Como imaginar que esse suposto “movimento orquestrado em favor do
aquecimento global” seja ainda mais poderoso do que o lobby dos
combustíveis fósseis (ou mesmo das empresas do setor automobilístico), a
quem a hipótese da elevação da temperatura do planeta pela queima de
óleo, carvão e gás tanto incomoda por razões óbvias? É inegável o poder
que as companhias de petróleo ainda possuem para financiar campanhas,
definir políticas públicas e os resultados de Conferências da ONU, como
foi o caso recentemente da Rio+20, onde não se conseguiu reduzir em um
único centavo aproximadamente 1 trilhão de dólares anuais em subsídios
governamentais para os combustíveis fósseis no mundo inteiro.
As modelagens do clima não explicam totalmente as variações de
temperatura em função das emissões de gases estufa. Ainda assim, há hoje
mais certezas do que dúvidas de que o planeta está aquecendo e que os
gases estufa emitidos pela Humanidade contribuem para esse fenômeno.
As oscilações naturais de temperatura do planeta em eras geológicas, a
interferência do Sol nos fenômenos climáticos e todas as outras
possibilidades que explicariam o que está acontecendo hoje são objeto de
inúmeros estudos e pesquisas. Mesmo assim, segundo a corrente
majoritária de cientistas, não há, até o momento, outra explicação mais
convincente e embasada para explicar as mudanças climáticas, do que a
interferência humana.
artigo completo:
G1 – André Trigueiro – Mundo Sustentável