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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, outubro 12, 2024

    Beijo na alma




     MARIO BAGG

    2 pores de sol


     


     

    AFTER THE GOLD RUSH - THE FLAMING LIPS (Neil Young)



    Well, I dreamed I saw the silverSpace ships flyingIn the yellow haze of the sunThere were children crying and colors flyingAll around the chosen onesAll in a dream, all in a dreamThe loading had begunThey were flying Mother Nature'sSilver seed to a new home in the sunFlying Mother Nature'sSilver seed to a new home

    Os políticos e os incendios

     

     
     
     

     
     

     

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    Abismo - Chico Chico

    sexta-feira, outubro 11, 2024

    Irrelevância social de uma plataforma digital

     

    A imagem mostra a tela de um smartphone com vários ícones de aplicativos organizados em pastas. O ícone central é um 'X' em um fundo preto, possivelmente representando um aplicativo específico. O fundo da tela exibe uma imagem de um planeta, sugerindo um tema espacial.
     

    Muniz Sodré

    O celular é a janela da alma no século 21. Um clichê que poderia passar batido, mas com um fundo de verdade levado a sério por especialistas em saúde infantil. Em meados do século passado, temia-se algo assim sobre a influência da televisão, milhares de páginas e de dólares foram gastos em pesquisas sem nenhuma conclusão. Sobre o dispositivo digital, a convicção é maior: deseducativo, viciante, mas tem pontos frágeis. Elimine-se uma plataforma, nada de relevante acontece.

    Isso vem a propósito do bloqueio do Twitter/X pelo STF. Aos adictos à rede soou como medida antidemocrática. Chegou-se a escrever "Elon Musk é liberdade de expressão absoluta". É que confundiram o natural lugar de fala do ato da fonação com discurso livre. A plataforma, o aplicativo são apenas simulações tecnológicas da base de toda comunicação concreta, isto é, do espaço e do tempo como meios de percepção e ação sobre as coisas. Suspendeu-se o produto no mercado de uma big tech que desrespeitou a soberania nacional, não a comunicação em que está assentada a liberdade histórica de expressão.

    Se o bloqueio incidisse sobre um dispositivo institucional de mídia como jornal, revista, rádio, televisão ou a própria internet, aí sim, estaria sendo censurada a liberdade de um grupo logotécnico (jornalistas, editores), representativo de uma comunidade de leitores ou ouvintes. Seria impactante, como nas ditaduras, porque afetaria o espaço público. Mas espaço público não é câmara de eco, é a conversão político-social das opiniões em algo comum, a expressão civil.

    Acredita-se que o Twitter/X animaria um debate racional. Mas este é troca de argumentos, e só se argumenta em lugar de fala confiável. Vozes fragmentárias, individualizadas e compulsivas não constituem debate. Isso é falatório, em que se enxerga menos do que é e mais do que supõe ter sido. É a "ideologia da pós": pós-industrialismo, pós-modernidade, pós-dialética. O que era antes pertencia ao espaço-tempo das ideias de progresso contínuo e de ação social como fato substancial. A fala transitiva e a conversa como troca de posições mobilizavam a comunicação social sobre a qual se assentou a liberdade jornalística.

    Agora, na pós-dialética, descobre-se que conversar é a coisa mais assustadora que existe. Diálogo implica cavar barreiras sociais e psicológicas entre um e outro, logo, consciência atenta. Tornada rara, atenção virou mercadoria valiosa.

    O lugar vazio criado pelo materialismo prático desse novo tempo foi ocupado por máquinas inteligentes e pelo culto do dinheiro. Fala-se qualquer coisa o tempo todo para neutralizar o diálogo. Por isso, banindo-se um bunker de falatório desconexo, caldeirão de hostilidade, embora com ilhas informativas, expõe-se a falta de ancoragem nacional de um lugar de fala tóxico. A plataforma deverá retornar do banimento, mansinha, porque há muito dinheiro em jogo, sua razão de existir. Mas, se fosse embora, já iria tarde.

    Por acidente, o bloqueio do Twitter/X mostrou um ponto fraco do poder digital: esses dispositivos são menos necessários do que se querem vender. Cabe a uma ética social de futuro, zelosa da dos filhos, a cadeia geracional, transformar por meio da educação o celular num utensílio apenas útil, como um canivete suíço, em vez de janela da alma de ninguém.

    FOLHA

     

     

     

    Eu tenho o mapa!



    AROEIRA

     

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    Guerra no Oriente Médio, 1 ano: Desastre humanitário marcará futuro da população de Gaza por décadas

     Civis observam prédio destruído por bombardeio israelense em Jabalya, na Faixa de Gaza

     " A reconstrução traz um outro desafio igualmente complexo. Diante dos bombardeios e morte de parentes e amigos, e com uma sociedade devastada, a radicalização foi e deve ser o caminho para muitos jovens, como ocorreu em países como Iraque, Moçambique e Síria, para citar alguns exemplos. Mesmo se o Hamas como organização for desmantelado, o pós-Hamas pode ser ainda pior, com potenciais efeitos em todo o Oriente Médio. Para Isabela Agostinelli, a contenção do radicalismo futuro em Gaza passa, além do lado econômico, também por um caminho político.

    — A única forma de impedir uma radicalização da resistência é a garantia do direito de autodeterminação nacional dos palestinos e dos seus direitos humanos — afirmou"


    leia reportagem de Filipe Barini

    Guerra no Oriente Médio, 1 ano: Desastre humanitário marcará futuro da população de Gaza por décadas - Blog do Marcos Dantas

    Pantanal em chamas

     



    "“Mesmo sem a presença do fogo, em

    algumas regiões a fauna está sendo im-
    pactada. Os corixos (bacias d’água) es-
    tão vazios e os rios secaram, obrigando
    os animais a se deslocarem. Mas o que a
    gente tem observado é que a seca é tão
    grande que não existem locais para mi-
    grar. O clima impacta na flora, a base da
    cadeia alimentar dos animais, e eles fi-
    cam sem condições clínicas, não têm es-
    core corporal para fazer grandes migra-
    ções porque estão debilitados”, explica o
    veterinário Enderson Barreto, diretor da
    ONG Grupo de Resposta a Animais em
    Desastres, que atua no Pantanal Norte,
    em Mato Grosso. “Temos imagens no
    monitoramento de animais atolados ou
    revirando a lama para tentar beber água.
    São imagens que trazem um alerta muito
    grave de onde a fauna sofre não pela pre-
    sença do fogo, mas pela seca extr
    ema, que
    também ocasiona incendios"

    Benny Golson - Blues After Dark




    IN MEMORIAM


     

    Que Xou da Xuxa é esse?



    MOR

     

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    Elvis atirava na tela da TV

    MARIO BAGG>
     

     

    Sentimentos - Paulinho da Viola



    Sentimentos em meu peito eu tenho demaisA alegria que eu tinha nunca maisDepois daquele dia em que eu fui sabedorQue a mulher que eu mais amavaNunca me teve amor

    Queimando o filme dos tigres

     

     
    LADINO
     
     

     
     
    NANDO MOTTA 

     

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    Blecaute e Orquestra - CHEGOU A BONITONA - José Batista-Geraldo Pereira (1948)



    Agora acaba de chegar a bonitonaRequebrando pra lá, requebrando pra cáCadê o moço? Cadê o dono dessa dona?Se não tá, vou me atracar

    The Cruelty Is the Point

     

     President Trump and his supporters find community by rejoicing in the suffering of those they hate and fear.


    by Adam Serwer

    "We can hear the spectacle of cruel laughter throughout the Trump era. There were the border-patrol agents cracking up at the crying immigrant children separated from their families, and the Trump adviser who delighted white supremacists when he mocked a child with Down syndrome who was separated from her mother. There were the police who laughed uproariously when the president encouraged them to abuse suspects, and the Fox News hosts mocking a survivor of the Pulse Nightclub massacre (and in the process inundating him with threats), the survivors of sexual assault protesting to Senator Jeff Flake, the women who said the president had sexually assaulted them, and the teen survivors of the Parkland school shooting. There was the president mocking Puerto Rican accents shortly after thousands were killed and tens of thousands displaced by Hurricane Maria, the black athletes protesting unjustified killings by the police, the women of the #MeToo movement who have come forward with stories of sexual abuse, and the disabled reporter whose crime was reporting on Trump truthfully. It is not just that the perpetrators of this cruelty enjoy it; it is that they enjoy it with one another. Their shared laughter at the suffering of others is an adhesive that binds them to one another, and to Trump."

    READ IT HERE

    Mucio Lini



    MARINGONI

     

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    60 Free Film Noir Movies | Open Culture

     noir film pic

     "During the 1940s and 50s, Hollywood entered a “noir” period, producing riveting films based on hard-boiled fiction. These films were set in dark locations and shot in a black & white aesthetic that fit like a glove. Hardened men wore fedoras and forever smoked cigarettes. Women played the femme fatale role brilliantly. Love was the surest way to death. All of these elements figured into what Roger Ebert calls “the most American film genre” in his short Guide to Film Noir. In this growing list, we gather together the noir films available online."

    During the 1940s and 50s, Hollywood entered a “noir” period, producing riveting films based on hard-boiled fiction. These films were set in dark locations and shot in a black & white aesthetic that fit like a glove. Hardened men wore fedoras and forever smoked cigarettes. Women played the femme fatale role brilliantly. Love was the surest way to death. All of these elements figured into what Roger Ebert calls “the most American film genre” in his short Guide to Film Noir. In this growing list, we gather together the noir films available online.
    During the 1940s and 50s, Hollywood entered a “noir” period, producing riveting films based on hard-boiled fiction. These films were set in dark locations and shot in a black & white aesthetic that fit like a glove. Hardened men wore fedoras and forever smoked cigarettes. Women played the femme fatale role brilliantly. Love was the surest way to death. All of these elements figured into what Roger Ebert calls “the most American film genre” in his short Guide to Film Noir. In this growing list, we gather together the noir films available online.
    During the 1940s and 50s, Hollywood entered a “noir” period, producing riveting films based on hard-boiled fiction. These films were set in dark locations and shot in a black & white aesthetic that fit like a glove. Hardened men wore fedoras and forever smoked cigarettes. Women played the femme fatale role brilliantly. Love was the surest way to death. All of these elements figured into what Roger Ebert calls “the most American film genre” in his short Guide to Film Noir. In this growing list, we gather together the noir films available online."

    60 Free Film Noir Movies | Open Culture

    quinta-feira, outubro 10, 2024

    Al Green - For The Good Times



    IN MEMORIAM KRIS KRISTOFFERSON
    Don't look so sad
    I know it's over
    But life goes on
    And this world keeps on turning, yeah
    Let's just be glad
    We have this time to spend together
    There is no need
    To watch the bridges that we're burning

    6garças





     

    Volta pro Twitter



    ARNALDO BRANCO

     

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    Bolsonaristas e Centrão tentam golpe na Consituição



    LEONARDO SAKAMOTO

    O que acontece quanto deputados de extrema direita que desejam impor sua vontade ao povo à revelia da Constituição Federal se juntam com outros que querem distribuir bilhões às suas bases sem dar satisfação a ninguém? Um pacote para emparedar quem vai julgar essas safadezas.

    A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta (9), duas propostas de emenda à Constituição que limitam poderes do STF e facilitam o impeachment de seus ministros.

    Bolsonaristas bradam que o Supremo Tribunal Federal derruba as leis aprovadas no parlamento. Ora, a revisão da legislação para verificar se elas atendem à Constituição é exatamente a função da corte. Se uma lei nova é aprovada fora das regras do jogo, precisa ser alterada. Ironicamente, quando a lei não interessa ao bolsonarismo, ele corre ao STF para pedir a suspensão de sua efetividade.

    É como se um grupo de jogadores decidisse que, a partir de certo momento da partida, fosse permitido jogar o nosso futebol com as mãos. Nessa hora, é função do juiz apitar e dizer que isso é proibido pelo livrinho de regras. Parlamentares autoritários, contudo, acham um absurdo o comportamento do árbitro porque jogar com as mãos os ajuda a fazer mais gols.

    Aonde? Em projetos que reduzem os direitos dos trabalhadores, a proteção ambiental, a dignidade de mulheres, indígenas e outros grupos minorizados, sem contar os que anistiam golpistas.
    Os fisiológicos, por sua vez, desejam liberdade para destinar cascalho público sem transparência para as suas bases visando à sua reeleição, na melhor das hipóteses, ou garantir seu coquetel de camarão, na pior delas.

    Ações que limitam ou alteram prerrogativas do Poder Judiciário precisam ser de iniciativa do próprio poder, segundo a Constituição, e não do parlamento. Os senadores, que já aprovaram as propostas, e os deputados, que agora se debruçam sobre elas, sabem disso. Mas querem fustigar o STF, taxando-o de autoritário diante da opinião pública, até que possam operar livremente. Não em nome da liberdade, mas da libertinagem da mais descarada.

    UOL

    6. Hippie Girl Hitchhiking - Elmer Bernstein Stereo 1968

    Queimadas

    CLAUDIO DUARTE
     

     
     
    FRAGA 
     
     

     
     
    MIGUEL PAIVA
     
     

     

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    Art Blakey & the Jazz Messengers - Along Came Betty (Benny Golson)


    IN MEMORIAM BENNY GOLSON

    Praça Sao Geronimo


     

    O monstro



    RICARDO COIMBRA

     

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    1976, Belas-Artes



    MARIO BAGG




     

    Cartola - Preciso Me Encontrar

    Deixe-me ir
    Preciso andar
    Vou por aí a procurar
    Rir pra não chorar

    Jack White - That's How I'm Feeling



    When it's cold outsideI need the strength to stay aliveAnd when I'm in my homeI need the strength to be alone
    That's how I'm feelingThat's how I'm feeling right now

    segunda-feira, outubro 07, 2024

    France’s Horrifying Rape Trial Has a Feminist Hero

     Gisèle Pelicot, wearing a blue, patterned dress along with sunglasses and a white scarf, walks between two men in suits.

     "Each morning, when Gisèle Pelicot arrives at the courthouse, dozens of supporters, mainly women, are already there, waiting for her. When she leaves each night, they line her path to applaud and cheer.

    Many call her “Gisèle,” as if they know her, though few do personally. In her chic image, they see themselves, their mothers, their grandmothers. They come to the court in the southern French city of Avignon and wait for hours to support her.

    “I don’t know how she does it — her dignity,” said Catherine Armand, 62, "


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    France’s Horrifying Rape Trial Has a Feminist Hero – DNyuz

    domingo, outubro 06, 2024

    Casamento não se adia






    MARIO BAGG

     

    Blind Faith - Can't Find My Way Home - London Hyde Park 1969.



    Well, I'm near the end
    And I just ain't got the time
    Well, I'm wasted
    And I can't find my way home

    Na volta a gente compra



    MOR

     

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    Pablo Marçal, o neto que Jair teria se Carluxo tivesse engravidado Satã.

     


    Direita pós-tucanos virou uma oscilação constante entre o centrão e outsiders cada vez mais obviamente estelionatários

    Celso Rocha de Barros

     São Paulo foi o berço dos dois grandes partidos da Nova República, o PT e o PSDB. As direções dos dois partidos sempre foram pesadamente paulistas, e ambos tinham suas cotas de professores da USP e de colunistas da Folha e do Estadão. A classe média que aderiu ao PSDB e os sindicatos que aderiram ao PT nasceram no mesmo processo de modernização ocorrido ao longo do século 20. O centro desse processo foi São Paulo.

    O lado bom da campanha de 2024 é que ela mostrou que as forças modernizantes em São Paulo continuam gerando bons quadros nessas duas tradições políticas.

    Pela esquerda, Guilherme Boulos é o único candidato com chance de vitória nas grandes capitais que já liderou um movimento social. Em 2024, aproximou-se do centro e contou com o apoio de Lula. É interessante saber o que ele tem a dizer à cidade.

    Em um mundo ideal, conforme a campanha se desenrolasse, os paulistanos que não querem votar na esquerda dariam uma chance ao prefeito Ricardo Nunes e parariam para pensar sobre seu legado. Depois de pensar, concluiriam que seu legado é mesmo ruim e votariam na terceira colocada, que era Tabata Amaral.

    Tabata é uma versão atualizada do PSDB raiz, com vários upgrades: é uma jovem de origem pobre que chegou a Harvard e teve atuação parlamentar destacada. Seria a candidata natural de todos os antigos eleitores do PSDB que diziam que só votavam em Bolsonaro porque a única alternativa era o PT.

    Mas não foi isso que aconteceu. O lado ruim da campanha de 2024 em São Paulo é que ela mostrou, de maneira particularmente aguda, a crise por que passa a direita brasileira desde o fim do PSDB.

    Metade da direita olhou para o legado de Nunes e pensou, ok, aceito rebaixar minhas expectativas. Para compensar sua baixa popularidade, Ricardo Nunes abraçou o discurso golpista de Bolsonaro. O falecido PSDB lançou Datena. Chega a ser risível como, em junho, acreditamos que Datena era o pior que podia acontecer com o nível da campanha deste ano.

    Segundo o Datafolha, cerca de metade dos eleitores de Bolsonaro pretende votar em Pablo Marçal, o neto que Jair teria se Carluxo tivesse engravidado Satã. Seus crimes, inclusive os que o colocaram na cadeia, são conhecidos. As baixezas que pronunciou contra seus adversários já foram desmentidas. Sua pose de valente acabou no dia em que fingiu estar morrendo na ambulância depois de apanhar de um idoso.
    Como chegamos aqui?

    PT e PSDB foram os partidos que mais apanharam durante a crise da Lava Jato, porque disputar a Presidência lhes dava maior visibilidade. O PT ainda sobrevive, mesmo que enfraquecido. O PSDB acabou. Quem venceu a Lava Jato foi o centrão, a turma que deu a tucanos e petistas o número de telefone do cartel das empreiteiras.

    Em São Paulo, a nave-mãe do velho PSDB, o estado onde a disputa local refletia mais perfeitamente a disputa nacional, era natural que o fim do PSDB tivesse efeitos mais traumáticos. Aqui o vazio é maior.

    Mas a crise entre Nunes e Marçal mostra um fenômeno mais geral da direita pós-tucanos no Brasil: a oscilação constante entre o centrão e outsiders cada vez mais obviamente estelionatários, um processo de seleção dos piores que torna o lado mais forte da política brasileira incapaz de debate sério.

    FOLHA 

     

     

     

    É verdade esse bilete



    VACCARI

     

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    Marçal é filho de uma revolução cultural e social que vai longe

    Homem de barba rala e cabelos curtos pretos, de camisa branca e paletó preto, está cercado por jornalistas e câmeras. Aparece no meio da foto, com uma grande câmera erguida no ar no canto direito da imagem. O cenário é sombrio

    Candidato surfa mudança profunda e que deve contaminar ainda mais a política 

    Vinicius Torres Freire

     

    Pablo Marçal (PRTB) teve até aqui considerável, mas relativo, sucesso de público. Tem 24% dos votos, até 38% em um segundo turno e é rejeitado por 53%. Se não vier a ser inelegível por causa de crimes, apenas começou a carreira política? De onde veio, chegarão outros?

    Talvez o tipo puro de marçalismo não prevaleça, mas a mentalidade que representa pode ter um terço do eleitorado, o que tende a orientar os novos investimentos do negócio político-partidário estabelecido.

    Há grande revolução social e cultural, acelerada em torno de 2010, em parte por mídias sociais, renda maior e alterações no mundo do trabalho. A mudança agora é conhecida, mas pouco compreendida a fundo. Vamos sabendo dela em episódios traumáticos ou caricatos. Marçal é a mais recente cristalização política ou social desse mundo novo.

    Houve Junho de 2013, contra o sistema político, o Estado e elites tradicionais. Houve Jair Bolsonaro, insider da escória política bizarra que passou por harmonização digital em um projeto de direita nova gestado desde o imediato pós-2013.

    Houve a ascensão dos influencers. Há o mundo de Deolane Bezerra, presa por ser suspeita de ligação com esquema de lavagem de dinheiro de "bets". A influencer tinha 20,7 milhões de seguidores no Instagram ao ser detida; solta, foi a 22,2 milhões. Há a epidemia de jogo online.

    Estudos indicam a disseminação do messianismo individualista e niilista quanto a política e movimentos sociais. Mídias sociais diminuíram custos de difundir informação e barreiras à entrada em mercados, entre eles o de mídia e de acumulação de status monetizável. É o futuro em que todos teriam 15 minutos de fama.

    Marçal não é Bolsonaro, vai mais fundo: não foi adotado pelo mundo político, nem pelo centrão mais podre; espezinha políticos. É um garoto-propaganda das mentalidades da teologia da prosperidade ou da prosperidade teológica, temperado pelo que se chama dos valores da direita, que ele dissemina por meio de doutrinação, choque midiático e células familiares militantes.

    A precarização do trabalho e a descrença na capacidade do Estado de melhorar vidas (quando não atrapalha) aumentam o apelo desse messianismo individualista, se diz. Pode ser, mas sabemos pouco de detalhes do mundo do trabalho.

    Pelos grandes números, a formalização do trabalho está pouco abaixo do recorde do começo da década de 2010, assim como a parcela ocupada da população em idade de trabalhar; o salário médio passou do pico de 2013. A vida melhora um tico. Não parece social ou politicamente relevante.

    Há precarização no trabalho, mas não sabemos de seu tamanho e o que é apenas nova forma de precarização. Certo é que o emprego desta economia meio pobre não dará vida satisfatória à massa ou acesso à vida instagramável. A grande mudança seria o vislumbre dessa existência fotogênica conspícua e exemplos raríssimos, mas inspiradores, de que há atalhos para se chegar lá, driblando desigualdades, emprego ruim e escola inútil.

    A mudança religiosa tem peso, mas menos de um quarto dos eleitores paulistanos é evangélico e só um terço deles vota em Marçal (aliás, 15% não têm religião). Ideias de certos evangélicos é que parecem fazer parte de mudança cultural maior, revolução ainda pouco compreendida e que estoura outra vez na nossa fuça, na forma sórdida de um Marçal.

    FOLHA

    Eleições vão reorganizar direita e esquerda


     

    Hoje é seu dia de melhorar o mundo



    GENILDO

     

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    Johnny Cash - Sunday Morning Coming Down


    IN MEMORIAM KRIS KRISTOFFERSON

    On a Sunday mornin' sidewalk
    I'm wishin', Lord, that I was stoned
    'Cause there's somethin' in a Sunday
    That makes a body feel alone
    And there's nothin' short a' dyin'
    That's half as lonesome as the sound
    Of the sleepin' city sidewalk
    And Sunday mornin' comin' down

    This war is not sustainable

     

    Jeffrey St. Clair>>
     
    + According to a piece in the WSJ this week, “in the first half of this year, three times as many Ukrainians died as were born.” The piece cites a confidential Ukrainian estimate that tallies the number of dead Ukrainian troops at 80,000 and the wounded at 400,000. In addition, since Russia’s seizures of Ukrainian territory over the past decade Ukraine has lost another 10 million former citizens who are now under occupation or fled as refugees.
     
    + This war is not sustainable. Who will be the last Russian conscript or Ukrainian teen to die in a conflict that should have been resolved soon after it began?
     
    + Last week, Putin called for the Russian military to be increased by another 180,000 troops–the third such increase since Putin ordered the full-scale Ukraine invasion in 2022 (with 137,000 and 170,000 soldiers added during those announcements). China. The new decree would swell the size of the Russian military to 1.5 million active troops (supported by 890,000 civilians), making Russia the world’s second-largest military force behind China.

     


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