This site will look much better in a browser that supports web standards, but it is accessible to any browser or Internet device.



blog0news


  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

    Assinar
    Postagens [Atom]

    Powered by Blogger

    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, abril 15, 2023

    Shopee com brinde



    JOTA A

     

    Marcadores: ,

    filme da noite

     

    filme da noite

    SAINT OMER
    dir Alice Diop
    rot Alice Diop & Amrita David & Zoe Galeron
    França, 2022

    Alice Diop ficou tão impactada ao assistir ao julgamento de uma mulher que abandonou sua criança na praia para a maré levar
    que transformou o drama num filme excelente.

    super recomendo 
     
     

    Alimentando



    JEFFERSON PORTELA

     

    Marcadores: ,

    Trio Lescano - Tulipan



    Dorme il mulino a ventoSotto la luna d'argentoDorme l'olandesinoNel suo lettino piccinoOgni cosa giace, tutto taceChe pace, che pace

    Chicotes



    QUINHO

     

    Marcadores: ,

    self portrait | autorretrato


     

    Ensina-me a odiar

     

     

     

    "Penso que há um caldo que talvez
    tenha polarizado as coisas se aproveitan-
    do da ideia de segurança. Porque, para en-
    frentar a Covid-19, a gente precisou mobi-
    lizar um imenso discurso em torno de se-
    gurança sanitária: “use máscara, use ál-
    cool, não faça isso, não faça aquilo, man-
    tenha distância”, ou seja, a gente concor-
    dou, e foi muito bom que fizéssemos, e
    foi parte da luta contra a pandemia, mas
    veio com um brinde, a partir disso, pois
    também começamos a olhar para o ou-
    tro como um possível transmissor de
    doenças, começamos a olhar a rua como
    um lugar perigoso, a tratar aqueles com
    quem não concordamos como poten-
    ciais pessoas letais. Imagine isso na vida
    de crianças e adolescentes? Não ir para a
    escola não significa só deixar de apren-
    der novos conteúdos, significa não apren-
    der que, na hora que você é contrariado,
    não deve puxar o martelo e dar na cabeça
    do seu colega. O impacto foi imenso,
    principalmente para crianças pequenas.
    É difícil mensurar esse prejuízo, mas
    claramente está aí e faz parte da equação.
    Assim como o discurso da segurança
    sanitária, que vira o discurso do perigo,
    que desagua no discurso de que alguém
    está atrapalhando e que inspira a ideia de
    resolver a injustiça pelas próprias mãos."

     

    LEIA ENTREVISTA DE CHRISTIAN DUNKER 

    PARA MARIANA SERAFINI

     

    disco do dia

     

    disco do dia

    DANGER MOUSE & BLACK THOUGHT
    CHEAT CODES

    " Danger Mouse favors '60s and '70s psych, prog, and soul recordings that are moody, trippy, and sometimes eerie. The crisp if soot-coated drums, smeared strings, moaning organs, and gnarled guitars are all very compatible with Thought, who scythes through it all with unparalleled wordplay delivered with surgical precision."


     

    Xi, Lula !

    FRAGA
     
     
     
     
    AROEIRA
     
     
     
     
     
     

     

    Marcadores: , , ,

    Kehembe Eichelberger, "Sometimes I Feel Like a Motherless Child"



    a long way from home

    Succession Recap: Heavily Fuckin’ Delayed

     

     

     "The title Succession has been a tease, if not a running joke, from the very beginning of the series — like Game of Thrones as a devilishly sadistic round of musical chairs. Which one of Logan Roy’s three relevant children will take over his media empire after he dies? (Or will Cousin Greg bumble his way to the top like Dennis Price killing off the eight Alec Guinnesses between him and the Duke D’Ascoyne in Kind Hearts and Coronets?) That’s the question that obsesses Kendall, Shiv, and Roman enough to drive the rivalry between them. And it’s what we’ve been asking, too, reasonably expecting an answer by the end of this fourth and final season. But now, even though we’ll discover — in the short- and long-term — who will take over Waystar Royco, Logan won’t be the person making that decision. What’s more, he probably decided years before the show’s opening scene that none of his idiot children were suitable for the job. It’s just the big, fat carrot he dangled at the end of the stick."

    read recap by SCOTT TOBIAS 

     

    TRADING WITH THE ENEMY

     

     

    "What also is unknown is that Zalensky has been buying the fuel from Russia, the country with which it, and Washington, are at war, and the Ukrainian president and many in his entourage have been skimming untold millions from the American dollars earmarked for diesel fuel payments. One estimate by analysts from the Central Intelligence Agency put the embezzled funds at $400 million last year, at least; another expert compared the level of corruption in Kiev as approaching that of the Afghan war, “although there will be no professional audit reports emerging from the Ukraine.”

    “Zelensky’s been buying discount diesel from the Russians,” one knowledgeable American intelligence official told me. “And who’s paying for the gas and oil? We are. Putin and his oligarchs are making millions” on it."


    read article by Seymour Hersh

    TRADING WITH THE ENEMY - Seymour Hersh

    sexta-feira, abril 14, 2023

    Dia Mundial do Café


     
    DALCIO MACHADO

     

    Marcadores: ,

    NIARA



    AROEIRA

     

    Marcadores: ,

    Ryuichi Sakamoto - "fullmoon"



    Because we don't know when we will die
    We get to think of life as an inexhaustible well
    Yet everything happens only a certain number of times
    And a very small number, really

    filme da noite

    filme da noite

    SUDDENLY, LAST SUMMER
    dir Joseph Mankiewicz
    rot Tennesee Williams & Gore Vidal
    EUA, 1959
    (youtube)

    Katherine Hepburn quer que Montgomery Clift 
    faça lobotomia em Elizabeth Taylor 
    para apagar segredo da família !!

    super recomendo
     
     

     

    Mary Quant, British Fashion Revolutionary, Dies at 93

     

     

     A black and white photo of Ms. Quant leaning over a designing table and sketching on a piece of paper with a pencil in her right han. She wore an angular bob hairstyle, a dark round-necked top and heavy mascara.

     "Known as the mother of the miniskirt, clad in her signature play clothes and boots, with huge painted eyes, fake freckles and a bob, she epitomized London’s Swinging Sixties.

     Young women at the time were turning their backs on the corseted shapes of their mothers, with their nipped waists and ship’s-prow chests — the shape of Dior, which had dominated since 1947. They disdained the uniform of the establishment — the signifiers of class and age telegraphed by the lacquered helmets of hair, the twin sets and heels, and the matchy-matchy accessories — the model for which was typically in her 30s, not a young gamine like Ms. Quant.  "


    READ OBIT BY PENELOPE GREEN

     

    Compra-se silencio


     

    no meu quintal | In my garden


     

    MERCY - John Cale



    Lives do matterLives don't matterWolves getting ready Wolves getting readyThey're gonna buy more gunsRolling around in the snow and the mudLights exploding aboveColder, Colder, Colder, Cold

    Milton Nascimento e Nana Caymmi - Cais (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)



    Eu queria ser felizInvento o marInvento em mim o sonhador

    Neue Tanz - yELLOW mAGIC oRCHESTRA (in memoriam RUICHISAKAMOTO)




    quinta-feira, abril 13, 2023

    filme da noite

    filme da noite

    3 COEURS
    dir benoit Jacquot
    rot Jacquot, Julien Boivent
    França, 2014
    (no mubi) 
     
     

     

    disco do dia

     

    disco do dia
    PAULO MOURA & TEATRO DO SOM
    ALENTO
     

     

     

    Depoimento dos militares no STF

     


    Image

     

    Marcadores: ,

    100 dias


     

    Marcadores: ,

    Quarteto em Cy - Sabiá (Tom & Chico)



    Vou voltarSei que ainda vou, vou voltarPara o meu lugarFoi lá e é ainda láQue eu hei de ouvir cantar uma sabiáO meu sabiá

    IN MEMORIAM CYNARA

    Como o crescimento do streaming piorou a condição de trabalho dos roteiristas

     

     Ilustração com grandes personagens da televisão brasileira

    "As demissões na Globo fazem parte de um fenômeno maior de mudanças nas relações de trabalho no audiovisual brasileiro, que têm afetado os roteiristas de modo particular. Mesmo autores que já estavam fora do éden televisivo relatam uma piora nos modos de contratação, nas formas de pagamento e no reconhecimento de créditos, entre outros problemas.

    Eles atribuem a piora aos contratos impostos pelas plataformas de streaming e dizem que o cenário foi agravado durante o governo de Jair Bolsonaro, quando os canais de financiamento para produção ficaram praticamente paralisados, o que tornou os serviços de vídeo sob demanda uma das únicas opções de sustento para muitos profissionais."

     leia reportagem de MAURICIO MEIRELES

    Como o crescimento do streaming piorou a condição de trabalho dos roteiristas - Juiz de Fora/MG:

    Alinhado à extrema direita, Musk muda equilíbrio de forças políticas com Twitter, diz pesquisadora da UFRJ

     Marie Santini, diretora do Laboratório de Estudos de Internet e Mídias Sociais da UFRJ (NetLab)

     "Um dos objetivos da compra do Twitter por Elon Musk é controlar os mecanismos de moderação. O que Musk parece querer é evitar a remoção de conteúdo e de perfis, como é o caso de Donald Trump. Com a suposta bandeira de “liberdade de expressão”, o dono do Twitter quer ser permissivo frente a contas inautênticas, bots, disseminação de desinformação, discurso de ódio e todo tipo de comunicação tóxica na rede. Isso é muito perigoso pois ameaça a democracia, que depende de um ambiente saudável, seguro e confiável de comunicação e informação para existir. A ausência completa de moderação tende a tornar qualquer espaço suscetível à violência e manipulação, pois é preciso garantir minimamente a qualidade do conteúdo que circula para garantir a integridade das pessoas e das instituições democráticas. Não se pode confundir “liberdade de expressão” com liberdade de desinformação, liberdade de agressão ou liberdade de alcance para qualquer tipo de conteúdo malicioso. A extrema direita distorce propositalmente o conceito de liberdade de expressão para normalizar atitudes antidemocráticas."

    LEIA ENTREVISTA COM MARIE SANTINI
    para Emanuelle Bordallo


     

     


    Fighting climate change, Biden-style:

     

    Jeffrey St. Clair
     
    + Fighting climate change, Biden-style: Biden’s Interior Department just approved the largest single oil drilling plan anywhere in the US, Conoco’s Willow Project in Alaska. It would bring 219 wells, 267 miles of pipelines, and 35 miles of roads to Alaska, while emitting over 280 million metric tons of climate pollution over 30 years. Because of the melting permafrost, Conoco’s own engineers say they “where necessary we will use cooling devices to chill the ground” drilling.
     
    + Even if emission rapidly decline in the next few years (very unlikely), there’s still a nearly 70% chance that the two-degree threshold would be crossed between 2044 and 2065.
     
    + The amount of extent sea ice in the Antarctic on February 1st 2023 was 2.26 million sq km, about 1.35 million sq km less than the 1981-2010 average and the lowest extent ever recorded on this day of the year. It is 10.8% lower than the previous record low, 2.53 million sq km in 2017.
     
    + Shell announced $39.9 billion in profits this. Another record. Meanwhile, four Greenpeace activists boarded a ship hauling new equipment to Shell’s off-shore platforms, which will enable the oil giant to drain 45,000 barrels of oil per day out of the North Sea.
     
    + Exxon also ended with 2022 with record profits of $56 billion

     

    quarta-feira, abril 12, 2023

    Succession: Well, that happened

     Logan Roy (Brian Cox) and Tom Wambsgans (Matthew Macfadyen) standing on the tarmac in front of a black luxury car and a private jet.

     

    With a shocker of an episode, Succession sets the succession in motion.

    Succession season 4, episode 3 recap: Logan Roy dies, and the battle begins - Vox

    disco do dia

    disco do dia

    RODRIGO CAMPOS
    PAGODE NOVO 
     
     

     

    A insurreição da extrema-direita.

     

     

    Image

     

    "Nesses últimos meses, uma parte do país foi pega de surpresa pela insistência, a abnegação e o entusiasmo com que pessoas de extrema direita se mobilizaram. Achar que essa dinâmica foi rompida apenas por que agora se fez algumas prisões é simplesmente tomar nossos desejos por realidade. Vimos algo muito parecido em 2021, na sequência dos eventos ocorridos em Sete de Setembro, quando Bolsonaro fez ataques ao STF e estimulou discursos incendiários: ocorreram prisões e declarações de que o então presidente havia “ultrapassado os limites”, desarticulando com isso a sua base popular. No entanto, o que ocorreu foi outra coisa. A mobilização da extrema direita não retraiu, não arrefeceu, não acabou. Ou seja, não se deve agora, em absoluto, descartar a hipótese de que o Brasil se tornou o laboratório de uma nova fase da extrema direita mundial, a saber, justamente, a fase insurrecional.

    Nesse contexto, “fase insurrecional” significa que a extrema direita mundial tenderá, cada vez mais, a operar como força ofensiva anti-institucional de longa duração. Força essa que pode se expressar em grandes mobilizações populares, em ações diretas, em formas de recusa explícita das autoridades constituídas. Ou seja, toda uma gramática de luta que até pouco tempo atrás caracterizava a esquerda revolucionária agora está migrando para a extrema direita, como se estivéssemos em um mundo invertido."


    LEIA ANALISE DE Vladimir Safatle​

    A insurreição da extrema-direita. Por Vladimir Safatle | Combate Racismo Ambiental

    Planeta dos Macacos


     

    Marcadores: ,

    Anjos do Inferno - Nega do Cabelo Duro (David Nasser)



    Quando tu entras na roda
    O teu corpo bamboleia
    Teu cabelo esta na moda
    Qual é o pente que te penteia, ô nêga?

    Coaches de misoginia

     

     

     

     Lola Aranovich, professora de Litera-
    tura em Língua Inglesa da Universidade
    Federal do Ceará, investiga esses mascu-
    linistas há anos, e expõe esse comporta-
    mento no blog Escreva, Lola, Escreva. Ela
    explica que o red pill sempre foi um movi-
    mento de ódio às mulheres e “conta com a
    adesão de milhões de homens frustrados
    e fracassados no mundo inteiro”. Nesse
    universo, observa Aranovich, alguns se
    destacam e encontram maneiras de lu-
    crar com a oferta de cursos e treinamen-
    tos. O termo coach seria um mero desdo-
    bramento do colonialismo cultural, tão
    presente no mundo corporativo. “O mo-
    vimento PUA (Pick-up Artist, ou ‘artista
    da sedução’) é um dos grupos misóginos
    que fazem parte do movimento red pill e
    ganha dinheiro ensinando homens que
    têm dificuldade de relacionamento com
    as mulheres a conquistá-las sexualmen-
    te. E a tática principal é tratar mal as mu-
    lheres, porque um dos princípios do red
    pill é que a mulher não gosta de homem
    bonzinho e não sabe escolher.”

    LEIA REPORTAGEM DE MARIANA SERAFINI

     

    no meu quintal | in my garden


     

    100 dias

     
     Image

    JEFFERSON PORTELA 

     

    Image

     CELLUS

     

     

    Marcadores: , , ,

    Quarteto em Cy - Marcha da Quarta-Feira de Cinzas (Carlos Lyra - Vinicius)


    E no entanto é preciso cantar
    Mais que nunca é preciso cantar

    IN MEMORIAM CYNARA

    Here comes the Book Gestapo

     
    Jeffrey Sr. Clair

    + The College Board’s capitulation to DeSantis on Critical Race Theory is a case study for the proof of Critical Race Theory.

    + By surrendering to this petty tyrant…”the College Board purged the names of many Black writers and scholars associated with critical race theory, the queer experience and Black feminism. It ushered out some politically fraught topics, like Black Lives Matter, from the formal curriculum. And it added something new: “Black conservatism” is now offered as an idea for a research project.”

    + Among the writers summarily expunged by the College Board from the AP African American studies course are Kimberlé Crenshaw, Robin Kelley, bell hooks, Roderick Ferguson, Michelle Alexander, and Ta-Nehisi Coates.


    + Here comes the Book Gestapo: Florida teachers have been advised to hide their books to avoid felony charges. At one school, “the kids began crying and writing letters to the principal, saying, ‘Please don’t take my books, please don’t do this.’”

    + Walter Benjamin: “Every line we succeed in publishing today–no matter how uncertain the future to which we entrust it– is a victory wrenched from the powers of darkness.”


    terça-feira, abril 11, 2023

    Elliott Smith - Because (Lennon-MCartney)

     

    Picasso: aos 50 anos de morte, misoginia e visão colonista do pintor são debatidas

     

     Foto de Gjon Mili, usando tripla exposição,  mostra Picasso 'trabalhando' com um pequena lanterna em Vallauris, 1949

     

     

     

     Foto de Gjon Mili, usando tripla exposição,  mostra Picasso 'trabalhando' com um pequena lanterna em Vallauris, 1949

     

     Por Talita Duvanel

     

    Em 2018, a comediante e historiadora da arte Hannah Gadsby falou, no show “Nanette”, exibido na Netflix, que odiava Pablo Picasso. Reconhecia sua importância, mas expunha para milhões de pessoas um ponto que críticas feministas de arte já discutiam desde os anos 1970: Picasso era misógino — e expressou, em muitas de suas obras, marcas das relações abusivas que perpetrou e da visão colonialista que mantinha.

    No cinquentenário da morte do espanhol, que faleceu em 8 de abril de 1973, na França, aos 91 anos, não só Hannah como muitos curadores têm tido mais espaço para problematizar a obra do artista ao expô-la. Tudo de forma mais conectada com as discussões do século XXI, mas sem cair nas armadilhas da cultura do cancelamento.

    — Podemos ter dois sentimentos ao mesmo tempo: admiração pelo trabalho e um desgosto profundo pelo tratamento que ele dava às mulheres e às culturas não europeias das quais se apropriou —diz Catherine Morris, curadora da coleção Elizabeth A. Sackler Center for Feminist Art, do Brooklyn Museum, em Nova York. — Cancelamento é uma manobra inventada pelas redes sociais para perpetuar um engajamento simplório.

    Catherine é curadora, com Hannah Gadsby e Lisa Small, da exposição “Pablo-matic: Picasso according to Hannah Gadsby” (“Pablo-matic: Picasso segundo Hannah Gads- by”), que começa em junho no Brooklyn Museum. Como parte das comemorações no Hemisfério Norte chancelada pelos governos de França e Espanha, a mostra justapõe produções do espanhol a obras de artistas feministas do século XX e XXI.

    A ministra francesa da cultura, Rima Abdul Malak, fez questão de dizer, na época do lançamento das ações comemorativas, que “não se pode esconder a cara” na hora de falar da arte de Picasso, principalmente, para as novas gerações.

    Nascido em Málaga, na Espanha, em 1881, Pablo Ruiz Picasso recebeu expressivo reconhecimento não só na pintura, em que é considerado o principal nome do Cubismo, mas também na escultura, gravura e em outras áreas de expressão.

    No entanto, enquanto estabelecia sua pujante carreira, construiu também a imagem de “amante” de relações turbulentas. Uma das mulheres mais famosas de sua biografia — e quadros — foi a francesa Marie-Thérèse Walter (1909-1977). Ela tinha 17 anos quando começou a se relacionar com ele, já um artista famoso e casado, de 45. Fotógrafa de sucesso, a também francesa Dora Maar (1907-1997) foi outra das mulheres que ele retratou — sendo acusado de abusar dela física e psicologicamente.

    —A pintura que Picasso fez de Dora Maar chorando (“A mulher chorando”, 1937) é o retrato de uma mulher abusada. Não podemos deixar de falar isso — diz a escritora espanhola e professora de história de arte Maria Llopis, que, em março de 2021, foi para o Museu Picasso em Barcelona com suas alunas vestindo blusas com os dizeres “Picasso abusador” e “Dora Maar presente”. — Não queremos que essa pintura saia do museu, muito pelo contrário. Queremos que esteja lá, que as pessoas a vejam, mas sabendo o que estão olhando.

    Mas não seria o machista Picasso “um homem do seu tempo”? Este argumento está sempre presente nas discussões que conectam a vida pessoal do homem à vida artística do “gênio”. Nas releituras, a ideia é problematizar essa frase também. A espanhola Maria Llopis, por exemplo, rechaça essa ideia.

    — O argumento é muito injusto com os homens daquele tempo que não era abusadores. E eu gostaria que abuso fosse um problema daquele tempo e não fosse mais (hoje em dia) — diz.

    Curadora assistente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), Laura Cosendey lembra de outro pintor que sofre críticas semelhantes.

    — É muito complexo olharmos a arte do século XX com nossos olhos e pautas atuais. Mas é importante também não sermos condescendentes e normalizarmos tudo o que aconteceu nas escolhas pessoais dos artistas, ainda mais quando nos voltamos para um Picasso e para um Gauguin, que são muito emblemáticos.

    Laura cita o artista francês Paul Gauguin (1848-1903)tema de uma exposição no Masp, a partir do próximo dia 28 de abril. Na mostra, haverá também uma discussão crítica sobre a produção dele no Taiti:

    — Gauguin teve relações com menores de idade lá. Não somente se aproveitou, mas ocupou a posição de homem branco europeu colonizador. Não foi o único, nem o último, mas iso não era normal. 

     

    GLOBO 

     

     

    Juca Chaves - Pequena Marcha Para Um Grande Amor

     IN MEMORIAM JUCA CHAVES

    A Lua vai dormir encabulada
    Na passarela da madrugada
    Meus olhos vão sonhar sob a janela
    Dos olhos dela, dos olhos dela

    Meu amor de amor se esconde
    Se esconde aonde o teu não vê, e o teu não vê
    Não vê porque meu amor não é segredo
    Morre de medo do segredo que é você

    Gentle Giant - An Inmates Lullaby



    Lying down here in the afternoonIn my pretty cosy little cushioned roomI can talk to all my funny friends in hereI was told to rest why ... I am not quite clear.

    in memoriam DEREK SCHULMAN

    Ukraine is a testing ground for weapons

     

     

    Jeffrey St. Clair

     

    The first 11 months of the Ukraine war have resulted in nearly 20,000 civilian casualties with at least 7,048 deaths. How many more innocents will die before the war is brought to an end the only way it can possibly end: through a ceasefire and negotiated settlement?

    + As if sending Ukraine M-1 Abrams tanks wasn’t enough of an escalation, the Biden is also shipping Ukraine a new variety of Ground Launched Small Diameter Bombs with a range of 93-miles. The missiles can be fired from Himars, M270 launchers and aircraft and can allegedly hit objects as small as three feet in diameter. Of course, since they’re made by Boeing the objects they hit likely won’t be the targets they’re aiming at.

    + So far, Biden has refused to sell Ukraine even longer range missiles. But he’s being pushed to do so by a bipartisan gang of senators led by the likes of Mississippi’s Roger Wicker: “We need to give Ukraine ATACMS, long range missiles and advanced drones like the Grey Eagle and Reaper. We should deliver these assets quickly to make an immediate difference on the battlefield. In concert with our allies, this approach of ‘more, better, faster’ would give the Ukrainians a real shot at victory.”

    + Further evidence of my theory that Ukraine is a testing ground for weapons in battle conditions is the offer this week from  Linden Blue, the CEO of General Atomics, to sell Ukraine two Reaper MQ-9 drones for $1. (The USAF pays $32 million apiece for them.)

    + This week Defense Secretary Lloyd Austin unveiled the Pentagon’s plan for four new military bases in the Philippines, meant to threaten China, which he described as a cooperative endeavor among “family.” It’s certainly a “relationship” that’s generated a vast family graveyard.

     

    segunda-feira, abril 10, 2023

    Ser de direita, gostoso demais

     

    ARNALDO BRANCO

    Acho que não preciso explicar que não estou fazendo essa afirmação no título por experiência própria — não sou de direita, mas até tenho amigos que são. Na verdade não tenho não, tô zoando. Esse bonde já partiu antes mesmo da eleição de 2018, Deus salve a minha bolha.

    Digo isso porque a Folha de S. Paulo publicou um editorial contendo o seguinte trecho: “opondo-se ao petismo, o bolsonarismo pode dar vigor à política brasileira desde que abandone a violência, a atitude antidemocrática e a polarização irracional”. Sim, os caras estão pedindo algo equivalente à cachaça sem álcool. Depois da teoria do bolsonarismo sem Bolsonaro — que diz que a movimento virou mais uma disposição de espírito do que um culto de obediência cega ao seu líder — agora temos o bolsonarismo sem bolsonarismo.

    Bom, não dá pra esperar muito de um jornal que durante a ditadura emprestava seus caminhões de entrega pra servir de Uber de torturador. Mas esse artigo saiu numa semana em que a Polícia Federal divulgou provas de que o governo Bolsonaro agiu para impedir que eleitores de Lula conseguissem chegar às urnas, e uma semana antes do ex-presidente depor sobre as jóias que ele roubou e/ou recebeu como propina. É ultrajante pedir que um movimento inspirado por um vagabundo desse naipe dê vigor à política brasileira, a não que seja pelo exemplo contundente da sua prisão imediata.

    Além disso, o cara ainda deve responder pela gestão da pandemia que terminou na morte de 700 mil pessoas, pelo genocídio Ianomâmi, por disseminar notícias falsas, por conduzir um esquema para receber parte do salário dos funcionários do seu gabinete, pela interferência nos órgãos de segurança para salvar os filhos da cadeia e pela tentativa de promover um golpe. Essa disposição da Folha em perdoar é inédita até nos cornos da obra do Nelson Rodrigues.

    Enquanto os jornais faziam séries de reportagens para comentar a sério escândalos que envolviam tapioca e pedalinho, não tinha esse arrego todo para o Lula e para o PT. Impressionante como um ex-presidente de direita desperta amor pelo devido processo legal até em quem já chamou ditadura de ditabranda.

    CONFORME SOLICITADO
    https://conformesolicitado.substack.com/p/conforme-solicitado-35

    assine a newsletter


    David Sylvian & Ryuichi Sakamoto - Forbidden Colours



    Learning to cope with feelings aroused in me
    My hands in the soil, buried inside myself
    My love wears forbidden colours
    My life believes in you once again

    Ofensiva & Contra-ofensiva

     
     

     

    Marcadores: ,

    A relação da imprensa com Lula

     
     
     

    Marcadores: ,

    A escolinha do professor Ernesto


     

     

     "Na ocasião, Ernesto Araújo pôs os alunos para
    estudar as Teses sobre Feuerbach. O texto,
    escrito por Marx antes de completar
    30 anos e só publicado depois de sua mor-
    te, é um acerto de contas com o materia-
    lismo – na visão de Marx, limitado – do
    filósofo alemão Ludwig Feuerbach. São
    onze teses que, para muitos estudiosos do
    marxismo, formam o primeiro esboço do
    que viria a ser conhecido como materialis-
    mo dialético. Araújo tem uma interpreta-
    ção um tanto distinta: “Marx vai dizer,
    basicamente, que Feuerbach não foi longe
    o suficiente na destruição do cristianismo.”

     
    Antes de iniciar a leitura, o diplomata ob-
    servou, en passant: “Não sei se é coinci-
    dência ou não, mas o número onze é
    importante em alguns círculos ocultistas.”
    Marx argumenta, na terceira tese,
    que o erro de Feuerbach é enxergar o ser
    humano apenas como produto das cir-
    cunstâncias – quando, na verdade, ele é
    produto e causa. O educador também
    precisa ser educado, exemplifica Marx.

     
    Ao deparar com esse trecho, Araújo teve
    uma epifania: o filósofo alemão defendia
    a doutrinação de professores. “Marxismo
    cultural praticamente puro”, comentou,
    com um sorriso nervoso. Leu trechos do
    original em alemão e encerrou a aula
    fazendo um pedido óbvio aos alunos: que
    votassem em Bolsonaro. “É o único cami-
    nho para que não caiamos no programa
    das teses sobre Feuerbach.” Lula venceu
    a eleição, e ainda não se tem notícia de tal
    programa. Araújo continua vigilante."

    LEIA REPORTAGEM DE LUIGI MAZZA

     

    disco do dia

    disco do dia

    BERNICE REAGON
    FOLK SONGS : THE SOUTH 
     
     

     

    Crescer ou crescer

     

     

     O governo coleciona iniciativas positivas,
    mas o nó górdio do seu sucesso ou fracasso
    será definido pelo incerto rumo da economia

     
    P O R A L D O F O R N A Z I E R I 

    LEIA AQUI :
     

    Black Friday de Chacina


     
    LAERTE
     
    ]
     
    JOTA CAMELO
     


     
    LAFA

     

    Marcadores: , , ,

    BERNICE JOHNSON : Freedom in the Air



    Over my head I hear music in the air. Over my head I hear music in the air. Over my head I hear music in the air; There must be a God somewhere!


    On Television On “Succession,” Everything Is Up in the Air

     

    Brian Cox and Matthew Macfadyen in “Succession.”


    "The deal with Matsson, like Logan’s plane, is up in the air; and the Roy siblings, as Connor’s love boat casts off from its East River pier, are literally unmoored."

    READ REVIEW BY REBECCA MEAD

    domingo, abril 09, 2023

    Ovos de Pascoa


    }
    JEAN



     

    FRAGA

    Marcadores: ,

    Yellow Magic Orchestra - Firecracker (1978)


    in memoriam RYUCHI SAKAMOTO

    Nas entrelinhas das demissões na Rede Globo e o que isso tem a ver com a democracia

     

    O que tem acontecido nos últimos dias nas redações da Globo ultrapassa um processo de demissão em massa para enxugar a folha salarial. É um processo de desmonte que fica muito claro quando se sabe quem está sendo demitido. Em primeiro lugar, como está claro, sai uma leva de veteranos talentosíssimos sem os quais não teria sido criado o tal padrão Globo de qualidade.
     
    É uma turma que está entre 50 e 60 anos, alguns construíram toda a sua carreira nesta única empresa. A mesma que chega agora e lhes diz: “Não precisamos mais de você.” As demissões não são apenas para economizar na folha salarial. Elas indicam um desmonte do modelo de negócios, a desarticulação da sua operação de jornalismo tal como a conhecemos hoje, com cinco telejornais nacionais diários (fora o jornalismo local que sempre foi muito importante na grade da emissora). 
     
    Entre os veteranos demitidos, tem uma turma que trabalha atrás das câmeras: editores, produtores e chefes intermediários, que fazem a roda girar, isto é, botam os telejornais de pé todos os dias. Quem não conhece a engrenagem da TV por dentro não tem ideia da estrutura de pessoal necessária para botar os noticiários no ar. A demissão desses talentos veteranos destrói uma memória de décadas de construção do padrão Globo.
     
    Goste-se ou não da empresa, essa é uma reflexão necessária que faço até mesmo em homenagem aos colegas e amigos demitidos e também às centenas de profissionais sérios que permanecem na empresa e que terão que, a partir de agora, trabalhar dobrado. É fato que as tecnologias, cada vez mais disruptivas, estão desconstruindo o mundo do trabalho, mas custa-me crer que uma empresa do tamanho da Globo não tenha capacidade de realocar essas pessoas em outras atividades.
     
    Até onde posso enxergar, a Globo está orientando sua atuação para o mercado de streaming, que precisa de pesquisadores, roteiristas e outras funções. Entre os demitidos, muitos poderiam exercer essas funções, estão no auge do seu amadurecimento profissional (e o aproveitamento no streaming é só um exemplo). Tenho dificuldade de entender como podem ser descartados numa canetada por corte de custos quando se sabe que a família proprietária da empresa está na lista dos mais ricos do Brasil. A verdade é que jornalistas mais velhos, mais experientes e mais maduros, em geral, são também mais críticos, fazem mais perguntas, questionam mais. 
     
    Não pude deixar de observar também um certo requinte de crueldade em algumas demissões. Tomo o cuidado de não mencionar nomes porque não há uma lista oficial das dispensas e o que soube foi o que li na imprensa. Alguns veículos tiveram que publicar “erramos” por terem noticiado nomes de jornalistas que não foram demitidos. Mas quero mencionar duas situações. Uma delas foi a demissão de uma apresentadora (de uma emissora afiliada) que acaba de voltar da licença maternidade. O recado é: “Jornalistas mulheres, não engravidem.”
     
    A outra situação é a de um repórter investigativo, daqueles que só trabalham com assunto complicado, “cabeludo”, como se diz na profissão. Repórteres investigativos precisam da retaguarda das empresas em que trabalham porque, não raro, ficam expostos a riscos e ameaças daqueles a quem incomodam. Vejo aí uma mensagem velada de descompromisso com seus profissionais, mesmo aqueles que tanto se arriscam para fazer matérias relevantes, que envolvem uma série de perigos e que, por isso mesmo, alavancam a audiência.
     
    É tudo muito desrespeitoso e chocante. E ainda vai piorar. O avanço da Inteligência Artificial terá efeitos ainda mais avassaladores e disruptivos no mercado de trabalho. A sensação que tenho é que as empresas de comunicação precisarão apenas de “operadores”e não mais de jornalistas com senso crítico e capacidade de compreender o mundo à sua volta. A IA será devastadora para o mundo do trabalho, irá concentrar ainda mais capital, mais poder econômico e – o pior de tudo – mais poder editorial. Isso é um perigo – mais um – para a democracia no Brasil.
     


    e o blog0news continua…
    visite a lista de arquivos na coluna da esquerda
    para passear pelos posts passados


    Mas uso mesmo é o

    ESTATÍSTICAS SITEMETER