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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, outubro 02, 2021

    Jack


     

    Lição de Vida na CPI



    FRAGA

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    Roxa Cor da Saudade - Cantariar - Kátya Teixeira e Amauri Falabella

    sexta-feira, outubro 01, 2021

    Free Stuff - Edward Sharpe And The Magnetic Zeros



    Hey, hey, everybody stealing my ha, ha
    Everybody taking my hey, hey
    Everybody stealing my ho
    Ho, ho, everybody taking my hey, hey
    Everybody stealing my ya, ya
    Everybody taking my ho


     

    PALAVRAS

     Às vezes fico matutando que a era dos batebocas sobre música - a era dos testes de pureza e idealismo underground e desdém do mainstream - está chegando ao fim. Análises negativas de albuns e shows praticamente sumiram dos veículos que publicam críticas. Pode ser que, num mundo em que haja tanto para se ouvir, faça mais sentido celebrar aquilo que se ama e ignorar tudo o resto. Talvez, daqui pra frente, a maioria dos consumidores de música serão omnívoros, para os quais a noção de lealdade a um gênero pareça tão alheio quanto a noção de "ser dono" de um album. 

    Às vezes penso, também, se a convicção política estaria substituindo a convicção musical como o marcador preeminente de identidade subcultural. Talvez alguns dos tipos de gente que costumava discorrer sobre bandas obscuras agora prefiram discorrer sobre causas obscuras ou ultrajantes. E talvez a advogacia da política supra parte do senso de pertencimento que as pessoas obtinham de cenas punk autocontidas. Isto não seria necessariamente um desenvolvimento - embora agora, como sempre, seja provavel que há  muitos poseurs misturados com os verdadeiros crentes. 

    Mesmo assim, o impulso adolescente que deu combustivel ao punk não desapareceu, e nem a primazia da música popular. Ainda curtimos musica pessoalmente porque ainda ouvimos musica socialmente: com outras pessoas, ou pelo menos enquanto pensamos em outras pessoas. E, historicamente, os momentos quando todos parecem estar ouvindo as mesmas canções são os momentos em que algumas pessoas tem a coragem e a imaturidade suficientes para dizer foda-se isso e foda-se aquilo e começar algo novo, ou meio novo. 

    - Kelefa Sanneh


    Foto de sétimo dia


     

    Silencio Ensurdecedor



    FRAGA

     

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    Angelique Kidjo & Tony Allen -Todo aquel que piense que la vida es desigual Tiene que saber que no es así Que la vida es una hermosura, hay que vivirla Todo aquel que piense que está solo y que está mal Tiene que saber que no es así Que en la vida no hay nadie solo, siempre hay alguien - La Vida Es Un Carnaval



    Todo aquel que piense que la vida es desigual
    Tiene que saber que no es así
    Que la vida es una hermosura, hay que vivirla
    Todo aquel que piense que está solo y que está mal
    Tiene que saber que no es así
    Que en la vida no hay nadie solo, siempre hay alguien






    CAU GOMEZ

     

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    "Rocks in My Bed" (1941) Duke Ellington and Ivie Anderson

    quinta-feira, setembro 30, 2021

    FOME


     

    Rotary Connection, featuring Minnie Riperton: Lady Jane

    Caricaturistas Brasileiros

     

    DE PAULO VITALE

     

     Retrato de Orlando Pedroso que integra meu ensaio manifesto com os principais cartunistas brasileiros.
    Paulovitale©All Rights Reserved.

    Orlando Pedroso é artista gráfico, ilustrador e cartunista. Colaborou com o jornal Folha de S. Paulo de 1985 a 2011 além de ter publicado em muitos títulos da grande imprensa e livros infanto-juvenis. É co-autor do livro “Não quero dormir” – finalista do prêmio Jabuti de 2007 nas categorias “ilustração” e “melhor livro”. Foi vencedor do Prêmio HQ Mix de melhor ilustrador nos anos de 2001, 2005 e 2006, e Artista Homenageado no FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte de 2007. Produziu mostras individuais, como “Como o Diabo Gosta”(1997) , “Olha o Passarinho!”(2001),“Uns Desenhos” e “Ôtros Desenhos” (2007). Em 2008, fez uma exposição retrospectiva de 30 anos de trabalho como artista convidado do 35º Salão de Humor de Piracicaba.
    É autor dos livros independentes “Moças Finas (2006) e “Árvres” e dos infantis “Vida Simples” e “Uêba!”.

    Em 2014 lançou “Filosofias baratas me são as mais caras” também finalista do prêmio Jabuti e "Gordinhas", em 2017, pela Editora Fantasma.
    É membro do conselho diretor da SIB – Sociedade dos Ilustradores do Brasil.

    https://lnkd.in/dYb2ykA #cartunista @paulovitale #paulovitale @orlando.pedroso




     

    A culpa é do estagiário


     

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    Brasilia


     

    Bolsonaro foi avisado por Temer que Carluxo seria preso e ligou aos prantos para Moraes

     

     

    " Bolsonaro foi avisado por Temer q Carluxo seria preso depois depois do 7 de setembro. O Machão aos prantos ligou para Alexandre de Moraes, implorando, pedindo perdão, e prometendo “nunca mais” ofender o STF ou seus Ministros. Quem assistiu relata a patética e vergonhosa cena""

    LEIA MAIS>>

    Bolsonaro foi avisado por Temer que Carluxo seria preso e ligou aos prantos para Moraes | Revista Fórum

    Bobo da Corte



    TONI D'AGOSTINHO

     

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    The Weather Station - Robber (Official Video)



    I never believed in the robber
    I never saw nobody climb over my fence
    No black bag, no gloved hand

    quarta-feira, setembro 29, 2021

    Maozinha | The Hand


     



    BETo
     

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    Hang transforma CPI da Covid em "live" e lucra com exposição midiática

     


    Mauricio Stycer

    Por sua natureza, a de um inquérito público, eventualmente transmitido pela televisão, CPIs são eventos midiáticos. Para o bem ou para o mal, promovem a imagem de quem participa. Têm roteiro pré-definido, mas os diferentes "atores" são capazes de alterar os caminhos programados. Lembram, por isso, mais um reality show do que um programa de humor ou uma novela.

    Cada sessão produz diferentes fios narrativos, muitas vezes caóticos, que são enxergados de formas diferentes por quem acompanha o embate. Quem assiste, torce por um ou outro protagonista. O herói de um espectador pode ser o vilão de outro. O resultado é positivo ou negativo, divertido ou aborrecido, dependendo do olhar de quem acompanha.

    O depoimento do empresário Luciano Hang na CPI da Covid nesta quarta-feira (29) foi uma ótima oportunidade de explicitar o caráter midiático deste tipo de evento.

    Hang tem as qualidades de um bom comunicador - fala bem, argumenta com facilidade, é enfático e não tem vergonha de expor a própria imagem mesmo parecendo ridículo. Refinou estes talentos nos últimos anos, fazendo propaganda das suas lojas, defendendo o governo Bolsonaro em diferentes plataformas, na internet, ofendendo os seus adversários com grosseria e participando de uma infinidade de programas de televisão, muitos deles patrocinados por sua empresa.

    Por este motivo, o reconhecido talento midiático de Hang, houve divergências dentro da CPI se seria oportuno convocá-lo para depor. Muitos temiam que o empresário se saísse bem, do ponto de vista da argumentação e da imagem, no confronto com os senadores que o enxergam como vilão.

    Hang dominou a cena na CPI. Transformou o evento numa "live". Exibiu um vídeo promovendo a sua rede de lojas. Trouxe cartazes com mensagens em defensa do seu direito de se expressar. Fez autopropaganda de ações de benemerência em Manaus durante a pandemia. Enfrentou os senadores com altivez e, eventualmente, arrogância, ao criticar e corrigir perguntas dos parlamentares. Se colocou na posição de vítima ("estão me cortando, que democracia é essa?").

    Na altura em que escrevo este texto (14h), ainda não é possível saber se Hang vencerá ou perderá o confronto do ponto de vista jurídico, legal. Mas, do ponto de vista do espetáculo, de quem assiste, o resultado já está determinado. Seus fãs vão vibrar com os vídeos selecionados que inundarão as redes sociais; os que o enxergam como vilão vão compartilhar os seus piores momentos.

    Num momento de tamanha polarização e difusão aberta de fake news e desinformação, uma figura com o talento comunicacional de Hang não tem como perder.

    No meu quintal | In my garden


     

    Amaro Freitas - Ayeye

    Mãe é só uma



    SCHRÖDER

     

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    Batuque é Reza Forte - Aricia Mess & Dona Onete



    Meu samba tava adormecido acordou meu batuque é reza forte de amor Meu Samba tava adormecido acordou meu batuque é reza forte de amor
    Vem Vem Vem
    Descansa no meu colo Sou teu chão, sou teu solo Teu samba de am

    1000 dias



    BETO

     

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    terça-feira, setembro 28, 2021

    Geminiani - Concerto Grosso in E Minor Op. 3 No. 3

    Café com Fascistas



    TONI D'AGOSTINHO

     

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    Bolo emergencial



    MIGUEL PAIVA

     

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    OTA: SEMPRE MAD, MAIS QUE MAD

    Por décadas, as grandes editoras se esquivaram de publicar autores nacionais, ancoradas nos discursos mais demagógicos: HQ brasileira não tem público, não é tão boa quanto a estrangeira, não possui profissionalismo... Tudo para disfarçar as facilidades e a margem de lucro ao se publicar material importado comprado a preço de banana. Quando muito, contratavam quadrinistas que permaneceriam anônimos, produzindo commodities como Disney e quetais. A uma certa altura, a Vecchi comprava entre 300 e 400 páginas mensais de HQ feitas por artistas brasileiros – um volume impensável mesmo para os padrões atuais. Ota provou, sozinho, que o quadrinho nacional era viável e lucrativo – desde que houvesse um verdadeiro editor trabalhando o material. E isso me deixa propenso a dizer que ele talvez tenha sido o maior editor brasileiro de todos os tempos. "

    leia texto de Marcio Jr

    OTA: SEMPRE MAD, MAIS QUE MAD — RAIO LASER

    segunda-feira, setembro 27, 2021

    1000 dias



    AROEIRA
     

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    A ONU e o mundo se ridicularizam diante de Bolsonaro

    No photo description available.


    Eliane Brum

    Ao comparecer a Nova York e abrir a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, Jair Bolsonaro foi apresentado no noticiário brasileiro e internacional como um pária do mundo, que comia pizza em pé na calçada porque não estava vacinado. Estou na contramão desta análise. O ultradireitista que governa o Brasil não envergonhou nem a si mesmo nem ao país. Me parece exatamente o oposto. Bolsonaro debochou da democracia em palco global, teve suas mentiras traduzidas em várias línguas e voltou para casa aclamado por seus seguidores pela sua autenticidade e coragem de afrontar a parte do planeta que despreza.

    Ao receber um mandatário que ostenta o fato de não ter tomado vacinas como um troféu, e isso quando os Estados Unidos enfrentam uma piora na pandemia devido à variante delta, a vergonha é dos Estados Unidos de Joe Biden e da Nova York de Bill de Blasio. A vergonha é, principalmente, da ONU. Bolsonaro afronta o combate à pandemia com atos e fatos e atravessa a fronteira americana todo serelepe porque a ONU se mostrou incapaz de riscar o chão diante da Rússia de Vladimir Putin, que se contrapôs com veemência à intenção de barrar quem não estivesse vacinado. Bolsonaro também vai rir por muito tempo pela façanha de abrir a assembleia do mais simbólico pilar da ordem mundial após a Segunda Guerra disseminando mentiras explícitas. Aplicou na ONU um deboche em nível planetário.

    De nada adianta estampar no noticiário um Bolsonaro patético, objeto de piadas e de charges na imprensa. Bolsonaro entrou nos Estados Unidos sem vacina e este é o fato principal. Também pouco adianta fazer matérias e análises provando que ele mentiu sobre quase tudo. Seus seguidores, assim como uma parcela de não seguidores, considera tudo o que a imprensa afirma como fake news e nem sequer a lê, assiste ou escuta. Parte do planeta, e não só do Brasil, acredita que pode escolher o que é a verdade se a mentira lhe convém. Também não está fácil, é necessário dizer, ouvir, assistir e ler setores da imprensa repetindo coisas como “contrariando a expectativa da ala moderada do governo, Bolsonaro não moderou o tom no discurso na ONU”. Sério que ainda tem gente para afirmar expectativas do gênero como se acreditasse nisso?

    É assim que ditadores eleitos como Bolsonaro destroem a democracia desde dentro. Se os instrumentos democráticos e as instituições que os representam são incapazes de impedir alguém como Bolsonaro de discursar sem vacina, presencialmente, na ONU, para que servem? Do mesmo modo, se tudo o que as instituições brasileiras conseguem produzir são (mais) discursos sobre como Bolsonaro envergonha o país, em vez de usar os instrumentos democráticos previstos na Constituição para impedi-lo de seguir governando, para que servem, então?

    Gostaria de afirmar que esse pesadelo acontece porque a democracia e suas instituições não previram criaturas como Bolsonaro, mas seria inaceitável ingenuidade sob qualquer ponto de vista, inclusive o histórico. Bolsonaro é produto das deformações de uma democracia que nunca alcançou as camadas mais desamparadas da população e é produto do cinismo do capitalismo liberal. A cena com Boris Johnson é um exemplo disso. Supostamente o primeiro-ministro britânico, um direitista caricato, teria dado um “puxão de orelhas” em Bolsonaro por não tomar vacina, mas é só jogo de cena. O que importa é que um sorridente BoJo apertou a mão de um sorridente Bolsonaro às vésperas da Cúpula do Clima de Glasgow, apesar de o presidente brasileiro estar levando a maior floresta tropical do planeta ao ponto de não retorno.

    Bolsonaro está onde está porque as corporações e os governos que as representam ainda faturam e têm vantagens com ele na presidência. Bolsonaro está onde está porque grande parte do empresariado brasileiro, assim como dos especuladores, acredita que ainda pode obter mais lucro com ele no poder do que fora dele. Ao mostrar o dedo médio aos manifestantes contra Bolsonaro, Marcelo Queiroga afirmou a verdade mais profunda da Assembleia Geral da ONU. E agora o ministro da Saúde do país que beira os 600 mil mortos por covid-19 descansa em um hotel de luxo de Nova York enquanto faz quarentena por, claro, ter testado positivo para o vírus.

    Assim caminha a democracia e seus pilares globais. E ainda há quem se surpreenda que morram, esquecendo-se que para morrer é necessário primeiro estar vivo.

    el pais

    Cidade que ‘adotou’ cadáveres despejados em rio precisa se despedir de seus mortos

     

     Antropólogos examinam cuidadosamente o crânio de um corpo exumado para determinar se há impactos de armas de fogo.

    "Esta é a história de Puerto Berrío, onde o rio lançava os mortos do conflito armado, as pessoas os recolhiam, enterravam e lhes davam um nome em troca de milagres. Agora têm que ‘devolvê-los’ para que a Unidade de Busca de Desaparecidos possa encontrar seus verdadeiros familiares"

    leia a reportagem de Catalina Oquendo

     

    Cidade que ‘adotou’ cadáveres despejados em rio precisa se despedir de seus mortos | Internacional | EL PAÍS Brasil

    King Crimson - Cadence And Cascade



    Cadence and Cascade
    Kept a man named Jade
    Cool in the shade
    While his audience played
    Purred, whispered, "Spend us too
    We only serve for you"

    domingo, setembro 26, 2021

    Run The Jewels - JU$T [ft. Pharrell Williams and Zack de la Rocha] (Art ...



    Mastered economics 'cause you took yourself from squalor (slave)
    Mastered academics 'cause your grades say you a scholar (slave)
    Mastered Instagram 'cause you can instigate a follow (shit)
    Look at all these slave masters posin' on yo' dollar (get it, yeah)

    OTA e o Serial Killer de Revisores

    OTA:

    Como já contei antes, no tempo das vacas magras trabalhei um tempo numa editora de livros de macumba. Estava lá apenas enquanto não aparecia algo melhor, entrei na vaga de um revisor evangélico que saiu revoltado com o teor dos livros, não só os de macumba como também a coleção de livros de sacanagem que eles também publicavam. Dizem que uma vez que ouviu uma dupla de revisores conferindo um livro erótico (um lia o texto em voz alta e o outro conferia se os linotipistas tinham pulado alguma palavra) num deles na cena mais picante em que um ato sexual era descrito nos mais íntimos e sórdidos detalhes ele deu um piti jogou tudo pela janela e saiu enfurecido falado que todos iam arder no fogo dos infernos e que não voltava mais lá.
    Celeste* (nome fictício) uma revisora que conheci nos tempos que trabalhei na Tribuna da Imprensa me deu um toque que havia uma vaga de revisor na Editora Mandarim* e me candidatei, a única exigência do dono seu Alessandro* era que eu não fosse evangélico para não criar problemas. Fiquei de dupla com a Celeste revisando os livros de sacanagem e nos divertíamos muito eu era encarregado de ler em voz alta e dava alma às falas com minha voz de locutor de rádio e os outros revisores morriam de rir. Ou seja o emprego era legal, só o salário que não. Assim quando dei a sorte de comprar aquele bilhete premiado de loteria e ganhar uma pequena fortuna pedi demissão imediatamente infelizmente naquela época eu não tinha juízo e torrei tudo com putas e em poucos meses estava na miséria novamente.
    Deixei o orgulho de lado e fui implorar meu emprego de revisor de volta o Seu Alessandro falou olha pelas regras quem sai daqui não volta mais entretanto como estamos com carência de revisores pode começar hoje mesmo e falei ok fui pra sala da revisão e fiquei surpreso, dos antigos só sobrava mesmo a Celeste que agora era a chefe e perguntei ué Celeste cadê aquela turma toda a antiga a chefe Fátima* o Edinho* o Alvanísio* o Zebedeu* e o Malaquias* e ela nem queira saber morreram todos o Edinho pegou um câncer fulminante a Fátima escorregou numa casca de banana o Alvanísio levou uma facada numa briga de bar etc etc bom vamos ao trabalho de revisar este novo libro do Pai Sarnamby* que o Seu Alessandro tá com pressa.
    Pai Sarnamby agora era o best-seller da editora seus livros de macumba vendiam horrores a única exigência era que não mexessem em uma palavra, porque sair alguma instrução errada e alguém que usar o livro pra se livrar de um desafeto matar oito galinhas pretas em vez de sete a macumba dá errado enfim como eu tinha sido assistente de macumbeiro na infância quando morei com aquele meu tio eu sabia bem disso. Esse livro novo estava certíssimo nesses quesitos entetanto Pai Sarnamby era semianalfabeto e escrevia tudo errado e alertei a Celeste que qualquer um sabe que chuchu é com cêagá e não com xis e abóbora não se escreve "abobra" e a Celeste sim eu sei mas a ordem é não mexer em nada aí eu disse então pelo amor de deus tira o meu crédito não posso pagar esse mico e a Celeste ok o sonho de todo revisor é ter seu nome na página de créditos do livro se você não quer eu ponho só o meu.
    Duas semanas depois o livro saiu o problema é que um linotipista manteve o xuxu com xis mas consertou por conta própria a grafia de abóbora e o Pai Sarnamby ficou furioso e foi tomar satisfações com o Seu Alessandro filhos da puta em todos os meus livros os revisores mexem em alguma coisa qualquer analfabeto sabe que abobra se escreve abobra e vocês meteram um ó no meio ainda por cima com acento a gritaria era tão alta que dava pra todo mundo ouvir e o seu Alessandro falou calma juro que nunca mais isso vai ocorrer e o Pai Sarnamby berrou ACHO BOM e saiu batendo a porta falando mil palavrões mais até que os que tinha nos livros de sacanagem.
    Poucos dias depois a Celeste morreu num desastre de carro e eu fui promovido a chefe da revisão achei aquilo muito estranho então fui olhar os créditos dos outros livros e o revisores eram todos os antigos revisores que morreram eu deduzi meu deus esse PaI Sarnamby é um serial-killer de revisores se eu continuar aqui vou ter o mesmo destino ele vai fazer uma macumba contra mim e eu morrerei me enchi de coragem fui na sala do Seu Alessandro com minha carta de demissão em caráter irrevogável falando que tinha recebido uma proposta melhor ele disse é a segunda vez que você me deixa na mão desgraçado saia daqui para nunca mais voltar eu mesmo passarei a fazer as revisões daqui pra frente e eu ham ham e fui embora.
    A Editora Mandarim não durou muito tempo, queimou tudo num incêndio e o Seu Alessandro morreu porque estava na editora até tarde revisando um livro. Li a notícia no jornal e fiquei aterrorizado meu deus foi o Pai Sarnamby de novo, do que escapei.
    Felizmente arrumei um novo emprego na sucursal do Estadão infelizmente também não durei muito lá eu sempre perco o emprego por algum motivo mas pelo menos sempre escapo com vida de todos."


    e o blog0news continua…
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