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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, março 09, 2024

    ZIAD IN GAZA

     

    A guy I know calls to check on me. His wedding was supposed to be in December but all his plans went south. I ask him about his fiancee and, to my surprise, he tells me they will get married in the coming days. He did not mean a wedding party, he meant that she will move from the tent she and her family are displaced in to the tent he and his family are in.

    “She is devastated, and so am I. We both wanted a big wedding that I saved enough money for. I, secretly, was coordinating with her friends to prepare many surprises for her. I wanted to bring her the biggest bouquet of flowers, to dance and sing with her and tell her how much I love her. But our houses are gone, many members of our families and friends are dead and we are away from each other. Her family members go out all day to find food and provide basic needs and she stays alone, which is very unsafe. So we reached the decision, she, I and her father. We have no other option.”

     

     

     

    Israel’s devastation of Gaza constitutes genocide: ?

     

    JEFFREY ST. CLAIR 

    + Americans on whether Israel’s devastation of Gaza constitutes genocide:

    Agree: 35%
    Disagree: 36%
    Undecided: 29%

    Among 2020 Biden voters:

    Agree: 50%
    Disagree: 20%
    Undecided: 30%

    (Economist/YouGov)

    + So half of Biden Democrats (and half of all young Americans) believe Israel is committing genocide, the Economist poll shows. These poll numbers won’t suddenly begin climbing upward for Biden, even if they start killing a bunch of Somali, Houthi, Syrian and Iraqi kids to show Americans it’s not just Palestinian kids he despises, which seems to be his plan….

    Café com fascistas



    TONI D'AGOSTINHO

     

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    Esquerda: em crise, mas viva

     

     

    "No que respeita à tática, isto é, à via para o alcance dos objetivos, Safatle postula que "não há espaço para certos pactos que antes se realizavam". Ora, acredito que haja espaço para quase tudo, menos para o isolamento da esquerda numa época de avanço do neofascismo.

    Em tempos outros, porém não tão dessemelhantes, foi a política de frente ampla que derrotou Hitler e Mussolini, sem que isso levasse à descaracterização da esquerda. Fortalecê-la como polo autônomo não pode significar insulamento, recusa de alianças e compromissos.

    Não é se afastando do caldo mais amplo de cultura democrática que a esquerda voltará à ofensiva. Ao contrário: é nele que poderá decantar-se, no tempo mesmo em que alinha vitórias e acumula conquistas.

    Ao afirmar que as alianças amplas propiciam uma indistinção entre os polos em disputa, Safatle desconsidera que a contradição principal a se desenhar diante de nossos olhos é entre o polo democrático (envolvendo forças heterogêneas, da esquerda à centro-direita) e o polo autocrático, nucleado pelas assim chamadas "novas direitas".


    mais no texto de Fabio Palacio

    Esquerda: em crise, mas viva - Vermelho

    Les Amazones d'Afrique - Dombolo (feat. Angélique Kidjo)



    We are the women
    Women are the forces who have built the land of the ancestors
    We are the women
    Today is the reunion all women who want to work together for the future
    We are the women

    Christopher Nolan: a showman’s odyssey |

     

     

    "What captivated Nolan above all, though, was the craft and process that went into making a film: the alchemy that occurred when two shots were edited together to create something entirely new in the mind of the viewer; the control it gave him to steer an audience through a narrative of his own creation, slowing or accelerating the impression of time passing; and most of all the unique effect of seeing an image captured on physical, tangible film stock itself – precious and fragile, something that he could hold in his hands, manipulate and gaze at, frame by frame.

    Four decades on, that obsession remains undimmed. The Super 8 film stock may have given way to large format 65mm Imax film, the roped-in family and friends replaced by the most accomplished and creative craftspeople in cinema, and the toy action figures by some of the most renowned actors in the world, but sitting at the centre of it all, Nolan remains the same passionate, deeply committed film lover that he was at the beginning; someone who has used his considerable influence to ensure the survival of the very things that so inspired him as a child – physical film itself and the irreplaceable magic of the cinema experience."


    read the interview with Christopher Nolan
    conducted by James Bell

    Christopher Nolan: a showman’s odyssey | Sight and Sound

    procissão de São Roque


     

    Pussy Riot - Make America Great Again.


    Could you imagine a politician|Calling a woman a dog?|Do you wanna stay in the kitchen?|Is that where you belong?|How do you picture the perfect leader|Who do you want him to be|Has he promoted the use of torture and killing families|



    5a série chegou...


    FRAGA 
     

     
    FERNANDES
     


     

     

     

     

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    The Smiths - Bigmouth Strikes Again



    Sweetness, sweetness I was only jokingWhen I said I'd like to smash every toothIn your head

    Details round the house | Detalhes pela casa


     

    Mulher nasceu pra ser dona de casa



    FREDY VARELA

     

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    sexta-feira, março 08, 2024

    Franz Ferdinand & Sparks - Save Me from Myself



    Unlit streets and alleys, I don't care
    I will stroll as if I'm on the Cote d'Azur
    Muggers, pimps, and bangers everywhere
    I don't feel the danger though I'm told it's there
    Back in my apartment, all alone
    I feel a chill, who can I phone?
    Back in my apartment all alone
    It's only me, I'm not alone

    Safatle subestima a luta das conquistas frágeis

     

     

    Pessoas vestidas de vermelho com uma bandeira do Brasil
     

    Celso Rocha de Barros

    Em entrevista à Folha, o filósofo Vladimir Safatle afirmou que "a esquerda política morreu como esquerda" e que "a extrema direita é hoje a única força política real no país". Enquanto a extrema direita manteria sua "capacidade de ruptura", a esquerda teria perdido sua capacidade de propor "igualdade dentro dos processos de produção e alguma forma de democracia direta".

    A esquerda brasileira, obviamente, não morreu. Neste exato momento, Fernando Haddad briga para tornar a tributação brasileira mais progressiva, e acaba de propor no G20 a taxação global dos super-ricos. Marina Silva certamente está entre as autoridades mundiais com melhor atuação contra o desmatamento e o aquecimento global. Há retrocessos conservadores em nomeações que ignoram a representatividade, e inúmeras áreas em que as resistências conservadoras impedem maiores progressos. Mas o terceiro governo Lula tem indicado mais, não menos, disposição para enfrentar brigas difíceis do que os governos petistas anteriores. Até porque não sobraram brigas fáceis.

    E Safatle não parece dar o valor devido à luta necessária para que a democracia, ou as políticas sociais, resistam. Não há nenhum mecanismo automático, sistêmico, que lhes garanta a sobrevivência. Se não houver uma sindicalista, um militante negro, um ambientalista ali embaixo brigando com todas as suas forças, pragmaticamente, todo dia, sem parar, tudo isso cai. Nessa luta, os reformistas enfrentam muito mais poder do que a extrema direita quando propõe sua "ruptura".

    A distinção é importante, inclusive, para evitar a sedução que a extrema direita exerce sobre setores pouco esclarecidos da extrema esquerda: aquela vontadezinha de migrar do comunismo para o fascismo, pulando a social-democracia, pela sedução da coreografia da ruptura, mesmo quando encenada a favor de todo mundo que já tinha poder e dinheiro no começo da briga. É só olhar para a turma da esquerda brasileira fascinada com Vladimir Putin.

    Mas Safatle está falando de um problema real: há uma assimetria de "direito ao radicalismo" entre esquerda e direita no Brasil atual. Enquanto a esquerda administra uma frente ampla, a direita "moderada" vai à Paulista aprender entusiasmo com os fascistas. Em um quadro de consolidação do sistema partidário com forte viés conservador, o risco de diluição ideológica para a esquerda é real.

    Entretanto, não acho que Safatle tenha boas respostas para o problema. Por exemplo, ele recusa a ideia de "gerir a crise do capitalismo". Bom, é o que tem para gerir hoje. Não há um modelo de socialismo minimamente pronto para ser implementado sem alto risco de repetir o autoritarismo das experiências socialistas anteriores. E a crise do capitalismo pode ser administrada como New Deal ou como fascismo.

    No fundo, minha discordância fundamental com Safatle parece ser esta: quando olho para a esquerda brasileira atual, não vejo tanta acomodação a um sistema. Vejo mais uma luta terrível, diária, para preservar e atualizar conquistas de décadas que quase desapareceram faz muito pouco tempo. Até agora, está dando surpreendentemente certo.

    Por fim, acho honesto reconhecer que se menos de 2% dos eleitores tivesse votado diferente no segundo turno de 2022 toda a minha aposta na democracia teria dado errado.

    FOLHA

     

     

     

    Escolinha de Horrores do Professor Micolau

    AROEIRA
     
     
     

     

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    Mulher: Direito Negado

     

      Prefeitura fecha serviço de aborto legal e entrega direção de hospital de referência a uma militante “pró-vida”

     "A interrupção do serviço de aborto
    legal é uma decisão do secretário muni-
    cipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, que
    recentemente entregou a direção do hos-
    pital à ginecologista Marcia Tapligliani,
    filiada ao PL de Jair Bolsonaro e do go-
    vernador Tarcísio de Freitas, neoaliados
    do prefeito Ricardo Nunes, do MDB. Com
    um forte discurso antiaborto, ela candida-
    tou-se a deputada estadual nas eleições de
    2022, mas não conseguiu se eleger – obte-
    ve apenas 8.505 votos. 

     Durante a campanha para deputa-
    da estadual, a nova diretora do hospital
    apresentou-se ao eleitorado como uma
    “defensora da vida”. Em uma de suas pe-
    ças publicitárias, Tapligliani argumen-
    ta que a vida começa “a partir da concep-
    ção”, algo que seria “indiscutível para a
    ciência e a teologia”, e prossegue: “O PL
    é a favor da preservação da vida em qual-
    quer estágio evolutivo que ela se encon-
    tre”. Mesmo fora no período eleitoral, ela
    mantém a militância antiaborto. Che-
    gou a divulgar a foto de um recém-nasci-
    do no Instagram, acompanhada de uma
    apelativa legenda: “Não há nada mais de-
    sumano do que ter sua vida arrancada,
    de ter o seu corpo destroçado impiedo-
    samente enquanto ainda está vivo, sem
    ter como se defender”."

    LEIA REPORTAGEM DE MARIANA FILGUEIRAS



     

    Locomotives: Thurston Moore



    You on the platform, ravishing
    Electric carriage wanderings
    Locomotives kiss tenderly
    We arrive foreign and free
    Crossing borders we don't see

    Locomotives
    Arriving

    A 'maldição do Oscar': 63% das atrizes premiadas se separam


    Marlee Matlin e William Hurt eram par românticos em 'Filhos do Silênciao' e na vida real

    Números vêm de pesquisa realizada com premiadas entre 1936 a 2010; relatos de atrizes apontam que parceiros não suportaram o destaque ou rendimentos superiores de suas mulheres

    "No livro, Matlin lembra que Hurt estava muito quieto e pensativo no caminho de volta, até quebrar o silêncio com uma repreensão.

    “Ele me disse: ‘O que faz você pensar que merece o prêmio?’ Olhei para ele como que perguntando o que queria dizer e ele respondeu: ‘Muitas pessoas trabalham durante muitos anos, especialmente aquelas que foram indicadas com você, para conseguir o que você conseguiu com um único filme’. Fiquei atordoada, mas isso me fortaleceu. Foi o meu momento, a minha noite e o início da minha carreira.”

    leia artigo de CARLOS MEGIA

    EUROPA

    FRAGA 
     
     
     
     
    CAU GOMEZ

     
    FRAGA 
     

     

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    Art Blakey's Big Band - Midriff

    How Sean Ono Lennon helped his parents send a message

     An animated scene shows a figure looking down at a chessboard as others crowd around him. The chessboard and player are lit up; everything else is in shadow.

     "To keep their legacy relevant for a new generation, he worked on the short “War Is Over! Inspired by the Music of John & Yoko.” Now it’s up for an Oscar."

    read more and watch the animation :

    How Sean Ono Lennon helped his parents send a message - The Japan Times

    quinta-feira, março 07, 2024

    For example, Elizabeth, mother of John the Baptist.

     JEFFREY ST. CLAIR

    + Once again Biden demonstrates that he is one of the worst politicians–regardless of political orientation–to ever become president. He’s absolutely tone-deaf. Biden made his mark running against the Democratic base of the FDR/LBJ era: tough on crime, anti-welfare, deregulation, pro-banks, and a hawk. Biden also supported the Hyde Amendment, which effectively outlawed by economic decree (ie, no federal funds) abortions for poor women, almost every year he was in the Senate…He simply can’t do anything else authentically.

    + Biden’s talking points for saving what’s left of reproductive rights sound like they were written for a gathering of Actuaries for Insurance Reform instead of an angry popular mvt that wants Alito, Thomas, Gorsuch, Kavanaugh, and Barrett exiled to a manmade island in the Gowanus Canal.

    + According to a review by Pro Publica, the states with legislatures most dominated by men have adopted the nation’s harshest abortion bans. Of the 10 states where men made up the largest share of the legislatures: 8 have strict abortion bans and 5 don’t allow exceptions for rape.

    + Meanwhile, “pro-life” Mike Pence (back in the States from signing his name to a US-made missile in Israel the IDF was probably preparing to launch at a pediatric ward in Gaza) says the first things a conservative president (that is, the man who wanted him lynched on the steps of the Capitol) should do are: 1. Order the Justice Department to stop investigating and charging anti-abortion protesters outside abortion clinics; 2. “Pull the abortion pill off the market.”

    + Mississippi is planning to bring back ballot initiatives, but would specifically exclude any measures that would overturn the state’s abortion ban.

    + During a debate in the Wisconsin legislature on a proposed 14-week abortion ban, State Rep. Ron Tusler endorsed forced birth regardless of health considerations by citing the Biblical precedent of John the Baptist’s mother, Elizabeth: “For example, Elizabeth, mother of John the Baptist. Estimates are she was 88 years old when she was told she was going to have John the Baptist.”

    Detalhes pela Casa | Details round the house


     

    O dinheiro não é fácil de ganhar



    KLEBER

     

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    Tagore - Camelo



    Quando meu cabelo
    Disser que eu não preciso de moda
    Vou com meu camelo
    Deserto afora bebendo soda
    Sem ser macaco
    Sem ser normal

    Golpe de 1964: Lula tenta agradar militares e despreza lição da História

     

    O presidente Lula em entrevista à RedeTV! 

    Bernardo Mello Franco

    Às vésperas dos 60 anos do golpe de 1964, Lula informou que não está interessado em “ficar discutindo o passado”. “Isso já faz parte da História, já causou o sofrimento que causou”, disse o presidente. “Não vou ficar me remoendo. Vou tentar tocar esse país para a frente”, acrescentou, em entrevista à RedeTV!.

    A declaração agradou militares e ofendeu parentes de vítimas da ditadura. “É um desrespeito. A reação dos familiares é essa: um sentimento de traição”, resumiu o músico Leo Alves, neto de desaparecido político. Seu avô, o jornalista Mário Alves, foi torturado e morto no DOI-Codi do Rio.

    Na cerimônia de posse, Lula foi aplaudido ao repetir o bordão “Ditadura nunca mais”. O discurso animou entidades que defendem os direitos humanos, mas não se traduziu em ações práticas. De concreto, o Exército deixou de comemorar o aniversário do golpe. Não fez mais que a obrigação. Quem vive do dinheiro dos impostos deve obediência à lei e respeito à democracia.

    Em janeiro de 2023, o ministro Silvio Almeida anunciou a recriação da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos, extinta por Jair Bolsonaro. O decreto já foi redigido, mas adormece há mais de um ano nas gavetas da Casa Civil. A paralisia desgasta o titular dos Direitos Humanos e expõe o desdém do presidente pelo assunto.

    Criada no governo FH, a comissão ainda teria muitas tarefas a cumprir. Dezenas de famílias esperam a conclusão de exames de DNA e a retificação de atestados de óbito. O trabalho está parado desde 2019, quando o capitão entregou o grupo a extremistas de direita.

    Empenhado em não melindrar os quartéis, Lula afirmou que os generais que estão na ativa eram crianças na época do golpe. Pode ser, mas as Forças Armadas nunca foram obrigadas a fazer um mea-culpa e entregar os papéis da repressão.

    Ex-preso político, o presidente também disse estar “mais preocupado” com o que aconteceu em 2023 do que com o que ocorreu em 1964. A frase demonstra uma resistência a aprender com a História. Se o Brasil tivesse responsabilizado os golpistas do passado, não precisaria se ocupar tanto com golpistas no presente. 

    GLOBO 

    Lula abençoa paraíso fiscal terreno para igrejas

     

     

    Marcos Augusto Gonçalves

    Foi aprovado em comissão da Câmara o relatório da PEC que amplia benefícios fiscais concedidos pelo Estado às instituições religiosas. A proposta é do problemático deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ). O parlamentar é bispo licenciado da Igreja Universal, comandada por seu tio Edir Macedo, foi ministro da Pesca, na gestão de Dilma Rousseff, e prefeito do Rio, afastado pela Justiça ao final de seu mandato.

    A votação preliminar contou com o apoio governista. O presidente Lula, entre outros luminares da esquerda, insiste que os progressistas precisam se aproximar dos evangélicos, que tendem ao conservadorismo, quando não à ultradireita. Será esse o caminho?

    Não faz sentido o Estado, que é laico e deve zelar pela boa administração dos recursos públicos, patrocinar entidades religiosas concedendo vantagens fiscais abusivas. A atual legislação já parece por demais concessiva para padrões republicanos.

    Resumindo o noticiário: além da isenção em vigor para patrimônio, renda e serviços "relacionados às finalidades essenciais" de templos religiosos, a PEC acaba com tributações indiretas, por exemplo, na compra de cimento para obras ou construção de igrejas.

    Segundo Crivella, Lula estaria disposto a promulgar a sandice na Páscoa, dando uma de coelhinho em feriado religioso.

    Não é segredo para ninguém que a criação de igrejas no Brasil tornou-se um ramo do empreendedorismo que envolve a busca de lucro e a formação de conglomerados empresariais. A figura do bispo ou do pastor milionário com carrão importado e mansão –ou mesmo aeronaves– é sobejamente conhecida.

    Nesse business bem fidelizado nem sempre as veredas do dinheiro doado de boa fé são as mais iluminadas. Não é preciso refinar as buscas para se deparar, numa consulta ao Google, com um sem número de desvios e golpes encetados por sacerdotes de araque que exploram a credulidade popular.

    O colunista Hélio Schwartsman, desta Folha, demonstrou, em reportagem de novembro de 2009, a facilidade de ingressar nesse mercado ao criar ele mesmo a Igreja Heliocêntrica e ser contemplado com isenções de impostos em aplicações, além de ganhar o direito a prisão especial em caso de condenação.

    Sim, há que se reconhecer ações meritórias e iniciativas em prol das comunidades –mas essa é a finalidade da atuação social de religiosos. Os incentivos deveriam se limitar ao arcabouço da filantropia, que tem lá seus problemas também, e as movimentações financeiras precisariam ser fiscalizadas.

    Outro aspecto pernicioso dessa onda de igrejas que se avolumou nas últimas décadas é a ingerência na política. A chamada bancada da Bíblia, com hegemonia evangélica, tem notórias tendências teocráticas, além de imiscuir-se em assuntos públicos com o intento de obter ganhos materiais para seus negócios.

    Certo moralismo religioso, que chegou como nunca a postos de alto comando na trevosa administração de Jair Bolsonaro, acredita na mesma lógica de teocracias como a do Irã: a ideia de que a lei de Deus ou a suposta de lei de Deus deve presidir a gestão da sociedade.

    No catecismo de setores terrivelmente religiosos, homens devem vestir azul, mulheres cor de rosa, casamento entre pessoas do mesmo sexo não se admite, homossexuais são doentes que precisam ser curados e por aí vai, com toda a série de postulações retrógradas que tecem nossa nova Idade Média do futuro.

    Que essas e outras convicções sejam adotadas como princípios na esfera privada, nada a opor, é um direito democrático, mas a esfera republicana não deveria ser invadida.

    Se Lula e o PT consideram que se aproximar da base evangélica é apoiar essa PEC e oferecer o paraíso fiscal na terra às Igrejas, não merecem perdão, afinal sabem muito bem o que estão fazendo.

    FOLHA

     

     

     

    Toffoli pede vistas



    MIGUEL PAIVA

     

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    Lack of Plan for Governing Gaza Formed Backdrop to Deadly Convoy Chaos

     

     "Power vacuums are inevitable after most wars. But critics of the Israeli government say the vacuum in northern Gaza is worse than it could have been because Israeli leaders don’t agree about what should happen next.

    Without any plan, “the vacuum will either be filled by chaos and lawless gangs and criminals,” said Ahmed Fouad Alkhatib, an American commentator on Gaza affairs who was brought up in Gaza, “or by Hamas, which will manage to reemerge and attempt to reconstitute.”


    read report by Patrick Kingsley

    Lack of Plan for Governing Gaza Formed Backdrop to Deadly Convoy Chaos:

    4 x Crystal Palace Park





     

    sidney miller nara leao a estrada e o violeiro



    Vai, violeiro, me leva pra outro lugar
    Eu também quero um dia poder levar
    Toda gente que virá
    Caminhando, procurando
    Na certeza de encontrar...

    Oscar Peterson Trio - Begin the Beguine

    Not the case with Biden

     

    JEFFREY ST. CLAIR 

    + Biden bombed four different countries…this week: Syria, Iraq, Yemen and Somalia. He admitted the bombing doesn’t seem to have much, if any, effect, but vowed to keep doing it anyway. It’s a helluva way to run for president.

    + Stephen Semler: “Joe Biden’s foreign policy is basically a collection of ill-fated, costly, and violent “solutions” to problems that wouldn’t exist if not for…Joe Biden.”

    + What keeps me from calling Biden’s foreign policy “incompetent” are the probabilities. The law of averages dictates that incompetents will eventually stumble on a plan that causes less not more bloodshed. Not the case with Biden.

    + This will be the 6th presidential election since the start of the Iraq War. In four of those elections, the Democrats nominated a candidate who voted for the war, while the two who were elected president continued waging it.

    quarta-feira, março 06, 2024

    To Bring You My Love-PJ Harvey



    Climbed over mountains
    Traveled the sea
    Cast out off heaven
    Cast down on my knees
    I've lain with the devil
    Cursed god above
    Forsaken heaven
    To bring you my love

    AGONIA SEM FIM

     

     

     UM ANO APÓS A REVELAÇÃO DA TRAGÉDIA
    HUMANITÁRIA QUE ESCANDALIZOU O MUNDO,
    O DRAMA DO POVO YANOMÂMI PERSISTE  

     "“O Estado brasileiro não resolve porque
    não quer. Parece haver uma fragilidade,
    uma dependência do Congresso para to-
    mar as decisões. O Executivo tomou pro-
    vidências mais no âmbito político, mas as
    ações diretas para retirar os garimpeiros
    foram tímidas. O Exército tem homens lá
    dentro sem o menor preparo para defender
    as regiões de fronteira e proteger o territó-
    rio indígena. Onde é que está a Marinha,
    que poderia fechar os rios, que estão sen-
    do invadidos e poluídos? Por que o espaço
    aéreo não está fechado e, se está, por que os
    helicópteros dos garimpeiros continuam
    sobrevoando a região? Há uma ação feita
    para inglês ver”, critica Possuelo. “Para re-
    solver o problema, não precisa inventar a
    roda. Já está escrito na Constituição Fede-
    ral o que tem de ser feito”, completa."

     

    "No início de 2023, havia na TI
    Yanomâmi cerca de 20 mil garimpeiros.
    Hoje, segundo Júnior Hekurari, tem cerca
    de 5 mil. “A força-tarefa até quebra os equi-
    pamentos, mas eles têm muita tecnologia,
    planejamento, e recuperam em questão de
    horas. O Exército fez o mapeamento para
    bloqueio de espaço aéreo, mas não conti

    nuou. Para resolver, o governo brasileiro

    o tem de funcionar”, destaca, acrescen-
    tando que os garimpeiros transitam livre-
    mente na fronteira com a Venezuela e que
    a insegurança no território compromete o
    atendimento médico dos indígenas. “Como
    a segurança falhou, a saúde recuou.”"

     leia reportagem

    p o r  F A B Í O L A  M E N D O N Ç A

    4 X Crystal palace Park





     

    Così fan tutte, K. 588 Act I: Scene 6: Soave sia il vento (MOZART)

    Tony’s Booth From ‘Sopranos’ Finale Sells for $82,600

     An empty diner booth with a tabletop jukebox.

     

    The New Jersey ice cream parlor where “The Sopranos” abruptly cut to black in 2007 put the booth on eBay, hoping to fetch $10,000. It sold Monday evening for $82,600.

    "While Holsten’s is known for its homemade ice cream, it has also embraced its celebrity status over the years, promoting its Soprano-famous onion rings and matching merchandise. David Chase, the creator and executive producer of “The Sopranos,” ordered the onion rings when he had lunch there a month before filming, or so the story goes."

    read more>>

    Tony’s Booth From the ‘Sopranos’ Finale Sets Off Online Bidding War

    I-SLAVE



    CELLUS

     

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    The Impotent Empire

     

     JEFFREY ST. CLAIR 

    The problem with American politics isn’t that it’s polarized (we need more polarization over inequality, over war, over climate), but that it’s polarized around two of the most inept and ridiculous figures in American history. The only two people Americans can apparently think of to run their dying Empire have both lost their frigging marbles, if they ever had any, which is a sure sign that your Empire is in fact dying.

    Biden is hounded everywhere he goes now, even at a gathering of the UAW. Trump hounds people wherever he goes, even if he’s not quite sure who those people are, as when he confused Nikki Haley with Nancy Pelosi on the eve of the New Hampshire primary. And confusing Haley with Pelosi may have been the least strange thing he said: “You know, when she comes here she gets like nine people, and the press never reports the crowds…“You know, by the way, they never report the crowd on January 6. You know, Nikki Haley, Nikki Haley, Nikki Haley. By the way, you know they, you do know they destroyed all of the information, all of the evidence, deleted and destroyed all of it., because of lots of things, like Nikki Haley. Nikki Haley was in charge of security. We offered her 10,000 people, soldiers, National Guards, whatever they want. They turned it down. They don’t want to talk about that.” What the hell was that all about? 

    It doesn’t matter. Backers of both geriatrics don’t seem to care much that their candidates don’t seem to have a fix on where they are or what they’re talking about. About anything, frankly. When anti-war protestors at Biden rallies (if that’s what you want to call them, seems a stretch to me), chant: “Stop killing babies” or “End the genocide”, his claque, like automatons of the doomed, shout reflexively: “Four more years!” Four more years of slaughter?

     

    Capirotinho


     

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    Pretenders - Maybe Love is in NYC





    Maybe love is in New York City
    Fluorescent streets might lead me to it
    I've been to Barcelona, Lima, and Hong Kong
    If it was here, I never knew it
    If it was here all along

    Jup do Bairro, Mulambo - LUTA POR MIM



    'Cês não vão mudar porra nenhuma
    Mais um corpo preto no chão e não muda porra nenhuma
    Descartável igual o cigarro que 'cê fuma
    Pra você foi só mais um e não muda porra nenhuma

    3 x Bicicletas Antigas




     

    terça-feira, março 05, 2024

    Duas democracias


     

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    Public Enemy - Fight The Power

     

    As the rhythm's designed to bounce, what counts is that the
    Rhyme's designed to fill your mind, now that you've
    Realized the pride's arrived, we got to
    Pump the stuff to make ya tough, from the heart
    It's a start, a work of art
    To revolutionize, make a change, nothin's strange
    People, people! We are the same, no—
    We're not the same 'cause we don't know the game
    What we need is awareness, we can't get
    Careless! You say, "What is this?"

    Infiltrado no pasto

     

     Como me fantasiei de gado e fui à
    Paulista acompanhar o discurso do capitão

     

     "Ainda no metrô, um
    casal me alertou
    sobre uma sórdida
    conspiração a unir
    George Soros e um
    vilão apelidado de
    “Cabeça de Roll-On”

    LEIA REPORTAGEM DE RONALDO LAGES 

     

     

     

     

     

     

    O pibão e a imprensa tradicional


     MIGUEL PAIVA

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    Então você acha que pode distinguir paraíso de inferno?

     

     01.mar.24 - Um avião lança ajuda sobre Gaza, em meio ao conflito em curso entre Israel e o Hamas, na cidade de Gaza

     Milly Lacombe

    Começa com esse verso a canção “Wish you were here” (“Gostaria que você estivesse aqui”), do Pink Floyd: So you think you can tell heaven from hell?

    Você é capaz de distinguir céu azul de dor? Um sorriso de um véu? Fizeram você trocar seus heróis por fantasmas? Fumaça por árvore? Ar quente por uma brisa?

    Esses versos estão na música composta na metade dos anos 70. A letra fala da falta de capacidade de perceber a realidade ao nosso redor e aponta para as trocas que somos encorajados a fazer na vida. Fala de entorpecimento, de fuga, de quebras, de rompimento.

    Pensei nela assistindo ao dilacerante “Zona de Interesse”, que conta a história da família do diretor geral de Auschwitz e de sua casa ao lado do campo de concentração: jardins, piscina, muitos empregados, luxo, fartura. Ao fundo, as chaminés queimam com vidas humanas e ninguém se importa. A existência segue com as crianças correndo na grama, vinho gelado sendo servido ao ar livre num fim de tarde. Gritos e gemidos de morte são escutados ao fundo. Não importam. Não são pessoas que estão morrendo, são coisas, gente abaixo da humanidade.

    Quando o filme terminou eu estava catatônica.

    Escrevi sobre ele nesse texto aqui (“Fomos Cúmplices”), mas ainda sem conseguir alcançar o que sentia. Finalmente, escutando Pink Floyd, entendi: nós somos a família alemã ao lado do campo de concentração.

    Somos as pessoas que não se importam com os assassinatos na Baixada Santista. Que naturalizam discursos abjetos como o do governador de São Paulo explicando com frieza tétrica por que essas operações policiais são necessárias, construído a ideia do inimigo que precisa ser eliminado, o outro absoluto, abaixo da humanidade.

    Somos as pessoas que assistem ao Jornal Nacional produzido no dia em que 112 palestinos famintos foram assassinados enquanto esperavam que a esmola humanitária fosse arremessada sobre suas cabeças e não têm impulso de quebrar o aparelho de TV de tanta raiva testemunhando a naturalização do horror através daquelas vozes tão familiares, que falam de modo tão manso, quase doce.

    Como noticiar com pompa e verniz, conferindo espaço para a naturalização do horror, aquilo que só poderia ser devidamente comunicado com o fígado e com lágrimas. Tivemos uma aula.

    Não nos perguntamos como exatamente tanques, armas e bombas conseguem entrar por terra mas a esmola humanitária precisa ser jogada do céu criando ainda mais angústias, medos, aflições e terror entre os que esperam a comida cair sobre suas testas.

    Existe entre os médicos-heróis que seguem trabalhando em Gaza uma nova nomenclatura para alguns pacientes: WCNSF. Quer dizer Criança Ferida Sem Família Sobrevivente (Wounded Child No Surviving Family).

    A Tv não mostra, não fala, não revela.

    Pessoas morreram durante a confusão por comida, é o que nos dizem com suas vozes sérias mas ainda bastante amenas.

    Vai começar a novela? Tá demorado esse Jornal Nacional de hoje, nossa. Ah, acabou. Ufa.

    A fúria com que se tenta fabricar consenso, como coloca o linguista Noam Chomsky, é comovente. O que mais se produz no norte global é plástico e consenso. Arremessam sobre nossas cabeças as histórias que precisam vingar para que sigamos sem conseguir distinguir céu de inferno. Aceitamos. A vida é corrida. Trabalho. Pagar boletos. Tentar resistir.

    Seria o caso de começarmos a falar de fake news de forma mais alargada.

    O que acontece nas favelas e periferias do Brasil exatamente? Por que a polícia tem o direito de entrar atirando? Por que aceitamos tão passivamente que pessoas sejam assim exterminadas? Não nos enojamos que a televisão fale na cara dura do direito de ir e vir de manifestantes de inclinações nazifascistas mas não ligue que jovens negros não possam circular livremente pelos bairros ricos desse país à noite? Não nos importamos que mulheres não possam circular livremente pela cidade, pelo transporte público, em suas casas, sem correr o risco de serem abusadas? A TV se importa com o direito de ir e vir dos manifestantes indo para a Paulista defender a tortura e com nada mais. Deixem os fascistas circularem em paz!

    Não somos capazes de olhar para o passado e tirar dele o exato momento em que precisamos nos levantar e berrar? Nos achamos assim tão diferentes dos oficiais nazistas, dos sul-africanos brancos do Apartheid, dos senhores e das sinhás de pessoas escravizadas, das mulheres dos oficiais nazistas que seguiam servindo o jantar em louça chinesa enquanto ali ao lado judeus eram queimados vivos? Dos colonizadores que invadiram as Américas e aniquilaram culturas e civilizações?

    Será que conseguimos distinguir um nazi-fascista de um político de dentes muito brancos e terno de corte fino que fala mansamente as piores coisas? Uma manifestação que bajula tortura e torturador de atos democráticos?

    Qual é o exato momento do levante? Quando diremos basta? Em que momento a água de nossa humanidade finalmente ferverá? Quando entenderemos que se alguns de nós já estão no inferno então todos estamos?


    UOL

     

     


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