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    domingo, agosto 28, 2022

    Buscas e apreensões nas casas de empresários cabem em necessária coleta inicial para a investigação de fato grave

     



    Janio de Freitas


    Entre ricos empresários brasileiros, é comum uma capacidade muito especial, algo como um poder magnético, que se ativa com presteza automática sempre que seu portador que se vê em encrenca ou desejoso de novas benesses.

    Nos inumeráveis segmentos de atividades, só militares têm capacidade semelhante, até como característica nacional, e talvez pelo entendimento mútuo das duas classes.

    busca policial nas casas de oito integrantes do grupo Empresários & Política desencadeou uma chuva de urgências de desagrado, de início meio encabuladas, em sites, blogs, jornais, TVs e rádios.

    Escritas e ditas por colunistas, colaboradores, advogados menos ou mais advocatícios e bolsonaristas não lembráveis. Todos com ressalvas ou críticas à "ordem" do ministro Alexandre de Moraes para a ação policial contra os empresários flagrados em considerações pró-golpe.

    "Moraes assumiu um risco alto", "operação controversa da PF", "simples conversa sobre golpe não é crime", "só falas sobre golpes não indicam crimes" —as formas variaram, não a preocupação com a pureza judicial ferida pelo excesso (como dizem os militares) de um ministro do Supremo.

    Há mais de dez anos as buscas e apreensões policiais se tornaram comuns. Não por distração, os queixosos de hoje nunca se incomodaram com possíveis nem com óbvias ilegalidades em muitas dessas ações. Até passaram a atrações divertidas em TVs e jornais.

    Não se viu uma só vez em que Alexandre Moraes e a PF acusassem de crime os alvos das apreensões. Moraes não deu ordem, apenas a autorização pedida pela PF. Como é praxe legal quando o suspeito é da classe média para cima.

    Para baixo, invasões e assassinatos de criminosos, suspeitos e inocentes repetem-se à vontade. Não é simples nem foram só falas sobre golpes, o que faziam os empresários.

    Lamentar que o golpe não tenha ocorrido ainda, considerar que o golpe é mil vezes preferível a um governo Lula e discutir a compra de votos de trabalhadores para Bolsonaro, constituem indícios claros de apoio ao golpe, no mínimo, e de provável parte em conspiração.

    Confronto direto com o estado democrático de direito, que tem a sua defesa assegurada na legislação e, nela, preliminares de sedição não dispensam investigações. Muito ao contrário, esta é a maneira de conter sem violência desdobramentos antidemocráticos.

    "Só falas" podem justificar, sim, investigações. E mais do que isso. Nesse sentido, um exemplo notório é o recente caso de Daniel Silveira.

    Esse ex-PM feito deputado não passou de palavras nas ameaças a Alexandre Moraes e ao Supremo. Ainda assim, foi preso, solto com tornozeleira e condenado a 9 anos de prisão.

    Bolsonaro comutou a pena, mas a Justiça Eleitoral nega-lhe nova candidatura, em defesa do eleitor e do Congresso. O início comum aos golpes, diferente das sublevações de massa, são palavras.

    Para não citar vizinhas sem citar a própria casa: "Única base para decisão de Moraes contra empresários bolsonaristas é reportagem" (Folha, 1ª.pg., sexta - 26.08).

    A referência é à reportagem de Guilherme Amado no site Metrópoles, com a transcrição das conversas pró-golpe no grupo de empresários. A base de Moraes, porém, foi outra. Foi a fundamentação da PF ao pedido de autorização para buscas e apreensões nas casas dos citados pelo trabalho jornalístico.

    Além disso, na PF e no Supremo correm diversas ações sigilosas sobre ativistas contrários à eleição presidencial e à democracia, havendo apurações associáveis à nova investigação. São empresários ricos financiadores de toda a atividade do bolsonarismo contra a legalidade.

    As buscas e apreensões nas casas dos oito empresários, e esperamos que de mais, cabem no reconhecimento como a necessária coleta inicial para a investigação de fato grave. O atual não inclui abusos e trapaças de Moros e Dallagnols. E revela as bordas enrustidas do bolsonarismo.

    FOLHA

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