A RESISTÊNCIA DAS "GANHADEIRAS" NA REURBANIZAÇÃO DE SALVADOR

"Discriminadas e relegadas à face obscura da história, as mulheres negras “ganhadeiras”, como se chamavam, circulavam a oferecer iguarias pelas ruas de vilas brasileiras no período colonial. Atravessaram freguesias durante o Império e mercadejaram variados tipos de comidas, doces, quitutes, carnes, frutas, louças, em tabuleiros, gamelas, cestos e quitandas nos movimentados centros urbanos da nascente República.
Exímias comerciantes, a maioria mercava de forma ambulante ou, ainda minoria, em pontos fixos na cidade. Os alimentos produzidos e comercializados por elas provinham da dieta e hábitos alimentares africanos, além dos temperados na senzala ou na Casa Grande. Com palavreado e gestos típicos, elas compuseram importante mão de obra explorada por seus senhores, ou libertas, a consolidar o incipiente mercado urbano à época."
artigo de Albenísio Fonseca
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