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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, fevereiro 29, 2020

    Sete pitacos sobre o carnaval




    ""Nas quatro primeiras colocações ficaram escolas que reverenciaram divindades das religiões afro-brasileiras e ameríndias: Viradouro (Oxum e Xangô), Grande Rio (Caboclos, Exu, Oxóssi, Iansã), Mocidade e Beija-Flor (Exu). As agremiações não tiveram medo de tocar no vespeiro da intolerância religiosa, crescente no Rio. Que bom.

    A escassez de patrocínio privado deu liberdade de criação a carnavalescos e compositores. O resultado foi uma safra boa de desfiles embalados por bons sambas, desamarrados das imposições de localidades, marcas e produtos. O regulamento pode avançar nessa direção, garantindo contratos que não alcancem as histórias"


    artigo de Flavia Oliveira


    Sete pitacos sobre o carnaval - Geledés:

    ilustração André Mello

    The Chordettes - Mr Sandman (Live 1958)


    Mr. Sandman, bring me a dream
    Make him the cutest that I've ever seen
    Give him the word that I'm not a rover
    Then tell him that his lonesome nights are over

    Coqueiros


    Bolsonaro joga para intimidar


    I Loves You Porgy - Nina Simone


    I loves you, Porgy
    Don't let him take me
    Don't let him handle me and drive me mad
    If you can keep me
    I wanna stay here with you forever and I'll be glad

    sexta-feira, fevereiro 28, 2020

    Direito de Folia



    JOTA CAMELO

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    A Lava Jato tem coragem de defender a democracia que lhes deu tudo? -


     Celso Rocha de Barros











    "Se os membros da força-tarefa da Lava Jato não querem entrar para a história como percursores da degeneração final da democracia e da decência, devem desfazer o mal-entendido. Supondo que seja um mal-entendido.

    Diante de tudo isso os senhores vão se calar, procuradores? No quadro de rápida deterioração em que estamos, um pronunciamento conjunto dos senhores criticando de maneira contundente os ataques de Bolsonaro à democracia poderia fazer diferença.

    Resta saber se os senhores têm a coragem, ou o interesse, em defender a democracia que lhes deu tudo que os senhores têm"

    leia a coluna de Celso Rocha de Barros​

    A Lava Jato tem coragem de defender a democracia que lhes deu tudo? - CELSO ROCHA DE BARROS, FOLHA - Blog do Savi

    Coqueiros


    Moro vai atrás de punk e porteiro, mas não de miliciano



     O presidente da República, Jair Bolsonaro, acompanhado dos ministros Paulo Guedes e Sergio Moro  - GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO

    "Não deixa de causar espanto a seletividade do Ministério da Justiça sob o comando do ex-juiz federal Sergio Moro. A pasta pediu abertura de inquérito para investigar roqueiros paraenses que organizam um festival de punk e hardcore chamado "Facada Fest".

    O evento usou cartazes de divulgação que o governo federal considerou ofensivos à honra do presidente da República. O mesmo ministério, contudo, deixou de incluir Adriano da Nóbrega, chefe do Escritório do Crime e ligado a Flávio Bolsonaro, na lista dos mais procurados, quando divulgou essa relação em janeiro.

    No dia 19 de fevereiro, o ex-presidente Lula depôs à Polícia Federal, após pedido de Sergio Moro, por ter dito, em um pronunciamento após sair da cadeia, que o Brasil tem um miliciano no governo. Queria que fosse investigada o cometimento de crime contra a honra de Bolsonaro.

    O atentado a bomba contra a sede da produtora do Porta dos Fundos, em 24 de dezembro, recebeu de Moro um silêncio ensurdecedor. Em um contexto de intolerância deflagrada, a falta de manifestação da autoridade responsável por questões de direitos fundamentais após um ataque terrorista soa como anuência. Pior, como endosso.

    Esse silêncio se espalha como um vírus, infeccionando a democracia e oferecendo a fundamentalistas religiosos, fanáticos políticos, racistas, fascistas, incels, milicianos ou imbecis mal-intencionados a certeza da impunidade para que imponham mais medo."


    coluna de Leonardo Sakamoto​

    Moro vai atrás de punk e porteiro, mas não de miliciano - Leonardo Sakamoto - UOL

    Criticas a presidente são marca deste carnaval



    MARIANO

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    Katherine Johnson



    DALCIO MACHADO

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    Love is Love - Woods

    Here comes the lies we live in
    It takes a lonely vision
    A walk down an empty sidewalk
    Coming home to you

    Metade dos povos indígenas isolados do Brasil é alvo de religiosos

    Índios Korubo contatados em 2015: a lei determina que iniciativas de aproximação com grupos isolados devem partir deles próprios, cabendo ao governo federal proteger suas terras Foto: Funai/Agência O Globo

    "A nomeação de um ex-missionário evangélico para assumir a coordenação da área de indígenas isolados da Funai reacendeu uma polêmica que vinha adormecida desde os anos 1990, quando o órgão suspendeu as autorizações para entrada de missões religiosas que ameaçavam pôr em risco a política de não contato sustentada pela Constituição de 1988. Trinta anos depois, a investida de evangelizadores continua e já atinge 13 dos 28 povos reconhecidos em situação de total isolamento, com a diferença de que esses missionários, agora, se sentem representados pelo discurso de aproximação do atual governo.

    A lei brasileira determina que iniciativas de contato com os grupos de isolados devem partir deles próprios, cabendo ao governo federal proteger e demarcar suas terras. A iniciativa fez do Brasil o país pioneiro por respeitar a autodeterminação dos índios. Além do proselitismo religioso, os isolados sofrem a ameaça de madeireiros, garimpeiros, narcotraficantes, caçadores ilegais e missionários proselitistas, além  dos desmatamentos e incêndios.

    A MNTB atua na evangelização de índios na Amazônia desde os anos 1950 e foi expulsa depois que dois casais norte-americanos e outros missionários brasileiros estabeleceram contato com índios da etnia Zoé, no interior do Pará. Investigada pela suposta responsabilidade na morte de indígenas que teriam contraído doenças como gripe e pneumonnia, teve seu processo arquivado."

    LEIA REPORTAGEM DE DANIEL BIASETTO 


     Distribuição de índios isolados Foto: Arte/O GLOBO

    quinta-feira, fevereiro 27, 2020

    Sergio Moro pede inquérito contra punks de Belém por cartazes anti-Bolsonaro






    "Sobre o Bozo atravessado por um lápis, o ministro destaca um trecho da representação inicial que diz ser a imagem “clara apologia ao atentado criminoso sofrido por Jair Messias Bolsonaro durante a campanha eleitoral, que quase tirou a sua vida”.

    “A gente estava no meio do desmonte da Educação, de problemas com os ministros [Ricardo] Vélez e [Abraham] Weintraub”, diz Magno. “Por isso me deram essa ideia de fazer o lápis, que representa a educação, derrotando essa palhaçada. É por isso que é um palhaço, porque representa essa ignorância.”

    Para o ilustrador, que nunca havia passado por caso semelhante, não há incitação a crime de homicídio. “Não tem nada ver com apologia ao crime ter feito uma coisa tão caricata daquele jeito, né? Não tem incitação de matar ninguém. Não passamos a ideia de fuzilar oposição.”
    O coletivo Facada já usava esse nome desde 2017, quando foi criado."

    leia a reportagem de LUCAS BREDA 


    Apropriação cultural



    HECTOR SALAS

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    Nevilton - Tropicana (Morena Tropicana)

    Da manga rosa quero o gosto e o sumo
    Melão maduro, saputi, juá
    Jaboticaba, teu olhar noturno
    Beijo travoso de umbucajá
    Pele macia é carne de cajú
    Saliva doce, doce mel, mel de uruçu
    Linda morena, fruta de vez temporana | 2x
    Caldo de cana caiana, vou te desfrutar |
    Linda morena, fruta de vez temporana
    Caldo de cana caiana, vem me desfrutar

    Radicais em causa própria


     

    "Em julho de 2003, um deputado subiu à tribuna com uma ideia incendiária. Queria convencer policiais militares de todo o país a entrarem em greve contra mudanças na Previdência. “Sem a Polícia Militar, senhor presidente, o Brasil vai se transformar num caos”, disse. “Isso tem que ser feito!”, animou-se.

    Além de pregar a desobediência à Constituição, o orador incentivou a quebra da hierarquia e da disciplina nas polícias. Sugeriu que as tropas de Minas Gerais e do Distrito Federal ignorassem seus comandantes e cumprissem ordens de políticos da bancada da bala. “Eles têm liderança sobre suas respectivas Polícias Militares e devem realmente partir para uma greve”, afirmou.

    A paralisação geral não ocorreu, mas o deputado continuou a apoiar motins ilegais nas polícias. Em fevereiro de 2017, seu grupo se engajou numa greve por aumento de salários no Espírito Santo. O movimento esvaziou as ruas e provocou uma onda de saques e assassinatos. Agora a situação se repete no Ceará, e o parlamentar que estimulava levantes nos quartéis ocupa o gabinete presidencial."

    mais na coluna de Bernardo Mello Franco​

    Bernardo Mello Franco: Radicais em causa própria - Fundação Astrojildo Pereira

    So long, Marianne Leonard Cohen

    We met when we were almost young
    Deep in the green lilac park
    You held on to me like I was a crucifix
    As we went kneeling through the dark

    Carnaval 2020



    VITOE TEIXEIRA

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    A RESISTÊNCIA DAS "GANHADEIRAS" NA REURBANIZAÇÃO DE SALVADOR





    "Discriminadas e relegadas à face obscura da história, as mulheres negras “ganhadeiras”, como se chamavam, circulavam a oferecer iguarias pelas ruas de vilas brasileiras no período colonial. Atravessaram freguesias durante o Império e mercadejaram variados tipos de comidas, doces, quitutes, carnes, frutas, louças, em tabuleiros, gamelas, cestos e quitandas nos movimentados centros urbanos da nascente República.

    Exímias comerciantes, a maioria mercava de forma ambulante ou, ainda minoria, em pontos fixos na cidade. Os alimentos produzidos e comercializados por elas provinham da dieta e hábitos alimentares africanos, além dos temperados na senzala ou na Casa Grande. Com palavreado e gestos típicos, elas compuseram importante mão de obra explorada por seus senhores, ou libertas, a consolidar o incipiente mercado urbano à época."


    artigo de Albenísio Fonseca​

    A RESISTÊNCIA DAS "GANHADEIRAS" NA REURBANIZAÇÃO DE SALVADOR – bahiarevista.com

    Carnaval 2020


    A cobertura da Globo




    JOTA CAMELO

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    quarta-feira, fevereiro 26, 2020

    Showroom Dummies - Senor Coconut


    Eins Zwei Drei Vier
    We are standing here
    Exposing ourselves
    We are showroom dummies
    We are showroom dummies

    Making Sense of Bolsonaro’s Foreign Policy at Year One





    "Alongside education, foreign policy has been one of the key arenas of the culture war currently being waged by Bolsonaro’s base. For the ideologues who support the president – many of them also followers of his Virginia-based guru Olavo de Carvalho – all politics is “metapolitics,” as they call the fight to transform society through the spread of ultraconservative ideas and values. Brazil under Bolsonaro is engaged in a crusade to make God, the nation and “traditional” family the defining elements of the domestic and international spheres."
    analysis by Guilherme Casarões​

    Making Sense of Bolsonaro’s Foreign Policy at Year One | Americas Quarterly

    Homem invisível


    BRUNO AZIZ

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    Get ready for the anti-Sanders media avalanche




    ""The key question going forward is whether opinion writers, cable-news contributors and other pundits fan the freak-out or help Americans cut through the tripe. Fox News is an irreparable Trump propaganda outlet, but can voters expect better from the rest?

    This sort of scaremongering is nonsense. Sanders has held office for decades and has been a remarkably effective legislator for a progressive in a conservative era. Sanders has made clear what he means by “democratic socialism”: that quality health care, education and a decent wage are basic human and economic rights that should be guaranteed to all.

    He hasn’t talked about taking over the commanding heights of the economy. He isn’t flashing Mao’s “Little Red Book.” Instead, Sanders has called for returning to the teachings of Franklin Delano Roosevelt, the greatest of 20th-century Democratic presidents."


    article by Katrina vanden Heuvel​

    Art Pepper - 'Round Midnight

    O golpe de Bolsonaro está em curso


     O presidente Jair Bolsonaro após uma cerimônia no Palácio do Planalto em fevereiro de 2020.


    "Não se vira refém de uma hora para outra. É um processo. Não dá para enfrentar o horror do presente sem enfrentar o horror do passado porque o que o Brasil vive hoje não aconteceu de repente e não aconteceu sem silenciamentos de diferentes parcelas da sociedade e dos partidos políticos que ocuparam o poder. Para seguir em frente é preciso carregar os pecados junto e ser capaz de fazer melhor. Quando a classe média se calou diante do cotidiano de horror nas favelas e periferias é porque pensou que estaria a salvo. Quando políticos de esquerda tergiversaram, recuaram e não enfrentaram as milícias é porque pensaram que seria possível contornar. E aqui estamos nós. Ninguém está a salvo quando se aposta na violência e no caos. Ninguém controla os violentos."
    artigo de Eliane Brum​ 

    foto Adriano Machado

    O golpe de Bolsonaro está em curso | Opinião | EL PAÍS Brasil

    Folião 2020


    MARIANO

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    Minha impressão sobre o desfile da Mangueira





    JAMILLE NOGUEIRA


    Não vai ser desta vez que sai o Bi. Antes de vê-la entrar, imaginei um desfile de colocar aquela Sapucaí abaixo. Não aconteceu. Faltou a mágica do carnaval, que Mangueira sempre carrega consigo, com dinheiro ou sem dinheiro. Mas, no momento em que ela entrou, vi algo maior, que ultrapassa os muros do maior espetáculo da terra. Não era o campeonato que estava em jogo. Era a tentativa, através da visibilidade do carnaval, de se posicionar. Foi um desfile incômodo, mas do tipo que te remói por dentro. Talvez por isso a plateia não tenha interagido. Cada ala, cada alegoria, mexia com os monstros internos que temos. Não era para dançar junto, apesar daquela bateria de outro mundo, não era para cantar junto, apesar do samba magnifico. Era para refletir. Refletir sobre a mensagem do Cristo, refletir sobre como nos vemos socialmente e como vemos o outro socialmente. Impossível não olhar aquela alegoria do menino da favela crucificado (a imagem deste carnaval), com o corpo cravejado de bala e pensar "o que poderíamos ter feito para que sua história fosse diferente?". Impossível ver um Jesus representado por uma mulher machucada e não pensar em como poderíamos contribuir, socialmente, para que a história de tantas mulheres vítimas de feminicídio fosse diferente. Impossível ver o desfile da Mangueira, com atenção e peito aberto, sem sentir incômodo. Impossível ver o desfile da Mangueira e não pensar "o que eu poderia fazer para ser um ser humano melhor?"

    Não, o caneco não vem. Se tem algum mangueirense esperando por isso, desista. E eu não estou triste por isso, ao contrário. A vitória da Mangueira, este ano, foi algo muito, muito mais grandioso. Quem estava naquela Sapucaí e quem estava sentado em seu sofá na hora em que ela passou, não será mais o mesmo. Ainda que não se deem conta, algo vai mudar dentro deles. A semente foi plantada, mesmo que isso signifique sacrificar o campeonato. Às vezes, é necessário cortar a própria carne por um bem maior. E foi o que a Mangueira fez. Tal qual seu homenageado, lançou-se ao sacrifício para tentar fazer com que as pessoas refletissem e se tornassem seres humanos mais humanos. 

    Em quase 48 anos de vida, nunca, nunca senti tanto orgulho da minha escola!!!! Obrigada, Mangueira, por todo incômodo que me causou ontem. Se amanhã serei uma pessoa melhor, fico te devendo essa.


    terça-feira, fevereiro 25, 2020

    Blocos de Carnaval?



    AMORIM

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    Heems "Home" feat. Dev Hynes / Blood Orange

    You've been acting hella shady
    My friends tell me that you're crazy
    But it's you I'm missing daily
    And it's you I'm missing tastin'
    It's you I'm missing kissin'
    Shorty, listen, quit your bitchin'
    Be my remix to Ignition

    Coqueiros


    Ano que vem, na Sapucai



    MIGUEL PAIVA 

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    Resistência à gourmetização do carnaval




    "A Sapucaí se gourmetizou. Com os preços cobrados pelas arquibancadas e frisas nos melhores pontos da avenida, o que chamam de o maior espetáculo da Terra afastou da Passarela em especial a classe média baixa e os mais pobres, aqueles amantes do samba que cantavam junto, vibravam, eram pura festa. O desfile perdeu ao concentrar-se em um evento turístico.

    É uma tristeza quando, ali pelas 2h da manhã, às vezes antes, se veem grandes vazios nas arquibancadas centrais, porque os turistas já foram embora. Para eles, que não mantêm um vínculo afetivo com o samba, assistir a duas ou três escolas é suficiente."

    mais no artigo de ALOY JUPIARA 

    Heleno repudiará uso de sua imagem ou piscará para a bagunça?


     General Heleno em protesto a favor do governo e que tinha como alvos o Congresso e o Supremo  - Vinícius Santa Rosa/Metrópole

    "A bola está com o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete da Segurança Institucional. Ele terá a coragem e a honradez de vir a público para desautorizar o uso de sua imagem e de colegas seus de farda num protesto que pede o fechamento do Congresso? Caso silencie ou se expresse por palavras ambíguas — como fez quando Eduardo Bolsonaro defendeu um novo AI-5 —, então estará endossando o baguncismo e contribuindo para levar a baderna para dentro dos quarteis."

    coluna de Reinaldo Azevedo​

    GOLPISMO 2: Heleno repudiará uso de sua imagem ou piscará para a bagunça? - 25/02/2020 - UOL Notícias

    Coqueiros


    Marchinha Obrigatoria



    GABRIEL RENNER

    Music Video: Banho de Mar - Larissa luz

    Que os olhos não me enxerguem
    Tudo que vier voltará
    Discernimento e intuição pra sentir
    O que for de bom fique
    Se multiplique
    O que não for
    Que vá!!!!!!!

    Polícia


    MONTANARO

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    Serragens


    Papai eu quero mamar !


    The Trammps - Zing Went The Strings of My Heart

    segunda-feira, fevereiro 24, 2020

    Vicolo Klezmer (Medley) - Barcelona Gipsy balKan Orchestra

    A MANGUEIRA NA AVENIDA E NA TV: NOVAS CRUCIFICAÇÕES



    Dermeval Netto

    Um enredo de carnaval tem um conceito e uma proposta estética. A partir dele, as cores volumes e formas, fantasias, alegorias, conjuntos. O visual de uma escola que passa não traduz beleza apenas em brilhos e luzes de led. A cor negra da fantasia da bateria da Mangueira foi ousada, dando imagem e tom à imensa escuridão de que fala o samba.

    Não foi fria a escola nem o desfile. Sua transmissão sim, no mínimo suspeita, capciosa, fria, desinteressada, em tom de desprezo, abordagem reta e sem curvas, incapaz de penetrar nas camadas mais profundas, de mostrar os significados da criação de um carnaval e enredo crítico, bem elaborado.


    A arquibancada e sua empolgação, não podemos avaliar pelo que foi mostrado, e tenho dúvidas sobre esse termômetro e sobre a forma que o público expressa sua emoção ou entusiasmo.


    Talvez estivéssemos também com uma expectativa muito alta sobre esse desfile, muito divulgado, e muito imaginado o espetáculo que se produziria. É fatal quando isso acontece, e recebemos com a tendência para uma certa decepção, abaixo do nível de expectativa. 


    O desfile da Mangueira apresentou lances extraordinários, os vários Jesus, as diversas crucificações, suas várias faces, seus vários tempos na história, a rainha de bateria como personagem de enredo, como a/o Jesus mulher em passos de representaçâo dramática, absolutamente diferenciado, inovador. A favela como lugar da ressurreição. 


    Na encenação da comissão de frente, a "dura" da polícia carioca em Jesus e seus apóstolos, mereceu do comentarista e ex-carnavalesco Milton Cunha, a prosaica explicação de que aquela era "a polícia de Roma". Já nos indicavam e antecipavam ali, a Globo e seus comentaristas amestrados, como seria a forma de contar, driblar e evitar aquele enredo. A imagem do rosto do menino crivado de balas, representando a matança de crianças e jovens negros, as frases "favela pega a visão, não tem futuro sem partilha nem messias de arma na mão", não mereceram nenhum comentário. Entre incompetente e tendenciosa, a marca, o dna da emissora.


    A Mangueira foi linda, inteira, intensa e profunda, num enredo bem criado e bem desenvolvido, trazendo e incorporando Jesus nas mazelas e nos perseguidos do nosso tempo. Trouxe uma leitura social e política da vida de Cristo, com uma estética refinada, sua atualização no mundo real do buraco quente, das fendas e frestas da vida real dos oprimidos.


    A Globo se esquivou, se desviou, se amedontrou, esfriou, desprezou, andou de lado, cumprindo seu papel de sempre, o de recortar e ocultar o que não lhe interessa.


    Mas, em samba, política e futebol, vale a emoção e o afeto de cada um, o que se vê, percebe, espera e sente. E o choro é livre.


    Mas a TV define um modo de narrar, é preciso estar atento.


    'O grande inovador da noite foi um carnavalesco com mais de 40 anos de folia',


     A Portela encerrou a primeira noite de desfile na Marquês de Sapucaí


    "Afinal, pobre da manifestação cultural que não se renova, fechando a porta para novos talentos, que vão oxigenar suas estruturas, trazer novas proposições, enxergar novos caminhos. E triste daquela que não preserva suas estrelas, aquelas que brilharam por décadas, fizeram história e já têm seu nome gravado na memória do público. O carnaval está vivendo esse momento de transição fantástico, lagarta virando borboleta, assistindo à estreia de nomes talentosíssimos, que têm tudo para transformar os rumos estéticos da folia nos próximos anos. Mas ainda aplaude seus artistas maiores, que começaram nos anos 70 e adentram a década de 2020 com assinatura marcante, sem nada a dever à turma da Geração Z."

    análise de Leonardo Bruno​ 

    'O grande inovador da noite foi um carnavalesco com mais de 40 anos de folia', analisa Leonardo Bruno

    Frank Turner - Ballad of Me and My Friends

    None of this is going anywhere
    Pretty soon we'll all be old
    And no one left alive will really care
    About our glory days, when we sold our souls

    But if you're all about the destination, then take a
    Fucking flight
    We're going nowhere slowly, but we're seeing all the
    Sights
    And we're definitely going to hell
    But we'll have all the best stories to tell

    Serragens


    José Casado - Nas ruas, rir é resistir




    "Está nas ruas uma nova e bem-humorada devassa política. Resulta das desilusões coletivas com os “vigários” de gravata, como canta a São Clemente: “Brasil, compartilhou/ viralizou, nem viu!/ E o país inteiro assim sambou/ Caiu na fake news!”

    É um salve-se quem puder, avisa a União da Ilha, ao relatar a anarquia no Rio de tiroteios, intercalados pela “solidariedade” de governantes aos baleados: “Esse nó na garganta, vou desabafar/ O chumbo trocado, o lenço na mão/ Nessa terra de Deus dará... Eu sei o seu discurso oportunista/ É ganância, hipocrisia/ Seu abraço é minha dor, seu doutor.”

     mais na coluna de JOSÉ CASADO
     
    Democracia Política e novo Reformismo: José Casado - Nas ruas, rir é resistir

    Carnaval dos Militares


    PONCIANO

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    Heleno implodiu o poder moderador


    Serragens


    ALGUMAS NOTAS SOBRE O QUE VIVEMOS EM PAQUETÁ E PORQUE ESSA PQEUNA LUTA DE UM BAIRRO PODE (E DEVE) APONTAR PARA ALGO MUITO MAIOR

    "Tudo isso pra dizer que, sim, a luta no bairro é fundamental. É concreta e é pedagógica. Que, sim, precisamos retornar ao trabalho de base. Mas é preciso fundamentalmente pensar sobre o que exatamente significa isso. O trabalho de base em Paquetá não resultou porque tivemos uma vanguarda a frente apontando o caminho. Tivemos lideranças sim, fundamentais, porque foram capazes de sentir o pulso da população, conhecer as suas necessidades e a sua ousadia e apostar nisso, muitas vezes contrariando as suas próprias certezas. A solução está mais perto da gente do que a gente pensa."


    Zé do Caixão e a Morte



    DALCIO

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    Cátia de França Trator As águas que correram dos meus óio



    É um trator
    Meu avião voando nessas ares
    Meu barquinho navegando nesses mares
    Meu barquinho carregador de ouro
    Chegando enfim chegou o meu tesouro

    domingo, fevereiro 23, 2020

    Serragens


    Campanha de abstinencia sexual no carnaval



    AMORIM

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    Sem as marchinhas de Nássara, o carnaval não seria o mesmo


    SERGIO AUGUSTO
     
     
    Quando Nássara fez 80 anos, fui entrevistá-lo para a Folha de S. Paulo. Estamos em 1990, e o aniversariante não me ouve: com a idade, ficara mais surdo que uma porta. Escrevo as perguntas num bloco de papel; ele, sentado à minha frente na mesa da sala, as responde de viva voz, já que apenas perdera a audição. “Surdo, mas não mudo.”

    Por que não usa um aparelho auditivo?, gesticulei. Já experimentara todos; nenhum dera certo. “Só operando. Mas eu não sou trouxa de me operar com essa idade só pra ouvir melhor, correndo o risco de estragar outra coisa, né?”, complementou, encerrando o assunto.

    Nássara, ironicamente, tinha orelhas grandes; sinal de vida longa, observei-lhe; mas o fato é que ele só duraria mais seis anos, morrendo justo no dia 11 de novembro, seu 86º aniversário.

    Ironia era mesmo o seu forte, não fosse ele um gozador full time, falando, desenhando e compondo. O título de “caricaturista do samba” tinha duplo sentido.

    Foi depois de ouvir, semana passada, um bloco pré-carnavalesco do bairro entoar a marchinha Alá-lá-ô! e duas outras mais ou menos da mesma época, que me convenci de que, neste domingo de carnaval, precisava homenagear um de seus patriarcas, um daqueles músicos cujas composições, de perene appeal popular, nunca deixaram de animar a fuzarca de Momo.

    Descartei os mais manjados e festejados –Braguinha, Lamartine, Ary Barroso –, parei e ajoelhei-me diante de Antônio Gabriel Nássara, por sinal o autor, com Haroldo Lobo, de Alá-lá-ô!, sucesso carnavalesco de 1941. E também de Periquitinho Verde (1938), de parceria com Sá Róris, Balzaqueana (1950) e Sereia de Copacabana (1951), as duas últimas em dupla com Wilson Batista.
    Seis meses depois de abafar no Carnaval de 1950, a irresistível marchinha Balzaquean – aquela que termina assim: “Papai Balzac já dizia/Paris inteira repetia/Balzac acertou na pinta/Mulher só depois dos trinta” – estourou na França, durante os festejos do centenário de morte do escritor, numa versão providenciada pelo ator Michel Simon. “Excusez du peu”, acrescentava Nássara sempre ao relatar essa façanha binacional.

    Com trono cativo na música popular, no rádio, no humorismo e até na publicidade (fez o primeiro jingle para o rádio, exaltando a excelência dos pães da Padaria Bragança, em Botafogo, zona sul do Rio), o irrequieto nativo do imperial bairro de São Cristóvão que se criou na Valhala do samba que foi Vila Isabel, na companhia de Noel Rosa (seu parceiro uma vez), Almirante, Braguinha, Orestes Barbosa e Haroldo Barbosa, abafou no Carnaval de 1933 com a marcha Formosa, impulsionada pela dupla Francisco Alves-Mário Reis.

    Era o menos farrista da turma, não porque fosse caseiro, abstêmio ou evangélico, mas porque largava do batente no jornal O Globo –onde paginava, retocava fotos e desenhava caricaturas – caindo pelas tabelas. Num país sério e civilizado, teria ficado milionário ao longo das quatro décadas em que animou os salões com suas marchinhas, sem precisar dos caraminguás da aposentadoria de jornalista.
    No traço e na música, Nássara retratou como nenhum outro o Rio em que tudo era levado no lero, na parolagem esperta, na sedução oral –geralmente ao redor de um banco de praça (melhor ainda se na Cinelândia) ou de uma mesa no Café Nice e outros enclaves boêmios do centro da cidade. Seu estilo supereconômico e eficaz de desenhar, um minimalista avant la lettre, transformou-o no ídolo de mais de uma geração de humoristas. Jaguar levou-o para o Pasquim. Cássio Loredano dedicou-lhe um livro. Millôr...

    Millôr escreveu apenas o seguinte:

    “De uma certa maneira, o Rio é uma invenção de Nássara, Orestes e Noel. Inventores também do papo-furado, foram se distraindo e a cidade cresceu em volta deles.” Muito amigos, com Millôr o destemperado Nássara nunca brigou. Mas Lamartine e Braguinha não escaparam de sua iracúndia, que, apesar dos decibéis por vezes alcançados (“cambada de piolhos!”, era o seu insulto preferido), convergia sempre para um carinhoso cessar-fogo.

    Seu jeito para o desenho levou-o a estudar arquitetura, que largou no quarto ano, e a cursar a Escola de Belas Artes. Tentou imitar J. Carlos, em cujo “traço simplificado” se amarrou, mas estava predestinado a ter um estilo mais do que próprio, personalíssimo.

    Noel Rosa também quis ser caricaturista, mas não deu certo.”Só sabia decalcar os desenhos do J. Carlos”, me contou o próprio Nássara, a quem Noel chegou a pedir emprego em jornal. Os dois, aliás, conversavam sobre isso quando, num certo fim de tarde, apareceu Di Cavalcanti. “O Rosa (ele só chamava Noel assim) mostrou pro Di um de seus desenhos, o Di olhou, olhou, e, cantando as primeiras estrofes de Nuvem que Passou, saiu pela tangente: ‘Ô, Noel, quem compõe belezas como esta não precisa trabalhar em jornal.”

    Nássara conseguiu acumular as duas vocações. Caricaturou meio mundo, avacalhou outro tanto. Satirizou e parodiou gente e música daqui e lá de fora. Em cima da canção italiana Cuore Ingrato, compôs, com seu mais fiel comparsa, Eratóstenes Frazão, a marcha Coração Ingrato, premiada pela Prefeitura do Rio em 1935. Brincou com Mamãe Eu Quero na última estrofe de Periquitinho Verde; inspirou-se na Valsa dos Patinadores pra compor um verso de Nós Queremos uma Valsa; gozou os nazistas derrotados em Stalingrado, na trocadilhesca Danúbio Azulou; a quatro mãos com Wilson Batista, abrasileirou e carnavalizou a espanhola La Paloma em Pombinha Branca.

    Nássaro atravessou mais de uma dezena de presidentes da República e suas gozações alcançaram a era Paulo Maluf. Se ainda vivo e na ativa, teria feito meia dúzia de marchinhas sobre a família Bolsonaro, o laranjal do Queiroz e o “Posto Ipiranga”, para alegrar o carnaval de rua deste ano.



    'Talkey show' de Bolsonaro tem ex-petistas, turistas e youtubers


     



    "O aposentado Sérgio Rabelo, 66, programava desde julho uma viagem à capital federal para tentar conversar com Jair Bolsonaro. O plano surgiu quando o mineiro soube pelos veículos de imprensa que o presidente cumprimentava quem o aguarda na entrada do Palácio da Alvorada.

    No dia 14 deste mês, o aposentado pediu um empréstimo consignado de R$ 2.000, comprou uma passagem de ônibus e gastou 13 horas em um trajeto de 765 km entre Nova Serrana (MG) e Brasília. “E não consegui dormir”, disse.

    Com uma mochila nas costas e uma mala nas mãos, chegou às pressas às 8h30 da quarta-feira . Na hora em que descia do táxi, no entanto, o presidente já havia falado com um grupo de eleitores e deixava a residência oficial."

    mais na reportagem de Gustavo Uribe e Talita Fernandes​

    MidiaNews | 'Talkey show' de Bolsonaro tem ex-petistas, turistas e youtubers

    Não tem clima para o carnaval...


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    Ainda veio o trocador chutando nossas canelas


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