This site will look much better in a browser that supports web standards, but it is accessible to any browser or Internet device.
Assinar
Postagens [Atom]
Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.
MÁRIO BAG
: Eu me lembro que era junho porque estava começando a esfriar. Dentro de um mês eu faria 13 anos. Meu casaco já se mostrava apertado e as mangas ficaram curtas, quer dizer, eu é que tinha crescido, engordado e meus braços se alongado. Falando desse meu agasalho, um amigo da rua, me disse: "Já ‘tá pescando siri, hein?". Eu disse a ele que essa expressão só era usada quando se referia a calças, pois eram as pernas das calças que eram enroladas pra não molharem quando o sujeito entrava n'água pra pescar siri. Mas esse amigo, teimoso, não desistiu:
""O que têm em comum a recusa em aceitar o resultado da eleição, os ataques sucessivos à imprensa profissional e a promoção de soluções anticientíficas para lidar com a pandemia de coronavírus? Todas essas ações foram tomadas no governo Trump. E todas são ancoradas no tradicionalismo.
"Os tradicionalistas lançam mão de um conceito do hinduísmo chamado de inversão. Eles dizem que, nesta era das trevas atual, a maioria dos principais agentes de serviços de interesse público vai desempenhar a função oposta daquela que deveria desempenhar", explica Teitelbaum, para exemplificar na sequência:
"A comissão eleitoral, cujo objetivo primordial é registrar a opinião da população, provavelmente dará o resultado oposto ao que o povo decidiu. Um cientista vai espalhar ignorância sobre o mundo natural e um médico vai prejudicar seus pacientes, ao passo que o jornalista vai, na verdade, desinformar. O tradicionalismo empresta profundidade teórica e cor ao discurso populista.""
leia entrevista com Benjamin R. Teitelbaum
realizada por Mariana Sanches
"Os poderosos devem ser citados, sim, mas para que seus pronunciamentos sejam medidos em relação à verdade, não para obscurecer a verdade."
- Joe Sacco
"A falta de precedentes fez com que diversos jornalistas americanos que trabalharam como correspondentes no exterior traçassem paralelos incrédulos entre aquilo que presenciaram no resto do mundo e as cenas que viam na tevê americana. “Essas imagens angustiantes me parecem familiares – graças ao tempo que passei em lugares que vão desde a Tailândia, que costuma sofrer com golpes, até a Costa do Marfim, devastada pela guerra, e (…) Madagascar, com seus protestos sangrentos. Agora estou vendo isso em Washington”, constatou Brian Klass, do Washington Post. Ao ouvir o relato de um colega que estava em frente ao Capitólio, o âncora da CNN Jake Tapper disse: “É surreal, parece que estou falando com um correspondente em, sei lá, Bogotá”, citando a primeira cidade latino-americana que lhe passou pela cabeça."
leia artigo de Oliver Stuenkel
Como faço a cada ano há 52 anos, no inicio dos dias brinco de fazer lista com os filmes mais interessantes que vivenciei, como forma até de relembrar o ano, ao recordar cada filme.
Numa primeira postagem reuni os 15 filmes que me marcaram mais.
Mas num ano de tantas emoções vividas em telas, prossigo reunindo outro lote.
São coisas também ótimas, muitas poderiam estar na primeira lista, que fui reduzindo.
Seguem aqui como sugestões para quem as procura.
JOJO RABBIT
: dir & rot Taika Waititi, Nova Zelandia, 2019
HONEYLAND :
: dir & rot Tamara Kotevska & Ljubomir Stefanov, Macedonia,
2019
FOR SAMA : dir Waad Al-Kateab & Edward Watts, rot Waad Al-Kateab & Hamza Al-Khateab & Sama Al-Khateab, Síria, 2019
KAMERA WO TOMERUNA! (ONE CUT
OF THE DEAD) : dir & rot Shinichiro Ueda,
Japão, 2019
SYSTEMSPRENGER (SYSTEM CRASHER) : dir & rot Nora Fingscheidt, Alemanha, 2020
SHIRLEY : dir Josephine Decker, rot Sarah Gubbins, EUA, 2020
KHRUSTAL :
dir Darya Zhuk, rot Helga Landauer, Belarus, 2018
AOS OLHOS
DE ERNESTO : dir Ana Luiza Azevedo, rot Azevedo & Jorge Furtado, Brasil,
2019
A FEBRE : dir
Maya Da-Rin, rot Da-Rin & Pedro Cesarino & Miguel Seabra Lopes, Brasil,
2019
IT MUST BE HEAVEN : dir & rot Elia Suleiman, Fraça, 2019
DIZ A ELA
QUE ME VIU CHORAR : dir Maira Buhler,
Brasil, 2019
FIRST COW : dir Kelly Reichardt, rot Jonathan Raymond, EUA,
2019
HVITUR HVITUR (A WHITE WHITE DAY) : dir & rot Hlynur Palmason, Islandia, 2020
Veja a primeira lista com os 15 Mais Interessantes
A seguir: 2020 - segundo semestre
Como vimos na postagem anterior, ao tomarem conhecimento de que quase todos os editores e principais colaboradores do jornal tinha sido presos, e que os poucos restantes teriam muita dificuldade para continuar fazendo o Pasquim,
dezenas de pessoas acorreram à redação oferecendo artigos, textos, desenhos, dicas e outras formas de ajuda.
Conforme a edição 74 noticiou, com a linguagem do humor, em sua contracapa.
"Como a foto mostra, verdadeira multidão (usamos essa expressão imitando os jornais maiores que parecem, assim, admitir que existem multidões mentirosas) de colegas de imprensa compareceu à redação do PASQUIM, a fim de colaborar na feitura deste número, subtituindo nossos redatores impedidos. No Rush da Solidariedade (como ficou conhecido o emocionando movimento das massas intelectuais brasileiras em direção á Clarisse Índio do Brasil), morreram 16 de nossos colegas, 132 tiveram ferimentos generalizados e oito se encontram desparecidos. Um dos primeiros a comparecer à nossa redação foi o cronista existencial Carlinhos de Oliveira. O leitor poderá localiza´-lo facilmente na foto : é o de chapeu preto junto à segunda coluna."
"Decerto não há tantas pessoas nas ruas; obviamente estão fazendo muito barulho, mas em comparação com a marcha das mulheres depois que Trump foi eleito, esta é uma festa no jardim. Não é que as massas estejam tomando as ruas, isso não é uma revolução. Esta não é a Argentina em outubro de 1945.
Então, o que eu acho, dependendo do que Trump faz, é que em algum momento ele terá que desistir. E se ele desistir e voltar para a Flórida, acho que isso vai ficar mais fraco. Ainda haverá uma direita radicalizada e mobilizada, mas não acho que Biden esteja enfrentando uma crise de governança.
Na verdade, acho que talvez isso o fortaleça. Porque agora os republicanos estão à beira de uma divisão severa. "
leia entrevista com Steven Levitsky
feira por Patricia Sulbarán Lovera
"Spanning the West Entrance stood a large temporary balcony and adjacent bleachers erected for Joe Biden’s inauguration on January 20. Many had climbed the scaffolding. At ground level, a door leading to a narrow stairway to the balcony was smeared with blood. A gentleman with a beard looked at the blood and then at me, right in the eyes. “This is what it’s going to take, brother,” he said to me, pointing to the blood. “This right here.”"
read story by Mike Bond
"“I simply cannot help worrying that, in the process of waging this war, we are corrupting ourselves,” he wrote in The New York Times Magazine in 1966. “I wonder, when I look at the bombed-out peasant hamlets, the orphans begging and stealing on the streets of Saigon and the women and children with napalm burns lying on the hospital cots, whether the United States or any nation has the right to inflict this suffering and degradation on another people for its own ends.”"
read more>>
Neil Sheehan, Reporter Who Obtained the Pentagon Papers, Dies at 84 | 123news.live
"One man emerged from the risers set up on the steps of the
Capitol, wielding a piece of a wooden plaque that marked the entrance to
Ms. Pelosi’s office.
He held it up like a trophy, as hundreds of people on the steps below cheered wildly. “Not our speaker!” shouted one. “Get her out!” yelled another.
Another man, Richard Bigo Barnett, 60, stood outside the Capitol, his shirt ripped open and his chest bared to the cold, bragging about how he had gotten into the speaker’s office. He was brandishing an envelope with the speaker’s letterhead.
“I left a quarter on her desk for it,” he said, adding, “I wrote her a nasty note, put my feet up on her desk.”"
""In The Uprising, I argued that the best way to counter the rise of right-wing populism and to prevent it from proliferating is for an opposition movement and party to not just issue vague paeans to democracy and the soul of the nation. The opposition must also deliver tangible, material gains for working people — rather than continuing to be an elite and effete caretaker of a let-them-eat-cake establishment that right-wing provocateurs can forever burn in effigy."
read article by David Sirota
CHRISTIAN EDWARD CYRIL LYNCH
LEO AVERSA
Na maioria dos lares onde vive quem têm os dois neurônios necessários para entender o que é uma pandemia, as comemorações de fim de ano foram reduzidas ao mínimo. O natal não teve prima militante enfiando o dedo na cara de avô reaça, sobrinho anarquista apontando hipocrisias familiares e nem mesmo tio isentão fazendo discurso de autoajuda às duas da manhã. Um horror. O réveillon foi na mesma linha: mal deu meia-noite e já tinha acabado a festa, sem amigos e parentes para abraçar, gente para pegar e estranhos com quem tretar. Outro terror. Esse ano será diferente? Qual o plano deste brilhante, prodigioso e admirável presidente?
Para manter a, por assim dizer, tática, o presidente montou um show de diversionismo, apresentando como atração principal a própria ignorância, digna de picadeiro ou de manual de psiquiatria. A função do show era tanto atiçar sua matilha de descerebrados online como zurrar crendices e fakenews, guiando o gado cativo rumo ao precipício da estupidez. Deu no que deu: um contágio descontrolado.
A primeira temporada da pandemia no Brasil terminou com quase duzentos mil mortos.
O iluminado decidiu repetir a dose em 2021. Com as vacinas já disponíveis, todos os governantes do mundo, ao menos os não oligofrênicos, fizeram um cálculo óbvio: quanto mais cedo começar a vacinação, mais vidas se salvam e mais cedo se volta ao normal. O que concluiu sobre essa lógica cartesiana o nosso oráculo do Planalto central? Vacinação é para os fracos, vamos continuar boicotando todas as soluções, sejam testes, máscaras, distanciamento ou as próprias vacinas. A matilha online, que batia palmas furiosamente para os psicopatas e os robôs dançarem nas redes, começou a ficar desmoralizada: até os...hummm...menos inteligentes começaram a perceber que, se o governo é incompetente e imprestável, não faz a menor diferença se é de direita, esquerda ou centro. Acabam todos no mesmo brejo. Brigar para quê? No brejo dos inaptos qualquer ideologia é bem-vinda.
A meta dessas sumidades é nos juntar de novo com o avô reaça, a prima militante, o sobrinho anarquista e o tio isentão. Não numa festa de natal ou ano-novo, mas sim numa UTI. Não vão conseguir. Como cantou Belchior — e agora Emicida — ano passado a gente morreu, mas este ano a gente não morre.
e o blog0news continua…
visite a lista de arquivos na coluna da esquerda
para passear pelos posts passados
ESTATÍSTICAS SITEMETER