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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, setembro 16, 2023

    Paul McCartney & Bruce Springsteen "I Saw Her Standing There" & "Twist and Shout"

    De olho na foto e na encenação

     

     


    Image

     

    de Lilia Schwarcz

    Toda vez que está prestes a enfrentar algum problema político, Jair Bolsonaro recorre a uma nova cirurgia, para assim causar comoção.
    Desta vez, o motivo deve ser a delação premiada que seu ajudante de ordens, o já famoso “faz tudo Cid”, deve apresentar.

    Pois bem, não será coincidência o fato da assessoria do ex-mandante divulgar essa foto para mostrar como estava novamente sendo submetido a uma operação de emergência.

    A ideia é sempre associar sua imagem à da vítima, que levou uma facada em Juiz de Fora, enquanto estava em ação: teoricamente, protegendo seu povo.

    Na imagem, vemos o ex-presidente de olhos fechados, cabelos e o peitoral (atlético?) à mostra; tudo para corroborar a representação de “um forte”.

    O assistente parece observá-lo de maneira penitente. Tudo pronto para mais uma “santificação” de Jair, que estaria, a se seguir o clima da foto, sofrendo em nosso nome.

    Agora pergunto:

    1 Que hospital sério permitiria um fotógrafo na sala, no meio de um procedimento cirúrgico? Pois há uma pessoa fotografando tudo, certo?

    2 Que procedimento cirúrgico é esse em que o paciente não está de touca, para evitar o contato com o cabelo e deixar o ambiente higienizado?

    3 Reparem também que o mesmo assistente, de roupa cinza, não usa luvas? Já viram isso acontecer numa sala de operação?
    Ou a cena toda é pura fantasia, peça de propagando, ou o médico de Bolsonaro e o hospital precisariam ser processados por falta de higiene e de procedimentos corretos numa ocasião como está.

    Em um ou outro caso, a foto é lamentável. Não se manipula a opinião pública a partir de fotos forjadas como essa. Hora de fazer o jogo dos 7 erros. Achei 3, devem faltar mais quatro. (Em tempo: nada contra os profissionais médicos envolvidos que têm seus padrões. Me preocupa mesmo a encenação)

    4 x Inverno em Paquetá





     

    A alegria continua (Mauro Duarte e Noca da Portela) – Cristina Buarque e Mauro Duarte



    Mas enquanto houver samba
    Alegria continua, alegria continua
    Alegria continua

    sexta-feira, setembro 15, 2023

    Basin Street Blues by Ella Fitzgerald

    Won't you come along with me

     To the Mississippi? 

    We'll take a boat to the land of dreams

     Steam down the river, down to New Orleans

     

    Why the Studios Are Risking Everything

     Explore The Atlantic Archive

     

     "Labor stoppages are, first and foremost, about money, and the concurrent Screen Actors Guild and Writers Guild of America strikes are no exception. The actors and the writers want more of it, as well as limits on the use of AI. The studios say they don’t have nearly as much to distribute as the actors and the writers would like given the massive expenses they’ve incurred while standing up their streaming services. They find themselves at an impasse that threatens to reduce the overall pot even further by putting in jeopardy one of the industry’s greatest assets: movie theaters.

    An extended strike could kill off movie theaters."

    read the article by SONNY BUNCH

     

     

    quinta-feira, setembro 14, 2023

    Julgamentos dos atos de 8/ 1


    GILMAR
     
     
     
     
    KLEBER

     

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    Braga Neto em pênico



    AROEIRA

     

    Marcadores: ,

    A infância de Lina Meruane no Chile dos anos 70

     articles-c8FvK7LnmWjDULo

     

    "Ninguém sabia de nada.

    Ninguém. Como era possível? A violência aumentava no país, não muito longe das nossas cercas de arame e muros de tijolos enroscados por trepadeiras, das nossas salas de aula iluminadas e do campinho de grama resistente porém aparada com esmero. Longe, mas não muito longe dos quintais onde riscamos com giz os quadrados da amarelinha, onde pulamos corda ou batemos figurinhas no bafo, onde brincamos com bolinhas de gude ou cristal feitas para colecionar, não para ver o presente. Mas ninguém que conhecíamos havia sido demitido ou revistado, ninguém preso, interrogado, torturado. Ninguém desaparecido, dinamitado, degolado a sangue frio, queimado a sangue quente.

    Será mesmo que não entendíamos nada, que aceitávamos tudo, que éramos inocentes?"


    leia recordacoes de lina meruane

    Quatro Cinco Um: a revista dos livros - A infância de Lina Meruane no Chile dos anos 70

    4 X PAQUETÁ





     

    Interpol - NYC

     

    I had seven faces
    Thought I knew which one to wear
    But I'm sick of spending these lonely nights
    Training myself not to care
    The subway is a porno
    The pavements, they are a mess
    I know you've supported me for a long time
    Somehow I'm not impressed

    Gil Scott-Heron - Save the Children



    We've got to do something, yeah, to save the childrenYeah 'cause soon it's going to be their turns to try and save the worldRight now, they seem to play such a small part of, I knowThe things that they'll soon be right at the heart of, say, say, say

    quarta-feira, setembro 13, 2023

    4 X PAQUETÁ





     

    Spiritualized - Always Together With You



    If you want a silver moon, I would be a silver moon for youIf you want a unicorn, I would be a unicorn for youIf you want a satellite, I would be a satellite for youIf you want a universe, I would be a universe for you

    The Clash - The Guns of Brixton

    When they kick at your front doorHow you gonna come?With your hands on your headOr on the trigger of your gun
     
     
     

    É hora de o Brasil reconhecer seu papel na destruição da democracia do Chile

     

     Roberto Simon

    Há 50 anos, quando Augusto Pinochet fulminou a mais longeva democracia da América Latina, o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a nova junta militar do Chile. Com milhares de civis a serem despejados no Estádio Nacional de Santiago, a arena esportiva convertida em centro de prisioneiros, o governo de Emílio Garrastazu Médici despachou uma missão, sob o comando do SNI (Sistema Nacional de Informações), para auxiliar nos "interrogatórios".

    Enquanto notícias de torturas e execuções corriam o mundo, diplomatas brasileiros foram os principais advogados da neófita ditadura em foros internacionais e bilateralmente. O Brasil saltou novamente à frente ao tentar evitar uma bancarrota chilena, oferecendo crédito subsidiado de US$ 1,8 bilhão (R$ 9 bilhões, em valores atuais). Rapidamente, virou o segundo maior fornecedor de armas ao Chile. E dezenas de agentes da Dina —a polícia secreta de Pinochet— receberiam treinamento em território brasileiro.

    Cinco décadas após aquele 11 de setembro de 1973, documentos antes secretos do Brasil, Chile e Estados Unidos mostram como, ao lado do governo Richard Nixon, a ditadura brasileira foi o principal ponto de apoio externo à destruição da democracia no Chile.

    É um passado que ainda nos assombra, perpetuando-se na injustiça dos desaparecidos, chilenos e brasileiros, e no revisionismo histórico que hoje intoxica ambas as democracias. O antídoto é encarar essa história. Cabe ao Brasil reconhecer sua responsabilidade no apoio ao golpe contra Salvador Allende e ao regime de terror que o sucedeu.

    Esse capítulo vergonhoso da política externa brasileira não começou em 1973, mas três anos antes, com a eleição do socialista Allende à Presidência. Desde o início do governo, o Brasil criou canais secretos com militares que conspiravam, liderou uma campanha diplomática para isolar o Chile, preparou-se para apoiar a oposição em uma guerra civil, protegeu terroristas de extrema direita, e mais.

    Paranoico, o governo Médici viu no triunfo de Allende um precedente intolerável à América Latina —uma coalizão de socialistas e comunistas chegara ao poder pelo voto, sem disparar um tiro. Ao mesmo tempo, a ditadura criou o mito de que o Chile se tornara uma "nova Cuba", onde os milhares de exilados brasileiros que ali viviam receberiam treinamento guerrilheiro. Pior: ao contrário da ameaça cubana, o problema não estaria à deriva no Caribe, mas fincado na vizinhança do Cone Sul.

    Médici e os militares não estavam sozinhos. Os principais jornais brasileiros defendiam uma intervenção militar no Chile à la Brasil em 1964. Parte da imprensa brasileira virou uma caixa de ressonância do que hoje chamaríamos de fake news da extrema direita chilena.

    Setores empresariais brasileiros —como a Confederação Nacional das Indústrias (CNI)— apoiaram grêmios patronais chilenos, convencidos de que o papel do empresariado na derrocada de João Goulart poderia se repetir no Chile de Allende. Estavam certos.

    Não por acaso, no momento do golpe, a espionagem americana, a repressão brasileira e membros da recém-criada junta chilena faziam todos referência a um tal "modelo brasileiro". Um regime militar anticomunista, enraizado no campo do Ocidente na Guerra Fria, capaz de obliterar a ameaça da esquerda e colocar o país nos trilhos do progresso. A ditadura brasileira provia, a um só tempo, um exemplo —seu soft power— e apoio político, econômico e material.

    Cinquenta anos depois, o governo brasileiro tem a oportunidade de usar seu poder em defesa da democracia. Um primeiro gesto, tímido, já foi anunciado: a colocação de uma placa com os nomes dos brasileiros assassinados no golpe chileno diante da embaixada do Brasil e na Praça Brasil, em Santiago. A decisão foi fruto da pressão de uma caravana de ex-exilados brasileiros que retornará ao Chile para o cinquentenário.

     

    É preciso bem mais. Os ministros da Justiça e dos Direitos Humanos, Flávio Dino e Silvio Almeida, que representarão o Brasil em Santiago, terão a chance de reconhecer, sem assombros e com todas as letras, que o Estado brasileiro teve um papel na tragédia chilena. Os documentos da ditadura brasileira sobre ações no Chile e no Cone Sul —todos eles teoricamente públicos, mas não facilmente acessíveis— podem ser disponibilizados digitalmente, incluindo a autoridades que investigam casos de desaparecidos.

    Ao mostrar que não tem medo de seu passado, o Brasil assumirá um protagonismo regional no tema e aumentará a pressão para que outros façam o mesmo. É o caso, sobretudo, dos EUA, que ainda se recusam a liberar grande parte de um vasto acervo documental da época, inclusive sobre suas vergonhosas ações no Chile.

    FOLHA 

     

    terça-feira, setembro 12, 2023

    Documentos mostram como EUA interferiram no Chile antes mesmo do golpe

     

     

    Sylvia Colombo

    "Se o Brasil não entregar ao Chile agora os arquivos que possui sobre o golpe de Estado de 1973, quando o fará?" A pergunta é do historiador e pesquisador americano Peter Kornbluh, um dos maiores especialistas em ditadura chilena, cujo início completa 50 anos nesta segunda-feira (11).

    Kornbluh, que trabalhou por anos no Arquivo de Segurança Nacional dos Estados Unidos, está em Santiago para vários dos eventos de memória relacionados ao golpe que vêm ocorrendo nestes dias. Além do lançamento de "Pinochet Desclassificado" (ed. Catalônia), uma reedição de sua investigação de 2003 com muitas informações novas em razão da recente liberação de uma série de documentos secretos relacionados ao tema pelos EUA, Kornbluh também apresenta "Operación Chile" (Chilevisión), um documentário baseado nessas descobertas.

    No filme, fica muito mais claro o passo a passo da construção da ideia do golpe, que nasceu, na verdade, antes mesmo de Salvador Allende tomar posse, com reuniões ocorridas em Washington entre o então proprietário do jornal El Mercúrio, Agustín Edwards, com o presidente dos EUA à época, Richard Nixon, e seu secretário de Estado, Henry Kissinger.

    Essas tiveram como objetivo encontrar uma maneira de impedir que Allende assumisse, mas acabaram falhando. Num desses encontros, planejou-se, por exemplo, o assassinato do general René Schneider, um constitucionalista que considerava que os militares deveriam respeitar o desejo expresso pela população nas urnas.

    Segundo esse plano, matá-lo seria uma tentativa de levantar os ânimos de outros militares e da sociedade para que a posse de Allende fosse impedida. Mas a morte de Schneider, em 25 de outubro de 1970, não passou de uma tragédia que não teve a repercussão esperada. Allende tomaria posse em 3 de novembro de 1970.

    "Agora temos bem claro e com muitos detalhes como começam esses quase 20 anos em que os EUA primeiro estimularam o golpe de Estado no Chile. Depois, foram mudando de opinião e começaram a exercer todo tipo de pressão para que Pinochet saísse do poder, nos anos 1980", conta Kornbluh à coluna.

    Esse esforço dos EUA para colocar fim à ditadura chilena começou a crescer depois de alguns abusos do regime que demonstravam que a violência do Estado havia saído de controle. O primeiro deles foi o assassinato do diplomata Orlando Letelier em Washington, em 1976.

    Depois, veio a crise econômica que o regime não soube controlar, com desabastecimento e alta inflação —estatísticas demonstram que o aclamado "modelo chileno" neoliberal para a economia começou a ruir apenas alguns anos depois do golpe de Estado.

    Outro episódio que ajudou a mudar a atitude dos EUA com relação ao Chile foi o assassinato do jovem fotógrafo Rodrigo Rojas, ao qual o Exército ateou fogo durante uma manifestação. Rojas tinha 19 anos e era residente dos EUA.

    No documentário, vê-se como Pinochet tentou resistir à ideia de sair do poder mesmo depois de ter sido derrotado no plebiscito de 1989. O ditador pediu que os oficiais mais próximos dele assinassem um compromisso determinando sua permanência no comando, mas os militares, pressionados pelos EUA, recusaram a solicitação. "Ele dizia: 'jamais vou sair'. É equivocada essa versão que diz que ele respeitou as urnas e entregou democraticamente o poder. Sua ideia nunca foi essa", afirma Kornbluh.

    O estudioso reforça que todos os seus achados foram possíveis em decorrência da liberação de documentos secretos por parte do governo dos EUA. "Ainda há muito a descobrir nos arquivos militares da Argentina e do Brasil. É importante pedir que esses governos os entreguem ao Chile para que se descubra qual foi a participação real desses países no golpe chileno", afirma ele.

    FOLHA 

     

    4 X PAQUETÁ





     

    Matthew Sweet & Susanna Hoffs - Go All The Way



    I never, never knew how complete love could beTill she kissed me and said
    "Baby, please, go all the way

    segunda-feira, setembro 11, 2023

    Baltimore - Nina Simone



    Beat-up little seagullOn a marble stair
    Tryna find the oceanLookin' everywhere
    Hard times in the cityIn a hard town by the sea
    Ain't nowhere to run toThere ain't nothin' here for free


     

    Victor Jara, presente

     

     


    Dorrit Harazim

    Perto do meio-dia da terça-feira passada, agentes da Brigada de Direitos Humanos da Polícia Civil do Chile bateram à porta de um apartamento em Las Condes, bairro afluente de Santiago. Traziam uma ordem de prisão para o morador do terceiro andar, Hernán Chacón Soto, general reformado do Exército. Na véspera, a Corte Suprema do país havia ratificado sua condenação, junto a outros seis oficiais do Exército chileno da Era Pinochet, a 25 anos de prisão por um crime cometido meio século atrás: o sequestro, tortura e assassinato do cantor Victor Jara, adorado trovador do folclore nacional e do socialismo allendista.

    Chacón não emitiu resistência à ordem dos policiais, pediu apenas para ir até o quarto buscar seu arsenal de medicamentos. Momentos depois, ouviu-se um tiro — talvez da mesma pistola Steyr calibre 9 mm com que cometera atrocidades. O suicida tinha 86 anos. Os outros três coronéis, dois tenentes e um general, todos reformados e com idades entre 72 e 83 anos, começarão a cumprir suas penas fechadas na penitenciária de Punta Peuco. Falta agora a Justiça chilena conseguir a extradição daquele que é tido como responsável mais direto pela morte de Jara: o ex-tenente Pedro Barrientos, escapulido para os Estados Unidos em 1990 e até recentemente protegido pela cidadania americana.

    Contudo essa proteção foi revogada em julho por ordem de um juiz distrital da Flórida, abrindo caminho a um acerto de contas do algoz com seu passado. Segundo testemunhas, foi Barrientos, então comandante do Regimento Tejas Verdes, que supervisionava os presos políticos no Estádio Chile (hoje rebatizado de Estádio Victor Jara), o autor do jogo de roleta-russa que matou o cantor e, em seguida, ordenou a seus comandados que fizessem o mesmo. Ao final, a autópsia oficial registrou 44 feridas de bala no corpo torturado do artista e outras 23 no cadáver de seu companheiro de suplícios, o advogado Littré Quiroga.

    No próximo dia 11 de setembro, 50º aniversário do golpe contra o governo socialista de Salvador Allende, o Chile democrático cantará Victor Jara a plenos pulmões. Seus versos (ele também era poeta) e sua carreira na dramaturgia (foi diretor teatral antes de se tornar o cantor/compositor do povo) serão repassados. O horror final dos últimos dias de sua vida está no caudaloso testemunho do advogado Boris Navia, preso com Jara. Navia e centenas de acadêmicos e estudantes da Escola de Artes e Ofícios da Universidade Técnica do Estado (UTE) haviam se trancado na instituição no dia do golpe. Às 7 da manhã do dia seguinte, chegaram os militares, disparando uma bala de canhão de 120mm contra a sede da UTE. Às cinco da tarde haviam enfileirado 600 detidos para aprisionamento, mãos na nuca, no modesto Estádio Chile. Um oficial de óculos escuros, rosto pintado, metralhadora em punho, granadas penduradas no peito, pistola e um facão curvo no cinturão, observava a fileira de cima de um caixote. Ao reconhecer Jara, mandou que o trouxessem para perto:

    — Vou te ensinar a cantar canções chilenas e não comunistas, seu filho da puta — esbravejou, passando a surrar o artista a golpes de pistola até arrebentar-lhe o crânio.

    Quando se cansou de bater, ordenou aos soldados que jogassem Jara num corredor e que o matassem se ele se movesse. Até hoje não se tem certeza da identidade desse oficial, que era chamado de “El Príncipe”, mas indícios sempre apontaram para um dos sete condenados, o tenente Edwin Armando Dimter Bianchi.

    Foram três dias de cativeiro e sevícias antes de Jara ser executado. El Príncipe gostava de exibir sua presa ilustre. Durante uma visita de oficiais, lançou um cigarro ao chão e ordenou que o músico o apanhasse. Jara se estendeu para recolher a guimba.

    — Vamos ver se agora você vai tocar violão, comunista de merda — arrostou o mandante enquanto lhe pisoteava as mãos.

    Ainda assim, antes de seu corpo perfurado de balas ser reconhecido num terreno baldio perto do Cemitério Metropolitano, o compositor conseguiu rabiscar uma última canção e repassá-la a Boris Navia:

    — Poema ou canção? Poema que pode ser cantado, composto sem outra música que não a angústia e a dor que deve ter sentido naquele momento.

    É assim que Navia se refere a esses últimos versos, intitulados “Estádio Chile” (também conhecidos como “Canto que mal me sales” ou “Somos cinco mil”) — que ele conseguiu contrabandear na sola do sapato ao ser transferido para o Estádio Nacional. Ali fez duas cópias do original em maços de cigarro e repassou uma delas para a posteridade graças à colaboração de um médico.

    Para a nação chilena, o crime contra Jara tem peso histórico semelhante ao fuzilamento de Federico García Lorca pelos verdugos de Francisco Franco, na Espanha de 1936. Horrores assim não merecem ser comparados, mas eles têm algo em comum: as respectivas obras não conseguiram ser eliminadas. Apesar de todas as fitas master das gravações e apresentações de Jara terem sido destruídas a mando dos censores chilenos, e de suas canções terem sido condenadas ao silêncio durante 17 anos, boa parte foi remasterizada e desenterrada da desmemória nacional. Hoje ele é ainda maior do que foi quando sua vida foi interrompida aos 40 anos. É um tesouro mundial, intacto.

     
    O GLOBO 

    ilustração> Marcelo

    Fascismo Andino

     


    Image

      SERGIO AUGUSTO


    E assim se passaram 50 anos. Parece que foi ontem. Ou anteontem, pois ainda faltavam 28 anos para o segundo histórico 11 de Setembro de nosso tempo – por acaso na terra dos patrocinadores da primeira razia.

    O ataque às torres gêmeas de Nova York resultou em 3 mil mortos; o golpe militar no Chile de Salvador Allende ceifou muito mais vidas ao longo dos 17 anos em que seus executantes, doutrinados e bancados pela CIA e pelo Pentágono, se mantiveram no poder.

    11.09.1973. Às 7h, Valparaíso deslancha a insurreição, sob a vigilância da Operação Unitas (exercícios navais liderados pela Marinha dos EUA). Às 14h15, após três horas de resistência no Palácio de la Moneda, em Santiago, Allende é morto; o golpe dá certo; e o reinado do terror tem início, sob os cascos do general Augusto Pinochet. Saldo final da ditadura: 70 mil detidos, 30 mil torturados, 3.500 assassinados.

    Por uma lamentável coincidência, aqui também a serpente chocara um ovo. Enfrentávamos o período mais duro e sórdido de nossa ditadura e, por tabela, da censura, que fazia vista grossa para as gozações e críticas aos EUA de Nixon, mas protegia os déspotas das vizinhanças, irmanados na Operação Condor. No Pasquim, só com brincadeiras inócuas, como batizar vinhos de Chateau Pinochet e Chateau Bordaberry, conseguíamos passar pelos catões verde-oliva.

    O martírio a que a gorilada chilena submeteu o cantor e compositor Victor Jara, sequestrado, torturado e executado com 44 tiros, logo no quinto dia do regime militar, ainda mobilizava a intelectualidade europeia no ano seguinte. Esse crime de Estado só seria punido na segunda-feira passada, com seus sete verdugos,
    todos ex-oficiais, condenados a penas que chegaram a 25 anos de prisão. A justiça tardou meio século, mas não falhou.

    Em vilegiatura pelos dois lados do Atlântico em 1974, perdi a conta de quantos manifestos contra o fascismo instalado no Chile me passaram pelas mãos e quantas mostras de filmes de Miguel Littin, Raúl Ruiz, Patricio Guzmán, Aldo Francia, Helvio Soto e outros cineastas atraídos pela “primavera allendista” peguei em Paris e Roma, no espaço de quatro meses. Julio Cortázar doou a um fundo de ajuda aos exilados chilenos o Prêmio Médicis conquistado pelo Livro de Manuel.

    Revi há dias as três partes do documentário de Guzmán, pasquim (tem no YouTube), impressionante crônica dos meses que antecederam e se seguiram à derrubada de Allende. Impressionam, sobretudo, sua atualidade e suas semelhanças – o mesmo esquema putchista, o mesmo caos fabricado, a mesma retórica castrense infectada pela Guerra Fria, a mesma preconceituosa e hipócrita parvoíce da classe média – com o que aconteceu no Brasil, em 1964, e por pouco não se repetiu meses atrás. Ovulando sempre essa serpente.

    ESTADÃO

    Let’s consider the tale of two extraditions.

     

    On October 16, 1998, London police arrested Augusto Pinochet, Chile’s military ruler from 1973 to 1990, at the request of Spanish magistrate Baltasar Garzón, whose indictment against Pinochet included genocide, murder, and torture of thousands.

    The Vatican, at the direction of Pope John Paul II, implored the Blair government to reject the Spanish request and free Pinochet for his unyielding defense of capitalism and Catholicism (and persecution of Liberation theologists and their communist allies.)

    During his detention, Margaret Thatcher sent the former dictator a bottle of single malt whiskey with a note reading, “Scotch is one British institution that will never let you down.” In the end, neither did the Blair government, whose Home Secretary Jack Straw ruled in January 2000 that the former dictator should not be extradited to Spain.

    The contrast with the UK’s treatment of journalist Julian Assange is revelatory. Assange has effectively been under detention since he sought (and was subsequently granted) asylum in the Ecuadoran embassy in London in 2012. During that time, Assange’s health deteriorated, his ability to work was curtailed, he was placed under constant surveillance and was the subject of an assassination plot by the Trump-era CIA. For the past four and a half years, Assange has been confined to a dank cell in Belmarsh Prison, awaiting extradition to the US on charges brought by Trump’s Justice Department alleging that Assange had violated the Espionage Act.

    As with Assange, every British court ruling in Pinochet’s case affirmed Spain’s right to extradite Pinochet. Yet in the two-years it took to adjudicate his case, the dictator never spent a single night in a British prison or jail, despite the heinous charges pending against him, before the Blair government flouted international law and set him free. By contrast, Assange, who did nothing more than expose crimes that both the British and American governments had desperately tried to conceal, has repeatedly had his life put at risk. And here we get to the rub. Both the British and American governments were deeply complicit in the coup that brought Pinochet to power and supportive of the repressive regime that ruled Chile for the next 20 years. Much of the support for Pinochet was covert and they were (and remain) desperate to keep the details of that blood-drenched aid secret.

    If you need a reminder of the crimes of the Pinochet regime, which both Thatcher and the Vatican begged the Blair government to turn a blind eye toward, consider the account of Luz de las Nieves Ayress, a 25-year-old graduate student, who was arrested by Pinochet’s secret police shortly after the overthrow of Salvador Allende. In a sworn statement, Ayress recounted that after her arrest she was stripped naked, had an electrodes attached to her mouth, ears, breasts, vagina and anus, then was repeatedly shocked with electric currents. But this ordeal, Ayress wrote, was “the easy part.” They “electroshocked everyone,” she said. Then the torture got much worse. During her four-year prison term, months of which were spent in solitary confinement, Ayress says she was repeatedly raped, had her breasts and stomach slashed, and was sexually assaulted by dogs. Ayress was one of 38,000 Chileans who were tortured under Pinochet’s dictatorship and her horrific experience was a routine, not exceptional, case.

    Julian Assange has also been enduring a kind of torture for the last 11 years, inflicted by governments that have abetted torturers and rented out their torture chambers around the globe, those chill bureaucrats of the dark arts who are unlikely to condemn themselves by setting him free.

    'Sopro da morte': as memórias do golpe no Chile por ex-assessor de Salvador Allende

    '

     

    Allende cercado por seguranças armados

     

    "E Allende travou essa batalha pelo significado político. Ele era um político. E foi sua última batalha política. E se falamos desse dia hoje, 50 anos depois, é porque política e moralmente ele venceu essa batalha à custa da sua vida."

    leia mais>>

    Sopro da morte': as memórias do golpe no Chile por ex-assessor de Salvador Allende - BBC News Brasil:

    Time da Papuda


     
     
     
     
     
     
    AROEIRA
     

     
    JEFFERSON PORTELA

     

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    Mãozinha na Árvore


     

    Xote (Gil) · Renato Braz · Rodolfo Stroeter · Nelson Ayres

    'Fui arrancada dos braços de minha mãe': os bebês roubados na ditadura de Pinochet no Chile

     

     Maria e Daniel na Suecia.

    'Fui arrancada dos braços de minha mãe': os bebês roubados na ditadura de Pinochet no Chile - BBC News Brasil

    Exclusive: With My Father, Salvador Allende, in His Final Hours

     

     Two Senators: Isabel Allende (left) with U.S. Senator Alexandria Ocasio-Cortez during her visit to Chile last month.

     "As Chile commemorates the 50th anniversary of the US-backed military coup, the family of President Salvador Allende is also remembering him 50 years after his death on September 11, 1973. His daughter, Senator Isabel Allende, has published a short memoir—11 de Septiembre: Esa semana—about the week of the coup. In the excerpt below, she recounts her own experience on the harrowing day of September 11 when she made her way to La Moneda palace, where her father and his top aides were under siege, and reflects on the meaning of the coup and his death for her family, for Chile and for the world community."

     Exclusive: With My Father, Salvador Allende, in His Final Hours | The Nation:

    Paquetá: Preventório


     

    MAURO CIDelação



    AROEIRA
     
     
     

    CLAYTON  
     


    KLEBER

     

    CURTIS MAYFIELD Don't Worry If Theres A Hell Below Were All Going To Go..

    Sisters, Brothers and the whiteys
    Blacks and the crackers
    Police and their backers
    They're all political actors

    O despejo de Ana Moser

     

     

     

    Dorrit Harazim

     Atleta consagrada e cidadã engajada, Ana Moser não tinha padrinho político nem peso partidário. Dentro e fora das quadras, sua filiação sempre foi ao esporte com “E” maiúsculo — aquele que forma, educa, constrói uma sociedade saudável e participativa. Despejada do ministério que ocupou por apenas 245 dias, foi substituída por um apadrinhado do cacique Arthur Lira, presidente da Câmara de Deputados, em nome de um sempre incerto apoio do Centrão à governabilidade do presidente Lula.

    Apesar de anunciada e esperada há semanas, a troca não é banal. Ela foi doída por retratar o menosprezo secular dado à função social do esporte no Brasil e por ocorrer justo quando a pasta embicava na busca de políticas públicas de alcance duradouro. Por si só, o nome de Ana Moser gerava orgulho e confiabilidade nacional — das alegrias nas quadras, então, nem se fala! E não deixa de ser ironia ter sido substituída por um deputado federal, André Luiz de Carvalho Ribeiro (PP/MA), que trocou de sobrenome pelo apelido do pai, prefeito de Alto Alegre do Pindaré, para fazer carreira política: Fufuca. Ou Fufuquinha.

    Criado em 1995 no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, com Pelé à frente, o Ministério do Esporte sempre foi uma espécie de penduricalho errante na Esplanada brasiliense. Dependendo do governante, passava a agregado do Ministério da Educação, da Cultura, do Turismo ou da Cidadania. Durante os governos Lula 1 e 2 e Dilma 1 e 2, parecia ser capitania hereditária do PCdoB. Sempre foi primo pobre. No primeiro governo Lula, de janeiro de 2003, havia duas mulheres, 11 homens sem barba e 12 barbudos (contando os fiapos emergentes de Ciro Gomes, na Integração, e o bigode histórico de Olívio Dutra). Um deles era Agnelo Rossi, empossado no Esporte apesar do empenho pessoal de ídolos nacionais como o cestinha Oscar, do basquete, o lendário Sócrates, do futebol, e o jornalista Juca Kfouri. Dos R$ 97,2 bilhões do Orçamento da União para aquele ano, não mais do que R$ 100 milhões destinavam-se à desprestigiada pasta.

    De lá para cá, houve altos e baixos, sempre sem mudanças estruturais na função inclusiva do esporte. Também ocorreram cinco Olimpíadas — inclusive a Rio-2016, de legado indigesto —, e estamos às vésperas dos Jogos de Paris do próximo ano. Nenhum país de projeção econômica deixa de ser também potência esportiva, pois medalhas têm relação direta com o desenvolvimento humano da população. É erro corrente e grosseiro igualar dez medalhas de ouro de um país, conquistadas numa mesma modalidade individual ou provas múltiplas (natação, ginástica artística etc.) a dez ouros obtidos em esportes coletivos ou modalidades variadas — estes refletem melhor a verdadeira saúde esportiva e inclusiva de uma nação.

    Vinte e cinco anos atrás, desembarcava no Aeroporto de Guarulhos vindo de San Diego, onde mora até hoje, Joaquim Cruz, nosso campeão olímpico e recordista mundial. Nos Jogos de Los Angeles, em 1984, arrebatou o mundo com sua passada elegante na corrida de 800 metros e tornou-se referência planetária. Porém nunca rompeu o cordão umbilical com o Brasil. E ainda menos com o andar de baixo da cidade-satélite de Taguatinga, onde o pai carpinteiro tentara a vida nos anos 1960. Sempre que vinha de visita à terrinha, Joaquim trazia na bagagem material esportivo destinado à garotada que corria descalça na periferia brasiliense. Sempre longe das câmeras, como é seu feitio. Naquele desembarque de 1998, a “mala da doação”, que continha 33 pares de tênis de segunda mão, de marcas e tamanhos variados, ficou. O atleta havia condicionado seu cachê de US$ 1.250 do Sesi, por uma clínica e participação numa minimaratona, a um adicional de US$ 500 para a compra de tênis reciclados com pequenos defeitos (US$ 14,95 a peça). O valor da compra (com comprovante) nem ultrapassava os US$ 500 então permitidos pela Receita Federal. Foi tratado como sacoleiro vindo do Paraguai. Sentiu-se um subcidadão. Não se tratava de kits árabes nababescos, como em tempos modernos.

    Decidiu não fazer alarde. Proibiu o Sesc de pagar os US$ 680 cobrados pela Alfândega e bateu pé. Deu certo. Concluiu duas coisas:

    — Os meninos precisam de tênis, e eu, de emoção.

    Da minimaratona de 1.200 atletas mirins, participava o inevitável pelotão de descalços, com o chip eletrônico amarrado nas canelas nuas.

    É desse Brasil que o Ministério do Esporte precisa cuidar. A pasta não deveria comportar uma Secretaria Nacional de Apostas, as famosas bets agora presenteadas ao novo titular. Seu potencial de receitas deverá ultrapassar os R$ 5 bilhões. Só assim conseguiu se tornar atraente para Fufuca. Vida que segue. 

    O GLOBO

     ILUSTRAÇÃO MARCELO

    domingo, setembro 10, 2023

    How French Artists in 1899 Envisioned Life in the Year 2000: Drawing the Future

     

     

    France_in_XXI_Century._Farmer

    "Atomic physicist Niels Bohr is famously quoted as saying, “Prediction is very difficult, especially if it’s about the future.” Yet despite years of getting things wrong, magazines love think pieces on where we’ll be in several decades, even centuries in time. It gives us comfort to think great things await us, even though we’re long overdue for the personal jetpack and, based on an Isaac Asimov interview in Omni Magazine that blew my teenage mind, interchangeable genitals."

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    How French Artists in 1899 Envisioned Life in the Year 2000: Drawing the Future | Open Culture: A

     France_in_XXI_Century._Water_croquet

    Praça dos Tiês


     

    Mounika. - Tender Love x Ocie Elliott



    I have no parts, of brighter daysI have no record of brighter daysI have no parts, I have no linesI have no parts, I have no lines

    DESTRUCTION of MASAFER YATTA

     


    "So’ed stopped attending class after Israeli bulldozers crushed the village
    school. That day, So’ed told us, she helped young children, the students of
    lower grades, to escape through the windows. “We were in English class,” she
    said. “I saw a Jeep approaching through the window. The teacher stopped the
    class. Soldiers arrived with two bulldozers. They closed the doors on us. We
    were stuck in the classrooms. Then we escaped through the windows. And they
    destroyed the school.”"

    Families whose homes are demolished by
    military bulldozers are forced to live in the
    caves, which quickly become overcrowded and
    suffocating. Yet the residents
    are also forbidden from ren-
    ovating the caves, some of
    which are already uninhab-
    itable.


    “We want to build reg-
    ular houses, to live above-
    ground. Sleeping in a cave
    is like sleeping in a grave,”
    said Fares Al-Najar, a resi-
    dent of Al-Merkaz. Families
    who don’t have a cave or who
    refuse to accept such living
    conditions are forced to ei-
    ther leave their community
    and lose their land—or build
    a new house that will inevitably be demolished."

     

    READ THE REPORT BY BASEL ADRA & YUVAL ABRAHAN

     

    Tic... tac...



    CAU GOMEZ

    MIGUEL PAIVA
     
     
     


     NANDO MOTTA

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    casa da Leila


     

    Vicente Celestino - Coração Materno

    Disse um campônio a sua amadaMinha idolatrada, diga o que querPor ti vou matar, vou roubarEmbora tristezas me causes, mulherProvar quero eu que te queroVenero teus olhos, teu porte, teu serMas diga tua ordem, esperoPor ti não importa, matar ou morrer

     

    I was stunned by Robbie Robertson’s death.

     

    Jeffrey St. Clair <<

    + I was stunned by Robbie Robertson’s death. He always seemed younger than he was. I watched his recent documentary (Once Were Brothers) a few weeks  back and didn’t pick up on how sick he must’ve been at the time. The film didn’t strike me as a farewell, but a summary of the varied chapters of his career so far. I interviewed Robertson by phone a couple of years ago for a book I’ve been working on about John Trudell. His voice sounded a little rougher than usual, but his mind was sharp and his wit still caustic. Robertson openly credited Trudell as a major inspiration for his eponymous 1987 album. Beneath the artifice of the production, you can hear the influence in the spoken word delivery and Native American themes–even if the lyrics seem somewhat strained next to John’s and the vocals themselves lack Trudell’s urgency. From the rear-view mirror that record–which came out the year after AKA Graffiti Man–seems almost cinematic and perhaps signaled Robertson’s own attraction to the financial, if not artistic, possibilities of Hollywood…

    Robertson was there to hold Dylan’s hand as he “went electric.” But as the music drove forward toward punk in the 70s, Robertson seemed to retreat deeper and deeper into the past. After all, it was this Canadian with indigenous roots who pretty much gave birth, for better or worse, to the genre of music now marketed as Americana. Go listen to “The Night They Drove Old Dixie Down.” Robbie may still be plugged into his Marshall amp, but the song unfurls as an anthem for the Lost Cause crowd. It’s a wonder it became so popular with the radical rockers and cultural leftists who worshiped at the feet of Dylan. I still cherish the immediacy and exuberance of “The Basement Tapes” and the haunting rusticity of “Music from Big Pink,” but The Band, propelled by Robertson’s slashing guitar attack, never sounded hipper or more daring than in those first live gigs with Dylan, dragging him along with them into the Now, for a few moments at least, until withdrawing back, as so many of the Sixties Generation did, into an idyllic sanctuary of the past…

     

     

    Laura Marling - Blow By Blow



    I don't know what else to say, I think I did my best
    Momma's on the phone already talking to the press
    Tell them that I'm doing fine underplay distress
    I'm working out a story and there's so much to address


    e o blog0news continua…
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