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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, outubro 15, 2022

    Faca no pescoço

     

    Lula, em Belo Horizonte, reforça o compromisso com a redução da miséria, a geração de oportunidades e a retomada do crescimento. O mercado financeiro alimentou o boato de que Henrique Meirelles assumiria o Ministério da Economia - Imagem: Ricardo Stuckert e Nelson Almeida/AFP

     "A presunção dos agentes do mercado de
    que um segundo turno era uma oportu-
    nidade caracteriza, contudo, um erro de
    previsão grosseiro. Os investidores acha-
    vam que, no dia seguinte ao da divulga-
    ção do resultado do primeiro turno, es-
    tariam à mesa para discutir a regra fis-
    cal com a chapa Lula-Alckmin. “Eles não
    entenderam nada. O que se estava discu-
    tindo na segunda-feira? Satanismo. Por-
    que essa eleição não é sobre regra fiscal,
    é sobre costumes”, disse um empresário
    que participou do encontro do candidato
    do PT com o Grupo Esfera, na terça-fei-
    ra 27 de setembro, sob a condição de que
    seu nome não seria divulgado. “Ninguém
    vai ganhar a eleição prometendo regra fis-
    cal. Foi isso o que eles não entenderam.” 
    Presumir que Lula estaria mais incli-
    nado a aceitar as posições do sistema fi-
    nanceiro e do empresariado sobre a ques-
    tão econômica foi um equívoco, por ao
    menos três motivos."

     

    leia reportagem de CARLOS DRUMMOND 

     

     

    Esperança

       MIGUEL PAIVA
     

     

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    Iara Rennó "Se amanhece"



    se amanhece eu acordo
    todo dia amanhece eu acordo
    e agradeço
    por um novo começo

    20 grandes temas cuja discussão poderemos aprofundar graças à realização do segundo turno


    João Luis Jr (Medium: @joaoluisjr)

    - Lula é satanista?

    - Bolsonaro realizou um ritual de necromancia com o coração de Dom Pedro II?

    - Padre Kelmon é o Jorge Aragão maligno do multiverso?

    - Lula roubava durante as trocas do jogo de War?

    - Por que Bolsonaro colocou sigilo de 100 nas conversas do governo com o Ronaldinho Gaúcho?

    - Ciro gomes é mesmo o pai do filho da influencer boca rosa?

    - Se Brizola estivesse vivo, pra quem ele iria torcer na final da Libertadores desse ano?

    - Lula é o anticristo?

    - Bolsonaro já mudou mais vezes de time ou de religião?

    - Se um cachorro usasse calças, ele usaria nas duas perninhas da frente, nas duas de trás, ou seria uma calça pra quatro perninhas?

    - Lula conversa com o diabo?

    - Bolsonaro conversa com o diabo?

    - O diabo pode coligar sozinho ou precisa consultar o Silas Malafaia, presidente do partido?

    - Pablo Vittar está esperando um filho de Lula?

    - Quantas gente morreu em um, dois, três, quatro, cinco e seis dias até as pessoas descobrirem que maniçoba se come com sete dias?

    - Você faria um ménage com Cabo Daciolo e Soraya Thronicke?

    - Se Lula é satanista e Bolsonaro é um necromante, que campanha de D&D estamos jogando?

    - Se Jesus estivesse vivo e jogasse Fortnite, você acha que ele teria um Xbox ou um Playstation?

    - Se ela namora mas adora um proibido, eu que sou culpado, eu que sou bandido?

    - Candidato, sobre a questão dos combustíveis, o senhor tem conseguido preços mais baratos porque um amigo seu tem posto ali atrás? Hein? Posto ali atrás, entendeu? Como assim essa pergunta não pode? Isso é censura, Bonner!

    Bolsolão do Asfalto


     

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    Miles Davis Quartet - Miles Ahead



    Miles Davis (trumpet), John Lewis (piano), Percy Heath (bass), Max Roach (drums)

    sexta-feira, outubro 14, 2022

    Godard podia ser desagradável



     



    "Godard sempre me parece um cineasta frio, um homem para o qual uma ideia vale mais do que qualquer sentimento ou, infelizmente, mais do que qualquer história. Como bem colocou Bia Braune: "Faltava algo àqueles seus tesouros. Um ‘je ne sais quois’ jamais revelado pelos enquadramentos originais e diálogos cirúrgicos." O cinema de Godard sempre teve um quê de colagem, mas o que mais se podia esperar de um homem que, declaradamente, nunca lia um livro inteiro?

    Talvez tenha nascido daí o meu distanciamento de sua obra: nunca estivemos alinhados num mesmo entendimento sobre a vida. Godard era um estrategista, eu sou do time de Truffaut, por ele apelidado de "pequeno burguês apolítico"."

    leia artigo de 

    Helen Beltrame-Linné​



    ALMOÇO: uma conversa com Eliane Brum






    "Almoço: uma conversa com Eliane Brum, o quadrinho de Pablito Aguiar que sai na semana que vem, é um quadrinho sobre Brum, em que as falas são praticamente só dela, mas não é uma biografia nem um comentário sobre sua carreira. É um respiro. É, na prática, um almoço.

    O quadrinho se estrutura em torno do feijão. É o feijão do almoço, que Brum coloca para cozinhar no início de Almoço e que (spoiler) fica pronto ao final. Enquanto ela mexe o feijão, a conversa passa da receita ao que ela pensa do trabalho e da vida.

    “Desde pequena eu tenho raiva”, diz Brum. “Com cinco, seis anos, quando tentei botar fogo na prefeitura com uma caixa de palitos de fósforo. Não consegui, ainda bem. Eu queria botar fogo era pela raiva de terem humilhado o meu pai.” Pablito faz o foco na boca do fogão aceso. “Acho que me tornei jornalista ali. Se eu não posso botar fogo, então escrever foi essa maneira. Escrevo para não morrer, mas escrevo também para não matar.”

    Nos quadrinhos do Pablito, mesmo quando duram só uma ou duas páginas, quase sempre há um momento de silêncio. São quadrinhos de fala, fala, fala, geralmente uma pessoa olhando para nós e contando uma história. São entrevistas, mas Pablito nunca publica suas perguntas. De repente o entrevistado para, respira e apenas nos olha. É um tique, um estilo e um jeito de Pablito mostrar o ritmo real de uma conversa.

    Em um quadrinho de 80 páginas, ele não fica só focado na cara de sua entrevistada. Passeia pelo cenário, a casa de Eliane Brum, seus gatos e cachorros e a floresta ao redor. E as pausas, quando acontecem, não são mais de um quadro só, mas de meia página, de página inteira, até de uma linda panorâmica de página dupla da Floresta Amazônica."

    mais na coluna de Érico Assis​

    Enquanto Isso... nos Quadrinhos | Coluna de Érico Assis #093

    barca


     

    Gorillaz - She's my collar (Ft. Kali Uchis)



    She's the serpentine, she's my collarI send a message, never call herAnd now I wanna taste anotherAnd it's safe in a persona, she's my collar

    Damares está usando a mesma tática

     Jornalista Roseann Kennedy entrevista ministra no programa "Impressões", que vai ao ar na próxima terça-feira. (Reprodução/TV Brasil)

    ORLANDO CALHEIROS 
     
    O que Damares está fazendo não é uma "tradução" do QAnon, ela está usando a mesma tática que usou para infiltrar sua ong (e aliados) em terras indígenas. Inventa uma falácia que mobiliza que revolta a população e a partir dela começa a construir suas relações de poder.
     
    Ela fez isso com a falácia de que o infanticídio é uma prática comum entre os povos indígenas. Por meio dessa falácia, que até hoje muita gente acredita, ganhou poder político e chegou onde chegou. Agora que o projeto se esgotou, ela desenha uma nova estratégia de poder.
     
     
    Não é de agora que Damares vem tentando se embrenhar pelo Marajó, uma região geografica e culturalmente muito importante no Pará.
    "Ministra Damares esclarece o caso da fábrica de calcinhas na ilha de Marajó (PA)"
     
    Dito de outra forma, o que está acontecendo é muito mais grave do uma simples (e simplória) importação do QAnon, é a nova etapa de um projeto de poder que desenha há, pelo menos, duas décadas.
     
    Lembrando uma thread antiga que fiz sobre o caso:

    PALAVRAS

     

    Para a extrema-direita global, o segundo turno das eleições brasileiras são as primárias das eleições norte-americanas de 2024.

    - Boaventura de Sousa Santos

    Sexo oral e anal


     

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    Iara Rennó feat. Rob Mazurek - Àgò Mo Júbà Orí Ọkàn Oríkì

    Vestido de vermelho em Aparecida


     

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    The Genre-Shattering Fictions of Alan Moore

     

     'Few comic-book writers previous or current may match Moore’s subversive mythmaking (and unmaking) or the piercing psychological plangency he delivered to a subject that was extensively derided as disposable nonsense. With the assistance of some contemporaries (Artwork Spiegelman, Frank Miller, Michael Zulli), Moore helped elevate comics from the depths of the sub-zeitgeist to the stratosphere of literature. His genre-shattering work is a part of the explanation that superheroes have saturated our cultural panorama — ironic, contemplating that Moore has been some of the unsparing critics of superhero narratives and the customarily septic politics that undergird them.  "

    read review by JUNOT DIAZ

     

    The Genre-Shattering Fictions of Alan Moore | News Pub

    Annie Ernaux’s Writing Has Given Dignity to the Lives of the Working Class



    "Writing as the feminist movement gathered momentum, Ernaux would invent an entirely new language for speaking directly about women’s lives and desires. Far from much of the 1970s strand of French feminism, which sought to make sense of women’s experience by appealing to the abstract language of philosophy or the turns of phrase of so-called cultured literature, Ernaux kept her language grounded in the everyday. In her later work The Years (2008), she reflects on returning to her local dialect on visits to her hometown: “The language that clung to the body, was linked to slaps in the face, the Javel water smell of work coats, baked apples all winter long, the sound of piss in the night bucket, and the parents’ snoring.” It is not simply that she plumbs her own life for material — what writer doesn’t? — but that she radicalizes the genre of memoir by using it to link her own individual experience with that of other members of her class, generation, and sex. She shows how memoir, as the most direct expression of individual subjectivity, is inextricable from the historical social formations that it gives rise to."

    read article by Jess Cotton


    Annie Ernaux’s Writing Has Given Dignity to the Lives of the Working Class

    quinta-feira, outubro 13, 2022

    Metalmorphose - Sexy Sadie (Lennon - McCartney)



    Sexy Sadie you'll get yours yetHowever big you think you are

    - Pra aturar esse pais, só bebendo mesmo!


     

    O diabo em Aparecida


     

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    Tecido Blackout


     

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    Miles Davis Quintet - It Never Entered My Mind

    Deus, Patria, Familia


     

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    quarta-feira, outubro 12, 2022

    Burning with bigger and more intense fires

     Jeffrey St. Clair:

    + The reason the West keeps burning with bigger and more intense fires, year after year, isn’t because pinko commie tree-huggers have been locking up the forests, but this…

    + 64% of the European continent is either facing drought or in imminent danger of it, according to a recent report by EU scientists. The report predicts at least another three more months of “warmer and drier” days.

    Researchers at Harvard and the University of Washington forecast that by 2100 heat exposure would increase by three to ten times in America, among other mid-latitude regions. Few cities are prepared for the health consequences of these temperature surges.

    + The catastrophic flooding in Pakistan last month was at least in part driven by extreme temperatures in April and May, which hovered above 104F for prolonged periods in many places.On one day in May, Jacobabad topped 124F, making Pakistan the hottest place on Earth.

     

    Jack White – Fear Of The Dawn (Official Video)



    When the moon is above you
    Does it tell you "I love you" by screaming?
    Like when the sun starts to fall
    And it's crushing the walls and the ceiling? Yeah

    Oh, I can't control when the dark
    Covers the light from the sparks in the city
    To keep us alive
    I'm gonna hold you and hide electricity

    Maçonaria


     

    terça-feira, outubro 11, 2022

    A insurreição permanente


     "Se for calculista como seu ídolo nor-
    te-americano, Bolsonaro, em caso de
    derrota, fará o mesmo. Os dividendos
    políticos que podem vir dessa decisão
    são claros. Ele precisará instigar uma
    mobilização poderosa e fazer de conta
    que está buscando meios pacíficos para
    invalidar o pleito. Dessa maneira, con-
    seguirá segurar a fúria da sua base elei-
    toral, enquanto a mantém mobilizada.
    Nos próximos anos, espalhará a ideia
    de que o governo Lula é ilegítimo, ale-
    gando que venceu por causa de fraudes
    eleitorais. Poderá articular uma oposi-
    ção extraordinariamente mobilizada,
    capaz de paralisar o país de uma maneira
    que ainda não vimos na Nova Repúbli-
    ca. Será uma oposição violenta, destru-
    tiva, de deixar tucano com saudade de
    petista, e petista com saudade de tuca-
    no. O crucial para Bolsonaro será man-
    ter essa base mobilizada, motivada, e
    fiel exclusivamente a ele. Se conseguir,
    tem tudo para ganhar as eleições de
    2026. Até porque dificilmente o virtual
    incumbente conseguirá apresentar um
    bom desempenho."

     

    MAIS NA ANÁLISE DE MIGUEL LAGO  

    ILUSTRAÇÃO ALLAN SIEBER

     

     

     

     

    Vinde a mim as criancinhas

     AROEIRA
     

     

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    Orlando Silva | Carinhoso (Pixinguinha-João de Barro)



    Vem sentir o calor dos lábios meus
    A procura dos teus
    Vem matar esta paixão
    Que me devora o coração
    E só assim então
    Serei feliz, bem feliz

    Maçonaria


     

    PALAVRAS

        Todas as imagens vão desaparecer.

    (...)

        Vão se acabar todas de uma só vez, assim como as milhares de imagens que estavam na cabeça dos avós mortos há meio século e dos pais também mortos. Nessas imagens ainda somos criancinhas e estamos no meio de outras imagens de pessoas desaparecidas antes mesmo de termos nascido, do mesmo modo que na memória estão presentes nossos filhos pequenos ao lado de nossos pais e colegas da escola. E, um dia, nós estaremos na lembrança de nossos filhos no meio de netos e de gente que ainda não nasceu. Assim como o desejo sexual, a memória nunca se interrompe. Ela equipara mortos e vivos, pessoas reais e imaginárias, sonho e história.

    - Anne Ernaux 

    (trad Marília Garcia)

    Se for Jair agora, será Jair pra sempre

     

    Celso Rocha de Barros

     

    A eleição de uma bancada de senadores de extrema direita no dia 2 teve uma grande vantagem: deixou claro o que está em jogo na eleição deste ano. Se Jair Bolsonaro vencer, terá maioria para mudar a Constituição e neutralizar o Supremo Tribunal Federal. Não é mais eleição para presidente. É plebiscito para ditador.

    Bolsonaro disse à Veja que um projeto sobre isso "já chegou até ele", mas que só falará dele depois da eleição. Hamilton Mourão já entregou o jogo na GloboNews.

    Daí em diante, é o roteiro da Hungria, da Venezuela, de todos os novos autoritários: se você tiver a suprema corte aparelhada, tudo o que você fizer será declarado constitucional, e o golpe raiz, com tanque na rua, se torna desnecessário.

    Senado e STF foram as principais salvaguardas da democracia brasileira contra Bolsonaro no primeiro mandato. Se Jair vencer agora, não tem mais nada disso. Ele faz o que quiser.

    E vale notar: os senadores extremistas não entraram no lugar de senadores de esquerda. Em 2022, Bolsonaro usou o peso da máquina pública para substituir direitistas tradicionais, de perfil democrático, por extremistas como ele.

    O PSDB foi dizimado. Os dois partidos que serviram de escada para Bolsonaro nos debates, PTB e Novo, não conseguiram atingir a cláusula de barreira. Romeu Zema foi o último sobrevivente dos governadores que se elegeram com Bolsonaro em 2018: Jair derrubou Wilson Witzel e fez um tal cerco político a João Doria que ele nem sequer saiu candidato neste ano.

    Embora Rodrigo Garcia, por ódio ao PSDB, tenha declarado apoio a Bolsonaro, o extremista Tarcísio de Freitas não o queria no palanque: o bolsonarismo só aceita a sua variedade de direita, e todo aliado da direita moderada será substituído por um radical da quadrilha na primeira oportunidade. O senador Romário foi traído por Bolsonaro poucos dias antes da eleição.

    Ou seja, acabou o teatrinho de fingir que Jair Bolsonaro é um candidato normal. Se a direita bancar Jair —e, é bom lembrar, se ela quiser quebrá-lo ao meio, pode fazê-lo em questão de horas—, as instituições brasileiras, as mesmas que foram tão eficazes em forçar a esquerda a moderar seu discurso nas últimas décadas, vão ser castradas.

    Daí em diante, ou Bolsonaro implantará seu fascismo, ou, em caso de vitória futura da esquerda, ela tampouco terá quem a contenha.

    Afinal, a vitória de Bolsonaro em 2022 quebraria a esquerda moderada. Se nem Geraldo Alckmin como vice de Lula for suficiente para trazer a direita brasileira para a mesa de negociações, o que será?

    Esquerdistas moderados como Fernando Haddad, que articulou a aliança com Alckmin, perderão espaço para quem sempre disse —com razão, se Jair vencer— que o diálogo era impossível, que não havia uma centro-direita democrática forte com a qual se aliar.

    Muita gente, inclusive eu, está falando sobre o que a esquerda deve fazer. Mas é hora de a direita brasileira tomar a decisão mais importante de sua história moderna: se fechar com Jair, é para aderir incondicionalmente ao golpe e embarcar de vez na radicalização.

    Políticos de direita pensando em apoiar Bolsonaro: perguntem aos esquerdistas moderados que apoiaram o Chávez esperando moderá-lo o que eles ganharam com isso. Você não lembra mais o nome de nenhum deles? Pois é.

    FOLHA 

     

     

     

    Lula, Mercado & Folha

     


    Bolsonazista


     

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    Dona Onete - Moreno Morenado



    Corpo queimado de solMalícia tu tens no andarEsse teu olhar serenoFaz até eu imaginarCoisas que nestes meus versosProibiram eu falar
    Ai, ai, ai, ui, ui, ui, ui

    Voto no segundo turno é decisão sem volta

     

    Na escolha entre Bolsonaro e Lula para presidente estará gravado nosso retrato. A escolha é final e definitiva


     

     

     

     

     

     

    Algumas coisas são tão autoevidentes que não precisam ser revisadas nem debatidas. Exemplo: o fato de a alimentação ser, há milênios, a única linguagem genuinamente universal. Do ser humano ao reino animal, passando pelo mundo das plantas, todo organismo vivo já nasce conhecendo essa gramática — sabe que, sem comida, sua vida se extingue. Em contrapartida, o que exige esforço máximo, quase inalcançável por cada um de nós, é a obrigação não nata de pensar no que somos. Toda a obra de Hannah Arendt trafega por essa necessidade. Somente quando admitirmos que “em nosso tempo” (seja ele qual for) tudo é possível, seremos capazes de nos confrontar com o que somos, de olhar com honestidade para o que nos tornamos e de saber o que queremos, ensinou a filósofa magna do século XX. Só assim “o homem consegue viver na fenda do tempo entre o passado e o futuro”, argumentava. No entender da autora, pensar é a única atividade capaz de se interpor entre nós e o mais hediondo dos males. Talvez pensasse estar encerrado o longo período da História em que a tradição, a religião e a autoridade funcionavam como substituto.

    Arendt não poderia prever que o Brasil de 2022 estaria às voltas com a mesma tríade “tradição/religião/autoridade”, em roupagem nova, bolsonarista — amoral, violenta, desumanizante, retrógrada. Mas temos a oportunidade, agora, de nos encarar. Na escolha entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva para presidente da República, estará gravado nosso retrato.

    A escolha é final e definitiva, sem volta. Queiramos ou não, ela responderá em parte à pergunta original de nossas vidas: quem somos e o que queremos ser? Aldous Huxley, grande intelectual de linhagem mais pacifista que Arendt, dizia que, para dar conta da complexidade de tal pergunta, é preciso analisar também nossa relação com os outros, com a natureza, com culturas de diferentes sociedades, com outros sistemas de valores, com nosso próprio corpo e mente. É tanta coisa que, para ser completa, acaba se tornando obra para uma vida inteira — e a maioria de nós a deixará inacabada. Tudo bem, não se pode exigir tanto. Mas, da escolha entre Bolsonaro e Lula, definiremos pelo menos o aspecto mais urgente da extraordinária aventura que é viver em sociedade: queremos ou não manter o Brasil na trilha da democracia? Ser democrata é diferente de “estar” democrata, por circunstância ou interesse. Dá trabalho e exige persistência. Por ora, a Frente Ampla estampada por Fernando Henrique Cardoso, Marina Silva, Simone Tebet, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Lula numa só moldura já é marco civilizatório a ser festejado.

    Poderia esse consenso mínimo ter sido obtido há quatro anos, poupando o país de ser rapinado, ver corrompidas as instituições públicas, aviltados a decência, a honra, a esperança, o futuro de gerações? Pouco provável. Foi necessário o atual cenário de beira de abismo democrático para que o voto consciente, encabulado ou não, emergisse da complacência e se apresentasse na hora decisiva. O Brasil do presente e do futuro agradece, pois, vez por outra, vale a pena fazer uma pausa na busca da felicidade e simplesmente ser feliz. Como não se alegrar com o decidido passo firme de Simone Tebet nessa frente, abrindo ala para o tucanato masculino mais relevante do país? Tolstói, que sabia ler e retratar a alma humana, dizia que o homem é como uma fração cujo numerador é o que ele realmente é, e o denominador é o que ele acredita ser. Quanto maior o denominador, menor a fração. Vale para todos nós, inclusive e sobretudo para Bolsonaro e Lula.

    Não que, na eventualidade de vitória eleitoral do candidato do PT, a penca de problemas sociais, econômicos, morais e institucionais sumirá no raiar de janeiro de 2023. É até provável que a estes ainda se somem outros tantos, ainda escondidos ou na tocaia. Mas o Brasil voltaria a respirar com normalidade democrática para tentar seguir um rumo novo. Coube ao sempre iluminado professor Silvio Almeida, em discurso de apoio a Lula, desenhar esse rumo. — Queremos não o slogan ilusório do país do futuro. Queremos mais que colocar os fascistas pra correr, ou reconstruir o Brasil. Sabe o que queremos? Queremos um Brasil que nunca existiu — concluiu.

    Ou seja, livre do racismo e das desigualdades que sustentam o país há 500 anos.

    E em caso de vitória de Bolsonaro? É continuar a olhar para a frente, para o que pode ser, diria Silvio Almeida. 

    GLOBO

    ilustração de Marcello

    Só Deus me tira



    QUINHO

     

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    segunda-feira, outubro 10, 2022

    O plano de Bolsonaro para subjugar o STF

     

    O presidente Jair Bolsonaro e o apresentador José Luiz Datena no Palácio da Alvorada 

    Bernardo Mello Franco

     astaram cinco dias, a contar do primeiro turno, para o bolsonarismo voltar a mostrar as garras. Na sexta-feira, o general Hamilton Mourão expôs o plano da extrema direita para subjugar o Supremo.

    O vice-presidente acusou a Corte de violar o processo legal e invadir competências do Executivo. A pretexto de restabelecer a harmonia entre os Poderes, defendeu mudanças que limitariam as atribuições e a autonomia do Judiciário.

    O roteiro inclui aumentar o número de ministros, encurtar mandatos e restringir o alcance das decisões do Supremo. A cartilha já foi seguida na Hungria e na Polônia, onde aliados de Jair Bolsonaro governam com poderes imperiais.

    Recém-eleito senador, Mourão indicou, em entrevista à GloboNews, que também defenderá a cassação de atuais ministros do Supremo. Expôs a ideia com seu novo sotaque gaúcho, ensaiado para pedir votos no Rio Grande do Sul.

    Desde a posse do capitão, o Supremo tem atuado como um dique de contenção ao autoritarismo. Barrou tentativas de censura, suspendeu decretos inconstitucionais, defendeu a democracia dos ataques de extremistas.

    Se conseguir a reeleição, Bolsonaro vai apertar o passo na marcha para a autocracia. Um segundo mandato lhe dará armas para liquidar a independência do Judiciário. É o que ainda falta ao capitão para enterrar investigações que o incomodam e exercer o poder sem limites. O novo Congresso não será obstáculo para seu projeto ditatorial.

    Mourão não foi o único a ameaçar o Supremo na largada do segundo turno. Em entrevista à revista Veja, o próprio Bolsonaro confirmou as conversas para inflar o plenário da Corte. “Já chegou essa proposta para mim e eu falei que só discuto depois das eleições”, despistou.

    No ano passado, ele apresentou um primeiro pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes. A ofensiva foi parada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que agora arrisca perder a cadeira para um bolsonarista raiz.

    A rigor, Bolsonaro não precisaria se inspirar em Varsóvia ou Budapeste. Seu plano já foi executado em Brasília pela ditadura militar. Em 1965, o regime aumentou o número de ministros de 11 para 16. A manobra permitiu ao marechal Castello Branco “empacotar” a Corte, nomeando cinco aliados de uma vez.

    Quatro anos depois, a ditadura cassou três ministros que não se curvavam ao Planalto: Victor Nunes Leal, Evandro Lins e Silva e Hermes Lima. Outros dois anteciparam a aposentadoria, e o Supremo voltou ao formato original.

    O episódio mostra que é possível capturar o tribunal sem a necessidade de fechá-lo com um cadeado. O bolsonarismo não precisará do soldado e do cabo: reeleger o capitão pode ser suficiente. 

    GLOBO 

     

    Lionel Hampton - It's A Blue World

    A maquina de terror é o novo passo da teocracia difusa

     ORLANDO CALHEIROS

     

    Tem anos que eu monitoro grupos evangélicos nas redes sociais, basicamente, eles se tornaram a minha maior fonte de informações sobre as ações da direita depois que os grupos intervencionistas foram "fechados". E digo: eu nunca vi algo semelhante ao que está acontecendo agora.
     
    Não é "apenas" fake news. É coerção explícita, é ameaça de expulsão, de maldição, é assédio moral, perseguição aberta por parte das lideranças. Do outro lado, muitos fieis assustados, com medo de manifestar qualquer descontentamento com medo de serem descobertos.
     
    E vejam bem, não estou falando de pessoas com medo de dizer que vão votar em Lula, estou falando de pessoas que tem medo - a palavra é essa - de simplesmente dizer que estão incomodadas com a forma como as igrejas (isto é, as lideranças) estão abraçando Bolsonaro.
     
    Tem anos que eu falo de uma teocracia difusa no Brasil, desse momento em que os valores cristãos (neopentecostais) passaram a se confundir com os valores da própria sociedade e do Estado no Brasil sem que fosse necessário ter uma "liderança religiosa" oficialmente instituída.
     
    Essa máquina de terror (e controle) é o novo passo dessa teocracia difusa. Ela está prestes a sair das igrejas e tomar as ruas, tornando-se, então, o grande motor da política nacional; como a pauta moral já é. E esse é um tipo de poder que sequer deveria existir!
     
    Impedir a reeleição de Bolsonaro não vai conter essa teocracia do terror mas certamente vai desacelera-la na medida que vai enfraquecer (um pouco) as lideranças evangélicas que o apoiaram, vai permitir que lideranças minimamente alinhadas com valores progressistas ascendam.
     
    Por isso, mais do que nunca é preciso se unir contra isso, contra essa teocracia de terror que elegeu Bolsonaro como seu bezerro de ouro.

    TURNSTILE - DON'T PLAY



    You got me paralyzed, you got me stunned
    Words like bombs, I'm going numb
    Giving more than I can take
    But don't you take my thrill away

    domingo, outubro 09, 2022

    Maçonaria


     

    Pão que o diabo amassou


     

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    Nick Mason's Saucerful Of Secrets - Bike (Live at The Roundhouse)


    've got a bike, you can ride it if you like
    It's got a basket, a bell that rings and
    Things to make it look good
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    Congresso 2023


     

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    Pretexto para apoiar Bolsonaro

     JANIO DE FREITAS 

    Só um candidato idiota cairia na exigência, muito mais idiota, de que Lula revele já o seu ministro da Fazenda/Economia, para ser aceitável como Bolsonaro pelo empresariado.

    Se exposto o escolhido, que talvez nem exista ainda, nada impediria que esses empresários continuassem financiando e atuando por Bolsonaro. Nem Lula, se eleito, estaria impedido de em pouco tempo demitir o ministro associado aos tais empresários.

    A pobreza mental e moral desse empresariado que age na política só por interesse direto, dominado por ganância e egoísmo patológicos, é responsável por grande parte das desgraças que assolam o país. A corrupção grossa começa por aí.

    Lula governou por oito anos, encerrados há menos de 12, e saiu com 82% de aprovação ao seu governo. Não saber quais são as ideias e métodos, que o caracterizam como governante e como pessoa, só se explica por asnice insolúvel.

    A exigência do nome já, e que saia da turma obcecada pelos cifrões privados, é só pretexto para apoiar Bolsonaro com o engodo de que o fazem por indefinição de Lula.

     

    É a economia, Lula

     

    O EDITORIAL DA FOLHA DE SÃO PAULO

    Ainda líder de uma corrida presidencial que se tornou mais acirrada e complexa, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) insiste na soberba de amparar sua postulação eleitoral apenas na vasta rejeição popular a seu adversário e incumbente, Jair Bolsonaro (PL).

    O ex-presidente parece esperar que o retorno ao Planalto se dê por mera gravidade, ou pelo reconhecimento de feitos passados. Ou, ainda, porque os eleitores nada mais teriam a perder e estariam propensos a endossar qualquer alternativa ao quadro atual.

    Os resultados do primeiro turno deveriam ter bastado para que Lula descesse desse pedestal. Milhões de votos demonstraram ali que os dispostos a reconduzir Bolsonaro e aliados —ou a evitar novo mandato petista— estão longe de se limitar à minoria que partilha de teses autoritárias e delírios conspiratórios.

    A despeito de dificuldades, o panorama econômico, decisivo em qualquer eleição, não corresponde a um cenário de terra arrasada. O aumento do otimismo com o futuro imediato, cumpre recordar, já era detectado pelo Datafolha antes da abertura das urnas.

    A inflação que aflige pobres e remediados começou a ser contida. O emprego avança com força neste ano. Trabalhadores que obtiveram vagas e empresários que contrataram querem saber o que lhes aguarda.

    É um acinte, portanto, que Lula mantenha a opacidade quanto a seus planos e nomes para a gestão da economia —além de um erro estratégico que pode ter lhe custado a vitória no primeiro turno. Afinal, a pauta situacionista é, por definição, mais previsível.

    É fundamental explicar como manter a recuperação da atividade e buscar o equilíbrio orçamentário, requisitos para a sustentação das políticas sociais. Na busca de votos ao centro e à direita, para além do apoio de formuladores do Plano Real e outros economistas de renome, Lula precisa romper com velhas doutrinas estatistas que, ao lado da corrupção, mancharam o legado das administrações petistas.

    Promessas de mais gastos públicos e intervencionismo decerto podem agradar a ideólogos do partido e militantes, mas afugentam os estratos que têm os olhos voltados para a liberdade econômica, o empreendedorismo e a contenção da carga de impostos. Já passa da hora de reconhecer que a agenda liberal dos últimos anos trouxe avanços duradouros.

    Em sua primeira campanha vitoriosa ao Planalto, duas décadas atrás, o petista acertou ao assumir, em carta pública, compromisso com a responsabilidade fiscal e o respeito aos contratos.

    A relativa calmaria financeira de agora não exime Lula de apresentar seus planos e as pessoas que terão a responsabilidade de levá-los adiante. Ao contrário, é o candidato oposicionista que está obrigado a dizer o que pretende mudar ou preservar na economia.

    Maçonaria


     

    O Brasil que vai salvar o Brasil


     

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    Iara Rennó "No Silêncio"

    The floods of Pakistan are a mere prelude

     

    JEFFREY ST CLAIR

    The scale of the destruction defies the imagination. There are images and maps. But still you can’t quite wrap your mind around it. With reason. We’ve never seen anything like this. Never experienced it. Heard stories about it. There’s nothing to compare it to, not even the Biblical floods. We’ve gone beyond our own myths and legends.

    A third of an entire country–a big country, a country the size of Turkey and Venezuela–lies underwater, inundated by fierce floods from all directions.

    Thousands of miles of roads have been wiped out. Hundreds of bridges washed away. Rail lines and airports submerged. Nothing getting in, nothing getting out. The entire nation brought to a standstill. A nation with nuclear weapons and an unstable government, bordered by a hostile regime which has demonstrated every inclination to take devious advantage of Pakistan’s devastated condition.

    Fields flooded, crops lost, livestock drowned.

    Dams crumbled, power stations shorted out, transmission lines toppled, water treatment plants swamped.

    Refineries, factories, hospitals and schools engulfed.

    At least 220,000 houses were destroyed (imagine all of the houses in Spokane demolished), maybe a million more suffering some kind of damage, many beyond repair. At least 33 million people–more than the population of Texas and Oklahoma combined–at least temporarily displaced by the storms that have ravaged Pakistan since late June.

    At least 1,200 have died, 400 of them children. More are missing. More than 330,000 people (about the size of Cincinnati) are living in camps with no idea when they can return home, how they will get there or what they will return to.

    One of the fastest warming bodies of water on the planet, the India Ocean is becoming a simmering cauldron, cooking up heat waves and super-monsoons. This year the heat–heat almost beyond the point of human survivability–came first, in two back-to-back waves in May and June. Then came the rains. Rains like few other regions on earth have ever experienced. Rains that swelled the ancient Indus River over its banks and beyond its floodplains, creating a giant lake 100 kilometers wide almost overnight, which remains visible from space. A lake which can’t be drained, because there’s no place to pump the water to.

    The rains that drenched Sindh were 784% above the average for August. The rains that flooded Balochistan were 500% above normal. As much as 40 inches more than normal. Numbers so high they don’t really have a meaning.

    One searches for a precedent and finds nothing even remotely close. This is now the precedent. This is the new benchmark. We’re told we must adapt. Adapt to what? Cataclysm? How?

    But the floods of August weren’t just driven by extreme rains, they were also charged with runoff of from collapsing glaciers in the Karakoram, Himalaya, Hindu Kush and Pamir Mountains, producing torrents of water crashing down from 20,000-foot peaks. Pakistan has more than 7,000 alpine glaciers, more than any place outside of the polar regions. And this glaciers have been melting 10-times faster than their historic average over the last two centuries.

    Pakistan, a country responsible for less than 1% of global carbon emissions, now faces the 8th highest climate risk in the world. But it’s coming for all of us, eventually, regardless of the level of culpability. There’s no place to hide.

    Ecological time is moving very fast now, so fast that we risk losing our bearings as a species, losing our connections to the landscape of the past, the very terrain that defined our existence, our ways of living, our sense of who and where we are. What were once fields are now lakes, what were once glaciers now cascades.

    And yet the floods of Pakistan are a mere prelude, an overture for the future that awaits us. There’s no going back now, no bridge fuel to the past, no carbon capture time machine, or nuclear techno-fix wormhole out of our predicament. At this terminal point, such fantasies are only a measure of our failure to confront how we got to where we are.

    COUNTERPUNCH

     

    Her Majesty’s Last Broadcast




    "Television introduced Queen Elizabeth II to the world. It was only fitting that television should see her out of it.

    The queen’s seven-decade reign almost exactly spanned the modern TV era. Her coronation in 1953 began the age of global video spectacles. Her funeral on Monday was a full-color pageant accessible to billions.

    It was a final display of the force of two institutions: the concentrated grandeur of the British monarchy and the power amassed by television to bring viewers to every corner of the world."

    more in teh article by James Poniewozic

    Her Majesty’s Last Broadcast | Big Indy News


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