PASQUIM HÁ 50 ANOS
Como vimos na postagem anterior, ao tomarem conhecimento de que quase todos os editores e principais colaboradores do jornal tinha sido presos, e que os poucos restantes teriam muita dificuldade para continuar fazendo o Pasquim,
dezenas de pessoas acorreram à redação oferecendo artigos, textos, desenhos, dicas e outras formas de ajuda.
Conforme a edição 74 noticiou, com a linguagem do humor, em sua contracapa.
"Como a foto mostra, verdadeira multidão (usamos essa expressão imitando os jornais maiores que parecem, assim, admitir que existem multidões mentirosas) de colegas de imprensa compareceu à redação do PASQUIM, a fim de colaborar na feitura deste número, subtituindo nossos redatores impedidos. No Rush da Solidariedade (como ficou conhecido o emocionando movimento das massas intelectuais brasileiras em direção á Clarisse Índio do Brasil), morreram 16 de nossos colegas, 132 tiveram ferimentos generalizados e oito se encontram desparecidos. Um dos primeiros a comparecer à nossa redação foi o cronista existencial Carlinhos de Oliveira. O leitor poderá localiza´-lo facilmente na foto : é o de chapeu preto junto à segunda coluna."