This site will look much better in a browser that supports web standards, but it is accessible to any browser or Internet device.



blog0news


  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

    Assinar
    Postagens [Atom]

    Powered by Blogger

    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, janeiro 14, 2023

    Radamés y Pelé - Quarteto Morelenbaum ( Tom Jobim )

    disco do dia

     disco do dia

    O AFRICANTO DOS TINCOÁS


     

    sexta-feira, janeiro 13, 2023

    Documento golpista põe Bolsonaro na porta do xilindró




    "tudo sugere uma evidência clara de conspiração maior. No centro dela está Bolsonaro, cujo solo político ruiu em 30 de outubro de 2022 e o jurídico se estreita cada vez mais. Restará ao ex-presidente dizer que é tudo fake news, prova plantada, culpa de Torres. O benefício da dúvida é dele, mas o tempo escorrendo na ampulheta também"

    leia analise de IGOR GIELOW 

    Documento golpista põe Bolsonaro na porta do xilindró - Blog da Cidadania

    Direitos para humanos golpistas?


     

    Os detidos em Brasilia

     

    LEONARDO SAKAMOTO

    "Havia pessoas conversando com a parede. Outras reclamando que a Polícia Federal não garantia acesso de wi-fi aos presos. Um deles me disse que deveria ser considerado um herói porque não deixou que incendiassem o Palácio do Planalto, apesar de ele também ter invadido o prédio."

    A avaliação foi feita à coluna pela advogada criminalista Flávia Guth, conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal. Ela foi incumbida pela OAB de produzir um relatório sobre a situação dos direitos humanos dos detidos pelos atos golpistas em Brasília do último domingo (8).

    Ela afirma que visitou o local, nesta terça, e entrevistou mais de 40 custodiados que negaram terem sido maltratados, agredidos e violentados. Equipes de bombeiros prestavam atendimento médico rapidamente aos presentes. Situação, portanto, bem diferente do que ocorre em casas de detenção e delegacias com a população pobre Brasil afora.

    Segundo a conselheira da OAB, há pelo menos dois grupos entre os que estão detidos no espaço da PF: um com pessoas que entendem o que está acontecendo, alguns dos quais exercendo papel de liderança. E outro descolado da realidade, sem compreensão da gravidade do que fizeram e que serve como massa de manobra.

    Este segundo grupo tem a certeza de que está em um processo revolucionário para trazer a paz e garantir a democracia ao Brasil. Parte dele, inclusive, já apresentaria distúrbios mentais antes mesmo de serem presos.

    Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, os golpistas foram detidos e o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército desmontado. A medida foi tomada após a invasão, depredação e pilhagem do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF, em atos terroristas.

    "Um deles gritou para mim: 'olha para a minha cara, olha para minha cara! Agora, veja como eu sou perigoso", contou a conselheira da OAB. Segundo ela, ao cair a ficha de que foram detidos pela polícia, alguns passam a repetir "não sou bandido de verdade" e expressões similares.

    Na sua avaliação, há quem precise responder perante à lei, mas há quem também necessite de acolhimento. Isso confirma o alerta de psiquiatras, nas últimas semanas, de que os protestos de caráter golpista, que se espalharam em torno de quartéis de todo o país após a derrota de Jair Bolsonaro, atraíam pessoas de todo o tipo, inclusive indivíduos solitários e com problemas mentais.

    Boatos e mentiras circulam entre os detidos

    Flávia Guth, que também é diretora do Instituto de Garantias Penais (IGP) e membro da União de Mulheres Advogadas, alerta para a importância de individualizar a conduta dos que estão passando pela triagem no espaço da Polícia Federal.

    Isso inclui diferenciar não apenas o local em que foram presos (invadindo prédio público, em confronto com a polícia, no acampamento, na estrada), mas também as circunstâncias. "As pessoas precisam saber do que estão sendo acusadas e pelo que responderão", explica.

    Por mais que a polícia esteja sendo célere para realizar as entrevistas e a triagem, a permanência dos bolsonaristas naquele espaço vai fermentando com o tempo. E com isso, surgem mais boatos e mentiras. Nesse sentido, manter centenas de detidos por lá pode se tornar um barril de pólvora.

    Pois alguns estão sedentos por um mártir. De acordo com a conselheira da OAB, ela ouviu insistentemente a mentira de que uma mulher idosa teria morrido no espaço de detenção. Tentava explicar aos detidos que isso não havia acontecido, mas eles não aceitavam os fatos, preferindo ficar com a fake.

    Não houve nenhum óbito e a imagem que circula nas redes sociais da suposta "vítima" é, na verdade, de uma pessoa que faleceu há três meses.

    Mulheres com crianças já foram dispensadas, mas o processo envolvendo os idosos estava mais lento, segundo Flávia Guth. Apesar de a PF ter priorizado o atendimento a esse grupo por questões de saúde, muitos acreditaram em boatos que circulavam entre os golpistas e não queriam passar pela triagem.

    Algum bolsonarista disse a eles que os idosos que iam embora estavam sendo removidos para o Complexo Penitenciário da Papuda, quando, na verdade, a quase totalidade era liberada.

    UOL

    Sandrão (RZO) - 'Hino do Rei' (Video-Clipe)



    É o contra-ataque nois corre pelo certo sem errar o brasil esta por perto
    É por um triz determinou é de pelé só responsa voado

    IN MEMORIAM PELÉ


    Eu tenho um parente bolsonarista

    Eu tenho um parente bolsonarista. Um fracassado megalomaníaco que se informa somente pela televisão golpista e pelos outros fracassados golpistas e ignorantes como ele, por meio de mensagens racistas, golpistas e ignorantes, do whatzap. Homossexual enrustido e machista declarado, casou com uma fracassada tão machista, ignorante, racista e classista quanto ele próprio, que odeia a homossexualidade do marido quase tanto quanto ele mesmo, apesar de sorrir de gozo perverso quanto os outros parentes homofóbicos, ignorantes, racistas, classistas, machistas e capiras do seu marido e seus próprios parentes machistas, classistas, racistas, ignorantes e estupidificados riem e fazem comentários homofóbicos e sádicos pelas costas de seu marido machista, caipira, cruel, ignorante, fascista, homofóbico, misôgino, hipócrita e imbecilizado, que é meu parente. Seu fracasso intelecutal e moral vem de família. De seu pai machista, caipira, ignorante, intolerante, limítrofe intelectual, racista declarado, imbecil consumado, e o legado de brutalidade de seu avô vai passar incontornavelmente para o filho que sua esposa espera, não dele, mas do amigo racista imbecil, machista, homofóbico do casal, que comia a esposa do meu parente pelas costas dele e ele mesmo pelas costas da esposa, passando secretamente sífilis para os dois, que passaram para o nenezinho que a esposa misôgina, racista, fascista, retrôgrada, ignorante, burra, machista, homofóbica e chauvinista do meu parente está esperando, gerando um nenezinho cheio de problemas neurológicos que vão passar desapercebidos pelo casal de fascistas obtusos até mesmo pelos amigos fascistas, racistas, misôginos e imbecis do casal. Essa criança vai ser meu parente, e eu mesmo não vou distinguir seus balbucios estúpidos das mensagens de celular que recebo de meu parente e de seus amigos bolsonaristas, já que todos foram corroídos pela sífilis e por verminoses variadas, resultado do regime baseado inteiramente em fezes de militares, sabidamente uma corja de fascistas, misôginos, fracassados, racistas, megalomaníacos, imbecis, ignorantes e cagões. Principalmente cagões.

     

    The Yardbirds - "Heart Full Of Soul" (1965)



    IN MEMORIAM JEFF BECK

    Sick at heart and lonely
    Deep in dark despair
    Thinking one thought only
    Where is she, tell me where

     filme da noite

    11 22 63
    series, Bridget Carpenter,
    bas Stephe King, EUA, 2016
    (amazon prime)


     

    Seleção de 2022 (11)


     

    quinta-feira, janeiro 12, 2023

    Mais de 70 charges sobre os bolsonaristas golpistas em Brasília

     

     

    25 charges sobre os atos terroristas promovidos por bolsonaristas golpistas em Brasília, no dia 8/1/2023.

    "Eu amo charges políticas, porque elas dizem muuuuita coisa, mesmo usando pouquíssimas palavras, às vezes só ilustrações. Com muita crítica e às vezes algum humor, os chargistas esfregam obviedades na nossa cara – literalmente “desenham” o que está acontecendo pra gente entender o quadro geral."

    veja no blog da Kika Castro

    Mais de 70 charges sobre os bolsonaristas golpistas em Brasília – blog da kikacastro

    Rei Pelé, Rei Luiz (Durval Vieira e Reginaldo Santos) – Jair Rodrigues

    Minuta pra mudar as eleições

     De LILIA SCHWARCZ 

     
    Para quem acreditava que a tentativa de golpe de domingo passado não passava de uma “diversão entre amigos” (péssima diversão), acaba de surgir uma notícia que prova o contrário.
     
    A Polícia Federal encontrou na residência de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, uma minuta (proposta) de decreto para o então presidente Jair Bolsonaro instaurar estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
     
    O objetivo, segundo o texto, era reverter o resultado da eleição, em que Luiz Inácio Lula da Silva saiu vencedor. Tal medida seria inconstitucional.
     
    O documento foi encontrado no armário do ex-ministro durante busca e apreensão realizada na última terça-feira (10)
     
    O material dá indicação de ter sido feito após a realização das eleições e teria objetivo de apurar abuso de poder, suspeição e medidas ilegais adotadas pela presidência antes, durante e depois do processo.
    Para quem não lembra, não custa recordar. Torres reassumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2 de janeiro e viajou de férias para os EUA cinco dias depois, onde se encontrou com o ex-presidente. Por sinal, ele não estava no Brasil no domingo (😎, quando bolsonaristas atacaram os prédios do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto.
     
    Quando uma coisa estranha acontece uma vez, vai para a ordem da coincidência, duas vezes já se parece com uma grande coincidência. No entanto, quando várias situações estranhas se repetem é preciso ter certeza de que “aI tem coisa”. Uma conspiração tramada de cima.
     




     

    Adeus, companheiro Pelé

     

     

     Ficamos, quase todos, um tempo suspensos no ar até que se abrisse um buraco sob os nossos pés: Pelé estava morto. E o mistério da morte sempre suscita em nós, de forma inevitável, memórias e reflexões.


    Apenas cunhar em Pelé o título de rei, ou até mesmo de eterno, é, em certa medida, subestimar o significado de sua obra de vida. Um rei tem seus limites. É rei disso, rei daquilo, e limitado a um espaço determinado.

    Pelé transcendeu isso tudo. Ele mos-
    trou, por meio de seu futebol e de sua
    história, que o sentido da vida está aci-
    ma de nossas vãs filosofias, e até mes-
    mo das ideologias. Ele foi único, como
    cada um de nós.
     
    O conservador Pelé demonstrou de
    que forma se pode, por meio da simpli-
    cidade, alcançar o que de mais comple-
    xo há em uma vida. Ele, com sua arte, foi
    reverenciado rigorosamente por todo o
    arco da diversidade humana.
     
    Pelé nasceu como um artista pron-
    to. Sua essência está explicitada na ima-
    gem que traz no seu olhar e no seu sorri-
    so – das últimas às primeiras. Houve um
    tempo em que se atribuía aos seus olhos
    esbugalhados a capacidade da visão pa-
    norâmica exibida em seu modo de jogar.
     
    Uma das primeiras imagens de Pelé a
    ficar cravada na minha memória remonta
    à minha infância. Quando garoto, fui le-
    vado por um primo mais velho ao Estádio
    do Pacaembu, em São Paulo, para assistir
    ao jogo entre Paulistas e Pernambucanos.
    Lembro-me de ver, em um campo mo-
    lhado pela chuva, uma bola passada com
    força à meia altura e ele, simplesmente,
    deixou que ela batesse no peito do pé e,
    cobrindo seu marcador, fosse encontrar
    o ponta-esquerda, livre, para avançar até
    a linha de fundo.
     
    Contar jogada por jogada inesquecível
    levaria todo o tempo do século no qual ele
    foi escolhido o melhor atleta – não só jo-
    gador. Mas, antes dessa imagem que ci-
    tei, houve outra, em um cinema, ainda
    em São Paulo, perto do Largo Santa Ifigê-
    nia, região central da cidade, logo depois
    do desembarque da sagrada Seleção de
    58 com o nosso primeiro título mundial.
    No quinto gol da final, ele apenas dei-
    xou que a bola do cruzamento tocasse
    sua cabeça e, resvalando na trave, fos-
    se morrer mansamente no fundo da re-
    de, deixando o goleiro agarrado à bali-
    za depois de tentar, inutilmente, impe-
    dir o desfecho.
     
    Ao surpreendente lance sucedeu-se
    um turbilhão de imagens repisadas pela
    televisão. Impossível esquecer do apare-
    lho em preto e branco do vizinho, diante
    do qual eu, garoto apaixonado pela bola,
    passava a seguir ainda mais fielmente o
    conselho do sábio popular: “Agarrado à
    bola como a um prato de comida”.
    São até hoje vívidas aquelas peloti-
    nhas negras, que pareciam fantasmas
    dentro da camisa do Santos F.C. Que
    saudade me bate agora dos amigos Dor-
    val, Coutinho etc.
     
    Anos depois, eu teria a felicidade de
    compartilhar, dentro do campo, a mes-
    ma camisa peixeira e também encon-
    tros como adversários. Mas o maior dos
    encontros foi mesmo o do “Passe Livre”.
    Como Ministro dos Esportes, entre
    1995 e 1998, Pelé, mesmo depois de ter
    deixado o cargo, fez questão de levar às
    últimas consequências o ato oficial da
    abolição do “passe”.
     
    Graças a ele tivemos a pá de cal nes-
    se vínculo de natureza escravagista que
    sempre fora uma “pedra na chuteira”
    daqueles que, como eu, tiveram o fute-
    bol transformado em profissão, tama-
    nha a paixão pela bola.
     
    Mais adiante teríamos ainda outros
    encontros, sendo o mais significativo de-
    les o momento no qual, convocados pelos
    colegas da luta antimanicomial, utiliza-
    mos o esporte como apoio ao tratamento
    psiquiátrico. Essa iniciativa, que eu acre-
    dito ser de suma importância, corria sé-
    rios riscos justamente em Santos, que era
    uma “ponta de lança” do projeto.
     
    Menos tempo atrás, o companheiro me
    convidou para tomar café em sua casa, no
    Guarujá, mas fui adiando a visita e, diante
    do agravamento de sua doença, não con-
    segui visitá-lo em condições difíceis.
     
    Esta semana, à última hora, depois de
    muito chorar, criei coragem para prestar
    uma homenagem ao amigo e fui a Santos
    acompanhar sua despedida.
     
    Adeus ídolo, companheiro e amigo. 
     
    CARTA CAPITAL
     

     

     

    Bichos viram protagonistas nas vidas de Bento 16, Spielberg e Lula


    SERGIO AUGUSTO


    Na última quinzena do ano, a tradicional fauna da manjedoura acabou eclipsada, na mídia internacional, por uma cadelinha brasileira sem pedigree, um punhado de gatos vaticanos e aqueles bichos que mais nos metem medo dentro d’água depois das piranhas. Os gatos eram os que o finado papa emérito Bento 16 acolheu e lhe fizeram companhia em sua penúltima morada. A cadelinha sem pedigree é mesmo aquela que tomou posse com Lula, domingo passado. Quanto aos tubarões, a todos eles o cineasta Steven Spielberg pediu perdão, publicamente, pelos eventuais danos que seu filme Tubarão (Jaws) teria causado à preservação da espécie.

    Bento 16 não tinha cara de elurófilo. Mas o papa Leão 12 tampouco tinha e no entanto também adorava gatos. Do seu xodó felino o escritor e ministro francês Chateaubriand passou a tomar conta. Os de Joseph Ratzinger ficarão sob custódia da Santa Sé ou mesmo da prefeitura romana, que entende do riscado.

    Spielberg ganhou os tubos com Tubarão e seu avassalador êxito comercial (já foi a maior bilheteria de todos os tempos) contribuiu de forma decisiva para sufocar o cinema independente que a chamada “geração sexo, drogas e rock’n’roll” germinara em Hollywood, a partir de Sem Destino (1969). Spielberg simplesmente reinventou o blockbuster. Não de todo vassalo de sustos e horripilâncias; aqui e ali com brechas para algum tipo de “crítica social”. Um dos subtemas de Tubarão é a ganância capitalista. O maior predador do filme não é bem o tubarão, mas o prefeito e os hoteleiros da Ilha Amity, que, qual Pazuellos do turismo, se omitem e mentem para não prejudicar os negócios, fazendo jus à acepção metafórica que os dicionários dão às palavras tubarão e “shark”.
    Em seu extemporâneo mea culpa, o cineasta se ateve ao “danoso” estímulo que seu thriller deu à pesca do tubarão como atividade esportiva. Por sorte, o tubarão do filme era fake, um artefato mecânico, como a Moby Dick de John Huston, não um bicho de verdade, como os golfinhos Flipper e Winter. Do contrário, Spielberg teria de prestar contas aos órgãos que desde 1938 monitoram o tratamento dado a animais em produções cinematográficas.

    Mea culpa mais consequente ficaram devendo vários diretores da velha guarda hollywoodiana, entre os quais Michael Curtiz, que nada fez para evitar o morticínio de dezenas de cavalos durante as filmagens de A Carga da Brigada Ligeira, em 1936. Contrariando as ameaças dos bozogolpistas, Lula não só logrou subir sem obstáculos a rampa do Planalto como ainda inovou, levando pela coleira a estopinha Resistência, mestiça até pouco tempo sem lar e agora primeira-cadela no Alvorada. Muita gente achou aquilo ridículo, mas logo entregou os pontos.

    Os presidentes norte-americanos são mais publicamente apegados aos seus animais de estimação do que os nossos. E até mais dependentes deles politicamente. Graças a um discurso piegas sobre um cocker spaniel chamado Checkers, Richard Nixon escapou de perder a corrida presidencial de 1952, como vice de Eisenhower. Franklin Roosevelt só assegurou um quarto mandato presidencial após resgatar sua scottish terrier, dada como perdida numa das ilhas Aleutas, durante a Guerra do Pacífico. O que Resistência podia ter feito por Lula ela já o fez..

    ESTADÃO

    quarta-feira, janeiro 11, 2023

    Beck's Bolero (IN MEMORIAM JEFF BECK)

     A black and white photo of the photographer Henry Grossman with a Nikon camera slung around his neck, wearing glasses and a polo shirt, with his arm around Ringo Starr, who is wearing a shirt that is unbuttoned at the top, a sport jacket, a medallion on a necklace and a moptop hair style.

     

    "Mr. Grossman produced paradigmatic portraits of Eleanor Roosevelt, Richard M. Nixon, Elizabeth Taylor, Martha Graham, Leontyne Price, Leonard Bernstein and Nelson Mandela. He photographed new Metropolitan Opera productions for Time magazine and was the official photographer for many Broadway shows.

    Mr. Grossman’s archive of intimate moments at home, at private parties and during overnight recording sessions amounted to more images of the Beatles taken over a longer period than any other photographer’s, according to his publisher, Curvebender Publishing.

    In 2008, Curvebender released “Kaleidoscope Eyes,” a limited-edition book of Mr. Grossman’s photographs documenting an evening at Abbey Road Studios in London as the Beatles were recording the album “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.” In 2012, the company published “Places I Remember,” a hefty volume that included 1,000 of his Beatles photographs."

     READ OBIT BY SAM ROBERTS

    Cinismo é lance de adolescente, adulto quer acreditar em alguma coisa

     

     

    João Luis Jr  

     

    Seria bobagem negar que existem sim algumas vantagens em ser cínico, ainda mais num mundo como esse em que a gente vive. 

    Primeiro porque, se você é brasileiro, não é exatamente uma surpresa a descrença se tornar sua reação natural diante das coisas. É complicado manter a esperança num país onde acontece uma desgraça por dia, é tenso continuar acreditando nas coisas quando fé e crença se tornaram tão manipuladas, é foda se manter otimista sobre o ser humano depois de assistir aquele vídeo do cara quem tem dificuldades pra encontrar o sol no céu dizendo que a posse do Lula foi fake e o atual presidente é o General Heleno, num “golpe de mestre” do Bolsonaro.

    Da mesma maneira o cinismo, ainda mais quando o assunto é política, assumiu um certo ar charmoso, uma certa aparência de superioridade, como se nada fosse mais “cool” do que não acreditar em política. É o cidadão tentando carreira na política garantindo não ser político de carreira; é o jornalão pedindo que um governo seja feito “sem ideologia”, como se não existisse teor ideológico nesse pedido; é a ideia de que se você votar em qualquer candidato com algum traço de alegria genuína ou sem parecer contrariado você é um ignorante manipulado que tem “político de estimação”.

    Mas ainda que seja sim uma excelente ferramenta de proteção pessoal, que nos permite evitar decepções, moderar frustrações e parecer mais esperto na internet, o cinismo, assim como diversas outras técnicas de autopreservação cognitiva que vão desde “meu gosto musical me torna melhor que todo mundo” até “se as pessoas não gostam de mim quem precisa mudar são elas”, tem seus limites.

    Isso porque, seja num relacionamento pessoal ou na sua relação com a política, existem linhas que você só consegue ultrapassar quando abre mão do distanciamento irônico, quando deixa o cinismo de lado, quando se permite acreditar de verdade no que está fazendo. Não dá pra sustentar uma relação sem realmente se colocar vulnerável pra pessoa com quem você está, não dá pra realmente manifestar sua paixão por algo se você finge que gosta ironicamente e, como acho que vem ficando cada vez mais claro, não dá pra mudar um país se você “não acredita em política” ou considera que “todo mundo é igual”.

    E isso ficou muito claro durante a cerimônia da posse do novo presidente, no último domingo, quando mais de 150 mil pessoas estiveram na Esplanada dos Ministérios em Brasília, no que muita gente com certeza vai ler como “fanatismo”, “extremismo” ou até mesmo “vontade excessiva de ouvir uma ministra do governo gritando EU FALEI FARAÓ”, mas que na prática é provavelmente algo bem mais simples.

    A verdade é que é bom acreditar nas coisas. É boa a sensação de estar otimista, é saudável ter esperanças, é mais fácil viver se você contempla a possibilidade de que o mundo se torne melhor. E as pessoas que estiveram presentes na posse, que se emocionaram durante o discurso de Lula, não fizeram isso porque confiam cegamente num político ou porque acreditam que alguém magicamente possa resolver o Brasil, mas sim porque essa eleição, essa posse, esse discurso, representam a possibilidade disso. De voltar a acreditar.

    Uma coisa simples e que, pra muita gente, pode parecer um sinal de inocência, mas que na verdade talvez seja a tarefa mais madura e complexa possível, que é se permitir esperar por algo de bom – e trabalhar para que isso aconteça – mesmo sem garantias, mesmo sabendo que pode vir a não dar certo, mesmo sabendo que a decepção sempre é possível, mas sabendo também que viver sem acreditar de verdade em alguma coisa pode ser pior do que viver sem que essa coisa seja encontrada. 

    Porque por mais confortável que seja o cinismo, por mais descolado que possa ser não acreditar em nada e olhar de cima pra quem acredita, os cínicos e os otimistas vivem no mesmo país, estão todos no mesmo barco. E depois de tudo que aconteceu nos últimos 4 anos, a gente, mais do que nunca, precisa ser capaz de acreditar em alguma coisa e ter alguma coisa em que acreditar. Nem que seja apenas na beleza de ter uma ministra que, durante uma entrevista na Globonews, responde o repórter com EU FALEI FARAÓ. Sério, isso me fez bem demais. 

    CONFORME SOLICITADO

    terça-feira, janeiro 10, 2023

    Canção da volta (Ismael Netto e Antônio Maria) – Elizeth Cardoso



    Nunca mais vou fazer o que o meu coração pedirNunca mais vou ouvir o que o meu coração mandar

    Did Franz Kafka Invent Letters from a Missing Doll to Comfort a Little Girl?




    "Snopes readers asked us to look into the accuracy and origins of a story shared widely on social media that described a heartwarming episode in the later life of the novelist Franz Kafka."

    Did Franz Kafka Invent Letters from a Missing Doll to Comfort a Little Girl? | Snopes.com



    Bolsonaro excitado


    QUINHO

     

    Marcadores: ,

    Tapete vermelho para golpistas


    MONTANARO

     

    Marcadores: ,

    Cagar na mesa



    GALVÃO
     

    SAMBA,FUTEBO E CAFE (Saci Pelelé)



    IN MEMORIAM PELÉ 

    segunda-feira, janeiro 09, 2023

    O golpe não deu certo!




    Preto Zezé


    Eu vivi quase a vida toda em movimentos sociais de base para enfrentar a desigualdade, as injustiças e para ter mais democracia no meu país.

    Cresci numa cultura questionadora e rebelde. Na minha época de rap, a coisa era ainda mais radical, pois, nos meus devaneios, prevíamos que iríamos tomar o poder e instalar um novo e alternativo. Era só devaneio mesmo, pois não sabíamos os caminhos nem tínhamos força e condições para tal. O rap, com o tempo, ajudou a politizar o ódio, organizar a revolta, transformar indignação em ação e alcançar resultados concretos.

    O tempo passou e provou que buscávamos apenas equilíbrio social e participação ativa. Para isso era preciso organização, trânsito, diálogo e construção de pontes com a sociedade.

    A democracia brasileira é mal-acabada, ainda cercada de racismo e mágoas por todos os lados --e a história do nosso país, marcada por injustiças. Ainda assim, é melhor que qualquer sistema autoritário. E sobre isso existem dezenas de exemplos no mundo.

    O que se viu no domingo (8), em Brasília, foge de tudo o que conheço em termos de luta social e manifestações. É contra toda e qualquer lógica.

    Primeiro, porque o único objetivo é desmoralizar as instituições democráticas. Sim, elas precisam melhorar, todos sabemos, mas a democracia garante qualquer manifestação --menos a que pede seu fim.

    Segundo, não vemos líderes, pautas, projetos, sugestões. Nada. Era apenas o caos pelo caos, com claros sinais de desorientação e falta de mediações.

    Divergir é diferente de destruir. Adversário é bem diferente de inimigo. Na política, as coisas atendem a uma dinâmica própria, as regras muitas vezes não são tão agradáveis. Mas é o que temos e, se queremos mudar, há de se perseguir caminhos tensos, mas respeitando a existência da diversidade de ideias, já que ninguém está autorizado a ter e impor um monopólio do bem, seja que cor for a sua bandeira.

    Ficou claro, também, que as instituições precisam ampliar sua capacidade de diálogo; que a política precisa caminhar mais próxima da base; que eleitos e eleitas devem ter mais proximidade com o eleitorado; que precisamos exercitar o senso crítico, mas com formação de pensamento livre --e livre, aqui, não se confunde com direito à ofensa.

    A participação social deverá ser repensada. Há um contingente enorme que não se vê mais representado. Resta agora juntar os cacos, chamar todo mundo para um papo reto e deixar de fora aqueles que, pela força, mentira ou armas, querem impor uma única vontade.

    O golpe falhou, mas há condições para novas tentativas. Não vamos fazer de conta que os avisos não estão sendo dados para depois fingimos surpresa.

    FOLHA 

     

    PELÉ


    JEAN

     

    Marcadores: ,

    Entenda: Bolsonaro pode ser expulso dos EUA?






    "Bolsonaro não deve receber refúgio na Flórida, onde está se escondendo da responsabilização por seus crimes.”

    leia mais> 
    Entenda: Bolsonaro pode ser expulso dos EUA?

    disco do dia

     disco do dia


    AFROS E AFOXÉS DA BAHIA 



    Seleção 2022 (10)


     

    1962 - Jackson do Pandeiro - Frevo do Bi



    Quando a partida esquentar
    E Vavá de calcanhar
    Entregar a pelota a Mané
    E Mané Garrincha a Didi
    Didi diz que é por aqui
    Aí vem o gol de Pelé!

    Pearly - Radiohead



    How'd you get your teeth so pearly?Dewdrop denturesWhitewashed fences

    filme da noite

     

    filme da noite


    HOLY SPIDER 

    dir Ali Abbasi, rot Abbasi & Afshin Bahrami 

    Iran, 2022



    domingo, janeiro 08, 2023

    Seleção de 2022 (9)


     

    Orixás foram para o exilio




    de LILIA SCHWARCZ

    A imagem símbolo da exposição “Brasil futuro: as forjas da democracia” — aberta no dia 1 de janeiro no Museu Nacional da República no dia 1 de janeiro de 2023 — é a tela criada em 1962, por Djanira Motta e Silva. Obra monumental, em todos os sentidos, ela foi retirada do Salão Nobre do Palácio do Planalto em dezembro de 2019. Chamada “As Orixás”, a obra foi para o “exílio” como muitos brasileiros e brasileiras, obrigados a deixar o país durante o governo Jair Bolsonaro.

    A representação traz as Iabás (orixás femininas) – Iansã, Oxum e Iemanjá – com suas vestes, adereços e ferramentas dos cultos de matriz afro-brasileira em destaque. Além do mais, a relação entre primeiro plano (onde aparecem as Iabás) e segundo é primorosa. Ao fundo, e em tons terrosos e geométricos, a artista define não só um universo religioso como sensível e subjetivo. O resultado é uma obra que permite o diálogo entre modernidade e tradição. Entre o novo e o ancestral. Com muito Axé.

    Pois bem, a tela de proporções elevadas
    “incomodou” o antigo presidente e sua esposa, que a retiraram de suas vistas.

    Pior, alguém rasurou a obra com um furo de caneta, por mero desrespeito! Mais um símbolo daquele governo.

    Na sequência de imagens é possível ver como o furo na tela é intencional, bem no saiote de Oxum, é criminoso; até porque estamos falando de um patrimônio público.

    Mas a tela está de volta, exposta na exposição, e depois retorna ao Palácio, assegurou Janja, de onde nunca deveria ter saído.

    Não parece coincidência que, dentre os primeiros decretos, o governo Lula tenha sancionado a Lei 14.519/2023, que institui o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, a ser comemorado anualmente no dia 21 de março.
    A pintura de Djanira clama pelo direito à memória dos povos negros das várias Áfricas, que foram obrigados a deixar seu continente, fizeram nossa história, mas restaram no espaço do apagamento, do silenciamento.

    É hora de nos opormos a todo tipo de silenciamento. Material e imaterial. Um bom sábado pra vocês. @rogeriocarvalho125 @janjalula @marciotsantos @museunacionaldarepublica




    RAPPIN HOOD - GINGA (PELÉ)

    É um sinal!



                QUINHO

     

    Marcadores: ,

    Multa não!



    AROEIRA

     

    Marcadores: ,

    Miami Beach acima de tudo



    CAU GOMEZ

     

    Marcadores: ,


    e o blog0news continua…
    visite a lista de arquivos na coluna da esquerda
    para passear pelos posts passados


    Mas uso mesmo é o

    ESTATÍSTICAS SITEMETER