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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, fevereiro 25, 2017

    pela cochlea: the Cowsills - the Rain,the Park & Other Things (1966)

    E naquela suruba...





    (Rio de Janeiro, RJ)

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    MOONLIGHT: SOB A LUZ DO LUAR


     moonlight


    "Antes de falar das qualidades cinematográficas de MOONLIGHT é preciso ressaltar, dentro desta nova ordem mundial movida à ódio e segregação, a importância política de um filme que tem a empatia e o afeto como força motriz. O cinema costuma retratar ambientes como a periferia negra de Miami, habitada por traficantes e consumidores de crack, às custas de clichês maniqueístas de filmes de ação. No belo drama dirigido por Barry Jenkins a violência está presente a todo o instante, mas a cura para ela não é mais violência. "

    leia a crítica de MARCELO JANOT

    Críticos | MOONLIGHT: SOB A LUZ DO LUAR

    O novo senhor Justiça


    FOLHA, 24 de fevereiro de 2017

    sexta-feira, fevereiro 24, 2017

    Marchinha Suprema


    (Belo Horizonte, MG)
      
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    pela cochlea: Timothy Wisdom & The Funk Hunters - Ghetto Disco

    La La Land’s inevitable Oscars win is a disaster for Hollywood – and for us




    "To create the illusion of charm, the film relies not on intrinsic strengths but on external trappings. There is the glamour of its beauteous stars, and recollections of their past, more stirring, pairings. There is the tinselly glitz of Hollywood and the Californian sunshine. Above all, La La Land depends on parasitising other, better films marinated in the nectar of nostalgia.

    The aspirations they pursue instead of each other involve neither duty nor philanthropy, but only self-realisation. City of stars, are you shining just for me? You damn well ought to be, because I’m worth it.

    Seb sees himself as a heroic champion of art, but he is more of a nerd than a musician. For him, jazz is mainly fodder for his vanity and pomposity. Real enthusiasts consider that purists such as him are holding back the genre, not rescuing it from ruin.

    The puzzles of the narrative also begin to resolve themselves. The reason not much seems to happen is that egotists are not deeply conflicted and don’t go in for much interaction with others. When Seb arrives to pick up Mia, he blasts his car horn rather than ringing the doorbell. Never mind the neighbours; it’s only Seb who counts. When Mia is looking for Seb in a cinema audience, she stands in front of the screen and blocks the picture. Of course. She matters; the other filmgoers don’t.

    Still, La La Land is a film for our time. With our self-nurturing, self-promotion, clicktivism, Twitterstorms, sexts and selfies, we are all narcissists now"

    more in the analysis by David Cox

    La La Land’s inevitable Oscars win is a disaster for Hollywood – and for us | Film | The Guardian:

    The Observer view on Mark Zuckerberg



     

    "By filtering the information we see, Facebook also changes the way we think. Its algorithms – whose design, of course, is motivated by profit – function as editors, pushing us to content that we are most likely to find engaging, from people we are naturally drawn to.

    In doing so, Facebook facilitates the filter bubbles that mean we are increasingly consuming content created by people who think and act exactly like us, and has done little to combat the spread of fake news. Zuckerberg writes “our community will identify which sources provide a complete range of perspectives so that content will naturally surface more”.

    But there is nothing “natural” or organic about an editorial process. Facebook has a duty to make its editorial algorithms transparent so its users know what they are consuming."


    read more>>

    The Observer view on Mark Zuckerberg | Observer editorial | Opinion | The Guardian:

    Hollywood chooses protests over parties as the stars get ready for Oscars activism | Film | The Guardian





    "In a gesture of solidarity with Farhadi, Zimmer announced that, instead of holding its annual Oscars party – a highlight of the glitziest week of Hollywood’s year – UTA would hold a rally in Los Angeles on Friday and donate the $250,000 it would have spent to the American Civil Liberties Union and the International Rescue Committee. With a client list that includes Gwyneth Paltrow, Don Cheadle and Bryan Cranston, it could be a very glitzy refugee rally.

    The sentiment has found an echo in Britain, where Farhadi’s Oscar-nominated film, The Salesman, will receive its premiere on Oscar day at a free screening before an audience of up to 10,000 people in Trafalgar Square, as well as being screened in cinemas nationwide."


    read more>>>

    Hollywood chooses protests over parties as the stars get ready for Oscars activism | Film | The Guardian

    E agora, José ?



    (Curitiba, PR)
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    O que está por trás do ataque ruralista à Imperatriz Leopoldinense

     Indígenas


    "Quem está no ritmo de levar alegria ao Sambódromo levou um susto. Para o indígena, infelizmente isso não é novidade. Esta é somente mais uma face dos ataques consistentes desferidos sobre nosso modo de vida e nossos direitos conquistados na Constituição de 1988.

    Logo, vai aqui o nosso alerta: expulsar o índio de sua terra equivale a matar a galinha dos ovos de ouro do Brasil. Mexer com o índio é subtrair direitos constitucionais pelos quais o país é reconhecido. É mexer com o clima, o que enfraquece a economia e piora a vida de todo mundo.

    A Imperatriz Leopoldinense talvez não tivesse ideia de onde estava se metendo quando escolheu falar do Xingu, mas seguiu o caminho certo. Porque hoje defender o índio brasileiro é defender o futuro do país."

    leia a reportagem de Sonia Bone Guajajara 

    O que está por trás do ataque ruralista à Imperatriz Leopoldinense — CartaCapital

    Artista que pichou ‘Doria’ perde casa após ‘visita’ do Deic


     

    "Nome conhecido da arte de rua em São Paulo, Iaco protagonizou um dos protestos mais emblemáticos feitos contra o prefeito Doria por conta do apagamento dos grafites da Avenida 23 de Maio, no final de janeiro. Sobre a tinta cinza deixada nos muros pela prefeitura, o pichador escreveu 12 vezes o nome do prefeito. “Nada melhor do que escrever o nome da pessoa que está proibindo algo. Quando alguém manda apagar o próprio nome é como se estivesse apagando a si mesmo, destruindo seu ego”, explicou na época. À Ponte, Iaco faz questão de ressaltar que seu trabalho vai além das pichações e grafites. “Eu sou um artista plástico. A parede é só um suporte para mim. Eu faço milhares de outras coisas”, diz.

    mais na reportagem de Fausto Salvadori​

    Artista que pichou ‘Doria’ perde casa após ‘visita’ do Deic | Ponte Jornalismo:

    Temer e Moraes comemoram nomeação para o STF




    (Rio de Janeiro, RJ)
      
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    pela cochlea> Billy Joel - Maybe I'm Amazed (McCartney)



    Maybe I'm a man and maybe you're the only woman
    Who could ever help me
    Baby won't you help me understand

    Sabatina no Sapatinho





    (Rio de Janeiro, RJ)

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    pela cochlea: Julie Byrne - Sleepwalker

    I lived my life alone before you
    And with those that I'd never succeeded to love
    And I grew so accustomed to that kind of solitude
    I fought you, I did not know how to give it up

    pela cochlea> Aracy de Almeida - BOM DIA TRISTEZA - Adoniran Barbosa e Vinícius de Moraes

    quinta-feira, fevereiro 23, 2017

    Vem de bate-bola!

    Marcus Vinicius Faustini, pensador e agitador cultural da periferia Foto: Gustavo Pellizzon / Agencia O Globo
    Já é carnaval na cidade do Rio de Janeiro. Quem é de bloco exibe sua euforia pelas timelines da vida, quem é de escola de samba está pronto para exaltar a agremiação ou a beleza do espetáculo na avenida. Mas, no subúrbio, um outro carnaval mostra sua vitalidade, mesmo com a crise econômica. São os numerosos bate-bolas e clóvis, essas turmas de mascarados cariocas capazes de despertar sentimentos de profunda paixão em seus integrantes, que não medem esforços de viver a alegria da brincadeira, de lutar pelo reconhecimento de sua cultura, contra a discriminação por parte de autoridades e pela superação da lógica de guerra entre turmas, que marcou anos anteriores.

    leia a coluna de MARCUS FAUSTINI 
     

    quarta-feira, fevereiro 22, 2017

    Mexican man kills himself after being deported from US


    "Guadalupe Olivas Valencia, 45, jumped from a bridge at the border after he was deported for the third time. He was found unconscious next to a plastic bag with his belongings and died in hospital a short while later.

     The US/Mexico border near El Chaparral port of entry at the Tijuana River is seen on February 13, 2017


    "His death came as the Trump administration issued new guidelines to widen the net for deporting illegal immigrants from the U.S. Witnesses said Mr Olivas was shouting that he did not want to return to Mexico and seemed to be in severe distress.

    "He jumped off a bridge just yards from El Chaparral, the main border crossing point between the U.S. city of San Diego and Tijuana in Mexico. Local media said a plastic bag like those U.S. Customs and Border Protection authorities put migrants' belongings in was next to the man. Mexican migration officials said it was the third time Mr Olivas had been deported from the U.S. 

    He died of a heart attack and concussion sustained when he hit the ground"


    "Mr Olivas was a native of Sinaloa, one of Mexico's most violent states and the stronghold of the cartel formerly led by jailed drug lord Joaquin 'El Chapo' Guzman. Many Mexicans cite high levels of violence as a reason for leaving their homeland for the U.S."


    Mexican man kills himself after being deported from US - BBC News

    Teste do Abafômetro


    (Rio de Janeiro, RJ)
      
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    O dono da bola



    (Rio de Janeiro, RJ)

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    Don't Mourn, Fight Like Hell

     



    "But I say to you: There is no time, no room, no space to do anything but push back against what, in large part, this will turn out to be: not just a protest vote by rural whites who feel left behind, but the coming out of a burgeoning white nationalist, authoritarian movement.

    This is a dark hour, and to say otherwise would be a lie. It is—by orders of magnitude—the worst political outcome our country has faced in many generations. But let us not forget those who have pushed back already. The nonagenarian women—black and white—who struggled against infirmity and efforts to suppress their vote to get to the polls. All the Latinos and Asian Americans who registered for the first time to try to repel the hate too many white Americans voted for. The blacks who stood up for equality, as they always have. 

    Trump appealed to America's worst impulses. Now it's on the rest of us to show, to prove, that this is not all that America is. This is a time when we're called on to do things we may not have done before. To face down bigotry and hate, and to reach beyond our Facebook feeds in trying to do so."

    read article by Clara Jeffery​

    Don't Mourn, Fight Like Hell | Mother Jones:

    Para entender a pós-verdade


     Thomaz Wood Jr.



    "O cinema, a tevê e a internet passaram a permitir um prodígio: viver em um mundo no qual o simulacro tem mais valor do que a realidade. Medimos a realidade por sua contraparte virtual. O risco para uma sociedade maciçamente orientada para a imagem é a perda da noção de realidade ou, ainda pior, a perda da preocupação com a perda da noção de realidade."

    leia artigo de Thomaz Wood Jr

    Para entender a pós-verdade — CartaCapital:

    terça-feira, fevereiro 21, 2017

    Tiny Trumps, o meme do ‘mini’ presidente dos EUA | Internacional | EL PAÍS Brasil


     


    "Quando era editor da revista Spy, nos anos oitenta, o norte-americano Graydon Carter publicou um artigo afirmando que Donald Trump era “um homem vulgar de dedos curtos”. Desde então, o agora presidente dos Estados Unidos não parou de enviar ao jornalista fotos de suas mãos, para demonstrar o contrário, segundo Carter relatou em 2015 à revista Vanity Fair. O atual tópico da rede social Reddit chamado Tiny Trumps faz com que tudo seja pequeno no presidente, não só suas mãos. Trata-se de uma coleção de montagens fotográficas que mostram o magnata em versão miniatura e que faz sucesso na internet atacando seu ego."

    veja a galeria 

    Tiny Trumps, o meme do ‘mini’ presidente dos EUA | Internacional | EL PAÍS Brasil:

    Senado dá uma dura na sabatina de Alexandre de Moraes




    (Juiz de Fora, MG)
     
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    pela cochlea: Lenine, Letieres Leite, Orquestra Rumpilezz - À meia noite dos tambores silenciosos (Lenine-Carlos Rennó )



    O baque do maracatu estanca no ar
    Das lâmpadas apaga-se a luz branca no ar
    Na sombra donde somem cor e som, somos um
    Ao rés do chão, aos pés de Olorum

    pela cochlea: Lenine, Letieres Leite, Orquestra Rumpilezz - À meia noite dos tambores silenciosos (Lenine-Carlos Rennó )



    O baque do maracatu estanca no ar
    Das lâmpadas apaga-se a luz branca no ar
    Na sombra donde somem cor e som, somos um
    Ao rés do chão, aos pés de Olorum

    FORAFORO



    (Rio de Janeiro, RJ)
      
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    Paul Ryan's Obamacare Repeal Proposal Is Here, and It Doesn't Even Pretend to Care About Poor People | GQ




    94131313



    "The Affordable Care Act was the federal government's long-overdue first shot at bringing the skyrocketing costs of medical care in line with millions of Americans' diminished ability to keep pace. Was it perfect? No, no it was not. Does that mean that the rational response is to shrug, pick up another Ayn Rand novel, and quit trying altogether? Only if you're Paul Ryan, whose concern for the plight of lower-income American stops the moment he takes office, after which, nope, he's never even heard of them, thanks for stopping by."
    read article by Jay Willis​

    Paul Ryan's Obamacare Repeal Proposal Is Here, and It Doesn't Even Pretend to Care About Poor People | GQ: y.






    "A letra do samba-enredo é uma homenagem à natureza e às tribos, e uma crítica ao homem branco que ameaça sua sobrevivência. “Jardim sagrado, o caraíba [referência ao homem branco] descobriu. / Sangra o coração do meu Brasil,/ o belo monstro [a hidrelétrica] rouba as terras dos seus filhos,/ devora as matas e seca os rios,/ tanta riqueza que a cobiça destruiu!”, diz a canção. Durante o desfile, haverá uma ala fantasiada de borrifadores de pesticida.

    Os acordes caíram feito uma bomba para os poderosos representantes do agronegócio, que vestiram a carapuça e se autointitularem os salvadores de um Brasil em crise. Associações de pecuaristas, plantadores de cana e até de engenheiros agrônomos fizeram um estardalhaço em cartas públicas de repúdio. “A abordagem generalista proposta pela Imperatriz Leopoldinense sobre o produtor rural, sem separar o joio do trigo, é incorreta, injusta e inadequada, com a tendência tipicamente alarmista que é característica da linha de pensamento pseudoambientalista”, disseram os engenheiros agrônomos em sua nota. “O produtor rural brasileiro deveria ser reverenciado por estar salvando o país da bancarrota há décadas, ao representar, por sua competência, 22% do PIB e gerar 37% dos empregos do país”, acrescentaram os ofendidos em suas cartas. Outras manifestações do mundo rural foram bem menos comedidas.

    Os responsáveis pela escola já nem se dão mais ao trabalho de ler os insultos que recebem desde que o enredo foi divulgado. “A polêmica deixou claro um enorme preconceito e racismo contra os índios e contra a escola”, lamenta o carnavalesco da Imperatriz, Cahê Rodrigues. “Nossa crítica se baseia no uso indevido de pesticidas que poluem rios, matam peixes e causam danos muito sérios na vida do ser humano, assim como outras agressões à natureza que levam os índios ao desespero. A escola nunca pretendeu ofender o agronegócio, foram eles que se sentiram aludidos.”"


    leia reportagem de MARIA MARTÍN

    segunda-feira, fevereiro 20, 2017

    Morador de Vigário Geral que vende balas no Santos Dumont tem mais de cem fotos com artistas


    por



     O celular de Adauto Miguel quebrou e ele não tem R$ 140 para o conserto. Aos 17 anos, vive sozinho em uma quitinete em Vigário Geral, onde não há televisão nem geladeira, quase nada além de uma cama. Caiu na vida ao ser expulso de casa pelo padrasto, após uma briga, há pouco mais de um ano. Morou de favor com amigos e vendeu água na Praia de Ipanema, mas foi oferecendo balas no Aeroporto Santos Dumont que descobriu, além do ganha-pão, um jeito de ser notado.

    Desde que o aparelho se espatifou no chão, há uma semana, sua conta no Instagram está desatualizada. É lá que ele posta fotos nas quais aparece abraçando personalidades que só via na TV. Apesar da pressa para embarcar ou da vontade de entrar logo num táxi depois da viagem, quase todas param quando ele se aproxima.

    — Nunca tinha ido a um aeroporto. Quando cheguei lá pela primeira vez fiquei intimidado. Via famosos passando e queria chegar perto, mas não conseguia. Depois aprendi que posso falar com qualquer um, mesmo sendo tímido — diz Adauto, com uma porção de balas Halls nas mãos, chinelos nos pés e camisa e bermuda no corpo franzino.

    FLAGRADO POR PAPARAZZO

    Cento e dois famosos já posaram ao seu lado. Atores, cantores, atletas, músicos, bailarinas do Faustão e até um astro internacional: o roqueiro americano Chris Cornell. A primeira postagem foi em 28 de agosto, uma selfie com Rafaela Silva, poucos dias após a judoca conquistar o ouro olímpico. No dia seguinte, foi a vez de Sabrina Sato, que o abraça e encosta sua cabeça na dele. Para fechar o mês, Juliana Paes. Todos abrem largo sorriso: parecem gostar do garoto, que fotografa até quem não conhece muito bem, como João Carlos Martins. “O maestro que eu não sei o nome”, escreveu na legenda.

    Suas postagens são divertidas. Flagrado por um paparazzo com Juliana Paes, escreveu na imagem: “Fomos pegos batendo um papo”. Ao lado de Sophia Abrahão, mandou essa: “Sempre terá o meu amor”. Com a também atriz Giovanna Ewbank escreveu: “Pagou até uma coxinha”. Para a foto com a apresentadora Sabrina Sato: “Quero te ver outra vez, você deixou saudade”. Com Rodrigo Santoro foi lacônico: “Humilde”. Laura Cardoso, para ele, é apenas “Laurinha”. Suely Franco, chama de “Vovó Suely”. Até político, como Marcelo Freixo, entra no seu hall da fama.

    Adauto é popular no Santos Dumont. Alguns faxineiros o chamam pelo nome. E os seguranças gostam do garoto, embora sejam obrigados a retirá-lo do saguão do segundo andar, onde costuma ir para tirar selfies. Para evitar confusão, nessas horas ele esconde as balas na mochila. Funcionária de uma loja, Rafaella Aguiar, de 19 anos, descobriu recentemente que Adauto está no Instagram.

    — Fui postar uma foto que fiz com a Xuxa e descobri por acaso a conta dele. Tem foto com todo mundo, como esse garoto consegue? — indaga, com uma dose de inveja, a também colecionadora de selfies com famosos, embora, nesse quesito, não chegue aos pés de Adauto.

    Às vezes, ele é reconhecido. Em janeiro, estava distraído quando ouviu uma voz grave: “E aí, moleque?”. Era o ator Oscar Magrini. Eles se abraçaram e Adauto não perdeu a oportunidade de mais um clique. Com Preta Gil já foram três. Com Fernanda Lima, dois.
    — Fernanda disse que me levará para o programa dela — conta.

    Não são poucos os que, como Adauto, aproveitam o vaivém de celebridades para guardar uma recordação. A diferença é que ele faz isso com maestria. Qual o segredo, além de uma “esperteza que só tem quem está cansado de apanhar”, como cantam Os Paralamas do Sucesso?

    — É um menino gentil, pediu a foto de uma maneira muito delicada — afirma o ator João Vicente de Castro. — Para você vender bala no Santos Dumont, com a desigualdade batendo na sua cara o tempo todo, precisa ser uma pessoa admirável e de grande caráter.

    EM BUSCA DE SEGUIDORES

    Ao voltar para casa, Adauto caminha quatro quilômetros do aeroporto até a Central do Brasil, onde pega um trem para Vigário Geral. Como não tem nada em casa, onde mora desde janeiro, ele consegue o jantar com a mãe, que vive no mesmo bairro, um dos piores IDHs da cidade. Foi ela quem ajudou o filho a arrumar uma vaga no Bob’s do Via Parque, onde o rapaz trabalha desde o início do ano fazendo milk-shake. O primeiro salário está para sair e, com o dinheiro, pagará o aluguel e o conserto do celular.

    Mesmo empregado, Adauto não deixa de vender balas no aeroporto. Sua meta agora é ter mais gente acompanhando suas postagens: até sábado, ele somava 135 seguidores.

    — Um dia, todos vão saber quem é o @AdautoMiguel22 — garante.

    O GLOBO, 20 DE FEVEREIRO DE 2017


    domingo, fevereiro 19, 2017

    America first


    (São Paulo, SP)

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    PELA cochlea: Judy Collins Performs Suzanne (Leonard Cohen) | 59th GRAMMYs



    tantos anos depois, tantos anos depois, a melhor versão para esta música de Leonard Cohen

    O que o velho Araweté pensa dos brancos enquanto seu mundo é destruído?


     

    "Ele era um ancião. Seu povo, Araweté. Tinha o corpo vermelho de urucum. O cabelo num corte arredondado. E estava sentado ereto, as mãos abraçando o arco e as flechas à sua frente. Ficou assim por quase 12 horas. Não comeu. Não vergou. Eu o olhava, mas ele jamais estabeleceu um contato visual comigo. Diante dele, lideranças indígenas dos vários povos atingidos por Belo Monte&nbsp; se revezavam no microfone exigindo o cumprimento dos acordos pela Norte Energia, a empresa concessionária da hidrelétrica, e o fortalecimento da Funai. Ele, como outros, não entendia o português. Estava ali, sentado numa cadeira de plástico vermelho, no centro de convenções de Altamira, no Pará. O que ele via? Há 40 anos, ele e seu povo nem mesmo sabiam que existia algo chamado Brasil. Possivelmente isso siga não fazendo nenhum sentido, mas agora ele está ali, debaixo de luminárias, sentado numa cadeira de plástico vermelho, aguardando seu destino ser decidido em português. O que ele via?<br>
    <br>
    Não sei o que ele via. Sei o que eu via. E o que vi me fez alcançar não uma dimensão dele, mas de mim. Ou de nós, “os brancos”. Sempre que escrevo sobre os meandros técnicos e jurídicos de Belo Monte, e agora também de Belo Sun, sei que perco algumas centenas de leitores por frase, por mais que simplifique o que é complexo. Porque a linguagem da justiça, assim como a da burocracia, com todas as suas siglas, é feita para produzir analfabetos mesmo em quem tem doutorado em letras. Mas o que resta para os indígenas que se esforçam para se expressar na língua daqueles que os destroem no mesmo momento em que a vida é destruída? O que resta para o velho Araweté sentado ali por quase 12 horas? Ele não tem escolha, já que é com estas palavras que sua existência é aniquilada. "


    leia o artigo de Eliane Brum

    O que o velho Araweté pensa dos brancos enquanto seu mundo é destruído? | Opinião | EL PAÍS Brasil

    pela cochlea: Julie Driscoll Brian Auger & Trinity: Season of the Witch- Live

    Cadê as panelas?

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    Caminhando com Trump

    Adriana Carranca Foto: Mônica Imbuzeiro / Agência O Globo


    Para não dizer que não falei das flores, em meio ao cataclismo dos primeiros 15 dias de Donald Trump na Presidência dos EUA há pelo menos um efeito provocado por seu governo até agora que pode ser visto sob uma perspectiva um pouco mais positiva. A ver.

    leia coluna de ADRIANA CARRANCA

    A empreitada do crime progride


    Presos na penitenciária "Adriano Marrey, em Guarulhos

    " Dadas a extensão das operações, a quantidade de dinheiro envolvida e os problemas logísticos e político-administrativos da empreitada, é razoável acreditar que as facções contam com a inoperância ou a conivência do Estado apenas nos presídios?

     Quando se vai investigar tal desastre? Quando o governo tiver sido comprado pelas facções, tal qual as empreiteiras fizeram? Será pior e tarde demais. "

    Stand Up Comedy - com Celso de Mello



    (Jaú, SP)
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