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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, maio 18, 2024

    O vendedor subiu no 409 e...



    MARIO BAGG

     

    Do Nothing - Radiola NZ ( Vol.1) - Nação Zumbi



    Each day I walk along this lonely street Trying to find, find a future New pair of shoes are on my feet Cause fashion is my only culture
    Nothing ever change, oh no Nothing ever change

    Leite Derramado

     

     
     
     
     
     
     

     

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    Locks Of Beethoven’s Hair Offer New Clues To The Mystery Of His Deafness

     A close-up view of two lockets of hair on an aged piece of paper with handwriting on it, two passages dated 1859 and 1851, respectively.

     

     

     

     

     "A cottage industry of fans and experts has debated various theories. Was it Paget’s disease of bone, which in the skull can affect hearing? Did irritable bowel syndrome cause his gastrointestinal problems? Or might he have had syphilis, pancreatitis, diabetes or renal papillary necrosis, a kidney disease?

    After 200 years, a discovery of toxic substances in locks of the composer’s hair may finally solve the mystery."


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    Locks Of Beethoven’s Hair Offer New Clues To The Mystery Of His Deafness - Talentsofworld Articles

    It's More Than Just Protests for Palestine, It is Existential Hope for the World - CounterPunch.org

    I 

     "The consciousness of the majority has to enlarge in a similar manner or that discord will be the end of us. You can’t have only personal and up close morality on a planet that now has technological capabilities to murder so many from afar. So often our leaders aim for short-sighted profit over having a life sustaining planet. The irony inherent is that if you don’t care about others far away, eventually this will come to your doorstep and then it’s probably too late to stop."

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    t's More Than Just Protests for Palestine, It is Existential Hope for the World - CounterPunch.org

    Glorious architectural wonders you've never heard of

     Image

     

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    Glorious architectural wonders you've never heard oF

    sexta-feira, maio 17, 2024

    Doloridíssimo

    ARTEVILLAR 
     

     
     
    GILMAR 
     
     

     
     
     

     

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    57 massacres ocorridos no campo desde 1985

     

     "Com a intenção de passar a limpo ao menos parte dessas histórias em geral mal contadas, o governo decidiu dar fôlego ao projeto Memórias dos Massacres no Campo, lançado em 2020 pela Comissão Pastoral da Terra e pela Universidade­ de Brasília. Até então, o maior mérito da iniciativa foi denunciar o recrudescimento da violência rural nos últimos anos, sobretudo no governo Bolsonaro. A nova fase da pesquisa, com 2 milhões de reais de orçamento e previsão de dois anos de duração, conta com a participação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que montou uma força-tarefa para analisar 57 chacinas ocorridas de 1985 a 2023. A parceria com a pasta, explicam os coordenadores do projeto, “é para apurar a responsabilidade criminal de mandantes e executores de crimes de assassinato configurados como massacres no campo, a partir do levantamento documental dos processos e investigações e construção de acervo audiovisual”."

    leia reportagem de MAURICIO THUSWOHL 

     

    Oh My Cod!


     

    Mas não se matam cavalos ?



     MARIO BAGG

    Abril mais quente


     

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    disco do dia

    disco do dia

    OURO NEGRO (2001)

    Zé Nogueira e Mario Adnet
    produziram este album duplo
    que "resgatou" para a nova década
    as obras de MOACIR SANTOS

    Super Recomendo


     

    Angel Olsen - Chance (Forever Love)


     
    I'm walking through the scenesI'm sayin' all the linesI wish I could un-see some things that gave me lifeI wish I could un-know some things that taught me soI wish I could believe all that's been promised me

    Happy Song - Anat Cohen Tentet

    Hauntingly beautiful footage of some of the first atomic tests

     



     

     watch the video gallery:

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    quinta-feira, maio 16, 2024

    ‘Ripley’, o gato como testemunha e como fui injusto com a série da Netflix

     

     SERGIO AUGUSTO

    M inha reação inicial foi, equivocadamente, de rejeição. Apesar de não ter paciência para acompanhar seriados, tomei coragem, mas não aguentei ir além do terceiro episódio de Ripley. Todo mundo a babar de admiração pelo hit da Netflix, e eu precocemente desencorajado por seus longueurs e por seu quase narcisístico tratamento visual.

    Estes só não quebraram a cara porque, no lugar de Mongibello, invenção de Highsmith, ao menos encontraram Ischia Ponte, no golfo de Nápoles, a encantadora locação tão bem explorada pela câmera de Henri Decae.

    Decae brilha igualmente em cenas de interior, como a do assassinato de Freddy (Bill Kearns), arrematada por uma tomada de legumes de feira espalhados pelo chão, ao lado do cadáver, que me evocou uma natureza-morta – no caso, duas.

    O permanente contraste entre a solaridade das imagens e a tenebrosa trama de Plein Soleil é um dos pontos altos do filme, contraposição desprezada por Anthony Minghella em O Talentoso Ripley, um tanto sombrio e esmaecido pela empatia meia-bomba do elenco.

    Fui precipitadamente injusto com a minissérie da Netflix, que maratonei até o último minuto, impressionado com a ambição da proposta, a densidade do roteiro, a mise-en-scène maneirista de Zaillian e com o chiaroscuro de Robert Elswit, que já me havia conquistado com o estilo Life-Look que imprimiu às imagens de Boa Noite e Boa Sorte, e agora me impressiona com sua inventiva releitura do tenebrismo de Caravaggio, a influência maior de Ripley, junto, é óbvio, com Hitchcock, de cuja sombra o personagem não consegue desgrudar. Foi com a grana que ganhou pela história de Pacto Sinistro que Highsmith visitou Positano pela primeira vez, onde conheceu o protótipo de seu mítico escroque.

    A quem já viu a minissérie não preciso explicar por que lhe daria, aqui, se pudesse, o título de O Gato por Testemunha.

    ESTADÃO

    Foi pro céu o caralho!



    AROEIRA

     

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    Cavalo Caramelo vira ícone da crise climática

     

     



    LEONARDO SAKAMOTO

    O cavalo Caramelo ilhado, há dias, pela enchente no telhado de uma casa em Canoas (RS) tornou-se uma das imagens mais representativas do caos trazido pela falta de preparo do país para os eventos extremos.

    O destino do animal foi acompanhado com atenção pela sociedade por conta do sentimento de desamparo e de resiliência que a cena representava. Ele acabou resgatado na manhã desta quinta (9).
    Cenas de animais impactados pela mudança climática têm viralizado em todo o mundo como uma das formas de alertar a sociedade. Bichos, seja de criação ou de estimação, também merecem respeito e dignidade. E muitas vezes tem despertado mais compaixão do que seres humanos.

    Nesse sentido, as imagens do cavalo somam-se às de um uso polar raquítico, flutuando em um bloco de gelo na região do Ártico norueguês, em 2015, tiradas pela fotógrafa Kerstin Langenberger. Mudanças no clima que aceleram o degelo impõem dificuldades a fêmeas de se alimentarem e a seus filhotes.

    Qualquer alce que caiu em um buraco na Sibéria após o colapso do permafrost local ou ainda qualquer tamanduá-bandeira pensando “danou-se” ao estar cercado pelas chamas de uma queimada descontrolada no Cerrado é capaz de dizer que, infelizmente, erramos com planeta. E continuamos insistindo no erro, mesmo com a água no pescoço.

    Fazer com que pessoas, empresas e governos se mexam a partir da percepção de que temos pouco tempo, fazendo as concessões e investimentos necessários, é difícil. Por isso, esses terríveis eventos extremos no Brasil e no mundo têm a triste capacidade de mobilizar por mudanças. E imagens como essas são um grande aliado para isso.

    UOL

    Barco & Bananeira





     

    Compreensão de Charges



    DANIEL LAFAYETTE

     

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    Dia do Gari



    MARIO BAGG

     

    Virginia Rodrigues - Cantoria (Herminio / Paulinho da Viola)



    Cantar é uma luz, um enfunar de velasÉ compreender a canção como um navioQue vai zarpando ignorando mapasTocando as águas que nem harpasPor conta do destino

    Não bastasse a enchente

    JORGE O MAU 

     
     
    PAULO BATISTA
     

     
    FRAGA 

     

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    Alice Munro, Nobel Laureate and Master of the Short Story, Dies at 92

     Alice Munro, a white-haired woman wearing a brown top and brown pants, sits on a railroad track. Her hands are clasped over her right knee, and she is smiling.

     "Ms. Munro was a member of the rare breed of writer, like Katherine Anne Porter and Raymond Carver, who made their reputations in the notoriously difficult literary arena of the short story, and did so with great success. Her tales — many of them focused on women at different stages of their lives coping with complex desires — were so eagerly received and gratefully read that she attracted a whole new generation of readers.

    Ms. Munro’s stories were widely considered to be without equal, a mixture of ordinary people and extraordinary themes. She portrayed small-town folks, often in rural southwestern Ontario, facing situations that made the fantastic seem an everyday occurrence. Some of her characters were fleshed out so completely through generations and across continents that readers reached a level of intimacy with them that usually comes only with a full-length novel.

    “My stories have gotten around quite remarkably for short stories,” she told the interviewer. “I would really hope that this would make people see the short story as an important art, not something you play around with until you got a novel written.”

    READ OBIT BY ANTHONY DEPALMA


     

     

    quarta-feira, maio 15, 2024

    Moreninha & Brocoió



     

    I get high, I get high



     

    Laurie Anderson & Kronos Quartet - We Learn to Speak Yet Another Language

    I was in a Dutch kareoke bar. Trying to sing a song in Korean. And I was just getting the hang of things – when the software crashed. And the video background of sand dunes got all glitchy from the bad connection, via their Indonesian version of Netflix. And for no reason at all, it would all come back up again

    Porto Alagado

    THIAGO LUCAS
     

     
     
    FRAGA 

    GEUVAR
     

     

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    4 pbs | 4bws





     

    Força para todos



    DANIEL LAFAYETTE

     

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    Petição pelos gansos





    MARIO BAGG

     

    Dona Onete - Vem Chamegar



    Apertadinho, apertadinho, apertadinhoColadinho, coladinho, coladinhoAgarradinho, agarradinho, agarradinhoParece carrapatinhoNa mangueira de manga cheirosa

    'Bebê Rena' leva o espectador ao inferno real de seu protagonista

     

     Richard Gadd em cena da série 'Bebê Rena'

     Luciana Coelho

     

    Uma coisa que Richard Gadd disse não querer fazer em "Bebê Rena", sua história pessoal como vítima de abusos transportada para palcos e telas, era recair no maniqueísmo comum a relatos de predação sexual. Afinal, nem sempre é um monstro quem faz coisas ruins. Na verdade, quanto mais humano o vilão, mais assustador ele ou ela é.

    Optou, assim, por retratar entre luzes e sombras tanto seu alter ego, um comediante fracassado que busca uma escada para a fama, como seus algozes, uma "stalker" que passa a interferir em todos os aspectos de sua vida e um mentor que lhe inflige enorme trauma físico e emocional (dizer mais aqui traria spoilers).

    Conseguiu, tanto na peça de 2019 quanto na minissérie que estreou neste mês na Netflix, uma bomba dramática que reverbera seus choques por dias no espectador.

    "Bebê Rena" trata de medo, culpa, angústia, autoestima, doença mental e, sobretudo, da solidão das vítimas, que estão no meio de nós tentando fazer seu fardo invisível.

    O enredo já seria notável por sua mudança de perspectiva —o crime é comum, mas homens vitimizados, além de serem em muito menor número, raramente tornam público seu tormento. Reportagem da Folha apontou que, desde que o crime de "stalking" entrou no Código Penal brasileiro, há três anos, 169 mil mulheres fizeram denúncias, ante 28 mil homens.

    Mas Gadd foi mais fundo. Criador, roteirista e protagonista da peça (um sucesso no festival de artes de Edimburgo em 2019) e da minissérie (que multiplica o feito para os milhões de espectadores da plataforma de streaming), ele de fato viveu o tormento do personagem Danny Dunn.

    De 2015 a 2017, recebeu 1.071 emails, 350 horas de mensagens de voz, 790 mensagens em redes sociais e 106 páginas de cartas de uma mulher que passou a persegui-lo após ele atendê-la com gentileza no pub londrino onde trabalhava como barman.

    Richard Gadd e Jessica Gunning em cena da série 'Bebê Rena'
    Richard Gadd e Jessica Gunning em cena da série 'Bebê Rena' - Ed Miller/Divulgação

    "Martha", como ele nomeou a personagem interpretada magistralmente por Jessica Gunning, é uma solitária muito obesa, que, aos 43 anos, vive em um muquifo e perdeu a carreira em um escritório de advocacia após perseguir o chefe. Foi condenada, cumpriu pena e reincidiu.

    Martha se encanta com Donny, a quem atribui diversos apelidos, inclusive o "bebê rena" do título, passa a fantasiar uma relação e a remeter emails de alto teor sexual.

    Vai diuturnamente ao pub, onde passa horas falando com seu alvo e consome um refrigerante. Toda essa atenção que supre o vazio da vida da stalker supre também o do comediante, que começa a se alimentar desses elogios e desejos até se tornar obcecado por sua perseguidora.

    Histórias de stalkers são sempre aterrorizantes (estão aí "Atração Fatal" e "Amor para Sempre"). E Gadd/Dunn conta a sua de maneira brutalmente honesta. Embora seja firme em manter sua posição de alguém que foi vitimizado repetidamente, não se exime de narrar como desenvolveu uma codependência com seus abusadores.

     A insegurança quanto à sua orientação sexual (expressa na forma como conduz seu namoro com Teri, uma mulher trans vivida pela excelente Nava Mau), a necessidade de aprovação e a dificuldade em seguir em frente um dia eclodem numa espécie de imolação pública durante uma apresentação.

    Sua vulnerabilidade se torna tão palpável para espectadores quanto é para abusadores.

    A forma como ele admite e se recrimina por ter se beneficiado dessa atenção é algo duríssimo de assistir, assim como é duríssimo vê-lo, consumido por seus medos e culpas, afastar as pessoas que lhe são caras, recusando-se a ver que elas também têm ou tiveram suas provações.

    Apesar da empolgação do público e dos elogios da crítica, Gadd e a Netflix enfrentam agora um problema. O carimbo de "caso real" levou o público ávido por fofocas a investigar a identidade daqueles que atormentaram o artista no passado e a atirar suspeitas a esmo. Vem então uma inquietação perturbadora diante principal ambiguidade da série.

    Não era isso que ele queria?

    FOLHA

    Pereio



    KLEBER

     

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    Marlene - Conceição da praia | 1949




    Na Conceição da Praia tudo é bonito, Tem samba, tem batuque, tem candomblé, Tem capoeira meu bem, abará e acarajé. Tem baiana formosa de bata rendada, De brincos de ouro e sandália enfeitada, Como requebra bem

    João Cândido é a face de heroísmo na história do povo negro

    Tom Farias

    Meu pai é do Brasil", me disse, há uns dois anos, Adalberto do Nascimento Cândido, filho de João Cândido, líder da revolta dos marinheiros, que já vai completando seus 114 anos.

    Seu Candinho, como é conhecido, é a maior representação viva daquele que, através de sua luta e determinação, pôs fim a práticas de castigos corporais, situação trabalhista insalubre e pagamento de soldos vergonhosos à tripulação maruja na Marinha brasileira.

    Aos olhos de hoje, e mesmo em novembro de 1910, era um feito de coragem encarar a Força Naval e o governo, na figura do marechal Hermes da Fonseca, então presidente da República.

    João Cândido, marinheiro negro, botou abaixo mais de três séculos de abusos e violências contra militares de baixa patente, em sua maioria de negros, nos tanques de guerra do país.

    Nunca quis revolta, como depôs nos inquéritos judiciais que precisou enfrentar e relatou no histórico "Depoimento para a Posteridade", prestado ao Museu da Imagem e do Som (MIS) na década de 1960.

    Cândido recorreu a todos os meios possíveis para levar adiante a pauta de reivindicações dos seus companheiros, as quais jamais foram acolhidas e respeitadas pelo governo. Mesmo avesso às rebeliões, greves e revoltas, não teve outra alternativa após o colega de farda Marcelino Rodrigues de Menezes ter sido retalhado por 250 chibatadas, diante da marujada perfilada e reunida. Foi esse o estopim do grito de indignação retesado na garganta dos marinheiros fazia anos.

    O marinheiro gaúcho João Cândido - Creative Commons

    Passado mais de um século de sua luta, Cândido continua a ser perseguido pela Marinha e seus ditos oficiais. Não é cabível que isso ainda aconteça na contemporaneidade. Não é possível que uma única pessoa, como membro do oficialato, se insurja a ponto de enviar uma carta a congressistas, fazendo recomendações, a partir do seu ponto de vista e sua ideologia político-militar.

    É preciso que se dê um basta para esse tipo de alegação.

    O comandante Marcos Sampaio Olsen, atual almirante de esquadra, nascido em 1961, no Ceará, parece ter uns 200 anos de vida. E tem. O teor de sua carta à comissão da Câmara dos Deputados, além de ridículo e risível, é arraigado de parágrafos fraseados e termos rastaqueras do passado colonial –"opróbio", "abjetos", "deplorável".

    Aliás, além de se expor à vergonha nacional, a Marinha brasileira teme ser tachada de racista. A palavra racismo na língua portuguesa dominante na caserna virou étimo de palavrão, de termo salutarmente não audível a determinados ouvidos privilegiados.

    O Cândido dessa história, depois de liderar a revolta que parou o país, foi preso, torturado, banido da sua "amada Marinha", perseguido e discriminado, juntamente com sua família, até morrer, pobre e doente, em 1969, aos 89 anos.

    Quanto a isso, nenhuma palavra da Marinha e de seus potentados quadros oficiais –que jamais o anistiaram de fato e direito.

    Adalberto Cândido, 85, filho de João Cândido - Divulgação

    Agora, a pergunta de milhões: o comandante Olsen está falando em nome de quem? Dele ou da Marinha? Qual é o seu lugar de fala em toda essa absurda narrativa?

    A sociedade civil precisa entender.

    Em ato que a história classificou de heroísmo —quando pôs em risco sua própria vida—, João Cândido liderou uma revolta que parou o Brasil e despertou a nação para uma secular situação na esquadra brasileira: os maus-tratos físicos, com fundo racista, resquício da escravidão e de afronta à lei nº 3.353, de 13 de maio de 1888.

    E escreveram, em seu manifesto: "Nós, marinheiros, cidadãos e republicanos, não podemos mais suportar a escravidão na Marinha brasileira".

    Por conta disso, durante seis longos dias, João Cândido e seus companheiros de infortúnio confrontaram o poder estabelecido e obrigaram parlamentares, ministros, almirantado, comandantes e capitães de navios a abolirem a hedionda prática da chibata e a melhorarem as condições de bem-estar e trabalho do conjunto de marinheiros.

    Ganharam o salvo-conduto, votado pelo Senado — mas perderam emprego e dignidade. Cândido ainda perdeu sua autonomia e liberdade —foi vigiado até mesmo na hora mais sagrada, a do seu sepultamento.

    Portanto, a inscrição do seu nome no Livro de Aço dos Heróis e Heroínas da Pátria configura-se como parte da justiça a que tem merecido direito —a família aguarda ainda a compensação financeira pelos anos de obscurantismo e humilhação.

    Os brasileiros, os que defendem a democracia e prezam pela vida do outro, sabem que tudo isso é pouco, mas é necessário.

    Nada vai eliminar da memória familiar dos Cândidos os anos de perda, sofrimento e de dor.

    FOLHA 

     

     

    Netanyahus

     

     

     
    ALECRIM

     
    AROEIRA
     
     

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    The Beatles - Eleanor Rigby (From "Yellow Submarine")

    Eleanor Rigby
    Died in the church and was buried along with her name
    Nobody came
    Father McKenzie
    Wiping the dirt from his hands as he walks from the grave
    No one was saved

    Conheça a história da última foto de Pereio

     

    O fotógrafo Leo Aversa publicou na manhã desta segunda-feira (13), em suas redes sociais, o que pode ter sido a última foto de Paulo César Pereio, que morreu na tarde deste domingo (12), aos 83 anos. Aversa, que também é colunista do GLOBO, fotografou Pereio em dezembro do ano passado, no Retiro dos Artistas. 

     "Fotografá-lo foi uma das experiências mais radicais como retratista. Qualquer coisa podia acontecer, desde as maiores patadas às gentilezas mais delicadas", escreveu o fotógrafo. "Normalmente eram patadas engraçadíssimas, afinal ele era um adorável rabugento. Era preciso usar toda a experiência de domador de leões e encantador de serpentes para arrancar dele uma imagem. Hoje essa figura de mil histórias e imenso talento se foi. Vai fazer muita falta, jamais existirá ninguém sequer parecido."

    Ao GLOBO, Aversa deu mais detalhes sobre aquela tarde em que esteve no Retiro dos Artistas. Segundo fotógrafo, o trato com o ator era tão imprevisível que ele tinha uma espécie de "interlocutor" no local.

    — Só esse cara se dava com o Pereio, era um garoto que trabalhava lá desde sempre. Uma vez o Pereio chamou ele de longe, e quando o rapaz chegou lá, ouviu dele: 'Porra, estou aqui há meia hora procurando alguém pra mandar à merda, mas não encontro ninguém' —se diverte Aversa. — As histórias são impagáveis. 

    Não era a primeira vez que Leo Aversa fotografava o ator.

    — Já fiz algumas vezes. E só dele olhar, você já fica com receio. Mas ao mesmo tempo ele era engraçado, então podia acontecer qualquer coisa. Ele era tipo um tubarão que sente sangue na água. Se ele sentisse que você estava intimidado, aí que você estava perdido mesmo. 

    GLOBO

     

    terça-feira, maio 14, 2024

    Heróis

     
     

     

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    Quem solta fake news que atrapalha socorro é cumplice da tragédia

     


     LEONARDO SAKAMOTO

      Porto Alegre e o interior do Rio Grande do Sul vivem o maior desastre de sua história. O rio Guaíba, que banha a capital, atingiu o maior nível já registrado, superando o recorde histórico de 1941. Há dezenas de mortos e desaparecidos e milhares de ilhados e desabrigados. Um esquema de guerra foi montado e adversários políticos se juntaram para atender à vítimas.

    Mas há uma parcela de brasileiros, que pela ignorância ou pela safadeza, espalha desinformação nas redes e aplicativos de mensagens, dificultando o atendimento às vítimas. Não apenas porque autoridades precisam gastar tempo com as bizarrices que viralizam, mas também porque isso interrompe resgates, causa pânico, desvia recursos humanos e financeiros.

    Há mentiras circulando para todos os gostos. Das que afirmam que pessoas com embarcações particulares serão multadas caso realizem resgates de vítimas, passando pelas que alertam sobre o rompimento de certas barragens que não se romperam e pelos avisos para pessoas ilhadas não deixarem o telhado de casas e subirem em barcos de salvamento porque a água estaria matando por choque, até as que dizem que pessoas estão morrendo por conta de determinados hospitais fechados que, ao contrário, estão abertos.

    Ao mesmo tempo, os negacionistas estão irritados com o fato de as mudanças climáticas terem entrado de vez na pauta nacional por conta da tragédia. E postam fotos da grande enchente de 1941, dizendo que ela foi muito pior que a de agora, o que mostraria, por uma lógica doente, que há um exagero do poder público sobre a situacão atual. E, consequentemente, diminui os cuidados que a população tem que tomar, como economizar água. O Guaíba atingiu, na sexta (3), o maior nível já registrado, superando 1941.
    E isso sem contar quem compartilha que o dinheiro federal para o atendimento às vítimas teria ido ao show da Madonna, quando os recursos do evento no Rio foram de empresas, do governo estadual e da Prefeitura de lá.

    UOL  


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