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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, agosto 29, 2015

    No reino dos contos de fada



    (Rio de Janeiro, RJ)

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    sexta-feira, agosto 28, 2015

    Veríssimo: O Vácuo




     "Houve um tempo em que os cachorros corriam atrás dos carros. Era uma cena comum: vira-latas perseguindo carros, latindo, como se quisessem expulsar um intruso no seu meio. Às vezes, viam-se bandos de cães indignados perseguindo carros que passavam e dava até para imaginar que um dia conseguiriam alcançar um, dos pequenos, pará-lo, cercá-lo e... E o quê? Comê-lo? Nunca ficou claro o que os cachorros fariam se alcançassem um carro. Era uma raiva sem planejamento. (Hoje, a cena de cachorros correndo atrás de carros é rara. Os cachorros modernizaram-se. Renderam-se ao domínio do automóvel. Ou convenceram-se do seu próprio ridículo).

    Os manifestantes contra o governo sabem o que não querem - a Dilma, o Lula, o PT no poder -, mas ainda não pensaram bem no que querem. Se conseguirem derrubar o governo, que cada vez mais se parece com um Fusca indefeso sitiado por cães obsoletos, o que, exatamente, pretendem fazer com o vácuo?"

    leia a coluna de Luís Fernando Veríssimo (Luís fernando veríssimo)​
    O vácuo - Cultura - Estadão

    pela cochlea: Jacob do Bandolim - Radamés Gnattali e Orquestra - SUITE RETRATOS - grav...

    Dilma ataca a crise





    (Recife, PE) 
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    Babado na Côrte: Barão de Minas Gerais pode ser filho de D. Pedro 1º


     Barão de Itaperuna, filho bastardo de Dom Pedro 1º


    Um barão de Minas, filho de uma escrava, poderá engrossar a lista de descendentes nunca reconhecidos de D. Pedro 1º

    leia a reportagem de Jose Marques
    naofo.de |

    Via Iris: Le prochaine fois je viserai le coeur (Cedric Anger, França, 2015)

    quinta-feira, agosto 27, 2015

    Eliane Cantanhêde, cheirosa e desatenta

     reprodução










    "A noticia é esta: Aécio Neves e Sérgio Guerra receberam dinheiro de propina, segundo revelação feita ontem pelo doleiro Alberto Youssef.

    VillasNews está oferecendo um doce para quem encontrar a noticia na primeira página da Folha de S.Paulo ou de O Globo. E uma lupa para que você encontre a notícia no interior dos jornais."


    Vocês já imaginaram o que aconteceria se Youssef dissesse que Lula ou Dilma recebiam propina em Furnas?

     leia mais>> 
    Eliane Cantanhêde, cheirosa e desatenta - Carta Maior:

    Na Amazônia...






    (Campinas, SP)
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    Inverdades sobre o aeródromo de Cláudio


     "O arquivamento do caso, que em si nada significa, não apaga os fatos levantados e comprovados em uma investigação jornalística legítima e autônoma." 

    leia o texto de LUCAS FERRAZ

    naofo.de |

    Vinte e um anos de impunidade


    De Bernardo Mello Franco

    Em abril de 1994, o brasileiro vivia sob o governo de Itamar Franco, pagava as contas em cruzeiros reais e torcia para a seleção de Bebeto e Romário conquistar o tetracampeonato mundial de futebol.
    Naquele mês longínquo, o empresário Luiz Estevão enviou US$ 1 milhão para uma conta do juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, na Suíça. Segundo o Ministério Público, o pagamento estava ligado a fraudes na construção da sede do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo. 

    Estevão se elegeu senador, foi investigado na CPI do Judiciário e teve o mandato cassado. Apesar do escândalo, continuou a fazer política e negócios. Hoje comanda mais de 200 empresas, um time de futebol e o diretório brasiliense do PRTB. 

    Em maio de 2006, mais de 12 anos depois de pagar propina a Lalau, o ex-senador foi condenado pelo Tribunal Regional Federal a 31 anos de prisão por corrupção ativa, formação de quadrilha, estelionato, peculato e uso de documento falso. 

    Passaram-se mais nove anos, e ele ainda não começou a cumprir a pena. O caso mostra como réus com muito dinheiro conseguem prolongar seus processos até o infinito, apresentando dezenas de recursos para não pagar por seus crimes. 

    Na última segunda-feira, o Ministério Público pediu ao STF que acabe com a farra. O subprocurador Edson Oliveira de Almeida enumerou a incrível série de recursos que Estevão apresentou com o único objetivo de alcançar a prescrição da pena. 

    Até aqui, o ex-senador só passou cinco meses preso, devido a outro processo. Em março, ele deixou a cadeia começou a montar um novo negócio. Vai lançar um site jornalístico, que terá dificuldades para dar notícias sobre corrupção e impunidade.
    -

    pela cochlea: Letuce - Mergulhei de Máscara

    Essa música não tem nenhuma grande sacada
    Nem frase de efeito, nenhuma mirabolância
    Eu só quero lembrar do dia
    Em que eu mergulhei de máscara

    Somos todos Cunha





    (Salvador, BA)

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    Com tantos riscos, por que insistir na legalização das drogas?



    De Helio Schwartsman

    A coluna de quarta, na qual sustentei que é necessário legalizar todas as drogas, não só descriminalizar o consumo, gerou interessantes indagações de leitores. Uma que merece desenvolvimento diz respeito ao que fariam os traficantes com a eventual legalização.
    A resposta é obviamente empírica, mas como nenhum país legalizou ainda todas as drogas, não sabemos o que aconteceria. Só o que podemos fazer é colocar a imaginação para funcionar, mas mantendo-a sob as rédeas curtas do realismo. 

    Até dá para sustentar que grandes produtores conseguiriam integrar-se à cadeia legalizada, mas esse dificilmente seria o destino dos pequenos traficantes e seus soldados. Eles não vestiriam uma gravata e se tornariam respeitáveis homens de negócios. O mais provável é que a maior parte continuasse na vida do crime, possivelmente trocando o comércio ilícito por delitos bem mais violentos, como roubo ou sequestros. Assim, não seria uma surpresa se, num primeiro momento, a legalização resultasse numa alta da criminalidade. 

    Em prazos mais dilatados, porém, dá para vislumbrar o enfraquecimento dos carteis de traficantes. Privados do lucro fácil das drogas, já não teriam tantos recursos para corromper autoridades e manter exércitos de capangas. De novo, essa não é necessariamente uma boa notícia. Policiais não gostam muito da tese, mas certos pesquisadores dizem que o fortalecimento de organizações como o PCC, que impõe rígida disciplina a seus comandados, ajudou a reduzir os homicídios em São Paulo. 

    Com tantos riscos, por que insistir na legalização? Cabe aqui uma analogia com ditaduras. Tiranias antigas tendem a ser menos violentas. Os principais opositores já foram suprimidos e a população aprendeu o que não é tolerado. Não obstante, ninguém defende que ditaduras velhas sejam mantidas porque a transição pode ser violenta. Devemos derrubá-las porque é a coisa certa a fazer.

    Laerte à altura da gravidade do momento que atravessamos





    "Não existe imagem genérica de manifestantes ou de policiais. São grupos constituídos por pessoas com grande diversidade de propósitos. Toda redução será, em algum grau, injusta –mas charges não podem deixar de fazê-las, porque trabalham com representações simbólicas." 

    "Muitos manifestantes tiraram selfies ao lado de PMs e as reproduziram fartamente nas redes sociais, transformando esse gesto num ícone de todas as marchas até agora. Essas pessoas não estavam confraternizando com soldados específicos –estavam demonstrando apoio a uma corporação que vem sendo apontada como uma das mais envolvidas em mortes de pessoas, no país (segundo esta Folha, no primeiro semestre, foram 358 mortes "em confronto")." 

    "Os recentes assassinatos apontam, segundo as investigações, para ação motivada por vingança, por parte de policiais. O que busquei foi juntar as pontas desses fatos sociais e estimular a reflexão."
    "Reconheço que produzi uma imagem agressiva, mas não a considero ofensiva. Acho que está à altura da gravidade do momento que atravessamos." 

    "Peço desculpas a quem se sentiu ofendido." (Laerte)

    No reino dos contos de fada





    (Santo André, SP)

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    domingo, agosto 23, 2015

    Via iris : FEHER ISTEN (Deus Branco) - dir Kornél Mundruczó, Hungria, 2015


    Fime estrelado por cachorros.
    A frase logo traz à mente historinhas bonitinhas, com animais agindo como gente, e muito dramalhão.
    Deus Branco passa longe disto.
    Os cães são ferais e a história é uma alegoria sobre repressão, liberdade, rebelião e paixões.


    Começa assim: ruas completamente desertas.
    Uma menina aparece pedalando bicicleta.
    Ela pedala, pedala, à luz do dia amanhecendo.
    Aos poucos, vão aparecendo atras dela... 274 cachorros rosnando e latindo bravamente.

    Excelente.

    Fernando Henrique faz uso da reciclagem



    (Curitiba, PR)
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