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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, março 01, 2025

    Crystal Palace Park


     

    Sem diplomacia, vergonha ou limites, Trump tenta impor nova ordem

     

     


    JAMIL CHADE 

    Donald Trump já deixou claro: não irá fazer diplomacia. Atuará com a força, tanto bélica quanto econômica e comercial. Sua construção de uma nova ordem não passa pela paz. Mas pela capitulação do adversário.
     
    Em 40 dias no poder, desmontou as bases do direito internacional e partiu para uma operação de uma velocidade impactante para tentar impor sua hegemonia.
     
    Chantagear e fazer bullying são suas armas diplomáticas preferidas. E faz questão de usá-las. Como me disse Steve Levitsky, autor do best-seller “Como morrem as democracias”, Trump sente prazer em humilhar nações estrangeiras.
     
    O último deles foi Volodymyr Zelensky, pisoteado ao vivo para todo o mundo.
     
    Em outras escalas, ele fez isso também com a Colômbia, ameaçando impor sanções diante da crise dos imigrantes, e atuou da mesma forma com o Panamá, ao exigir que o país encerrasse a aproximação com a China.
     
    Ao telefone, logo no início de seu governo, teve uma conversa tensa com a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen. O assunto era o destino da Groenlândia e, por 45 minutos, o americano ameaçou retaliações caso os europeus não iniciassem uma negociação para repassar o território aOs EUA. Quem acompanhou a conversa saiu em choque.
     
    Promoveu um boicote na reunião de chanceleres do G20, atacou a África do Sul, deixou o Conselho de Direitos Humanos da ONU e o Acordo de Paris, retirou recursos para dezenas de entidades internacionais e enfrentou árabes e o direito internacional ao anunciar que iria “tomar” Gaza.
     
    Mais recentemente, instruiu sua base a não mais citar o termo Cisiordânia em rererência
    ao território palestino. E, sim, Judeia e Samaria, numa alusão aos “direitos bíblicos de Israel” sobre o local.
     
    Mandou ameaças ao Brics e tripudiou o primeiro-ministro do Canadá ao sugerir que os EUA anexariam um país soberano.
     
    Ofendeu mexicanos e rebatizou uma região do mundo que, por 400 anos, era chamada de Golfo do México.
     
    UOL


    In "I'm Still Here," a remarkably stoic Fernanda Torres keeps the memory alive

     

    Fernanda Torres as Eunice in "I’m Still Here” (Courtesy of Sony Pictures Classics/Alile Onawale)

     

    "Walter Salles’ “I’m Still Here,”is not the typical home invasion movie. There are no violent assaults, stolen goods or damaged property. The film doesn’t feature any of the tropes that we’ve desensitized ourselves to. It is simply a tale of how easily our repose can be inverted into repulsion. And that’s what makes it all the more terrifying. 

    As Eunice, Torres subverts the image of a doting homemaker suffering in the absence of her breadwinning patriarch. She doesn’t agonize or tolerate her predicament, she endures. Torres’ fortitude brims from the screen like sweet maternal comfort. Among all of the women in contention for an Oscar this year, Torres’ work stands out as the warmest; a wonderfully complex performance that spotlights the work mothers do, and how often and innately they must bear the weight of the world in silence to keep it from burdening their families."

    READ REVIEW BY COLEMAN SPILDE

    In "I'm Still Here," a remarkably stoic Fernanda Torres keeps the memory alive | Salon.com

    plantando o futuro....


     

    Negociando divida com agiota

    JORGE O MAU

     
     

    FRAGA


     

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    Moda da Pinga | Paulo Freire, Ceumar e Lui Coimbra



    Com a marvada pingaÉ que eu me atrapaioEu entro na venda e já dou meu taioPego no copo e dali num saioAli memo eu bebo, ali memo eu caioSó pra carregar é que eu dô trabaio

    Crystal Palace Park


     

    Isabella Rossellini: Model, actress, ethologist, Oscar nominee

     

     "Rossellini, the model turned actress turned animal behaviorist (“ethologist” is the term she uses), was giving a tour of her operation, nestled on 30 acres in a village in the middle of Long Island, one bright afternoon last week. There were goats and ducks and 150 chickens, now kept safely in their coops to protect them from bird flu.

    Before she picked me up at the train station, she had checked on the bees personally — “because everyone’s afraid of them,” she said — making sure they had food and were warm enough. “They have to keep themselves at 97 degrees, even if it is 20 outside,” Rossellini said. “They do like the penguins — they create a ball, and vibrate to create heat.”

    Besides being a caretaker and trove of animal facts, Rossellini is also, at 72, a first-time Oscar nominee, as a supporting actress, for her small but pivotal role in “Conclave.” As Sister Agnes, an alert Mother Superior who holds her tongue until her morals lead her otherwise, Rossellini has some of the best lines in the movie. The Vatican-set dramatic thriller, about choosing a new pope, is also up for seven other awards, including best picture.

    For Rossellini, who imagined that notable acting jobs were in her rearview, it was an unexpected, and overwhelming, recognition. She is now in the record books, as one of the few mother-daughter pairs to be nominated: Her mother, Ingrid Bergman, was up for seven Oscars and won three, starting in 1944. If Rossellini goes home with the prize, it would make them the first winning mother-daughter twosome in history. Rossellini’s father, the neorealist filmmaker Roberto Rossellini, also landed one nomination, in 1950."

     
    more in the interview by Melena Ryzik

     Isabella Rossellini: Model, actress, ethologist, Oscar nominee

    In This Trump Presidency, the Domination Will be Televised

     A rear shot of President Trump as he salutes

     

    "Seeking the media spotlight is nothing new for Mr. Trump. But in his second term, there is already a pronounced trend in how he and his allies are using imagery with an almost imperial aesthetic to project an air of ubiquity, authority and invincibility.

    On TV news and social media, his immigration-enforcement raids are being packaged like mini reality-TV shows — complete with perp walks and even guest stars — to flood viewers with images of relentless action. His signing ceremonies are playlets of theatrical conquest. Even in his inaugural portrait, where he smiled in 2017, he now scowls."


    read artile by James Poniewozik

    In This Trump Presidency, the Domination Will be Televised – DNyuz

    Gene Hackman, Hollywood’s Consummate Everyman, Dies at 95

     

     Gene Hackman looks into the camera while resting his arm on a fence.

    "The familiar characterization of Mr. Hackman was that he was Hollywood’s perfect Everyman. But perhaps that was too easy. His characters — convict, sheriff, Klansman, steelworker, spy, minister, war hero, grieving widower, submarine commander, basketball coach, president — defied pigeonholing, as did his shaded portrayals of them.
     
    Still, he did not deny that he had a regular-Joe image, nor did he mind it. He once joked that he looked like “your everyday mine worker.” And he did seem to have been born middle-aged: slightly balding, with strong but unremarkable features neither plain nor handsome, a tall man (6-foot-2) more likely to melt into a crowd than stand out in one.
     
    It was Mr. Hackman’s gift to be able to peel back the layers from characters who carried the weight of middle age."
     


    sexta-feira, fevereiro 28, 2025

    Zen e a arte de esperar sentado



    MARIO BAGG

     

    Humilhado pela Ucrânia na ONU, Trump revidou em praça pública

     


     JAMIL CHADE

    Os ataques públicos de Donald Trump contra Volodymyr Zelensky ocorrem dias depois de a diplomacia do republicano ter sido humilhada na ONU ao tentar impor sua proposta de paz na Ucrânia.


    No início da semana, em Nova York, o governo Trump propôs uma resolução que pediria o fim da guerra. Mas sem acusar a Rússia de invadir o país vizinho, nem qualquer compromisso que significasse a retirada das tropas de Vladimir Putin.


    Zelensky resolveu comprar briga. Apoiado por europeus, ele despachou para Nova York uma de suas vice-ministras e, na Assembleia Geral da ONU, criticou abertamente a Casa Branca.

    O discurso abriu caminho para que outras delegações subissem ao palco para atacar o estilo de diplomacia de Trump, arrancando aplausos dos demais governos.


    A diplomacia dos EUA sofria sua primeira grande derrota internacional. A proposta ucraniana foi amplamente votada e foi aprovada, denunciando a Rússia e rejeitando o plano de Trump.


    Já a resolução americana foi alvo de emendas e ficou absolutamente descaracterizada. Nem o governo Trump acabou votando por seu texto original.


    Horas depois, no Conselho de Segurança da ONU, EUA e Rússia fizeram valer seu veto, impediram que a proposta dos europeus prosperasse e aprovaram sua própria resolução.


    Mas sem o respaldo global.


    Nos bastidores, diplomata de alto escalão alertavam que aquela humilhação não iria sair barata.

    Não ficou. E Trump esperou as câmeras de todo o mundo estarem voltadas para seu próprio "cercadinho" —no caso, o Salão Oval da Casa Branca— para humilhar Zelensky e rejeitar um acordo.
     

    Roberta Flack ~ Feel Like Makin' Love 1974 Soul Purrfection Version (in memoriam)



    That's the time I feel like making love to you

    That's the time I feel like making dreams come true

    O golpista esta nu!

    MOR
     

     
     
    FRAGA
     


    IOTTI

     

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    Passion of the 10th St. Blues NYC '77 - New York Junk


     

    Discreto, Gene Hackman soube fazer qualquer papel ao seu alcance

     A imagem mostra um grupo de policiais e civis em uma cena de tensão. Um homem em primeiro plano, vestindo um casaco preto e um chapéu, segura uma arma e parece estar em posição de alerta. Ao fundo, há vários carros de polícia e outros homens, alguns com roupas casuais, observando a situação. A cena ocorre em uma área urbana, com estruturas de concreto visíveis.

     "Talvez sua declaração mais famosa seja esta: "Me preparei para ser ator, não uma estrela. Me preparei para interpretar papéis, não para lidar com fama, agente, advogados e imprensa.""

    leia obit por INACIO ARAUJO

    Discreto, Gene Hackman soube fazer qualquer papel ao seu alcance | Diario de Cuiabá

    Por que o Oscar reflete o medo de Hollywood com presidente Donald Trump

     Estatuetas do Oscar exibidas na Grand Central, em Nova York, em 2011

     "Após a estreia no Festival de Cannes, em maio passado, advogados de Trump mandaram uma carta aos produtores repleta de ameaças para impedir a distribuição do filme. “O Aprendiz” demorou meses para encontrar uma distribuidora, teve estreia modesta nos cinemas e hoje está disponível para streaming. Stan disse que não pôde participar de um segmento de vídeo com a revista Variety porque nenhum agente de Hollywood liberou seus atores para gravar uma conversa com ele.

    O elogiado documentário “Union”, que esteve na pré-lista de indicados, ainda não conseguiu um distribuidor. O filme mostra a luta de um grupo de empregados que tentam organizar um sindicato num depósito da Amazon. O mesmo destino teve “Sem Chão”, aclamado pela crítica, que documenta a resistência de uma comunidade palestina à expulsão da Cisjordânia."


    LEIA COLUNA DE LUCIA GUIMARAES

    Por que o Oscar reflete o medo de Hollywood com presidente Donald Trump - THMais - Você por dentro de tudo

    Trump e Zelenski batem boca, cancelam entrevista e ucraniano deixa a Casa Branca

     

     A imagem mostra dois homens sentados em um ambiente formal. À esquerda, um homem com cabelo curto e barba, vestindo uma camiseta preta, está gesticulando com a mão esquerda. À direita, um homem com cabelo grisalho, usando um terno azul e uma gravata vermelha, está apontando com o dedo indicador. Ao fundo, há uma lareira e detalhes arquitetônicos na parede.

    "Ao vivo, o americano ameaçou o ucraniano, dizendo que os EUA "estarão fora" se ele não aceitar uma trégua com Vladimir Putin, que invadiu o vizinho há três anos."

    LEIA REPORTAGEM DE IGOR GIELOW

    Zizi Possi - O Circo Místico (Edu / Chico)


    Não
    Não sei se é um truque banal Se um invisível cordão Sustenta a vida real
    Cordas de uma orquestra Sombras de um artista Palcos de um planeta E as dançarinas no grande final

    IN MEMORIAM CACÁ DIEGUES

    Mr. Pope

     

    Jeffrey St. Clair>>

    Pope Francis had sent a letter to US bishops decrying mass deportation and rejecting “any measure that tacitly or explicitly identifies the illegal status of some migrants with criminality.” The actual “ordo amoris,” he writes, is the ethos of the Good Samaritan. When MAGA attacks Francis (they already refer to him derisively as “Mr. Pope”) for this powerful restating of Jesus’s teachings, will AG Pam Bondi’s “anti-Christian bias” commission investigate? Or write him off as “not a real Christian” because he doesn’t own an AR-15?

    Perhaps Bondi could begin her investigations into “anti-Christian bias” with Trump’s Border Czar Thomas Homan, the man credited with inventing the child separation policy: “I’ve got harsh words for the Pope. Pope ought to fix the Catholic Church. He wants to attack us securing our border? He has a wall around the Vatican, does he not? So he has a wall to protect his people and himself, but we can’t have a wall around the United States?”

    + Does Homan not realize that 97% of the people ICE will be dragging out of churches are devout Catholics and thus part of the Hippie Pope’s flock? More likely he just doesn’t give a shit. But imagine the outrage if someone in the Biden adm had told the Pope to shut up about abortion?

    + By the way, there is an ancient wall around the Vatican. Still, the gates are wide open, and anyone can enter regardless of faith, ethnicity, or country of origin–no passport is needed, not even one of those much hated but rarely seen vaccine passports.

    + In anticipation of housing thousands of migrants swept up in ICE raids, Damon Hininger, CEO of private prison outfit Core Civic, told investors this week: “I’ve worked at CoreCivic for 32 years, and this is truly one of the most exciting periods in my career … We’re anticipating .. The most significant growth in our company’s history.”

    quinta-feira, fevereiro 27, 2025


     

    The Record Company - Life To Fix



    I got this life to fixThrew it all out in a ditchBroken down when I was sickGotta build it back up brick by brick

    Por que Nísia Trindade caiu

     

    "Ministra iniciou resgate do SUS após devastação bolsonarista e lançou políticas inovadoras. Mas seu rigor não combinava com governança baseada em acertos com Centrão. Padilha terá trabalho árduo para evitar lógica do balcão de negócios"

    por GABRIELA LEITE

    Por que Nísia Trindade caiu - Outras Palavras

    Torcida pela morte do papa Francisco nas redes mostra escalada do odio

     


     

    LEONARDO SAKAMOTO

    Desde que o papa Francisco passou a lutar pela vida no hospital Gemelli, em Roma, devido a um grave quadro respiratório, há um rosário de autointitulados cristãos torcendo por sua morte (incluindo requintes de crueldade) nas redes sociais. Provando que a ultrapolarização derreteu os miolos de muita gente, acusam Francisco de ser “comunista” e pedem para que sua vida seja ceifada.

    Não irei citar o nome dos santos, apenas trazer trechos dos seus milagres, para não acender vela para quem não merece: “Vou festejar muito o dia em que esse papa for para o inferno”, “papa comunista tem que morrer”, “todo sofrimento do mundo é pouco para essa desgraça”, “espero que morra agonizando”, “nunca foi papa, foi um vagabundo comunista que adora terrorista”, “logo este papa comunista vagabundo sem vergonha que cagou no trono de Pedro vai comer capim pela raiz”, “vou rezar para que ele morra logo”.

    O comportamento desse naco violento conseguiu juntar políticos e influenciadores da esquerda à extrema direita, que alertam que, independentemente de se concordar ou não com as posições de Francisco, não é admissível alguém que se intitula cristão e, especificamente, católico, torça pela morte de alguém, ainda mais um líder religioso conhecido por pregar a solidariedade.

    A acusação de “comunista” não é novidade. Ele mesmo tratou do assunto em uma entrevista ao canal C5N, da TV argentina, em 2023: “Padre, você é comunista? Minha carta de identidade é Mateus 25. Leia Mateus 25 e veja se quem escreveu não era comunista. Tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber, estive nu e me vestisse. Essa é a regra de conduta”.
    Isso me lembra de uma citação atribuída ao já falecido Hélder Câmara, arcebispo de Olinda e Recife, que lutou contra a ditadura e esteve sempre ao lado dos mais pobres: “Se falo dos famintos, todos me chamam de cristão, mas se falo das causas da fome, me chamam de comunista”.

    Mas uma coisa é tachar o papa é comunista, outra é desejar e defender a sua morte, o que reforça a escalada do ódio, a banalização da violência e a eliminação do outro como instrumento de debate social

    UOL

    quarta-feira, fevereiro 26, 2025

    Urubu & Picapau | Buzzard & Woodpecker



    Roberta Flack - First Time Ever I Saw Your Face 1972 (in memoriam)



    And the first time ever I kissed your mouthI felt the earth move in my handLike the trembling heart of a captive birdThat was there at my command, my love

    Musk sugere confisco de bens de Moraes nos EUA


     JAMIL CHADE

    O bilionário Elon Musk, um dos principais nomes do governo de Donald Trump, sugeriu nas redes sociais que poderia defender o confisco de bens do ministro do STF Alexandre de Moraes. Numa postagem, ele questionou se o brasileiro conta com propriedades nos EUA.

    "Moraes não possui propriedades nos EUA?", perguntou o empresário e aliado do presidente americano.

    Seu comentário foi feito como resposta a uma publicação na rede X indicando um discurso de Alexandre de Moraes, no final de semana, acusando as plataformas digitais de adotar uma "ideologia fascista".

    A pergunta de Musk foi respondida por Paulo Figueiredo, neto do último ditador do regime militar, João Figueiredo (1979-1985), e que foi investigado pela Polícia Federal por envolvimento na tentativa de golpe de Estado no Brasil.

    Figueiredo, que mora nos EUA, sugeriu que Moraes sequer precisaria ter ativos nos EUA, já que a inclusão de seu nome na lista de pessoas sob sanção permitiria que bancos nos EUA vetassem qualquer abertura de contas em seu nome.

    Musk respondeu: "Interessante".

    A ideia de sanções contra Moraes já faz parte da consideração do governo americano. O UOL apurou que o tema está no gabinete de Donald Trump.

    Nesta quarta-feira, uma lei que permitiria a adoção de sanções contra pessoas que atuem a favor da censura contra empresas e pessoas nos EUA será votada numa das comissões do Congresso americano. O projeto deve ser aprovado, diante da maioria republicana no órgão. Mas apenas se transformará em lei quando chegar à plenária.

    Um dos focos da lei é Moraes, diante de sua ação contra a plataforma X, ainda em 2024.

    Ainda que nos EUA ele esteja sendo qualificado como um "operador da censura", a ofensiva omite as violações cometidas pelas empresas no Brasil. A suspensão ocorreu depois que a X se recusou a indicar um representante legal no país, uma exigência da legislação nacional.

    Mas as sanções contra o ministro brasileiro também foram sugeridas no processo da Rumble e das empresas de mídia de Donald Trump contra Moraes.

    Manipulando dados e fatos no documento apresentado às cortes na Flórida, as duas empresas insistem que Moraes repetiu o mesmo comportamento do Tribunal Penal Internacional ao ameaçar os interesses de cidadãos e empresas americanas. A corte internacional foi alvo de sanções e seu procurador-geral teve seus bens confiscados nos EUA.

    Para diplomatas e interlocutores em Washington ouvidos pela reportagem, o palco de uma crise política entre Donald Trump e o Brasil está sendo montado.

    A declaração de Musk nas redes também foi vista como uma demonstração de que o governo Trump poderia estar disposto a entrar em uma crise diplomática e política com o Brasil, por conta de Jair Bolsonaro.

    Os ataques de Musk são, em parte, fruto de uma articulação da extrema direita mundial e das repetidas viagens de Eduardo Bolsonaro aos EUA. Foram três em menos de um mês.

    Já na semana passada, em uma série de publicações nas redes sociais, os republicanos e seus aliados reforçaram ataques contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, contra o STF e repetiram a narrativa de que existiria uma suposta censura sendo aplicada no Brasil.

    Em todas as postagens, é omitido a tentativa de golpe de estado no Brasil, a difusão de desinformação e os ataques bolsonaristas contra as instituições.

    No Palácio do Planalto e entre diplomatas brasileiros, o temor é de que o bolsonarismo tente atrair o governo Trump para a eleição em 2026, no país. Embaixadores experientes também admitiram que essa relação entre as alas mais radicais desses movimentos populistas nos EUA e no Brasil pode abalar os esforços do governo de usar canais tradicionais para negociar com a Casa Branca.
    Suspensão da Rumble

    Na semana passada, Moraes suspendeu plataforma Rumble depois de a empresa não indicar um representante legal no Brasil. Era a oportunidade que bolsonaristas e a base do governo de Donald Trump esperavam para manipular uma justificativo de uma eventual ação contra o juiz brasileiro.

    Em dezembro de 2023, a plataforma foi fechada no Brasil. Oficialmente, a empresa indicou que, por discordar de uma decisão de Moraes de remoção de conteúdo do influenciador Monark, ela optou por deixar o país. Outras plataformas simplesmente seguiram as sentenças do Judiciário.
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    Mas a companhia retomou suas atividades em fevereiro de 2025, indicando que a vitória de Trump na eleição nos EUA teria facilitado essa decisão.

    Com seu retorno, contas que tinham sido banidas como a de Allan dos Santos e que disseminavam desinformação sobre o sistema eleitoral nacional foram retomadas.

    A armadilha estava montada. O CEO da empresa, Chris Pavlovski, indicou que não cumpriria as decisões do STF e, caso seja suspensa, observadores nos EUA e no Brasil apontam que o banimento pode se transformar numa crise diplomática.

    Trump usa a Rumble como plataforma para sua própria rede social e um ataque contra a empresa seria considerado como um ataque contra os aliados da Casa Branca.


    Precedentes de sanções

    Para os advogados da Rumble e das empresas de Trump, as "táticas extrajudiciais do juiz Moraes também estão em conflito direto com política pública dos EUA, conforme articulado na Ordem Executiva 14203, emitido pelo presidente Trump no início deste mês". O decreto se opõe a "excessos judiciais estrangeiros que buscam impor jurisdição a entidades dos EUA sem consentimento".

    "Ao coagir a Rumble a nomear advogados brasileiros e ameaçando com ações punitivas se ela não cumprir, as ações do ministro Moraes espelham o tipo de conduta extraterritorial condenada pela Ordem Executiva", afirmam no processo contra o brasileiro.

    "Suas ordens também visam contornar a determinação prévia do governo dos EUA, ameaçando a soberania da lei dos EUA e minando a cooperação internacional", diz.

    Para a defesa de Trump, "os paralelos entre as ações do Tribunal Penal Internacional condenadas na Ordem Executiva 14203 e a conduta do juiz Mores são impressionantes".

    "Ambas envolvem atores judiciais estrangeiros que pretendem afirmar jurisdição extraterritorial sobre indivíduos e entidades além de seu alcance legítimo ou sem o consentimento dos EUA", afirmam.

    Assim como o decreto de Trump descreve as investigações de Haia e os mandados de prisão contra cidadãos americanos como ilegítimos e ameaçadores, "as ordens de mordaça do ministro Moraes buscam impor leis de censura brasileiras a empresas sediadas nos EUA, infringindo o discurso protegido pela constituição e operando fora dos limites permissíveis da autoridade judicial", afirmam.

    Segundo eles, as ordens de Moraes "seguem o mesmo padrão de exagero: visam empresas sediadas nos EUA como Rumble e TMTG, essas ordens exigem a remoção de conteúdo legal conteúdo que não viola a lei dos EUA".

    "Assim como as ações do Tribunal Penal Internacional descritas no decreto, as ações do Ministro Moraes desconsideram a soberania dos Estados Unidos ignorando os canais legais apropriados para cumprir e fazer cumprir tais ordens, aplicando unilateralmente ordens legais estrangeiras a entidades e atividades americanas que estão em total conformidade com a lei dos EUA", completam.

    De acordo com a denúncia, a ordem executiva "enfatiza ainda que o excesso judicial estrangeiro não é uma questão meramente processual, mas uma ameaça substantiva aos Estados Unidos".

    Ou seja, há uma margem para que medidas políticas sejam tomadas.

    Em outro trecho, uma vez mais os advogados fazem a comparação entre a entidade sob sanções americanas e Moraes.

    "A ordem executiva tem como alvo ações que interferem na conduta legal de acordo com a legislação dos EUA. As Ordens de Mordaça do Ministro Moraes obrigam a remoção de discursos lícitos dos EUA discurso legítimo dos EUA que é totalmente protegido pela Primeira Emenda e protegido por imunidades estatutárias", insistem.

    O decreto, segundo eles, "rejeita explicitamente os esforços do TPI para reivindicar jurisdição sobre estados não consentidos ou seus cidadãos, enfatizando o princípio de que a soberania não pode ser prejudicada por ações judiciais unilaterais".

    "Da mesma forma, as ações do ministro Moraes representam uma extensão ilegítima poder judiciário brasileiro nos Estados Unidos, visando empresas sediadas nos EUA e e suas operações globais, contornando os canais legais", argumentam.

    Para completar, a defesa de Trump faz um alerta:

    "A ordem executiva 14203 adverte sobre o precedente estabelecido quando tribunais internacionais ou estrangeiros que reivindicam autoridade sobre nações que não consentiram com sua jurisdição. As ações do ministro Moraes, se não forem controladas, criarão um
    precedente perigoso pelo qual tribunais estrangeiros poderiam rotineiramente impor suas leis às empresas americanas se elas decidissem ignorar os canais legalmente estabelecidos".

    UOL



    A Velha = Monica Salmaso



    Lá em casa tinha uma velhaEssa velha tinha uma camaE debaixo da cama, uma cumbuca
    Dentro da cumbuca, um ratoNo meio da sala, um cachorroPerto da cumbuca, um gato

    Trump Posts Video Of AI-Generated ‘Future Of Gaza.



    CNN  — US President Donald Trump posted a video on his Truth Social account late on Tuesday, which appears to have been created with generative AI, promoting the transformation of Gaza into a Gulf state-like resort featuring a golden statue of himself, a hummus-eating Elon Musk, and shirtless American and Israeli leaders lounging on a beach.

    “No more tunnels, no more fear,” a voice sings over a dance beat. “Trump Gaza is finally here!”     

    Trump quer reconstruir a faixa de Gaza

    QUINHO
     

     
    CELLUS
     

     
     
     
    ALECRIM

     

    Marcadores: , , ,

    Quilombo, o el dorado negro



    ExistiuUm eldorado negro no BrasilExistiuViveu, lutou, tombou, morreu, de novo ressurgiu
    RessurgiuPavão de tantas cores, carnaval do sonho meuRenasceuQuilombo, agora sim, você e eu

    in memoriam CACÁ DIEGUES

    César Lacerda - Por um segundo



    penso no acaso e em mil formas de te ganharde te encontrar novamente sem tempo e sem lugar
    por um segundo, confesso, eu imagineique o mundo inteiro fazia um silêncio pra nóscem mil pessoas queriam que a gente se visse alie nós dois também

    terça-feira, fevereiro 25, 2025

    Mother Nature's Son




    MARIO BAGG

     

    Which Innie-Outie Love Triangle Will Explode First? & Other Severance Questions.

     

     

     

    "Welcome to Romance Week on Severance. Love is in the air. Maybe it’s not love, actually. What do you call it when a group of people who’ve had experimental brain procedures start dealing with the ramifications of that by having intercourse at work and dining awkwardly with their secret-work-boyfriend’s partner and sharing hugs with the wife they only just recently met? Because that’s in the air, whatever it is.

    Also in the air: mysteries, as always. We have new ones about Burt’s past and Helena’s intentions and Miss Huang’s skill set as a practitioner of emergency medicine. We also don’t know what Cobel has been up to or why Milchick appears to be having a full-on breakdown over his performance review. There are only a few episodes left in the season to start providing answers to all of these, or at least some of them.

    But while we wait for those answers, as always, we have some questions that need to be asked …"

    Which Innie-Outie Love Triangle Will Explode First? & Other Severance Questions.

     


    Yes, It Can Happen Here. And the Movies Warned Us

     

    I'm Still Here

     

    "I’ve been watching movies about political oppression, and scenarios like this one, for most of my life. But in all that time, I can honestly say that I’ve rarely experienced such a bone-chilling reaction as the one I had watching “I’m Still Here.” The movie itself, especially the first hour, is powerful. But that’s not what it was; I’ve seen plenty of powerful political films. What felt new to me — and intensely disquieting — was taking in a saga of repression like this one and wondering if it now had the potential to happen in America. I felt as if it was a question I’d never had to ask myself before"

    READ ARTICLE BY OWEN GLEIBERMAN

    Yes, It Can Happen Here. And the Movies Warned Us

    The Incompetence of DOGE Is a Feature, Not a Bug

     

     

    By Brian Barrett
    WIRED
     
     

    Within just the last week or so, Elon Musk’s DOGE hit team of mostly young, almost exclusively male engineers and executives have done the following:

    • Pushed a website live to track “savings” that showed no savings for several days and made it trivially easy for random people on the internet to make changes to it.
    • Published classified information on that same website.
    • Got called out for accidentally inflating that savings amount by $7.992 billion, and doubled down on their inaccuracy before they fixed it.
    • Fired hundreds of people who work on nuclear security, then scrambled to rehire them, except they had nuked all the work email addresses and personnel files so they didn’t know how to get in touch.
    • Basically the same deal, except with the US Department of Agriculture employees working to protect the country from a looming bird flu crisis.
    • Rehired a 25-year-old engineer with a stack of racist tweets to his name.
    • Spouted a bunch of nonsense conspiracy theories about who’s getting Social Security benefits. (OK, that was all Musk.)

    That’s just a sampling. It doesn’t include the damage born of purging thousands of workers across multiple government agencies, the consequences of which will reverberate in both obvious and unexpected ways for a generation—not to mention the near-term impact that arbitrarily spiking the unemployment rate will have on the US economy. It doesn’t include the opportunity cost of tossing hundreds of government contracts and programs into a bonfire.

    This is just the truly dumb stuff, the peek behind the veil of DOGE, the confirmation that all of this destruction is, in fact, as specious and arbitrary as it seems. When in doubt, tear it all down, see what breaks, assume you can repair it—maybe with AI? It’s the federal government; how hard can it be?

    This is incompetence born of self-confidence. It’s a familiar Silicon Valley mindset, the reason startups are forever reinventing a bus, or a bodega, or mail. It’s the implacable certainty that if you’re smart at one thing you must be smart at all of the things.

    It doesn’t work like that. Michael Jordan is the best basketball player of all time; when he turned to baseball in 1994, Jordan hit .202 in 127 games for the AA Birmingham Barons. (For anyone unfamiliar with baseball stats, this is very bad. Embarrassing, honestly.) Elon Musk is the undisputed champion of making money for Elon Musk. As effectively the CEO of the United States of America? Very bad. Embarrassing, honestly.

    Just look at all of those firings. DOGE has targeted so-called probationary employees first, often without regard for their skill or the necessity of their roles. Do you know what a probationary employee is? It’s people who have been in their position for less than a year, or in some cases less than two years. That means new hires, sure, but also experienced workers who recently transferred departments or got promoted.

    Not only does DOGE not seem to understand this, it has given no indication that it wants to understand. These are the easiest employees to fire, legally speaking, so they’re gone. It even changed the length of the probationary period—from one year of service to two—in order to super-size its purge of the National Science Foundation.

    It takes a certain swashbuckling arrogance to propel a startup to glory. But as we’ve repeatedly said, the United States is not a startup. The federal government exists to do all of the things that are definitionally not profitable, that serve the public good rather than protect investor profits. (The vast majority of startups also fail, something the United States cannot afford to do.)

    And if you don’t believe in the public good? You sprint through the ruination. You metastasize from agency to agency, leveling the maximum allowable destruction under the law. DOGE’s costly, embarrassing mistakes are a byproduct of reckless nihilism; if artificial intelligence can sell you a pizza, of course it can future-proof the General Services Administration.

    Worse still, none of this will actually help DOGE make a dent in its purported mission. What’s efficient about firing people you have to scramble to hire back? What are the cost savings of a few thousand federal employees compared to the F-35 program? What are we even doing here, actually?

    There are two possible explanations for this mess. One is that Musk and DOGE have no interest in the government, or efficiency, but do care deeply about the data they can reap from various agencies and revel in privatization for its own sake. The other is that a bunch of purportedly talented coders have indeed responded to a higher civic calling but are out here batting .202.

    Musk did have a rare moment of self-awareness late last week, during an Oval Office appearance with his 4-year-old son and President Donald Trump. “We will make mistakes,” he said, “but we'll act quickly to correct any mistakes.”

    So far he’s half right.

     
     

     

    The First Democracy

     JEFFREY ST. CLAIR>

    + As we bear first-hand witness to the evisceration of “democracy” in our own country by the billionaire class, it’s perhaps helpful to consult what the Greeks now think about the failure of what’s considered–rightly or wrongly–the first democracy, the one that briefly bloomed in fifth century BC Athens before being crushed and supplanted by a dictatorship of oligarchs and eventual imperial occupation, first by the Macedonians, then the Romans. Here’s the view of contemporary Greek political philosopher Takis Fotopoulos:

    The final failure of Athenian democracy was not due, as it is usually asserted by its critics, to the innate contradictions of democracy itself but, on the contrary, to the fact that the Athenian democracy never matured to become an inclusive democracy. This cannot be adequately explained by simply referring to the immature “objective” conditions, the low development of productive forces and so on—important as may be—because the same objective conditions prevailed at that time in many other places all over the Mediterranean, let alone the rest of Greece, but democracy flourished only in Athens.

    + The word that leaps out at me from Takis Fotopoulos’s post-mortem is “inclusion,” now being elided anywhere it’s found in the federal government here, with consequences that would surely be familiar to Demosthenes.

    + Keeanga-Yahmatta Taylor: “It is easy to dismiss D.E.I. programs as ineffectual, because in many ways they have been. But that raises the question of why the right is so determined to undermine and dismiss them.”


     

    Caguei pra prisão !

    QUINHO
     


    MIGUEL PAIVA
     

    MOR
     

     

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    Roberta Flack - Killing Me Softly With His Song (in memoriam)



    But he just kept right on

    Strumming my pain with his fingers
    Singing my life with his words
    Killing me softly with his song
    Killing me softly with his song
    Telling my whole life with his words
    Killing me softly with his song

    Pele Debaixo da Unha - Alberto Salgado



    Eu tava andando no lombo do pensamento
    Mais lento que um jumento como ninguém viu
    Com as sandálias de couro de São Francisco
    Pequei quando tropecei na "Puta que pariu! "

    Eu arranquei a pele debaixo da unha
    Eu arranquei a minha pele debaixo da unha

    E eu fui pro forró
    Dançar xaxado sem a pele debaixo da unha

    Pode arrancar o tampo
    Mas eu não deixo de xaxar de maneira nenhuma

    Leno e Lilian - Pobre menina (in memoriam)



    Tão pobrezinha, ela mora em um barracãoE todo mundo quer magoar seu coraçãoA mim não me interessa quem sejam seu paisPorque, pobre menina, eu te quero demais

    segunda-feira, fevereiro 24, 2025

    Bill Callahan - Winter Road


    The road is dangerousAnd pretty and whiteTires spinning on snowWorld spinning heavy and slowAnd I'm headed home
    Time itself means nothingBut time spent with you

    Crystal Palace Park


     

    Liberdade de Agressão



    NANDO MOTTA

     

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    O recado de Musk e Milei para Barroso e os togados -

     


    BRUNO CARAZZA

    “Tribunal de Rondônia garante salários acima de R$ 400 mil a juízes”. “Em Minas, 32 magistrados receberam salários de mais de R$ 300 mil em 2024”. “Todos os juízes do Tribunal de Justiça de Sergipe receberam salários acima do teto”. “Tribunais usam ‘dezembrada’ para pagar benefícios e penduricalhos milionários a juízes”. “Ministério Público de São Paulo autoriza penduricalho de até R$ 1 milhão a promotores”.

    Apesar de todas essas evidências factuais, coletadas em manchetes de jornais publicadas apenas no último mês, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, mais uma vez minimizou os absurdos remuneratórios no Poder que dirige. No discurso de abertura do ano judiciário, Barroso declarou que “é preciso não supervalorizar críticas que muitas vezes são injustas ou frutos da incompreensão do trabalho dos juízes”.

    Dados do Conselho Nacional de Justiça informam que os cerca de 18 mil magistrados brasileiros receberam em 2023 um total de R$ 9,76 bilhões em subsídios - o que representa uma média de R$ 41,9 mil mensais, incluindo o 13º. No entanto, houve ainda um montante de R$ 8,44 bilhões em pagamentos eventuais e indenizatórios, os famosos “penduricalhos”. Feitos os descontos de imposto de renda, previdência social e outros abatimentos, o magistrado médio brasileiro levou para casa, líquidos, R$ 742,2 mil naquele ano - uma média mensal de R$ 57,1 mil.

    Para além do custo fiscal, que Barroso relativizou argumentando que o Judiciário brasileiro é um dos mais produtivos do mundo (mesmo tendo 80 milhões de processos pendentes), há um risco muito maior decorrente da ganância e da insensibilidade social que grassa entre juízes, desembargadores, promotores e procuradores.

    Empunhando uma motosserra como símbolo de campanha, Javier Milei teve ascensão meteórica na Argentina prometendo desbancar a “casta” - expressão repetida à exaustão para designar a classe de políticos e outras autoridades que sangram os cofres públicos em proveito próprio.

    Há mais de um ano no poder, o presidente argentino não moderou o discurso. Em entrevista à revista The Economist, Milei descreveu o Estado como “uma violenta organização criminosa que vive de uma fonte coercitiva de renda, chamada imposto, que é um remanescente da escravidão”.

    Essa visão extremamente negativa sobre o setor público também orienta as ações de Elon Musk à frente do recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) nas primeiras semanas da presidência de Donald Trump nos Estados Unidos.

    Os conflitos de interesses na atuação governamental de Musk são inúmeros. Além dos contratos que sua empresa de exploração espacial, a SpaceX, possui com agências governamentais como Nasa e Pentágono, a Tesla é impactada por decisões de outras duas áreas sensíveis na nova gestão de Trump: a política ambiental e as tarifas comerciais com a China, ambas fundamentais para a prosperidade de seus negócios com veículos elétricos. Para completar, a ofensiva dos executivos do DOGE para ter acesso a sistemas administrativos e de pagamentos do governo americano beneficiam diretamente a xAI, empresa de inteligência artificial do homem mais rico do mundo. Ainda assim, Musk goza de imenso prestígio junto a Trump e sua equipe recebeu livre acesso para acessar bases de dados, analisar as contas e implementar ações para reduzir as despesas.

    Em nome do ajuste fiscal ou da eficiência governamental, tanto Milei quanto Musk têm revisado contratos, fechado órgãos, eliminado serviços públicos e transferências governamentais e dispensado servidores públicos. Para além da economia de gastos visada, porém, há uma clara orientação política nas decisões tomadas.

    “Meu desprezo pelo Estado é infinito”, provoca Milei. Nas primeiras ações tomadas pelo DOGE de Musk, os principais alvos são servidores e programas não alinhados ideologicamente com o trumpismo. As vítimas, em ambos os casos, são as populações marginalizadas, até então beneficiadas por políticas públicas, transferências de renda e ações afirmativas que estão sendo drasticamente reduzidas ou mesmo desativadas.

    O que vem acontecendo nos Estados Unidos e na Argentina deveria servir de alerta para os agentes do Judiciário brasileiro. Ainda na fala de abertura no STF, Barroso disse que a legitimidade dos magistrados é a formação técnica e a imparcialidade na interpretação das leis para decidir questões mais complexas e divisivas da sociedade.

    O presidente do STF, porém, se nega a reconhecer que a cada manchete noticiando pagamentos de centenas de milhares ou até mesmo milhões a seus integrantes, o próprio Poder Judiciário mina sua credibilidade e o respeito que ainda recebe do cidadão brasileiro.

    Essa desconexão com a realidade do brasileiro comum, assalariado ou microempreendedor, para quem cada penduricalho supera uma vida de suor e trabalho, cria o caldo de cultura que permite a ascensão de Mileis e de Trumps com seus Musks a tiracolo.

    Quando a motoserra chegar, palavras bonitas não protegerão a casta.

     VALOR


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