Com eventos todo fim de semana, carnaval carioca mostra que não tem fim
Era desfile da Banda da Conceição, formada por moradores do morro homônimo, na bucólica Ilha de Paquetá. Já embarcados, os músicos (aqueles que tinham apenas estacionado seus instrumentos) se acomodaram no segundo andar e começaram a batucar, embalando com marchinhas a viagem de uma hora e dez minutos. “Se a canoa não virar, olê, olê, olá, eu chego lá”, cantaram, enquanto os passageiros enfeitavam os cabelos com flores, vestiam chapéus temáticos de esfinge e pirata, sopravam purpurina no ar e molhavam a boca com os primeiros goles de cerveja comprada de três ambulantes.
2015 entra para a história do Rio como o ano em que o carnaval não terminou. E não é o do batuque das escolas de samba, cujas baterias chacoalham de janeiro a janeiro. Trata-se de um carnaval improvisado, quase como os de antigamente, movido por singelos cortejos de blocos, discretas rodas de samba nas praças, poéticas fanfarras e lúdicos bailes à fantasia. Manifestações despretensiosas que todos os fins de semana levam foliões de volta a blocos como Céu na Terra, Cordão do Prata Preta, Orquestra Voadora, Boi Tolo, Amigos da Onça, Minha Luz é de LED, Escravos da Mauá.
leia a reportagem de Carolina Ribeiro
Com eventos todo fim de semana, carnaval carioca mostra que não tem fim - Jornal O Globo
fotos Fábio Seixo