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Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.
"Em um lindo obituário, a cantora Joyce Moreno fez um resumo de sua vida: “Minha amiga Lizzie Bravo foi muitas coisas: a garota fã dos Beatles, que foi para Londres aos 15 anos viver seu sonho – e acabou fazendo vocais de apoio em uma gravação deles de “Across the Universe”; a “esperança de óculos” na canção “Casa no Campo”, quando foi casada com Zé Rodrix; amiga e assistente de artistas brasileiros como Milton Nascimento e Egberto Gismonti; fotógrafa maravilhosa que registrou quase tudo da MPB nos anos 1970/80/90; escritora, com o belo livro “Do Rio a Abbey Road”, baseado em seus diários de adolescente beatlemaníaca na swinging London do final dos anos 1960, com fotos raríssimas feitas por ela… e muito mais. E foi também minha comadre, amiga querida, irmã de alma. RIP, querida Lizzie, qualquer dia a gente se vê”, encerrou."
leia obit de Julinho Bittencourt
VAVÁ O CEGUINHO é um dos personagens principais do UNIVERSO OTA.
Desenvolvido pelo OTA desde a adolescencia, apareceu nas páginas de A ROLETA, um zine publicado por Ota & amigos no início dos anos 70.
Dez anos depois, e depois de figurar em outras publicações, VAVÁ começou a sair no PASQUIM, no meio das dicas. E daí passou a ser publicado na Folha de São Paulo, na página de humor GOL, reunindo vários desenhistas inclusive os que iriam estourar daí a pouco como parte do grupo Circo/Chiclete com Banana.
Mas aí....
deixemos que o próprio Ota conte:
E assim, VAVÁ, patrulhado na Folha, voltou a fazer parte da Turma do Pasquim, agora num espaço maior...
O PASQUIM, Edição 711, fevereiro de 1983.
"Em 20 de janeiro de 2021, uma assessora do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos durante o Governo de Donald Trump, Valerie Huber, escreveu um último e-mail aos seus aliados de outros países, no qual dedicou especial atenção ao Brasil. Huber ―uma forte defensora da abstinência, que trabalhava em larga escala contra programas de educação sexual e reprodutiva― se despediu de seus colegas com o anúncio: “O Brasil, gentilmente, se ofereceu para servir agora como coordenador dessa coalizão histórica”, escreveu ela no e-mail ao qual o EL PAÍS teve acesso. A “coalizão histórica” era basicamente uma aliança internacional ultraconservadora criada para influenciar as decisões da Organização das Nações Unidas, da Organização Mundial da Saúde e de outros organismos multilaterais. Fracassada a tentativa de Trump de permanecer no poder, a ofensiva da direita global contra os direitos de uma nova geração foi deixada nas mãos do Governo Jair Bolsonaro.
Bolsonaro não ganhou como herança de Trump somente uma responsabilidade, mas também um manual não escrito de táticas de como erodir a democracia, que alguns líderes começaram a replicar sem sutilezas pelo mundo. Nenhum, talvez, com o atrevimento e determinação que fizeram do presidente brasileiro um porta-estandarte mundial da direita. Embora o ímpeto do golpe o acompanhe desde que chegou ao Palácio do Planalto, sua estratégia para enfraquecer as instituições e permanecer no poder torna-se cada vez mais evidente à medida que sua popularidade diminui e as eleições de 2022 parecem mais claras no horizonte."
mais no artigo de
AFONSO BENITES, CARLA JIMÉNEZ, FELIPE BETIM, MARINA ROSSI, NAIARA GALARRAGA GORTÁZAR, REGIANE OLIVEIRA e JAMIL CHADE, em El País
Os tupinambás que dançaram em 1550 em Rouen na festa da rainha Catarina de Médici eram pitorescos e seus costumes intrigavam os franceses. Já a comitiva de Jair Bolsonaro comendo pizzas numa calçada de Nova York não tinha graça alguma.
Selvagem seminu, tudo bem, mas Gilson Machado, o ministro do Turismo da Terra dos Papagaios, estava com a parte frontal da cueca para fora da calça. Quem já viu coisa igual ganha um cinto.
Ao seu lado, estava o doutor Marcelo Queiroga, quarto ministro da Saúde do governo de um país onde falta pouco para que seja atingida a marca dos 600 mil mortos.
Queiroga comeu pizza de dia, mostrou o dedo à noite e ontem ouviu um discurso delirante. Está há seis meses na cadeira e tornou-se símbolo do caos da administração de Jair Bolsonaro. Quem achava que depois do general Eduardo Pazuello qualquer substituto seria boa escolha enganou-se.
No início da pandemia, com 2.141 mortos, Bolsonaro demitiu Luiz Henrique Mandetta e nomeou o médico Nelson Teich, que havia farfalhado em torno do cargo, mas foi-se embora depois de 28 dias, honrando seu diploma.
O capitão substituiu-o por um general que ocupou a pasta com uma desastrosa patrulha. Entrou na marca dos 15 mil mortos e saiu com 298 mil. Ficou a lembrança do seu humor de caserna e de um mandonismo inútil. Pior, parecia impossível.
Foi quando chegou o médico Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Aos poucos, saiu da casca um coronel paisano.
Astucioso, evitou a discussão da cloroquina e colocou-se sob a proteção da família Bolsonaro. Dizia que seu ministério “não vai colocar qualquer tipo de óbice para ampliar a vacinação”. Passou o tempo e suspendeu a vacinação de adolescentes para agradar seu chefe. Fez propaganda de 500 milhões de vacinas inexistentes e deu-se a pitis durante entrevistas.
Nomeou a médica Luana Araújo para a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 e demitiu-a quando o Planalto viu que a doutora criticava charlatanices. Mandão, não quis se explicar: “Já falei sobre a doutora Luana. Esse é um assunto que nós consideramos encerrado. Não vou mais abordar esse assunto”. Abordou-o, para dizer que cumpre ordens.
Cumprindo-as, nomeou uma inimiga da vacinação para a diretoria de um hospital federal do Rio. De trapalhada em trapalhada, Queiroga firmou-se como um coronel do gênero paisano, um tipo que ao autoritarismo junta hábitos senhoriais.
Essa percepção poderia parecer má vontade com o doutor, até que o repórter Mateus Vargas mostrou a planilha dos voos do ministro pela FAB-Air. Entre março e agosto, o Ministério da Saúde fez 68 requisições. Em 11 voos Queiroga estava com a mulher. Como ela é médica e há uma pandemia por aí, vá lá. Três filhos de Queiroga voaram oito vezes. Coronel que se preza esparge seu poder.
Assim, num voo dos Queiroga viajou uma parente do ministro do Turismo, o da cueca. Noutro, embarcou o casal Fernando e Adriana Bezerra.
Ele, um Coelho, teve tio governador, foi ministro de Dilma Rousseff e de Michel Temer. É o atual líder de Bolsonaro no Senado. Ela é uma Souza Leão. Ilustres representantes da elite pernambucana, os Coelho mandam em Petrolina desde 1895. Os Souza Leão deram ao Império sete barões e são famosos pelo bolo que serviram a d. Pedro 2º em 1859. O coronel Queiroga chegou lá e pegou Covid.
FOLHA/GLOBO
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