This site will look much better in a browser that supports web standards, but it is accessible to any browser or Internet device.



blog0news


  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

    Assinar
    Comentários [Atom]

    Powered by Blogger

    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, junho 28, 2025


     

    Mission: Impossible Theme (IN MEMORIAM LALO SCHIFRIN)

     

    The Beach Boys - Heroes and Villains (in memoriam Brian Wilson)

     

    Once at night Catillian squared the fight
    And she was right in the rain of the bullets that eventually
    Brought her down
    But she's still dancing in the night
    Unafraid of what a dude'll do in a town full of heroes and
    Villains

    Sly & The Family Stone - Everyday People (in memoriam)

     

    There is a blue one who can't accept
    The green one for living with
    A fat one tryin' to be a skinny one
    Different strokes for different folks
    And so on and so on and scooby dooby dooby

    sexta-feira, junho 27, 2025


     

    Carpenters, The Royal Philharmonic Orchestra - Superstar (Bonnie Brait - Leon Russell)


    Long ago, and, oh, so far away I fell in love with you before the second show Your guitar, it sounds so sweet and clear But you're not really here, it's just the radio

    quinta-feira, junho 26, 2025


     

    Cry me a river - Julie London



    IN MEMORIAM ARTHUR HAMILTON Now you say you're lonely You cry the long night through Well, you can cry me a river Cry me a river I cried a river over you

    Gooooooooooooooooood Mooooooooooooooooooorniiiiiiiiiiiiiiiiiiinnnng, Vietnããããããããã!

     OSMARCO VALLADÃO 

    "A verdade está lá fora" 
    Títulos do Tesouro são uma forma dos governos pegarem uma grana emprestada com o mundo. Os títulos dos EUA sempre foram considerados os mais confiáveis e seguros, porque a estabilidade política e econômica dos EUA garantiam que nunca haveria um calote.
    Uma dívida monstruosa e a percepção de que os EUA são governados pelos caprichos de um narcisista senil sabotaram essa tradicional confiança e fizeram muitos investidores, inclusive muitos americanos, investirem em ouro ou mandarem sua grana para lugares mais seguros, como a Suíça ou Hong Kong.
    Há quem diga que o ataque ao Irã foi uma tentativa de Trump de criar um clima de insegurança global que fizesse os investidores voltarem a colocar sua grana nos EUA. Desde que o dólar deixou de ser indexado a qualquer coisa concreta, como ouro, ele é sustentado basicamente por crenças que o Cacique Laranja Louca está se esforçando para destruir.
     
    "Eu quero acreditar"
    Essa teoria foi mencionada ontem por Dino Freitas.
    A "Belt and Road Initiative" é um grande projeto chinês para criar avenidas comerciais que facilitariam e incentivariam o comércio global. "Road" seriam as rotas marítimas, em homenagem à famosa "Silk Road", ou "Rota da Seda". Foi graças à Rota da Seda que cerâmica persa (ou babilônica) pintada de azul foi copiada pelos chineses, que por sua vez foram plagiados pelos portugueses e essa é a origem dos azulejos do Bar Luiz e daqueles conjuntos de chá da sua avó ilustrados com cenas de "Mulan".
    "Belt", ou "Cinturão", seria a parte terrestre, uma ferrovia que atravessaria boa parte da Ásia. Uma parte passaria pelo Irã, o ataque de Trump poderia ser uma forma de prejudicar a construção do que, para muitos, é uma ameaça da China aumentar sua influência global. Bem, isso é meio óbvio, não? A questão não é sobre a influência chinesa aumentar ou não, mas sobre o quanto isso é ou não uma "ameaça", especialmente se comparado a outros "mestres" que o Oriente Próximo já teve ou tem.
     
    "Não confie em ninguém"
    Eu realmente não sei dizer qual a chance dessas teorias serem reais. A situação toda é tão confusa que, ontem, o Pentágono afirmou que os danos ao programa nuclear iraniano foram mínimos, enquanto o Irã disse que os danos foram severos, invertendo seus papéis na peça. O presidente Demente fez umas postagens falando em "desapontamento" com Israel, o que, numa pessoa normal, poderia sugerir uma preparação de terreno para um afastamento de Bibi — algo meio como: "Eu tentei, vocês são testemunhas de que tentei, mas ele é teimoso demais, não dá mais para continuar nessa relação tóxica." Mas, como Trump pensa do mesmo jeito que uma barata voa, não dá para apostar em nada.
    Esse "acordo de paz" que durou 20 minutos é, provavelmente, a situação mais patética que já vi um governante se meter - e olha que eu vi Boris Iéltsin, que pelo menos tinha a desculpa de viver bêbado.
     
    Gooooooooooooooooood Mooooooooooooooooooorniiiiiiiiiiiiiiiiiiinnnng, Vietnããããããããã!

     

    Mamdani and the Moguls of Madness

     

    Paul Krugman:
     
     “I was in mid-air when NYC’s election results came in, and I’m still not quite home. So again, not a proper post. But a few late-morning reactions from the road.
    First, mea culpa for not paying more attention to the mayoral race.
    Second, I was enormously cheered by Mamdani’s victory, not because I think he’ll be a great mayor — honestly I have no idea — but because a Cuomo victory would have been deeply depressing. Why? Because it would have been an affirmation of elite impunity and lack of accountability. Cuomo is by all accounts a terrible person, and his bungled response to Covid killed people. For him to make a comeback simply because he’s part of the old boys’ club and had the big money behind him would have said that the rules only apply to the little people.
    There’s a huge argument among Democrats about whether they need to run more centrist candidates. I am not ready to weigh in on that debate. But if you’re going to take that side, find better centrists. I mean, are Cuomo and Eric Adams the best you can do?
    Third, the response of the big money — the hysterical assertions that Mamdani is a Communist who will ruin New York, the promises to throw vast sums behind some independent candidate — is especially revealing. Yes, Mamdani calls himself a socialist and is proposing some expansion of government’s role, like opening a presumably limited number of city-run groceries and making buses free. But he’s not going to seize the commanding heights of the city’s economy or seize plutocrats’ fortunes.
    In truth, plutocrats will hardly suffer any consequences from their failure to buy this election — other than feeling frustrated over the fact that they did in fact fail to buy it. If attack ads can’t bury a Muslim socialist, maybe the 0.01% doesn’t run things as much as it imagines. The horror!
    Finally, an amazing amount of the commentary I’ve been seeing is to the effect that Mamdani will accelerate the downward spiral of a city that has become a dystopian hellhole. As some of us keep pointing out, apparently to no avail, New York is one of the safest places in America, and probably as safe as it has ever been. Here’s the number of murders over time, with 2025 an extrapolation based on the year-to-date comparison with last year:
    [Chart showed a decline from 2,245 in 1990 to 377 in 2024.]
    And these aren’t just abstract numbers. I grew up in the New York suburbs. I remember when Times Square was full of sex shops, not people in Elmo costumes, when there were little security pillboxes protecting the blocks where Columbia faculty lived.
    New York’s problem now isn’t rampant crime or scary immigrants. It’s affordability. And while we can and should debate the likely success of Mamdani’s proposals, affordability has been his main focus.
    Oh, and centrist Democrats often urge leftier types to rally behind their nominees in general elections. I agree. Anyone claiming that there’s no difference between the parties is a fool. But this deal has to be reciprocal. Mamdani will be the Democratic nominee, and anyone calling themselves a Democrat should support him.”

     

    Mamdani and the Moguls of Madness - Paul Krugman

    quarta-feira, junho 25, 2025

    Um Café lá em Casa: Hélio Delmiro e Nelson Faria



    IN MEMORIAM HELIO DELMIRO

    terça-feira, junho 24, 2025

    Fraga e as enchentes

     



    FRAGA

    Marcadores: ,

    Sly & The Family Stone Thank You (Falettinme Be Mice Elf Agin)



    IN MEMORIAM SLY STONE

    Lookin at t devil Grinnin at his gun Fingers start shakin
    I begin t run Bullets start chasin I begin t stop We begin t wrestle I was on t top
    I want t thank you for letting me be myself again

    saudades do julio...


     

    O céu é um estúdio: a vida e a música de Brian Wilson

     

    "Se há algo que Brian Wilson nunca perdeu – seja nos seus anos iniciais mais brilhantes ou mesmo nas décadas posteriores – foi uma certa qualidade ingênua e quase infantil do seu modo de cantar. É uma maneira quase naif de se expressar. Ao assistir alguns vídeos com suas performances, eu arriscaria dizer, de um modo até leigo, que os sofridos problemas mentais de Brian podem ter, de algum modo, preservado uma parte de seu espírito infantil ao longo da vida. "

    leia o stack de Rafael Senra 

    O céu é um estúdio: a vida e a música de Brian Wilson

    Aumento na conta de luz


        CAZO 


     

    Temos um Congresso disfuncional

      

     

     "O Brasil está numa enrascada de governabilidade. O centrão tem a maioria e é completamente invertebrado, o que faz com que não sirva de base para coalizão majoritária de governo nenhum. São partidos dominados por interesses muito particularistas e muito pequenos, associados a grupos de pressão, a lobbies poderosos. Na derrubada dos vetos [de Lula, na semana passada], vimos o lobby dos setores de gás e carvão, por exemplo.

    Temos um Congresso que é disfuncional para a sociedade. Ele não pensa mais no coletivo, só nos interesses particulares e locais. A composição atual não oferece a possibilidade de coalizões majoritárias que sigam a orientação do governo. Por isso, não existe base. Nas votações que têm derrotado o governo, em torno de 60% dos votos são de partidos com ministério. As legendas já não respondem de forma coesa aos comandos, como antes."


    LEIA ENTREVISTA COM SERGIO ABRANCHES
    FEITA POR JOELMIR TAVARES  

    Democracia Política e novo Reformismo: Temos um Congresso disfuncional, diz Sérgio Abranches

    Why weren’t the women armed with phasers on Star Trek?


     

    SILVER SCREEN HUB:

    Why weren’t the women armed with phasers on Star Trek? Ah, the eternal conundrum that arises when you rewatch TOS with 21st-century eyes and realize: wait a second, why is Ensign Ricky carrying a phaser the size of a toaster oven while Lt. Uhura, who can recalibrate frequencies on the fly and once held off Klingons with only her sass, is usually unarmed?
     
    The truth is layered in technicolor folds of 1960s network television, studio politics, gender roles, and yes—budget constraints that could make even the tightest Ferengi purse look generous.
    Let’s start with the surface-level answer: security was largely a man’s game in Star Trek: The Original Series. The guys with the red shirts, who beamed down and tragically never beamed back up, were generally big, square-jawed, anonymous men, whose job was to die so Kirk could look anguished and Spock could raise an eyebrow. These were the guys who carried the phasers. The women—yeomans, communications officers, botanists, historians—were often given tricorders, mini-skirts, and the heavy-lifting task of humanizing Starfleet.
     
    But dig deeper, and you’ll find a curious pattern: the roles women played were the reason they weren’t armed. Security was written as a male-coded job. Women, even those with rank, were rarely depicted in combat roles because television at the time was still very much beholden to post-war gender norms. Even though Star Trek talked about a utopian future, it was filmed in an era where studio execs winced at the idea of a woman firing a weapon unless she was an alien seductress or, heaven forbid, showed too much autonomy.
     
    Now, to be fair, there were moments when women on the show did carry phasers—Lt. Uhura in “Mirror, Mirror” comes to mind, all fierce elegance and controlled fire. Lt. Marla McGivers, the history buff who falls for Khan (we’ll talk about her taste in men another time), is briefly seen near phasers, though notably passive in using them. And yes, Yeoman Mears was armed in “The Galileo Seven,” but by and large, these were the exceptions—memorable precisely because they were rare.
     
    Budget also played a sly role. Those animated phaser beams didn’t come cheap. That distinctive blue shimmer? It had to be manually rotoscoped onto each frame, which meant fewer shots fired meant fewer dollars spent. So who got the honor of pulling the trigger? Typically Kirk, Spock, or security personnel with names like “Lt. Martinez” and “Corporal Dead-in-Three-Minutes.”
     
    Let’s not forget the phaser props themselves. The iconic type-2 phaser, the pistol-shaped version, was often reserved for heroes. More often, you’d spot the smaller type-1 version—essentially a futuristic remote control—snugly tucked into their belts. Even then, those were distributed sparingly. So you might find yourself asking why half the away team is unarmed on a hostile planet. The answer: the show didn’t have enough props. Literally. Sometimes there were only two or three functional phasers on set. It wasn’t a tactical choice; it was a prop department scramble
     
    That said, Gene Roddenberry did want to showcase progressive ideals, but he was also negotiating the realities of NBC’s standards and the expectations of a male-dominated TV landscape. It’s no coincidence that by the time we get to The Next Generation, you see women in security roles—Tasha Yar, Ro Laren, and of course, Kira Nerys and Major Kira over on Deep Space Nine. The shift was slow, but it came.
     
    Still, the original series remains a fascinating contradiction—pioneering in its vision, yet shackled by the very present limitations of its time. Women on Trek were brilliant, resourceful, and dignified. But phasers? Apparently, those were a bridge too far—until the future finally caught up with itself.
     

    Lula vive 'Adeus, Lênin!' nos trópicos

     

     O presidente Lula em cerimônia no Palácio do Planalto; Ipec apontou deterioração da imagem do governo

    Bernardo Mello Franco 

    No filme “Adeus, Lênin!”, uma senhora da Alemanha Oriental sofre um infarto, passa meses em coma e acorda sem saber que o Muro de Berlim havia caído. Para protegê-la do choque, o filho esconde a notícia e se esforça para simular um país e de um regime que não existem mais.

    Um observador que dá expediente no Planalto cita a comédia alemã como metáfora do momento atual do governo. Dois anos e meio depois de voltar ao poder, Lula ainda não teria despertado para as mudanças na sociedade e na política. O descompasso ajudaria a explicar seu mau desempenho nas pesquisas.

    Na semana que passou, o petista voltou a amargar 40% de reprovação no Datafolha. É o pior patamar já registrado em seus três mandatos. No fim do segundo, em dezembro de 2010, ele era aprovado por 83% dos brasileiros. Só 4% diziam rejeitar sua gestão.

    Anos atrás, a popularidade de um presidente costumava espelhar os resultados da economia. Hoje a dinâmica é outra, e Lula se mostra surpreso ao ver que a recriação de programas antigos e o crescimento do PIB e da renda não parecem capazes de tirá-lo das cordas.

    Na última década, a tecnologia transformou o modo de fazer e discutir política. O debate migrou dos palanques, onde o petista era imbatível, para as redes, onde a oposição vence quase todas. A revolução digital também mudou o Congresso. Deputados que se engalfinhavam por espaço na Voz do Brasil hoje estão mais interessados em gravar vídeos curtos para o Instagram e o TikTok.

    O nível da conversa piorou, mas não adianta sonhar com uma volta ao passado. Enquanto o campo progressista reclamava, a extrema direita aprendeu a operar o algoritmo a seu favor. Sem concorrência nas redes, o bolsonarismo montou o que o professor Marcos Nobre chama de partido digital, uma máquina de produzir engajamento e voto. Essa engrenagem tem dado sucessivas surras no governo, como se viu na crise do Pix, na chamada taxação das blusinhas e no escândalo do INSS.

    Em entrevista recente, a primeira-dama Janja admitiu que as novas formas de comunicação não chegaram ao Alvorada. “Vocês sabem que o meu marido é analógico, né? Ele não sabe usar os termos que a gente está acostumado a usar nas redes”, disse.

    Na quinta-feira, Lula manifestou inconformismo com esse novo mundo. “Não é possível você imaginar que pode fazer política com o desgraçado de um celular”, protestou, em discurso em Minas Gerais. “Não é possível que as pessoas não percebam a diferença entre governo que trabalha e governo que fica no celular”, insistiu.

    O presidente acrescentou que “o povo gosta do celular porque vê coisa muito rapidinho”. “O povo, às vezes, não gosta de coisa séria. Todo mundo sabe a preguiça que, muitas vezes, o aluno tem de ficar ouvindo o professor”, disse. O petista foi a sexta autoridade a falar numa solenidade enfadonha, assistida por uma claque levada por prefeitos aliados e pela audiência raquítica dos canais oficiais.

    Candidato ao quarto mandato em 2026, Lula tem pouco tempo se quiser atualizar o repertório e se reconectar com o eleitor. No filme de Wolfgang Becker, a senhora só percebe que as coisas mudaram quando vê um helicóptero transportar uma estátua de Lênin arrancada do pedestal. 

    GLOBO  

    The Beach Boys - Don't Worry BabY



    Don't worry baby
    Everything will turn out alright

    in memoriam BRIAN WILSON

    The Coward Brothers [Elvis Costello & T Bone Burnett] - Always



    I used to know a girl
    Maybe it was you
    Faces change and names do too
    And none of these things I've said are true

    segunda-feira, junho 23, 2025

    3 X PAQUETÁ



     

    No fim era mesmo um bozo

    BRUM
     

     
     
    PBATISTA
     



     

    J. Velloso, Recôncavo Experimental e Cantador de Moçambique - Isso que Entristece / Besouro Preto

    Sou mestre na capoeira
    No amor destrambelhado
    Em seus braços me grudei
    Nunca mais desabraçado

    Besouro preto
    Besouro preto dourado

    Sociedade Atrofiada

     


    Rudá Ricci

    Chico de Oliveira, num texto intitulado “O Avesso do Avesso” afirmou que se FHC retirou a musculatura do Estado brasileiro, Lula atrofiou a musculatura da sociedade civil.

    Para não escandalizar, penso em refletir sobre esta provocação retirando os personagens da frase. Neste caso, a questão se tornaria mais ampla: o final do século 20 teria debelado a potência e confiança social no Estado brasileiro e o atual século teria desmontado a energia moral que se acreditou que se firmava no Brasil desde os anos 1980. Não é pouco.

    O Estado foi criado como garantidor da estabilidade social cujo objetivo era sustentar que as expectativas individuais (e coletivas) fossem passíveis de serem realizadas. Se no século 19 surgiu a ideia de proteção social via intervenção estatal – vindo do improvável projeto de Bismark -, no século 20 se projetou, via socialdemocracia, a lógica da promoção social via amplas políticas de Estado. De proteção à promoção social, ficava a noção que não basta os cidadãos sobreviverem, mas teriam direito a uma vida melhor, a se superarem.

    Uma ideia que se aproximava do que Lev Vygotsky sugeria sobre a inteligência humana: não teria limites, dependendo dos estímulos corretos que o indivíduo recebesse.

    Neste sentido, a política fiscal teria necessariamente que ser mais afrouxada e a inflação seria um fenômeno razoável a ser controlado com parcimônia. Nada da histeria atual que parece mais preocupada com ganhos financeiros que efetivamente evitar a penalização dos mais pobres. Mesmo porque, os mais pobres continuam vivendo aos trancos e barrancos com austeridade fiscal ou não.

    A década de 1990 foi implacável com o conceito de promoção social. Do ataque ao mundo soviético, os ultraliberais, reunidos em castelos europeus desde 1944, passaram a mirar seus mísseis contra a socialdemocracia.

    E obtiveram sucesso. Lembro que na última década do século 20 se firmou no Brasil a ideia de que o desemprego era culpa do desempregado. A ele caberia estudar e se qualificar para garantir sua empregabilidade.

    As empresas nunca errariam, segundo esta cantilena, ao contrário da sociedade brasileira, deformada, indolente, errada desde o berço.

    Algumas teses defendidas neste período chegaram às raias do delírio, como o modelo de “empresas espaguetes” vociferado por Tom Peters em seu ambicioso livro “Tempos Loucos exigem Organizações Malucas”. Em síntese, as novas tecnologias aumentavam o ritmo da inovação e criação de novos produtos, acelerando o ciclo de cada mercadoria e transformando a fábrica num espaço de chapeleiros malucos. Em tal velocidade (um produto novo, por segmento produtivo, a cada três meses), as burocracias estatais fatalmente fracassariam, deixadas no fim da fila da corrida desembestada em curso.

    Logo vieram sugestões de adaptação do Estado que mais tarde se revelaram um retumbante erro, caso do modelito neoliberal do Consenso de Washington. Do Reino Unido veio a Nova Gestão Pública que aqui na terra de Chalaça ganhou o pomposo nome de “Estado Gerencial”. Um Estado facilitador para o fluxo de capitais globalizados, sem cercas ou normatizações. O “mercado” ganhou estatuto de ator político e demiurgo do futuro do país. Não deu certo, mas a crença ganhou corações e algumas mentes.

    Debelada a musculatura do Estado brasileiro – e instalado o ódio gerencial ao modelo varguista -, as duas primeiras décadas do século 21 presenciaram a quebra da força política da sociedade civil. Como tudo no Brasil é precoce – afinal, trata-se do país do futuro -, a sociedade civil que emergiu no processo de redemocratização teve fôlego para chegar à virada do século, claudicando a cada década seguinte.
    Da afirmação da sociedade civil como elemento central da gestão estatal – via orçamento participativo e conselhos de gestão pública -, vimos sua fragmentação em iniciativas pessoais empreendedoras até chegar nas orações em público pedindo a descida do Espírito Santo para colocar um carro ou uma casa nas suas vidas. De alguma maneira, o pobre empreendedor percebia que sem ajuda divina, seu esforço pessoal não chegaria muito longe. Daí que o binômio esforço pessoal/ajuda divina ganhou ares de discurso de campanha eleitoral. Nada de Estado.


    Esgarçada e cercada por todos os lados por aplicativos, promessas de prosperidade, dízimos e ataque a tudo o que é coletivo e que não grita pelo Espírito Santo, a sociedade brasileira perdeu musculatura e até mesmo sua feição. Sem isso, até as expressões culturais se transformaram em entretenimento efêmero.

    A fragmentação e o misticismo cobram consequências importantes à nação. Uma delas é a “carnavalização da política”: como no carnaval, todos sugerem a transgressão, mas nunca rompendo com a ordem já estabelecida. Uma mesmice que atinge todas agremiações e ideologias políticas. Outra consequência é a fragilidade da sociedade civil nacional, agora postada como uma presa fácil a ser capturada pelos “tigrinhos”, “influencers” e discursos de revolta alheia.

    Com Estado sem legitimidade e sociedade atrofiada, o que nos restaria? O discurso diário repisado pela Globonews que o mercado sempre está correto, mas as demandas populares continuam atrapalhando sua genialidade, assim como um Estado predador, desqualificado e insustentável. Porque o discurso ultraliberal não se contenta em errar e desgraçar a vida de todos: é ganancioso a ponto de não se realizar com a caixa de Château Pétrus acompanhado por bacias de caviar Almas. É preciso sempre mais, como se o tal “mercado” tivesse baixa autoestima.

    É provável que este ciclo de atrofiamento se extingue em algum momento, dado que o sofrimento e as tentativas fracassadas de sucesso individual imediato levam ao esgotamento.

    Porém, até lá, a musculatura atrofiada emitirá espasmos, mas terá pouca energia para enfrentar a gritaria gananciosa que espalha uma energia avassaladora pelas 268 milhões de linhas de telefonia móvel registradas na Anatel.

    Chico de Oliveira anteviu o buraco sem fundo em que nos metíamos. Mas, por algum motivo, não quisemos ouvi-lo.

    A Little Tear (Ray Gilbert, Paulo Sérgio Valle and Eumir Deodato) - Sarah Vaughan (with Hélio Delmiro)



    By the way if you find a little tearJust a simple little tearKeep it it belongs to me don't you see

    in memoriam HELIO DELMIRO 

    domingo, junho 22, 2025


     

    Bebê Reborn

     
     
     
    MARTINEZ
     

     
     
    FRED

     

    Marcadores: , , ,

    Diane Arbus, Everything Everywhere All at Once

     

     

     

     

    Futuro

     

     DODO

    Marcadores: ,

    American Mythmakers, Revisited: Hunter S. Thompson

     

     A man in shorts and an unbuttoned red shirt over a white shirt stands on a table. Eight people surround the table while singing.

     

    NEW YORK TIMES 

    The Beach Boys - Caroline No



    Where did your long hair go
    Where is the girl I used to know
    How could you lose that happy glow
    Oh, Caroline, no

    IN MEMORIAM BRIAN WILSON

    boats & sunsets



     

    Cristina Buarque e Velha Guarda da Portela - Amor Proibido/Eu Perdi Você... (Chico Santana /Mijinha)


    e o blog0news continua…
    visite a lista de arquivos na coluna da esquerda
    para passear pelos posts passados


    Mas uso mesmo é o

    ESTATÍSTICAS SITEMETER