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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, setembro 03, 2022

    Dinheiro Vivo


    CELLUS

     

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    Tim Page, Gonzo Photographer of the Vietnam War, Is Dead at 78

     




    "Mr. Page was one of the most vivid personalities among a corps of Vietnam photographers whose images helped shape the course of the war. He was a model for the crazed, stoned photographer played by Dennis Hopper in Francis Ford Coppola’s “Apocalypse Now.”

     In the 1970s, he worked as what he called a “gonzo photographer,” tripping with and covering the drug-fueled world of rock, hippies and Vietnam veterans, mostly for music magazines like Crawdaddy and Rolling Stone.  "


    read obit by SETH MYDANS


    sexta-feira, setembro 02, 2022

    Gorbachov



    CAU GOMEZ


     

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    O bolsonarismo é corrupto

     




    Mãozinha | The Hand


     

    Banco Imobiliário



    AROEIRA



     

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    Angels Watching - Daniel Lanois



    Got me some angels watching over me
    All day (All day), all night

    30 dias



    CRIS VECTOR

     

     

    Untitled

    Bola Sete - Meditação / O Barquinho

    quinta-feira, setembro 01, 2022

    Mãozinha | The Hand

     

    Untitled

    Crimes em excesso viram geleia

     


    Sérgio Rodrigues


    Uma lei pouco comentada da arte narrativa pode nos ajudar a compreender um fenômeno aparentemente descabido que tem ficado claro nesta campanha eleitoral —e que nem meia centena de apartamentos comprados com dinheiro vivo deve ser capaz de alterar.

    Por que, tendo se envolvido no maior número de crimes de um chefe de Estado na história do Brasil —com centenas de milhares de corpos de vantagem—, Jair Bolsonaro ainda passa por candidato qualificado aos olhos de uma fatia expressiva do eleitorado?

    A resposta, que pode ser decisiva para o futuro do país, é complexa. Sem uma PGR servil e um Congresso comprado, disfunções graves em si mesmas, é provável que pelo menos algumas das acusações contra o presidente tivessem prosperado, alterando essa percepção.

    Ao miasma de corrupção institucional é preciso somar uma imprensa titubeante, indecisa sobre o tom correto da cobertura, e o traço cultural mais profundo da transformação de fatos em fumaça no forno paranoico das redes sociais.

    A tese que eu lanço aqui é que, além disso tudo, ajuda a explicar a blindagem bolsonaresca uma obrigação que as histórias impõem a seus narradores —a de escolher uns poucos detalhes para melhor conjurar o todo.

    Por mais simples que seja uma cena, o número de informações à disposição de quem a conta tende ao infinito. Alguém entra numa sala. Quem? Como se veste? Com que intenção? Há outras pessoas lá? Como elas reagem ao recém-chegado?

    Isso é só o começo. É possível descrever a sala, sua iluminação, suas janelas, quantos e quais itens de mobília e decoração há ali. Que horas são? Qual é a temperatura? Temos silêncio, música, ruído? E ainda nem adentramos a paisagem íntima dos personagens, seu passado etc.

    Se tudo isso são possibilidades, nem tudo cabe na história —não se a ideia for que ela faça sentido. "Acaricie os detalhes, os divinos detalhes", dizia o escritor russo Vladimir Nabokov.

    O conselho é precioso. Investir na metonímia, selecionar com carinho as partes que importam e deixar as outras de fora, caladas ou apenas sugeridas, é mais de meio caminho andado.

    Sem um foco preciso cercado pelo não dito, toda narrativa vira uma gritaria indistinta. Quem procura contar tudo, abarcar tudo, cansa e oprime o leitor-ouvinte-espectador, que foge espavorido ou morto de tédio. Fadiga narrativa é uma coisa terrível.

    Em outras palavras, quem tenta contar tudo não conta nada. Baz Luhrmann é o exemplo mais acabado de cineasta que recusa o silêncio e a seleção de elementos, afogando filmes como "Moulin Rouge" num excesso opressor de informação.

    Bolsonaro é uma espécie de Baz Luhrmann da política. Sua biografia e seu prontuário são tão atulhados de barbaridades que acusá-lo de um crime —ou mesmo de dois ou três, o máximo que uma história coerente permite antes de virar geleia— significa guardar silêncio sobre outros dez, vinte, incontáveis. Quem cala absolve?

    Talvez isso ajude a explicar por que, no debate da Band, ninguém falou em rachadinha ou racismo, e pouco foi dito sobre a corrupção superlativa do orçamento secreto, entre outros temas em que o presidente tem ficha sujíssima.

    Do ponto de vista da arte narrativa, acusar Lula de um crime só, corrupção, tende a colar mais do que montar um amplo painel de acusações contra Bolsonaro. Elas são tantas e tão cabeludas que muita gente acha a história inverossímil, morre de tédio ou muda de canal.

    FOLHA




    As mulheres evangélcias estão à espreita

    Juliano Spyer


    Mais de 30 milhões de evangélicos no Brasil são mulheres. E, para muitas delas, Lula e Bolsonaro disputam o posto do candidato "menos pior". Por isso, elas estão à espreita por alternativas.

    A senadora Simone Tebet pode ser esta alternativa? Sim, pode. Há um caminho narrativo para ela se aproximar das eleitoras evangélicas.

    Elas rejeitam Bolsonaro porque ele é o homem agressivo que só é tolerado por ser casado com uma mulher evangélica. Elas rejeitam Lula porque ele é visto hoje como inimigo da família tradicional.

    A senadora de Mato Grosso do Sul foi a surpresa positiva para os eleitores indecisos monitorados pelo Instituto Datafolha durante o debate da Band. Qual é, então, a possibilidade que a senadora tem de dialogar com mulheres conservadoras insatisfeitas com a postura irascível do presidente?

    Tebet fraturou a imagem de Bolsonaro como defensor da família quando o denunciou por espalhar desinformação sobre a pandemia e responsabilizou o governo por tentar ganhar dinheiro ilicitamente com a compra de vacinas. Mas esse encanto se desfez para muitas evangélicas quando a senadora se apresentou como feminista.

    Há um fosso de desentendimento separando mulheres, especialmente as de classe média e alta, e as evangélicas pobres. E o termo "feminismo" é onde esse curto-circuito conceitual acontece.

    Feministas das camadas médias e altas percebem as evangélicas como mulheres submissas promotoras do patriarcado. Para mulheres com mais recursos, a resposta para situações de abuso masculino deve ser a ruptura do relacionamento, mas as igrejas incentivam as fiéis a "perseverar na fé" para preservar o casamento.

    É um assunto polêmico. Essa orientação das igrejas mantém a vítima exposta à violência física ou psicológica. Ao mesmo tempo —e esse é o X do problema—, o ambiente das igrejas também fortalece a posição da mulher na família e na sociedade.

    A mulher pobre evangélica ganha poder quando o companheiro sai do bar e deixa de gastar dinheiro com bebida, festas e relacionamentos paralelos, e passa a habitar o espaço vigiado das igrejas. A família economiza dinheiro, que é investido na casa, em educação e em atividades de lazer.

    Quando a senadora Simone Tebet se apresentou como feminista, ela se colocou na mesma posição que outros candidatos de esquerda ocupam: a de quem é contrário aos valores familiares por defender o divórcio e a legalização do aborto.

    O que uma mulher que pretende combater a polarização e unir o país pode fazer para evitar esse campo minado?

    Participei recentemente de uma pesquisa privada para examinar de quais conquistas o brasileiro popular se orgulha. A resposta dos homens foi em geral desinteressada, mas as mulheres ecoaram a percepção de que elas se orgulham delas mesmas e de outras mulheres de suas famílias.

    Em um mundo de tantas instabilidades e perigos, mulheres de baixa renda correm atrás, cuidam de seus familiares, se sacrificam, resistem, estudam, empreendem, e percebem que melhoram de vida por causa desse esforço.

    "Guerreira" é um termo percebido positivamente em todos os segmentos da sociedade. Vale para evangélicas e para as que não são evangélicas. É um sinônimo de "feminista" que não evoca o desentendimento entre mulheres que vivem em mundos socioeconômicos tão diferentes.

    É ainda uma imagem que conversa e evoca o respeito de muitos homens das camadas populares, que se sentem mais devedores de suas mães presentes do que de seus pais ausentes.

    Quando aconteceu a chacina do Carandiru em 1992, a fronteira do presídio ficou marcada pelos cães policiais de um lado e por mães, filhas, irmãs e companheiras dos presos do outro. Essa cena, que pode ser revista pela internet, sintetiza a imagem ao mesmo tempo forte e familiar da "mulher guerreira" no mundo popular. E foi também ela, a guerreira, que cativou a imaginação da audiência do debate neste último domingo.

    FOLHA 

    Dinheiro Vivo


    AMORIM

     

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    Benção dos Animais


     

    T.Rex - New York City (Ra Ra Riot Remix)



    Did you ever see a womanComing out of New York CityWith a frog in her hand?

    Living in a Sci-fi World -



    "And if you really want a little sci-fi madness that would, in the 1960s, have blown my mind (as we liked to say then), consider climate change. As we argue like mad about the last election, while Trumpists pursue local secretary-of-state positions (not to speak of governorships) that could give them control over future election counts, as Americans arm themselves to the teeth and democracy seems up for grabs, let’s not forget about the true nightmare of this moment: the desperate warming of this planet.
    Yes, “our” Earth is burning in an all-too-literal way — and flooding, too, with “superstorms” in our future. And don’t forget that it’s melting as well at a rate far more extreme than anyone imagined once upon a time. Recent research on the Arctic suggests that instead of warming, as previously believed, at a rate two to three times faster than the rest of the planet, it’s now heating four times as fast. In some areas, in fact, make that seven times as fast! So, in the future, see ya Miami, New York, Ho Chi Minh City, Shanghai, and other coastal metropolises as sea levels rise ever faster."
    read Article by Tom Engelhardt

    Living in a Sci-fi World - TomDispatch.com

    Mãozinha - The Hand

     

    Mãozinha - The Hand

    SOL DE PRIMAVERA (Beto Guedes, 1979)



    Quando entrar setembro E a boa nova andar nos campos

    quarta-feira, agosto 31, 2022

    King Gizzard & The Lizard Wizard - If Not Now, Then When? (Official Video)



    If not now, then when?
    When the forest’s nearly gone
    When the hole’s in the ozone
    When the bees are gone

    If not now, then when

    Benção dos Animais


     

    Dinheiro Impresso



    NANDO MOTTA

     

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    Inverno em Paquetá


     

    Tudo Azul - Susan Pereira & Sabor Brasil - Tudo Azul

    terça-feira, agosto 30, 2022



    BIRA DANTAS

     

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    Bolsonaro é a nossa velhinha da lambreta

     

    Um céu degrade em tons de roxo rosa, o congresso nacional e no seu prédio central muitos olhos em colagem.
    Catarina Bessell


    Gregorio Duvivier

    "Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta." Stanislaw Ponte Preta conta, em sua crônica mais famosa, a história dessa velhinha motoqueira que atravessa todo dia a fronteira levando um enorme saco na garupa. "Que diabo a senhora leva nesse saco?", pergunta o fiscal. "Areia!". O fiscal descrente inspeciona o saco, e pasme: é areia. E todo dia a história se repete, e a velhinha passa com seu saco. E todo dia ele inspeciona. Mas é sempre areia. O fiscal, morto de curiosidade, promete que não vai prendê-la, só quer mesmo saber. "Promete que não espáia?", pergunta a velhinha, que então confessa o que estava contrabandeando o tempo todo. "É lambreta."

    Bolsonaro é a velhinha da lambreta. O parlamentar descobriu, ao longo de 30 anos de vida pública, a solução perfeita pra multiplicar o patrimônio e passar despercebido: colocar um bode na sala. Não acho que Bolsonaro acredite nos descalabros que diz. O candidato teve uma epifania, talvez a única da sua vida: descobriu que, se você elogiar torturadorcondecorar miliciano, celebrar homofobia, ameaçar bater em mulher, ninguém vai reclamar que você empregou uma dúzia de funcionários fantasmas no seu gabinete.

    A estratégia não deixa de ser corajosa. Descobrimos, graças ao presidente, que, caso você queira escapar da investigação por um crime comum, a melhor maneira é você cometer um crime contra a humanidade. Quem é que vai se preocupar com um cheque de R$ 89 mil pra sua esposa quando você tem 600 mil mortos nas suas costas? O crime anterior agora parece ridículo. Ou, como o nome diz: comum. E quanto maior o crime, mais lenta a justiça. O Tribunal de Haia é mais devagar que o Supremo.

    Bolsonaro carrega um cadáver no porta-malas do seu carro. Mas ele dirige pelado, falando no celular, sem cinto de segurança e cometendo uma dúzia de infrações menores. Ninguém se lembra de checar o bagageiro. Mas o cadáver tá lá, o tempo todo.

    Juliana Dal Piva descobriu que sua família comprou mais de cem imóveis, a maioria com dinheiro vivo. Isso deveria ser o primeiro assunto a ser perguntado em todo debate e em toda sabatina. Voltando pra história da velhinha: a gente fica olhando pra areia, porque a areia, no caso dele, é metanfetamina. Mas não acho que seus crimes de opinião sejam o pior que ele faz. Tem coisa grande passando por debaixo do pano. Alguém precisa lembrar de pedir a documentação dessa lambreta.

    FOLHA 

    Benção dos Animais


     

    segunda-feira, agosto 29, 2022

    Inverno em Paquetá


     

    Gilead



    ARTEVILLAR

     

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    Comitê do Bolsonaro




    ARNALDO BRANCO

     

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    Jorge Ben - Criola



    Criola
    Uma linda dama negra
    A rainha do samba mais bela da festa
    A dona da feira, uma fiel representante brasileira

    É preciso falar com os evangélicos

    "Quero pedir, implorar, a partir desta página: vamos falar com os evangélicos, mas vamos falar com inteligência, com estratégia, vamos falar para não perder as eleições. Temos muita pesquisa, muita análise, mentes brilhantes que estudam, analisam, estão em campo, gente que nos fornece dicas de comunicação. Por favor, vamos parar, ler, estudar, refletir, falar com base no conhecimento, com pesquisa nas mãos. Não podemos pisar na bola, não podemos, a gente não tem margem para tanto. Faço aqui um apelo a toda a militância petista, a todos os simpatizantes, mas sobretudo às figuras que têm um perfil público. Por favor, vamos pensar antes de falar publicamente sobre os fiéis e as igrejas evangélicas. Vamos aprender as sutilezas comunicacionais do que dizer, como dizer, com quem dizer, o léxico inteligente a se usar, o léxico que não é. Depois das eleições, a partir do conforto de nosso lugar recuperado em Brasília, falamos como vocês quiserem, mas antes não, antes, por favor, temos de ganhar estas eleições e nossa vitória não está garantida."

    mais na coluna de Esther Solano​

    As pautas morais podem definir a eleição

    Estamos há 0 dias



    LAFA

     

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    CLEMENTINA DE JESUS: Duas Modas - Trancelin / A Velha do Acarajé



    Moça bonita
    Moça namora
    Tá na janela contando história
    Moça que cose na máquina
    Faz crochê
    E faz trancelin
    Agulha com que ela cose tem o cabo de marfim

    A ditadura do dinheiro

     



    A disposição de empresários de pregar
    um golpe contra Lula mostra como o an-
    tipetismo viceja na “elite”. Em uma pes-
    quisa de agosto do Datafolha, Bolsonaro
    ganha de Lula entre aqueles com renda
    superior a dez salários mínimos (12 mil
    reais): 43% a 39% no voto espontâneo e
    43% a 40%, no estimulado. A rejeição ao
    petista é maior no segmento, 52% a 49%.
    Os cientistas políticos César Zucco, da
    FGV, e David Samuels, da Universidade
    de Minnesota, fizeram uma pesquisa, em
    abril e maio, com 5 mil entrevistados, pa-
    ra entender o antipetismo. Descobriram
    que 29% dos brasileiros são antipetistas e
    24%, petistas. Nas classes A e B, dá 35% e
    22%, respectivamente. Para os pesquisa-
    dores, as justificativas contra o PT muda-
    ram com o tempo. Antes de chegar ao po-
    der, o partido era baderneiro. No gover-
    no, corrupto. Na era Bolsonaro, imoral.
    Alegações de fachada, apontam os pes-
    quisadores. “A causa real do antipetismo
    é o progresso que o PT representa para os
    mais pobres”, diz Samuels.


    “Tenho feito reuniões com empresá-
    rios, tenho feito reuniões com banquei-
    ros... São indescritíveis essas reuniões.
    Porque não existe a palavra pobre, não
    existe nenhuma palavra que seja dita em

    Relação à miséria que tomou conta des-
    te País”, comentou Lula

    leia reportagem de ANDRÉ BARROCAL 


    Debate



    JORGE O MAU
     

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    domingo, agosto 28, 2022

    Benção dos Animais


     

    Nao tem ninguem passando fome


    JORGE O MAU

     

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    The Right Time - Theo Crocker

    A Jovem Pan e o Golpe

     

     


     " Em 2020, com a chegada da pande-
    mia e a radicalização do discurso de Bol-
    sonaro contra as medidas sanitárias, o
    tom começou a subir nos programas da
    Jovem Pan – até que chegou o dia 24 de
    abril. Nessa data, o ex-juiz Sergio Moro
    deixou o Ministério da Justiça, acusando 

    olsonaro de interferir na Polícia Federal
    para proteger a família. O programa en-
    tão entrou em curto-circuito. “O governo
    que assumiu em 1º de janeiro de 2019,
    sob o olhar esperançoso de milhões de
    brasileiros que apostam pela vitória no
    combate contra a corrupção, esse gover-
    no terminou hoje”, decretou Nunes. Era
    um sinal de que o programa tomaria um
    rumo definitivamente crítico ao governo.

    Aconteceu o contrário. “Quando o
    Moro saiu, tínhamos a certeza de que
    o governo tinha acabado”, diz um profis-
    sional que integra a produção da emissora
    e falou à piauí sob condição de anonima-
    to. Naquela altura, Tutinha teve a mesma
    certeza e chegou a decretar o fim do
    apoio ao bolsonarismo, anunciando que
    o novo tom seria dado pelo jornalista José
    Maria Trindade em seu comentário em
    Os Pingos nos Is. Mas antes que a ordem
    fosse dada, o empresário foi bombardea-
    do por informações de que a audiência
    não havia desembarcado. “Nos comentá-
    rios, víamos que a audiência seguia com
    o Bolsonaro, não com o Moro,” relatou o
    funcionário, que compilava as críticas e
    xingamentos que se amontoavam no ca-
    nal do programa no YouTube. Outra ob-
    servação sensibilizou o bolso de Tutinha:
    se a imprensa estava majoritariamente
    contra o presidente naquele momento,
    quem atenderia a audiência que ainda era
    favorável a ele? Assim, na medida em que
    foi constatando que a audiência abando-
    nara Moro e mandara às favas seus pruri-
    dos anticorrupção, continuando fiel ao
    presidente, Os Pingos nos Is mergulhou
    de vez no bolsonarismo – e o fez com
    uma voracidade ideológica poucas vezes
    vista na mídia brasileira."
     

    Vai ao debate?



    NANDO MOTTA

     

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    Coração Materno = Vicente Celestino



    Já que coração de defunto tá na moda....

    Buscas e apreensões nas casas de empresários cabem em necessária coleta inicial para a investigação de fato grave

     



    Janio de Freitas


    Entre ricos empresários brasileiros, é comum uma capacidade muito especial, algo como um poder magnético, que se ativa com presteza automática sempre que seu portador que se vê em encrenca ou desejoso de novas benesses.

    Nos inumeráveis segmentos de atividades, só militares têm capacidade semelhante, até como característica nacional, e talvez pelo entendimento mútuo das duas classes.

    busca policial nas casas de oito integrantes do grupo Empresários & Política desencadeou uma chuva de urgências de desagrado, de início meio encabuladas, em sites, blogs, jornais, TVs e rádios.

    Escritas e ditas por colunistas, colaboradores, advogados menos ou mais advocatícios e bolsonaristas não lembráveis. Todos com ressalvas ou críticas à "ordem" do ministro Alexandre de Moraes para a ação policial contra os empresários flagrados em considerações pró-golpe.

    "Moraes assumiu um risco alto", "operação controversa da PF", "simples conversa sobre golpe não é crime", "só falas sobre golpes não indicam crimes" —as formas variaram, não a preocupação com a pureza judicial ferida pelo excesso (como dizem os militares) de um ministro do Supremo.

    Há mais de dez anos as buscas e apreensões policiais se tornaram comuns. Não por distração, os queixosos de hoje nunca se incomodaram com possíveis nem com óbvias ilegalidades em muitas dessas ações. Até passaram a atrações divertidas em TVs e jornais.

    Não se viu uma só vez em que Alexandre Moraes e a PF acusassem de crime os alvos das apreensões. Moraes não deu ordem, apenas a autorização pedida pela PF. Como é praxe legal quando o suspeito é da classe média para cima.

    Para baixo, invasões e assassinatos de criminosos, suspeitos e inocentes repetem-se à vontade. Não é simples nem foram só falas sobre golpes, o que faziam os empresários.

    Lamentar que o golpe não tenha ocorrido ainda, considerar que o golpe é mil vezes preferível a um governo Lula e discutir a compra de votos de trabalhadores para Bolsonaro, constituem indícios claros de apoio ao golpe, no mínimo, e de provável parte em conspiração.

    Confronto direto com o estado democrático de direito, que tem a sua defesa assegurada na legislação e, nela, preliminares de sedição não dispensam investigações. Muito ao contrário, esta é a maneira de conter sem violência desdobramentos antidemocráticos.

    "Só falas" podem justificar, sim, investigações. E mais do que isso. Nesse sentido, um exemplo notório é o recente caso de Daniel Silveira.

    Esse ex-PM feito deputado não passou de palavras nas ameaças a Alexandre Moraes e ao Supremo. Ainda assim, foi preso, solto com tornozeleira e condenado a 9 anos de prisão.

    Bolsonaro comutou a pena, mas a Justiça Eleitoral nega-lhe nova candidatura, em defesa do eleitor e do Congresso. O início comum aos golpes, diferente das sublevações de massa, são palavras.

    Para não citar vizinhas sem citar a própria casa: "Única base para decisão de Moraes contra empresários bolsonaristas é reportagem" (Folha, 1ª.pg., sexta - 26.08).

    A referência é à reportagem de Guilherme Amado no site Metrópoles, com a transcrição das conversas pró-golpe no grupo de empresários. A base de Moraes, porém, foi outra. Foi a fundamentação da PF ao pedido de autorização para buscas e apreensões nas casas dos citados pelo trabalho jornalístico.

    Além disso, na PF e no Supremo correm diversas ações sigilosas sobre ativistas contrários à eleição presidencial e à democracia, havendo apurações associáveis à nova investigação. São empresários ricos financiadores de toda a atividade do bolsonarismo contra a legalidade.

    As buscas e apreensões nas casas dos oito empresários, e esperamos que de mais, cabem no reconhecimento como a necessária coleta inicial para a investigação de fato grave. O atual não inclui abusos e trapaças de Moros e Dallagnols. E revela as bordas enrustidas do bolsonarismo.

    FOLHA

    T. Rex - Children of the Revolution (Jaxon Frank Remix)


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