Quem apanhou de goleada também foi a imprensa brasileira, que passou os últimos dias equiparando Santos ao Barcelona e promovendo disputas midiáticas acirradas para ver quem era o melhor do mundo, se Messi ou Neymar..
A disparidade entre umas coisas e outras é abismal, mas o espetáculo que o Barcelona promoveu domingo não surgiu do nada. Vem jogando assim há algum tempo, vide sua anterior partida importante, contra o Real Madrid. Basta ver como um time esteve no seu campeonato (Brasileiro) e como um está no seu campeonato (Espanhol).
Repete-se agora o espanto de Zagallo quando foi atropelado pelo carrossel holandes.
Neymar teve uma grande atuação na partida. Sim, mas foi depois do jogo, na entrevista protocolar, quando às lagrimas humildemente reconheceu que o Barcelona tinha dado uma aula de futebol (atitude bem distante do seu técnico ranzinza e marrento).
Pena que as lições não serão assimiladas por aqui. Pois as diferenças não estão apenas no futebol, ou em conceitos táticos ou em talentos de jogadores. Estão em conceitos de vida. Cito uma: a valorização da educação. Na criação de jogadores, por exemplo.
O Brasil, tão metido a viralata de estirpe, vai ficando para trás em várias áreas, mesmo no futebol onde tanto se vangloriara. O país precisa mudar, e rápido, "revendo seus conceitos" e reformando políticas, esportes, sociedades, de alto a baixo. Na mesma semana do mundial leio artigo comparando: China tres mil e tantas patentes de novas invenções neste ano, Índia mais de mil, Brasil... 157. Corruptos são isentados de culpas e o comandante destacado para moralizar um batalhão de nefastos é ele próprio um bandido de farda.
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