As seis tramas que são a base de (quase) todas as histórias já contadas
""Minha contribuição mais bonita à cultura". Assim foi como o romancista Kurt Vonnegut descreveu sua antiga tese de mestrado em antropologia, "que foi rejeitada porque era simples e divertida demais". A tese sumiu sem deixar rastro, mas Vonnegut continuou a promover a grande ideia por trás dela: "as histórias têm formas que podem ser desenhadas em papel gráfico".
Em uma palestra em 1995, Vonnegut esboçou vários arcos narrativos - os desdobramentos de ações dramáticas de uma história - em um quadro negro, traçando como a sorte do protagonista muda ao longo de um eixo que se estende de "boa" a "má". Esses arcos incluem: "homem no buraco", no qual o personagem principal entra em apuros, e em seguida sai dele ("as pessoas adoram essa história, elas nunca se cansam!"); e "o menino fica com a menina", no qual o protagonista encontra uma pessoa maravilhosa, perde-a, e depois a reencontra.
"Não há razão por que as formas simples de histórias não possam ser inseridas em computadores", ele ressaltou. "São formas lindas".
Graças a novas técnicas de mineração de texto, isto foi feito. O professor Matthew Jockers, da Universidade de Nebraska, e, posteriormente, pesquisadores do Laboratório de História Computacional da Universidade de Vermont, ambos dos EUA, analisaram dados de milhares romances. Com isso, eles chegaram a seis tipos básicos de histórias - também chamados de arquétipos - que formam os blocos de construção para narrativas mais complexas. São eles:"
As seis tramas que são a base de (quase) todas as histórias já contadas - BBC News Brasil