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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, agosto 13, 2016

    Máximo sobre Tostão


    O jornalista e cronista esportivo JOÃO MÁXIMO fala sobre TOSTÃO, o entrevistado desta semana em As Grandes Entrevistas do Pasquim



    "Era um pensador dentro do campo, com a bola nos pés. Um jogador inteligentíssimo. Eu me atrevo a dizer que tinha um sentido de futebol coletivo que antecipava de certa maneira aquele futebol que a Holanda iria jogar quatro anos depois."

    veja mais no vídeo


    As Grandes Entrevistas do Pasquim
    episodio nove: Tostão
    reprise domingo 11:00
    Canal Brasil

    Phelps



    (Campinas, SP)
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    Galhofa sincronizada


    Brasil mantém, a milhas de distância, o primeiro lugar inconteste no quadro de medalhas na categoria zoação olímpica

    “Fura ela! Fura ela! Vai, sushi! Su-shi! Su-shi!”, soltou uma senhora da plateia da competição de florete individual feminino, no duelo entre a chinesa Lin Po Heung e a italiana Elisa di Francesaca, fazendo todo mundo cair na gargalhada. 

    É batata: toda vez que a arquibancada fica em silêncio, seja porque o jogo está tenso ou porque as regras do esporte exigem, vem um gaiato brasileiro e solta uma gracinha, fazendo toda a arquibancada dar risada. É o esporte do qual somos todos campeões: o levantamento de zoeira, a galhofa sincronizada, a fanfarronice sem barreiras. 

    Nos jogos que acontecem no Parque Olímpico, na Barra, instalação que vira e mexe fica sem comida nos quiosques, um figura já soltou, no meio de um jogo nervosíssimo de tênis, quanto a atleta se concentrava para sacar: “Acabou o cheeseburguer!”. A plateia veio abaixo. A falta de lanche é tão preocupante quando a de medalhas. 
    A zoeira não tem fim: se as atletas são muçulmanas e o jogo de vôlei segue tenso, o animador de torcidas canta o hit do É o Tchan: “Ali Babá, o califa tá de olho no decote dela...”; se a única graça de um jogo caído de futebol é o gandula e seus muitos gestos, outro gaiato levanta o coro: “Ão, ão, ão, gandula é seleção!” 

    Nem fora do estádio a coisa se controla. Na volta de um jogo no Engenhão, à saída do estádio, um voluntário magro, barbudo e de óculos tentava bloquear o fluxo de pessoas, pedindo que parassem. Fez-se um silêncio, e alguém soltou: “Libera aê, Renato Russo!". Sem saber o que fazer, ele continuou dando orientações protocolares. Até que a multidão começou a cantar “Será só imaginação...” 

    (Mariana Filgueiras)

    Ouvir Tostão


    Neste clima de Olimpíadas, nada melhor do que ouvir as 
    palavras de Tostão, um craque em todos os sentidos



    As Grandes Entrevistas do Pasquim: Tostão
    Reprise domingo às 11;00 - Canal Brasil

    sexta-feira, agosto 12, 2016

    pela cochlea: Joy Division - Love Will Tear Us Apart [OFFICIAL MUSIC VIDEO]

    Tostão no ataque das palavras mostra que também faz gol de placa


    Tostão no ataque das palavras mostra que também faz gol de placa.



    As Grandes Entrevistas do Pasquim: Tostão
    Reprise hoje às 16:30 - Canal Brasil

    quinta-feira, agosto 11, 2016

    Os 9 títulos mais machistas dos Jogos Olímpicos do Rio


     


    "Simone Biles é a grande sensação da ginástica nestes Jogos Olímpicos. A nadadora Katinka Hosszu bateu o recorde mundial dos 400 metros e está cheia de ouros, e a norte-americana Katie Ledecky arrasou na piscina, conseguindo o primeiro lugar — e fazendo história — nos 400m livres. Apesar de nos Jogos Olímpicos de 2016 quase 50% dos esportistas serem mulheres (45%, para sermos exatos) e dos impressionantes feitos esportivos que estão conseguindo, muitos meios de comunicação se negam a reconhecê-las como algo mais que um pedaço de carne."

    leia artigo de Clara Ferrero >>

    Os 9 títulos mais machistas dos Jogos Olímpicos do Rio | Estilo | EL PAÍS Brasil:

    A entrevista de Tostão ao Pasquim foi diferente de tudo que se fazia na época


    Ricky Goodwin discorre sobre a entrevista qiue O Pasquim fez com Tostão em 1970.

    "Foi diferente de tudo que se fazia na época. Não se concebia fazer aquele tipo de pergunta a um jogador de futebol. Aí aparece um Tostão falando de Dom Hélder Câmera - era um escândalo!"




    As Grandes Entrevistas do Pasquim
    episodio nove: Tostão
    reprise domingo 11:00
    Canal Brasil

    Protestos na Olimpiada






    LEONARDO
    (Rio de Janeiro, RJ)

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    pela cochlea> DubXanne - Message in a bottle

    João Máximo faz a resenha da entrevista de Tostão publicada no Pasquim.



    João Máximo faz a resenha da entrevista de Tostão publicada no Pasquim.

    "Tostão diz muito mais do que se tolerava na época. Imagina um jogador de futebol de 1970 dizendo que a guerra do Vietname era pelos interesses econômicos dos EUA! Fala do direito de se expressar, no primeiro semestre de 1970, quando só se falava aqui de Copa do Mundo."

    veja mais no video
     
     

    As Grandes Entrevistas do Pasquim
    episodio nove: Tostão
    reprise domingo 11:00
    Canal Brasil

    Nem todos podem ser Vanderlei.


     


    "O meio-ambiente foi uma das mais flagrantes vítimas da charlatanice olímpica. Enquanto a festa bradava por um mundo mais verde — inclusive, inovando com a promessa de plantio de árvores para cada atleta olímpico que entre em quadra — os Jogos do Rio entregarão ao planeta uma reserva a menos preservada. Não é admissível o que foi feito na Reserva de Marapendi para a construção de um campo de golfe (e, claro, um punhado de prédios de luxo).

    O Célio de Barros e o Júlio Delamare — e, claro, seus apaixonados frequentadores — também foram zombados na abertura. Na apoteótica imagem do Maracanã em festa, já no fim do show, os dois também aparecem, como se pedindo socorro, ali no cantinho.

    Que ironia! Na hora da celebração maior do esporte mundial, o templo do atletismo brasileiro foi apresentado como um…. estacionamento."


    leia o texto de Caetano Manenti​ >>

    Nem todos podem ser Vanderlei. — Medium

    Mundo Fantasmo: 0093) As máquinas voadoras




    Invenções complexas não têm um dono. Ninguém inventou sozinho o avião.
    O avião ainda não parou de ser inventado.


    leia a coluna de Braulio Tavares​

    Mundo Fantasmo: 0093) As máquinas voadoras (9.7.2003)

    quarta-feira, agosto 10, 2016

    "O Tostão era o bom rapaz da Seleção."


    Martha Alencar conta como surgiu a ideia de entrevistar o Tostão
    e fala de como o Pasquim, através da brincadeira, conseguiu dar voz a quem não podia se expressar.

    "O Tostão era o bom rapaz da Seleção."




    As Grandes Entrevistas do Pasquim
    episodio nove: Tostão
    reprise domingo 11:00
    Canal Brasil

    Charge Feliciana




       QUINHO 
    (Belo Horizonte, MG) 

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    Sérgio Cabral revela que o objetivo do Pasquim


    Sérgio Cabral revela que o objetivo do Pasquim ao entrevistar Tostao, em 1970, era fazer com que ele assumisse que era de esquerda.


    As Grandes Entrevistas do Pasquim
    episodio nove: Tostão
    reprise domingo 11:00
    Canal Brasil

    pela cochlea: Geraldine = The El Venos (1956)

    PALAVRAS

    O Brasil é um país machista, um país racista, um país homofóbico, um país xenofóbico. Não estou generalizando, mas essas pessoas existem, infelizmente. E aí, quando elas estão atrás de um computador, elas se acham no direito de fazer essas coisas.

    - Joanna Maranhão

    O alicerce que ninguém vê: namorada cuida de tudo para que Rafaela só lute


    A história de Rafaela fica cada vez mais interessante.
    Ela merece mais uma medalha pela coragem agora de ter assumido.

    Ao mesmo tempo, impressionam os comentários imbecis a respeito. Mutia gente inclusive que vibrava com a vitória de Rafaela dão meia volta e metem o pau xingando de sapatão e outras.

    Um ouro se mancha por isto?


    leia a reportagem de  David Abramvezt e Helena Rebello
    O alicerce que ninguém vê: namorada cuida de tudo para que Rafaela só lute:

    Sofá velho chega em terceiro na competição de Vela na Baía de Guanabara



    Mais cedo, um cardume de peixes mortos quase se classificou para as finais do Remo na categoria four scull na Lagoa Rodrigo de Freitas.

    leia mais 

    Sofá velho chega em terceiro na competição de Vela na Baía de Guanabara:

    Como foi a operação para abafar as vaias ao Temer





    (Curitiba, PR)

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    Ventosas





    (Campinas, SP)
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    A MORTE E A MORTE DA SELEÇÃO BRASILEIRA

    de Luiz Antonio Simas


    Galvão Bueno tendo um ataque apoplético após o jogo da seleção brasileira é comparável ao General Custer indignado com o genocídio de índios norte-americanos. Galvão, afinal, que foi em outros tempos ótimo narrador, é um ícone, com suas patacoadas histéricas de arauto do Brasil grande, do processo mais amplo de destruição da seleção masculina de futebol. A obra dessa destruição é complexa, coisa de morte matada com mais de oitenta tiros e uma cacetada de assassinos. E digo logo que é uma morte dupla, já que a seleção dos homens morreu também no campo do simbólico. 

    Eu acuso...


    1- A bandidagem burlesca da CBF, uma corporação mafiosa, como a FIFA, o COI, o COB e outras instituições que viram no esporte uma grande lavanderia para seus empreendimentos escusos.


    2- A transformação do jogador de futebol em celebridade pop de ocasião, com decisiva colaboração da mídia: a turma, antes de pensar em jogar bola, quer entrar em campo com gel no cabelo, sobrancelha feita, suvaco depilado, brinco de ouro e outros salamaleques. Nem vou falar das cinquenta e tantas tatuagens de metade da seleção brasileira e dos cortes de cabelo geométricos que exigem manutenção diária (eu não veria nenhum problema nisso, se a construção da imagem não viesse acompanhada de uma infantilização/normatização do corpo estimulada pela indústria das celebridades).

    3- A morte dos estádios, virados em arenas multiuso, com bistrô, loja de conveniência, espaço gourmet e outras babaquices, numa pegada totalmente desvinculada da cultura do futebol que desenvolvemos na América do Sul.. O estádio era um espaço de formação do torcedor. A arena não é. 

    4- A profanação das camisas dos clubes com propagandas de cursos de inglês, bancos, funerárias, produtos de limpeza, organismos internacionais de combate à fome ou coisa que o valha. Vejo aí, na transformação dos "mantos sagrados" em outdoor, um sinal de que a própria ideia de clube como instituição de pertencimento do torcedor anda morrendo também. 

    5- A limitação dos nossos técnicos, que agora se arvoram a dizer que se reciclaram depois de passar uma mísera semana fazendo estágio no Barcelona. 

    6- O baixo nível de parte da imprensa esportiva, jabazeira e bajuladora. 

    7- A morte da rua e da várzea como espaços cotidianos da pratica do futebol e de sociabilidade da garotada, agora obrigada, se quiser brincar de jogar bola, a se inscrever nas escolinhas de clubes, lugar em que geralmente o lúdico perde espaço para a adequação do corpo e a domesticação do talento.

    8- A linguagem moderninha dos narradores e comentaristas, aqueles que chamam o craque de "atleta diferenciado", passe pro gol de assistência (deslumbrados com a NBA), reserva de peça de reposição e coisas do gênero.

    9- A quebra do vínculo simbólico que unía a seleção ao torcedor e passava pelo clube;
    10- A "barcelonização" da torcida infantil, refletida nas crianças brasileiras que andam se declarando torcedoras de clubes europeus, em alguma medida porque os laços simbólicos que citei acima foram quebrados.

    11- A incapacidade do comando do futebol pensar nestes laços simbólicos, enfrentando o desafio colocado pela globalização para o esporte, um fenômeno que por um lado amplia possibilidades e por outro gera a uniformização dos padrões culturais, inibindo a produção de novos conhecimentos e técnicas, tanto no plano coletivo como no individual. Isso claramente se reflete até na perda de algumas características do nosso modo de jogar bola e torcer. Lidamos com essa demanda de forma autofágica, jogando a água da banheira fora com a criança dentro, em um processo que, a médio prazo, vai destruir clubes pequenos e médios (já destrói) e restringir o futebol brasileiro apenas aos clubes que tiverem o maior número de clientes consumidores do jogo (essa nova entidade que está surgindo no lugar dos torcedores). 

    Eu poderia citar diversas outras coisas, mas o mais dramático, a meu ver, é esse embaralhamento de causas e efeitos e da morte dupla do canarinho: no campo de jogo e no campo simbólico das paixões, afetos e empatias. A seleção brasileira de futebol masculino pode até ganhar a medalha olímpica e eventualmente fazer bom papel em Copa do Mundo, mas morreu. A camisa amarela, que já foi manto sagrado de vestir cavalo de santo, hoje é mesmo uma mortalha que veste, mais do que um time , um país que está indo pelo mesmo caminho do seu futebol. Ou seria o inverso?


    e o blog0news continua…
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