Copa do Mundo de Futebol Feminino: a trajetória de pobreza, preconceito e descrença antes de Formiga e Marta - BBC News Brasil

"Mulheres que foram tachadas de criminosas a atrações circenses exclusivamente pelo desejo de algo tão simples quanto jogar bola.
Foi na década de 1940 que a prática começou a se popularizar entre elas. Tanto que começou a incomodar."E, neste crescendo, dentro de um ano é provável que em todo o Brasil estejam organizados uns 200 clubes femininos de futebol, ou seja, 200 núcleos destroçadores de 2.200 futuras mães", escreveu o senhor José Fuzeira em carta endereçada ao então presidente Getúlio Vargas e publicada no jornal Diário da Noite em 7 de maio de 1940.
Num tempo de eugenia e preconceito, ninguém estranhou, em abril do ano seguinte, o Artigo 54 do Decreto-Lei 3.199, que determinava que "às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza".
A proibição acabou oficialmente em 1979, mas a regulamentação do futebol feminino no Brasil só chegou em março de 1983. Entre as regras, jogos de 70 minutos, sem cobrança de ingressos e a inacreditável determinação de que as jogadoras não poderiam trocar de camisa com as adversárias depois da partida"
leia a reportagem de Jardel Sebba
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