Já fui rato de festival de cinema, desde os primeiros no rio, as do sroulevich, no roxy...
Continuo sendo cinéfilo de ver mais de 300 filmes por ano...
Mas prefiro distribui-los ao longo do ano, dos dias, da vida...
Cinema é prazer e nisso entra o tempo do filme em si quanto o antes e principalmente o depois com um tempo possivel pras imagens irem decantando lentamente no cerebro...
Acho interessante a proliferacao de filmes durante o Festival do Rio, principalmente pela possibilidade de comparações quase-simultaneas
em leituras horizontais como navegar numa mostra do cinema palestino e me encharcar de informacoes sobre aquele povo
ou em leituras verticais de acompanhar como tantos filmes de lugares diversos este ano estao focando uma mesma coisa.
Mas aí tem o frenesi afetado de um publico que se exibe mais nas plateias e nas filas do que os filmes passando nas telas.
É como ir a seu bar predileto, todas as noites, um habituê que consome e sorve lentamente, conversando com os amigos.
E ir ao mesmo bar num feriadão, com uma horda de diletantes e gente enchendo a cara e falando alto e correndo de mesa em mesa...
São os turistas das salas cinematográficas.