did your long hair go
    Where is the girl I used to know
    How could you lose that happy glow
    Oh, Caroline no

    PALAVRAS

     

    A questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é político.

    - Deltan Dallagnol

    I Asked 100 People to Put on a Mask — And Got a Lot of Middle Fingers |

     On the right side, three-quarters of the pic is a black exterior wall with “Where’s your mask?” written on it in chalk. The quarter of the photo on the left side is a person wearing latex gloves and a face mask, the latter under their chin.

     

    "What I discovered from this experiment is that people sure as hell don’t like being told what to do. Their reactions ranged from disdain to downright rage, and it was disheartening to see the ire I could spark from such a simple request.

     Out of all the 100 people I talked to, not a single one had actually paid me the respect of putting on a mask."


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    I Asked 100 People to Put on a Mask — And Got a Lot of Middle Fingers | by Maryann LoRusso | Feb, 2021 | The Bold Italic

    Daniel Silveira usou sua prisão como um show para bolsonaristas -

     

     5.fev.2019 - O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), preso em 16/02/2021 após ataques a ministros do STF - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

    ""Daniel, o tempo todo, foi um show de prisão, jogando muito para as redes sociais, seguidores e base bolsonarista", sintetiza Dal Piva , citando que um assessor do parlamentar continuou gravando a prisão enquanto Daniel ela levado pelos policiais."

     

    leia e veja entrevista com JULIANA DAL PIVA  

    Dal Piva: Daniel Silveira usou sua prisão como um show para bolsonaristas - 19/02/2021 - UOL Notícias

    Sigur Rós - Stendur æva w/ Steindór Andersen, Hilmar Örn Hilmarsson & Ma...

    sexta-feira, fevereiro 19, 2021

    PASQUIM HÁ 50 ANOS

    Com a maior patte dos integrantes do jornal na prisão, 
    MIGUEL PAIVA ajudava a preencher as páginas fazendo diversas ilustrações.



     

    João Gilberto - Pra Que Discutir Com Madame (Madrid, 1985)



    Madame diz que a raça não melhora
    Que a vida piora por causa do samba
    Madame diz o que samba tem pecado
    Que o samba, coitado, devia acabar
    Madame diz que o samba tem cachaça
    Mistura de raça, mistura de cor
    Madame diz que o samba democrata
    É música barata sem nenhum valor

    Embarque


     

    Carna vala



    QUINHO

     

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    RONNIE SPECTOR - DON'T WORRY BABY

    Everything will turn out all right...

    No meu quintal | Inmy garden


     

    carnaval 2021



    GALVÃO

     

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    David Bowie - Tis A Pity She Was A Whore



    Black struck the kiss, she kept my cock
    Smote the mistress, drifting on
    'Tis a pity she was a whore
    She stole my purse, with rattling speed
    That was patrol
    This is the war
    'Tis a pity she was a whore


    Bolsonaro, era tão fácil sair grande dessa pandemia —bastava não ser você

     asno com cabeça do Jair Bolsonaro

    GREGÓRIO DUVIVIER


    Bolsonaro, era tão fácil você sair grande dessa pandemia. Não precisava nem trabalhar. Era só confiar na ciência. Só. Era só escutar os cientistas —e não o Olavo de Carvalho.

    Tinha uma corrida de cavalos, e você apostou todas as nossas fichas no jumento.

    Era tão fácil não deixar morrer tanta gente. Era só seguir as recomendações da OMS. “Ah, mas seria impopular.” Olha pro Kalil em BH, pro Gean em Floripa. Eles são de direita, igual você. Mas fizeram o básico. Escutaram os médicos. E foram reeleitos no primeiro turno.

    O eleitor gosta de ter a impressão de que tem alguém no comando. Bastava parecer que você faz alguma ideia do que está fazendo. Mesmo que você não faça a menor ideia. Era só fingir.

    Era tão fácil não quebrar o país. O vírus chegou ao Brasil com dois meses de atraso. Você teve tempo de planejar. Era só ter imitado o que já estava dando certo lá fora. Era só copiar. Não estou falando de salvar vidas. Sei que você não se importa com vidas. Estou falando de salvar seu mandato. Jacinda Ardern, na Nova Zelândia, foi reeleita com folga. Era só imitar.


    Você escolheu copiar o Trump, a pior gestão da pandemia —até você conseguir superá-lo. Você zoou a China, xingou a Venezuela, não reconheceu o presidente dos Estados Unidos: você conseguiu pôr toda a comunidade internacional contra o seu próprio país, quando a gente mais precisava dela.

    Era tão fácil investir na vacina. Não precisava entender de imunologia. Bastava não atrapalhar os institutos de pesquisa, não apostar na hidroxicloroquina —contra todos os cientistas do mundo, menos um (que já se arrependeu). Era tão fácil usar máscara. Era tão fácil pedir que as pessoas usassem. Não precisava nem trabalhar.

    Era tão fácil não ser responsável por um genocídio. Seu país tem o SUS —era só confiar nele. Investir nele. Ouvir o que os médicos pediam: pras pessoas ficarem em casa.

    Bastava confiar naqueles mesmos médicos que salvaram a sua vida. Naqueles mesmos médicos em quem você confiou na hora em que sua vida corria risco. Eles só queriam salvar vidas, do mesmo jeito que salvaram a sua. Você podia ter salvado a vida deles. Você escolheu incentivar os seguidores a invadir hospital de campanha.

    Era tão fácil evitar um genocídio. Bastava nascer de novo, com o coração no lugar.

    Bastava escutar. Enxergar. Aprender. Era tão ridiculamente fácil. Bastava não ser você.

    ilustração Catarina Bessell

    Máquina golpista


     

    quinta-feira, fevereiro 18, 2021


     

    PASQUIM HA 50 ANOS

    Na edição 77, enquanto o resto da equipe continuava na prisão,
    MILLÔR produziu um poster dos pobres para as págians centrais.

    (Não tenho a arte em si, reproduzo das páginas impressas, com dobra.)


     

    Animo! É carnaval!



    MIGUEL PAIVA

     

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    Inmy garden | No meu quintal


     

    Zé Manoel - História Antiga



    Fecho os olhos e me lembro de uma história
    Que me dá vontade de chorar
    Me dá vontade de chorar
    Quantas vezes nossas lágrimas secaram
    Mas no peito ainda havia dor e a gente se calou
    Num país com armas apontadas
    Políticas ultrapassadas
    E olhares atravessados para nós
     
    Houve um tempo em que a canção não impedia
    Mais um jovem negro de morrer
    Por conta da sua cor
     
    Uma história tão antiga em 2019
    De uma civilização antiga de 2019
    Oh, mas que história tão antiga em 2019
    De uma civilização antiga de 2019
     
    Fecho os olhos e me lembro de uma história
    Que me dá vontade de chorar
    Me dá vontade de chorar
     
    Quando 80 tiros carregaram para sempre
    Da mulher o seu marido, o seu melhor amigo
    Quando as armas de um estado genocida
    Procuravam nossos filhos
    E roubavam seus futuros, suas vidas
    Houve um tempo triste em que os olhos
    Não sabiam enxergar a nossa dor
    Mas viam nossa cor
     
    Uma história tão antiga em 2019
    De uma civilização antiga de 2019
    Oh, mas que história tão antiga em 2019
    De uma civilização antiga de 2019

    Quatro capas

    Quatro capas com tambores/baterias ilustradas.


     

    Igor Gielow: Prisão de deputado mostra os custos do bolsonarismo para os Poderes



    Daniel Silveira deixa a PF em Brasília após busca em sua casa, no âmbito do inquérito das fake news do Supremo, em 2020

    "Os militares, o comandante do Exército Edson Leal Pujol à frente, riscaram uma linha no chão e tentaram de alguma forma dissociar-se do dia-a-dia de um governo que tem 9 fardados entre seus 23 ministros, inclusive o contestado general da ativa Eduardo Pazuello (Saúde).

    Inexequível como fato, deu mais ou menos certo como imagem. Agora, tudo isso é colocado em xeque, com o bônus de verem Silveira, que simboliza um radicalismo ao qual os generais dizem ter asco, no mesmo lado do ringue que eles.

    O problema adicional é que a narrativa de Villas Bôas no livro explicita que, no berço, muito da espuma produzida pela hidrofobia bolsonarista tem DNA verde-oliva: o ódio ao PT, ao politicamente correto, ao que percebiam como revanchismo de esquerda."

    leia análise de Igor Gielow
    Igor Gielow: Prisão de deputado mostra os custos do bolsonarismo para os Poderes - Fundação Astrojildo Pereira

    MORE Act: Congress Votes on First Marijuana Legalization Bill -

     

     

    Representative Barbara Lee(L) D-CA, speaks as House Judiciary Committee Chairman Jerrold Nadler (D-NY),looks on during a news conference, on Capitol Hill to highlight the MORE Act (Marijuana Opportunity Reinvestment and Expungement Act) legislation in Washington, DC on November 19, 2019. (Photo by Olivier Douliery / AFP) (Photo by OLIVIER DOULIERY/AFP via Getty Images)

    "At the federal level, cannabis is still a Schedule I narcotic, a distinction it shares with heroin. The gaping discrepancy between federal and state law has led to a frustrating if not nonsensical set of complications, namely that the financial assistance available to typical small-business owners is not available to prospective cannabis entrepreneurs — even if cannabis is legal at the state level. The result is a burgeoning industry controlled almost entirely by wealthy white people. Studies have shown that black Americans have an ownership stake in only around four percent of cannabis-related businesses.

    Meanwhile, black Americans are 3.6 times more likely to be arrested for cannabis-related offenses than white Americans, despite similar usage numbers, according to a study released earlier this year by the ACLU. “People in directly impacted communities of color have been left out of the conversations around marijuana legalization,” Perez says. “They’ve been left out of relief and pushed out of the regulated market, and yet they continue to bear the brunt of criminalization.”

    read newstory by RYAN BORT

     MORE Act: Congress Votes on First Marijuana Legalization Bill - Rolling Stone

    Carnaval na Pandemia





     

    Quarta-feira de cinzas no pais



    MIGUEL PAIVA



     

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    Hora de esperar. Mas não deixe o samba morrer

    MARCELO RUBENS PAIVA

    Bato ponto nas lojas de suco do Leblon desde a infância. Certa vez, era madrugada, batia aquele lanche usual, quando pela TV, que transmitia o desfile da Sapucaí, vimos entrar a Mangueira. Muita gente que passava na rua parou e bateu os olhos na TV. Gente começou a se acumular no balcão. A Verde e Rosa desfilava, e todos paravam para ver.

    Essa magia não tem explicação racional. Passa pela alma, fantasia, memória. Todos precisam checar como foi o desfile da Mangueira. Todos precisavam checar como foi o samba da Portela, como foi a provocação genial e direta de Joãosinho Trinta, qual foi a inovação de Fernando Pinto, Paulo Barros, o que nos ensinou Fernando Pamplona, Arlindo Rodrigues, o legado de seu Nenê da Vila Matilde, Rosa Magalhães.

    Como foi o andamento da bateria do Mestre Thobias, da Vai-Vai, a paradinha do Mestre André, e a levada funk do Mestre Jorjão, da Viradouro. Quem não gosta de samba bom sujeito não é. Quem não gosta de carnaval nem se quer sonhou.

    Num camarote, no espaço reservado a cadeirantes, me colocaram ao lado da dona Zica, que estava numa cadeira de rodas. Ela assistiu a todo desfile sem sair do lugar e sem tirar os olhos da passarela.

    Comentava a evolução durante a passagem de todas as escolas. Tensa: “Fecha, fecha, muito espaço.” Me olhava, buscando meu apoio. Eu concordava com tudo: “Muito espaço!” Curiosamente, quando entrou a Mangueira, ela se calou. Não deu um palpite. Para não dar zica. Que momento...

    Canta o ano de 2021: “Antes de me despedir, deixo ao sambista mais novo, o meu pedido final: não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar.” Não pode acabar. A festa pagã serve para expurgar todas as dores, repartir alegria e tristeza, dividir sentimentos.

    Numa escola se samba, da destaque ao apoio, do surdo ao pandeiro, da passista ao puxador, todos são fundamentais. Foi o primeiro local em que o gênero não tinha a menor importância, a tirar LGBTQIA+ do gueto, a juntar rico com pobre na mesma ala, um desfilando e pagando a fantasia feita pelo outro.

    Foi onde a história do Brasil foi contada, dos navegadores aos imigrantes, os tipos humanos foram representados, de indígenas a astronautas, o folclore requisitado, a África e a cultura iorubá exaltadas, e nossos problemas sociais amplificados. Debateu-se a violência, o Estado de direito e laico, a desigualdade social, a censura, a opressão. Trouxe admiração e indignação.

    Carnaval mostra a essência brasileira. Mexe com a alma do País. Melhora a autoestima. Gringos pagam para ver. É das poucas coisas pelas quais somos lembrados e admirados no mundo todo. Nos enche de orgulho.

    As ruas são tomadas. Em São Paulo, o Bloco Acadêmicos do Baixo Augusta nasceu em 2009 na casa de amigos baladeiros, amantes da diversidade, noite paulistana, Baixo Augusta. Nasceu e foi perseguido pela Prefeitura. Nasceu sendo caçado. Descemos ilegalmente a Bela Cintra, amigos e conhecidos, seguindo uma batucada. Entramos na Rua Augusta, paramos o trânsito de domingo e fomos da balada Sonic ao Studio SP. Não tinha mais que 200 pessoas.

    Muitos tiveram a mesma ideia. O carnaval de rua de São Paulo estava no subconsciente. Tinha dentro de todos o desejo de conquistar as ruas e praças da cidade que amamos e escolhemos para viver.

    A elite conservadora, liderada pelo prefeito Kassab, voltou a caçar no ano seguinte, cercou ruas, botou polícia, espremeu blocos em terrenos baldios. Não queriam “baderneiros” nas ruas. Imagine, só?! Pessoas alegres, pulando e dançando. Em São Paulo não se brinca, se trabalha. Respeite o descanso do trabalhador.

    Cada bloco já tinha milhares de seguidores. A cada ano, mais blocos, mais foliões. Em 2020, foram mais de 575 blocos oficiais. E de tudo: bloco que toca punk, música da paulistana Rita Lee, Caetano, Belchior, funk, frevo. Tarado Ni Você, Agrada Gregos, Ritaleena, Domingo Ela Não Vai, Vou de Táxi, Tô de Bowie e Ilú Obá De Min, com 300 percussionistas mulheres, desfila pelas ruas com seus orixás em pernas de pau, para preservar e divulgar a cultura negra.

    Juntaram 15 milhões nas ruas. Cervejarias disputaram patrocínios, entraram em concorrência. Setor hoteleiro e de bares e restaurantes contabilizaram lucros. A elite política se modernizou e organizou o carnaval. No mesmo desfile, Haddad pulava na pipoca, enquanto Covas Jr., no carro de som.

    Blocos foram valorizados, assim como o carnaval. São Paulo é do trabalho e diversão, seus malas! O presidente e um dos idealizadores do Bloco Augusta, Ale Youssef, virou secretário da Cultura. Do samba no pé ao comando, regendo.

    Porém, como diz a marchinha: “Este ano não vai ser Igual àquele que passou,/ Eu não brinquei,/ Você também não brincou,/Aquela fantasia,/ Que eu comprei ficou guardada,/E a sua também, ficou pendurada.” Este ano, está combinado: vamos ficar em casa e nos preservar. O carnaval vai ter de esperar.



    quarta-feira, fevereiro 17, 2021

    PASQUIM HÁ 50 ANOS

     

    HENFIL numa historia fictícia consegue passar o recado de que a equipe do PASQUIM estava preso. 
    Nesta página ele cita os nove encarcerados, seja por caricatura ou retratando um personagem do artista. 
    Pela ordem: Grossi, Flávio Rangel, Ziraldo, Sérgio Cabral, Fortuna, Jaguar, Tarso, Paulo Francis e Maciel. 

    (Maciel é retratado com seus característicos cabelos longos - não se sabia que tinham raspado a cabeça dele.) 


    uma prisão de placa



    GILMAR

     

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    Girl - Ace and te Gulls



    Holding back but I don't care
    Playing hard to get and that ain't fair
    Got me down on my knees
    Begging for your love, so give it up to me now

    Details round the house | Detalhes pela casa


     

    Bloco dos Milicos



    JOTA CAMELO

     

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    O Jardim-Ava Rocha



    Teu semblante
    Aparece entre as nuvens
    A paisagem se esvai ao te encontrar
    As cidades, as florestas e as praias
    A areia do espaço e até o ar

    terça-feira, fevereiro 16, 2021

    É hoje que nao vou me acabar



    AMORIM 

     

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    Details round the house | Detalhes pela casa


     

    Presidente e Chanceler do Brasil recebem descompostura inédita do Senado americano -

     

     Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo

    "“Os trágicos eventos de 6 de janeiro foram um ataque direto ao nosso prédio do Capitólio, ao Congresso dos EUA e ao nosso processo constitucional. Esses eventos foram atos de terrorismo doméstico que resultaram em mortes, e não foram, como afirmou o Ministro Araujo, atos de bons cidadãos. ”O fato de o Sr. Araujo ter defendido tais atos de terrorismo doméstico mostra o quão distanciado ele está da realidade atual nos Estados Unidos.”

    “Esses comentários não são ações de um aliado e podem prejudicar a parceria entre os Estados Unidos e o Brasil. Tanto os republicanos quanto os democratas condenaram amplamente a violência exibida em nosso Capitólio, o que ressalta ainda que o ministro Araujo está essencialmente priorizando o relacionamento do seu governo com uma facção estreita e radical do espectro político dos EUA. Este é um erro estratégico significativo que pode ter ramificações para o nosso relacionamento diplomático no futuro.”


    leia artigo de Hildegard Angel​

    Presidente e Chanceler do Brasil recebem descompostura inédita do Senado americano - Hildegard Angel - Brasil 247:

    Melody Gardot - Don't Misunderstand



    I'm okay how you come and go
    I don't mind if you ebb and flow
    River-bound or a river stream
    I don't question what the future means

    Bloco do to nem aí sem noção



    FRAGA

     

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    Tyler The Creator - November (Lyrics)



    I wrote a song about you, I want your opinion
    I consider my heart rate has slowed down at the ending
    Matter of fact, I'mma just call you, so you can hear it
    If you do answer, I play it to state facts
    Although I already know the response you gon' say back
    At that point I'll hang up, disappear and just stay back
    And if you don't I'll leave a voicemail with the playback
     
    Hello, no one is available to take your call
    Please leave a message after the tone

    ‘It’s all so cheerless’: Rio mourns loss of carnival’s noise and passion |

     

     A member of the Academics of Rocinha samba school performs at Rio Carnival in February 2020.

    "There’s sorrow. There’s emptiness. There’s longing,” Mariano said, showing off a 23-page sketchbook filled with designs for flamboyant, feather-dusted costumes that would no longer be made, not this year at least.

    “And that’s to say nothing of all those people who are financially dependent on this – the prop makers, the seamstresses, the carpenters, the cleaners, the security guards, the guy who sells them all food.”

    Marcus Paulo, the carnavalesco who conceives Rocinha’s kaleidoscopic costumes and floats, said he had never seen his seaside hometown so out of sorts.

    “Everything’s just so cheerless. It’s like we aren’t in Rio but in some other awful dimension, at another moment in time,” the 44-year-old said, mournfully."


    read newstory by Tom Phillips 

     ‘It’s all so cheerless’: Rio mourns loss of carnival’s noise and passion | Rio de Janeiro | The Guardian

    Unconscious Bliss - Sans Nom

    Carnaval da Quarentena

     Falta riso, oh, falta alegria

    Não tem mais palhaços no salão

    Arlequim está chorando pelo amor da colombina

    Não pode aglomeração



    In my garden | No meu quintal


     

    TACHO

     
     
    in memoriam

     

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    segunda-feira, fevereiro 15, 2021

    Rodrigo Campos "Abraço de Ozu"




    Divina vastidão do espaço
    Na última fronteira do abraço
    Mais apertado que encontrou
    Abraço apertado
    O abraço apertado que procurou

    PASQUIM HÁ 50 ANOS

    O PASQUIM continuava arrumando maneiras de driblar a censura e 
    comunicar aos leitores que nove membros de sua equipe estavam  presos.
    Nesta edição, a última de 1970, Danuza Leão aparecia na capa listando o nome dos encarcerados. 

    Nas chamadas, algumas das celebridades que ajudavam a manter o jornal funcionando,
    como Gláuber Rocha, Rubem Braga e Juarez Machado. 

    E Millor escreveu tres de seus célebres Retratos 3 x 4 de amigos 6 x 9,
    justamente para tres dos colegas detidos, não se sabia aonde, nem por quanto tempo, 
    nem por qual motivo e sem se ter ideia de seus destinos. 

    A frase de capa desta edição 77 é sintomática, distorcendo Chacrinha:
    O PASQUIM é a prova: quem comunica se trumbica.



     

    Thiago Amparo: O golpe de 2022 será com armas

    Thiago Amparo

    "30 de outubro de 2022. Quando Jair Bolsonaro perdeu o segundo turno da eleição presidencial com 45% dos votos, apesar do apoio em segundo turno do DEM e do PSDB, de uma oposição dividida e de fake news de fraude eleitoral, as coisas começaram de fato a ficar feias. Não que elas já não estivessem feias, dadas as 400 mil mortes pela pandemia e a vacinação que deslanchou só em 2022. Carnaval em 2022, como no ano anterior, não houve.

    Tal qual um tenentismo 2.0, a revolta começou entre militares. O fogo de palha estava nos 12% dos policiais militares, que uma pesquisa de julho de 2020 já mostrara serem favoráveis a prender ministros do STF e fechar o Congresso. Os outros 88%, poucos afetos à revolta, se juntaram ao movimento, mais por demandas corporativas como aumento salarial do que fé na revolução. Diversos estados viram o motim que acontecera no Ceará em fevereiro de 2020 se espalhar no seu quintal."

    mais na coluna de Thiago Amparo
    Thiago Amparo: O golpe de 2022 será com armas - Cidadania23

    In my garden | No meu quintal


     

    Bares lotados no Carnaval da Covid mostram omissão do prefeito Eduardo Paes

     




    RUTH DE AQUINO

    Só quem acredita em duende imaginaria que, no fim de semana do carnaval do Rio, os cariocas obedeceriam à convocação do prefeito Eduardo Paes para não se aglomerar em bares, boates e casas de festas. Paes chegou a chamar de “otários” quem não usa máscara nem respeita distanciamento. Vivemos um momento de recorde de mortes na pandemia, reflexo de Natal e réveillon de aglomerações. Quem está fazendo quem de otário?

    Vejo secretários e prefeito dizendo que fizeram sua parte. Não diga. Alertaram. Fiscalizaram. Multaram. Isso não basta, precisa desenhar? Neste carnaval de 2021, já estava claro que seria em vão apelar à consciência individual, ao respeito ao próximo e só culpar a falta de educação da população e especialmente dos jovens. “Boate pode abrir mas sem baile na pista. Bar pode abrir respeitando protocolo”. Sério mesmo? É essa a orientação oficial? Sábado e domingo de carnaval? Vamos contar outra história da carochinha, Paes. 

    É evidente que veríamos no Rio todas essas cenas dantescas numa cidade que precisará até interromper a imunização esta semana por falta de vacinas. É óbvio que, quando os fiscais ou guardas municipais dão as costas, os suicidas/homicidas voltam à carga. Os lemingues, como classificou Verissimo. É claro que os fiscais e policiais seriam ofendidos, agredidos e hostilizados, levaram até garrafa de vidro. São em número menor e sua tarefa é ingrata. Conter bêbados e bêbadas. Interditar estabelecimentos lotados de inconscientes. Deter alguns como “exemplo” – de que adianta mesmo?

    Veremos o resultado dessa omissão da prefeitura do Rio daqui a algumas semanas. É só olhar o fim de semana em Belo Horizonte, com os bares todos fechados no Carnaval, para perceber que os bares e as casas de festas não poderiam ter ficado abertos no Rio. Não adianta se voltar contra o povaréu que lotou os bares e boates. Ou esperar o impossível. Homens públicos precisam tomar medidas impopulares em defesa da saúde pública. Para salvar vidas. Muitas vidas. 

    Paes dirá que não adianta e que, se bares e casas de festas estivessem interditados no Carnaval, os cariocas se aglomerariam nas praias (isso aconteceu) ou nas suas próprias casas em festas clandestinas. Aí, claro, a prefeitura não poderia ser responsabilizada por isso. Mas ver a Dias Ferreira, a Lapa e tantos outros points já manjados abertos e cheios como se não houvesse pandemia é problema sim de Eduardo Paes. Para não desagradar aos comerciantes, fecha os olhos, lava as mãos e joga um jogo de empurra e faz-de-conta. Não vai dar para se mostrar indignado, né, prefeito? A cepa carioca parece ser contagiosa e ter atingido o discernimento de quem deveria nos proteger ao menos do que lhe compete.

    A frase “mineiro só é solidário no câncer” foi atribuída a Otto Lara Resende, mas ele nunca assumiu a autoria. Não sei se os mineiros, nesse carnaval da Covid, vieram para o Rio, cidade sem lei. Em Belô, ruas estavam desertas, bares estavam lacrados e interditados. O carioca não é solidário nem na Covid. E isso não é frase de escritor ou de intelectual ou de cronista. É constatação mesmo. Se não for carioca, é turista bem informado: ele sabe bem que, no Rio, tá tudo liberado. A prefeitura continuará apenas a dar desculpas esfarrapadas, a se dizer consternada com a falta de consciência cívica e a deter alguns foliões por desacato. Todos sem noção.

    Assim, fechada, como esta rua em Belo Horizonte, deveriam ficar, no Carnaval, a rua Dias Ferreira no Leblon e outros points manjados do Rio, se o prefeito agisse direito, diante do recorde de mortos e falta de vacinas no Rio de Janeiro

    Preparar.... apontar.. fogo!



    DUKE

     

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    Mas, Que Nada! - Jorge Ben



    voce nao vai querer que eu chegue no final

    A vacinação contra o coronavírus virou uma bagunça no Brasil

    dezenas de pessoas espremidas no que parece ser um vídeo 

    DRAUZIO VARELLA

    Olha a bagunça que virou a vacinação contra o coronavírus.

    Reconhecido como um dos maiores programas do mundo, ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) caberia coordenar a distribuição das vacinas e estabelecer regras rígidas para definir as localidades e os grupos que deveriam receber as primeiras doses disponíveis.

    Não faltaria conhecimento a um programa com mais de 45 anos de idade, que foi capaz de eliminar a varíola e a poliomielite do país, de vacinar 18 milhões de crianças contra a poliomielite num só dia, 100 milhões de pessoas contra a H1N1 em três meses, em 2010, e 80 milhões contra a influenza, em 2020.

    Agora, sem autonomia para coordenar a estratégia de vacinação, o programa houve por bem pulverizar pelo país as poucas vacinas existentes, como se a epidemia ameaçasse todos os municípios com igual virulência. Ao lado desse equívoco, facultou a estados e municípios a adoção dos critérios para estabelecer prioridades, de acordo com as realidades locais.

    A falta de uma coordenação centralizada com regras válidas para o país inteiro gerou essa confusão de grupos e de pessoas que subvertem a ordem prioritária e confundem a população, incapaz de entender porque em cada cidade a vacinação chega para uns e não para outros .


    Profissionais formados em psicologia, biologia, veterinária, educação física, além de trabalhadores da área da saúde que nem sequer chegam perto dos doentes com Covid, são vacinados antes das mulheres e homens com mais de 80 anos. Enquanto nos entretemos com as imagens dos telejornais que mostram senhoras e senhores de 90 anos, infantilizados pelo repórter que lhes pergunta se estão felizes com a vacina, passa a boiada dos mais jovens que furam a fila.

    Tem cabimento vacinar veterinários, terapeutas, personal trainers, escriturários de hospitais, antes dos mais velhos, que representam mais de 70% dos mortos? É justo proteger essa gente antes dos professores, dos policiais e de outras categorias mais expostas ao vírus?

    A distribuição pulverizada das vacinas sem levar em conta a prevalência do coronavírus, as condições do sistema de saúde da localidade e as vagas disponíveis nos hospitais é demonstração inequívoca de incompetência.

    Veja os exemplos do Amazonas e de Roraima, caríssima leitora: hospitais lotados, filas de doentes sentados à espera de um leito, UTIs sem vagas, pacientes transferidos para cidades a milhares de quilômetros, uma linhagem mutante do vírus bem mais contagiosa que se espalha pelo país.

    Em Manaus, se somarmos aos manauaras com mais de 60 anos, aqueles com comorbidades, teremos cerca de 200 mil pessoas. No estado do Amazonas haveria 400 mil. Não seria mais lógico, neste momento, enviarmos para lá 800 mil doses de vacina, na tentativa de pôr ordem no caos e de conter a disseminação da linhagem mais perigosa? É preciso pós-doutoramento em Oxford para ter uma ideia dessas?

    A imunização contra o coronavírus impõe pelo menos três grandes desafios. O primeiro é que nunca iniciamos uma campanha sem ter doses suficientes, situação a que chegamos pelas dificuldades de produção de vacinas disputadas pelo mundo inteiro e pela desídia de um governo negacionista que não se interessou em adquiri-las quando ainda havia disponibilidade.

    O segundo é a necessidade de administrar duas doses da mesma vacina, com intervalo de algumas semanas: recebeu a primeira dose da Fiocruz/AstraZeneca, a segunda não pode ser a do Butantan/Sinovac, e vice-versa. Com a presente escassez, não será fácil organizar a distribuição de preparações fabricadas por empresas diferentes, para chegar de forma ordeira nas 38 mil salas de vacinação espalhadas pelo país.

    O terceiro, talvez o mais grave, foi a substituição de especialistas competentes como a doutora Carla Domingues, que dirigiu o programa nacional de 2011 a 2019, por gente nomeada por afinidades corporativas e ideológicas. O atual ministro da saúde e as chefias de coordenação que retiraram das mãos do PNI o poder de decisão têm algo em comum com você e eu, prezado leitor: a falta absoluta de experiência com imunizações em massa.

    Que azar. Quando o Brasil mais precisava de técnicos treinados para executar a difícil tarefa de vacinar seus habitantes, única forma de reduzir a mortalidade e dar alento à economia, caímos nas mãos de um Ministério da Saúde fragilizado, dirigido por amadores.

    ilustração de LIBERO

    Long Distance Runaround by Yes



    Long distance runaround
    Long time waiting to feel the sound
    I still remember the dream there
    I still remember the time you said goodbye

    domingo, fevereiro 14, 2021

    Quatro capas

    Quatro capas com relâmpagos/raios elétricos.



     


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