Via IRIS: Xingu (Cao Hamburger, Brasil, 2012)
O Brasil é cheio de sagas épicas e poucas foram transformadas em cinema. A historia dos irmãos Villas-Boas desbravando matas para que não matem índios é uma aventura grandiosa e emocionante.
Mas este filme, ao invés do épico, envereda mais pelo psicológico, com seus muitos closes nos rostos dos personagens (embora alternando com cenas abertas de paisagens deslumbrantes). Cao, Anna Muylaert e Helena Soarez conseguiram contar bem essa história num bom filme. A questão indígena transforma-se em questões filosóficas sobre o agir e suas consequencias.
Às vezes fica muito explicadinho, mas talvez seja necessário, ao condensar 50 anos de vidas em duas horas. E o mais interessante pode nem ser o filme em si, ou a história dos Villas-Boas, mas como essas questões continuem pertinentes e atuais. Infelizmente.