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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, outubro 14, 2023

    A Grande Guerra

     

    LEANDRO DEMORI

    Olá,

    Nossa percepção sobre os acontecimentos está radicalmente mudando por causa da tecnologia. Lembram desta foto?



    A menina Phan Thị Kim Phúc, aos 9 anos, fugindo de um ataque de Napalm feito pelos EUA no Vietnã. Fotógrafo Nick Ult, 1972.

    Ela é a imagem que mudou a guerra. Antes da sua publicação, a percepção dos cidadãos estadunidenses sobre a invasão dos EUA ao Vietnã era vista majoritariamente como positiva. A fotografia, enviada ao mundo pelo serviço da agência de notícias Associated Press, mostrou que o exército estava massacrando crianças inocentes. Antes dela ganhar a capa de jornais e revistas em dezenas de países, os EUA transportavam mais de 600 jornalistas de todo o planeta junto com suas tropas, convidados que acordavam e dormiam com os soldados e que contavam apenas o lado supostamente heróico dos invasores.

    O que vemos hoje é uma deturpação do conceito de transparência capturado pelo fotógrafo Nick Ult. Se a fotografia feita por ele na Estrada 1, entre Saigon e Phnom Penh, era um cru e realista retrato da guerra – ela representava de fato o que acontecia no teatro de operações – hoje vemos imagens em profusão que contam uma versão recortada do conflito.

    A todo momento somos atingidos por conclusões imediatistas da história e gostamos dessas conclusões, as compartilhamos, elas nos trazem o alívio imediato de quem vê um problema resolvido por mágica. Você não sabe quem é o mocinho da história? Tome aqui esta pílula de Twitter. Precisa de alguém para culpar? Duas gotinhas de YouTube, pela manhã e à noite, e seus problemas estão resolvidos. Uma lógica que alimenta bilhões de pessoas cheias de certezas fugazes, tomando decisão com base em junk food para as mentes. Nossos cérebros estão virando uma prateleira de conclusões enlatadas.

    Assine grátis A Grande Guerra.

    Há uma guerra pela informação através do uso de redes sociais e ela não serve apenas para alimentar egos, likes e contas bancárias no desregulado sistema das plataformas digitais. Ao fim de todo esse processo, a versão vencedora ajudará a sabermos se a pressão mundial levará gente aos tribunais ou ao panteão da pátria.

    Não é pouco o que está em jogo neste momento, e é este o motivo de Israel ter cortado acesso à internet em Gaza, mantendo apenas um emissor no mercado da opinião, o próprio estado israelense. Em suas redes sociais, apoiado por parte esmagadora da imprensa comercial, Israel cria um consenso dentro da simplificação entre vítima e algoz, ignorando contextos e nuances. Como em uma loja de conveniências, somos levados aos produtos que interessam à loja, não a nós mesmos.

    Torre Eiffel e Empire Estate: o que essa imagem diz pra você? Não há vítimas na Palestina?

    Nada é por acaso. Não é de hoje que a ciência nos alerta: nossa capacidade de atenção foi evaporada pelo uso contínuo de redes sociais. Queremos muita informação, queremos agora – e sobretudo, queremos uma conclusão curta, simples e viral. Estamos viciados em respostas fáceis para problemas complexos, cenário fértil para que – no fim de um imenso processo informacional – a população mundial saia paradoxalmente muito mais informada sobre o assunto e também muito mais ignorante sobre o conflito. É de propósito. Estamos sendo entupidos de informação como aves entupidas de comida, e isso em nada tem a ver com nos manter bem alimentados. Eles desejam apenas nossa esteatose hepática e, no fim, aproveitar nosso fígado (ou nosso cérebro) para fazer patê.

     


     

    The Isley Brothers - Twist & Shout



    IN MEMORIAM RUDOLPH ISLEY

    Bebês terroristas x colonialistas

     

     Bebês terroristas x colonialistas 

     

    Antonio Prata

    As pessoas enlouqueceram? A humanidade inteira foi mordida por cães raivosos? Não estou falando dos horrores da última semana, em Israel e na Palestina, mas das reações a eles. Ou, deveria dizer, das comemorações por eles?

    Primeiro foi uma parte desmiolada da esquerda que, mundo afora, diante da barbárie do Hamas, soltou rojões. Não é uma metáfora: milhares de pessoas se reuniram diante da embaixada de Israel, em Londres e soltaram fogos de artifício, felizes. Aqui no Brasil, internet afora, também foi um foguetório. Afinal, na luta anticolonialista, vale tudo.

    Mal me recuperei do asco, vieram as reações da direita, legitimando a morte de civis na Faixa de Gaza. Dizendo que é isso aí mesmo, tem mais é que bombardear todo mundo. Cortar a água, a luz, a entrada de alimentos e remédios para dois milhões de pessoas. Afinal, na luta antiterrorista, vale tudo.

    Que que deu nessa gente? Eles não descendem de gerações e gerações que mataram ou morreram no Oriente Médio. Não tiveram um irmão, uma filha, uma mãe vitimada pelo outro lado. Tô falando de pessoas que nunca pisaram no Oriente Médio, pessoas cujas entranhas não fervem na pira da vendeta: brasileiros, pacatos alunos da PUC, senhoras patuscas da Pompeia, o taxista do aeroporto, meu primo.

    Estou há dias tentando escrever sobre o assunto. Estou há dias apagando o que escrevo. Uma hora o que leio na tela me parece pouco, diante da treva. Outra hora me soa apelativo. "Crianças queimadas" eu já escrevi e apaguei dez vezes. Mas como tentar chacoalhar essas macacas de auditório da selvageria, essas cheerleaders da crueldade sem descrever a realidade com a contundência que ela tem?

    FOLHA 

     

     

     

     

    O artista mágico e rigoroso

     

    O artista mágico e rigoroso 

     Paulo Garcez foi o autor de muitas fotos que você admirou e nunca soube de quem eram

    Ruy Castro

    Paulo Garcez foi o autor de muitas fotos que você admirou e nunca soube de quem eram

    Ele foi o autor das melhores fotos de Danuza Leão, Nelson Rodrigues, Tarso de Castro, Helio Oiticica, Madame Satã, Marilia Pêra, da Banda de Ipanema, dos "sabiás da crônica" —Rubem Braga, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Vinicius de Moraes, Otto Lara Resende, Carlinhos Oliveira, Sergio Pôrto e Chico Buarque, juntos, na cobertura de Rubem— e tantos outros. Fotos que saíram em toda parte, muitas vezes sem crédito, e por isso você nunca soube de quem eram. Pois eram de Paulo Garcez, que nos deixou nesta terça (10), aos 92 anos.

    Era um portraitista mágico e rigoroso. Ao apontar a Nikon para seus modelos, conseguia o impossível, como arrancar gargalhadas do mineral João Cabral de Melo Neto ou capturar uma Fernanda Montenegro serena, sem a sua santa inquietação pelo mundo. Nelson Cavaquinho, Elis Regina, Djanira, Glauber Rocha e Drummond foram outros cuja alma bateu asas rumo às lentes de Paulo.

    Em 2002, Vivi Nabuco produziu um livro de suas fotos, "Arte do Encontro", com textos de Millôr Fernandes e Sérgio Augusto e, ciente da ousadia, legendas de minha lavra. Foi das tarefas mais difíceis a que me dispus: fazer justiça às 140 fotos, que, no fundo, retratavam o wit, a elegância e a inteligência do próprio Paulo. Por sorte, essas qualidades foram registradas por seu colega David Zingg, que o fotografou para um anúncio do cigarro Charm e o chamou de "o Príncipe de Gales de Ipanema". Outro wit, Yllen Kerr, definiu-o como "o único homem capaz de dirigir um Jaguar com as pernas cruzadas."

    Paulo tinha uma identidade secreta: era "um dos maiores analistas sociais amadores do Brasil", segundo Paulo Francis, e "um Roberto Da Matta com humor", segundo Sérgio Augusto. Ele nos explicava o Brasil, e de maneira hilariante.

    Pena que só fosse de falar, não de escrever. As palavras se perdem, e Paulo merecia um taquígrafo que o acompanha

    FOLHA

     

     

    Vida nova saindo do chao



    ALVES

     

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    Brasileiros resgatados

    JORGE O MAU 

     
    GEUVAR  
     

     
    MIGUEL PAIVA  
     

     

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    Weezer - Everybody Wants To Rule The World

    Welcome to your lifeThere's no turning backEven while we sleepWe will find you

     

    mare cheia


     

    sexta-feira, outubro 13, 2023

    Human Animals

     

    Jeffrey St. Clair

    “I have ordered a complete siege on the Gaza Strip. There will be no electricity, no food, no fuel, everything is closed. We are fighting human animals and we will act accordingly.”

    – Yoav Gallant, Israel Defense Minister

    + According to Johannes Steizinger, “human animals” was a term frequently used by the Nazi race theorists about Jews, Slavs, gypsies, and blacks, who held that “only some groups of people “groups of people meet the metaphysical criterion of being human. Members of these groups are considered as essentially and hence fully human. However, other groups are reduced to the biological sense of being human. They simply lack the metaphysical essence of humanity and are thus characterized as human animals. These creatures are human only from the naturalistic point of view, but not human from a metaphysical point of view. Thus, they are regarded as subhumans who are not fully human.” (Johnannes Steizinger, The Significance of Dehumanization: Nazi Ideology and Its Psychological Consequences, 2018.)

    The Isley Brothers - Shout (IN MEMORIAM RUDOLPH ISLEY)

    Memento morrem

    AROEIRA
     
     
     
    AROEIRA
     

     
     
    MIGUEL PAIVA
     

     

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    maré cheia


     

    Jongo do Pinheiral - Não Lava Roupa Com Meu Nome



    meu nome né sabão

    Eyeless in Gaza

     

     

     

    In the Jewish legend, the great warrior Samson ends up, as John Milton famously puts it, “eyeless in Gaza.” He is blinded by the Philistines and harnessed to a huge millstone, forced to drag himself around and around in circles, always moving but unable to go anywhere. Eventually, in the most spectacular of suicides, he gets his revenge by pulling down their temple on top of the Philistines, killing both them and himself. The story is apparently supposed to be heroic, but it feels more like a fable of vicious futility. Cruelty begets cruelty until there is nothing left but mutual destruction.

    In the Book of Judges, where we find the Samson story, God has delivered the children of Israel into subjugation by their enemies as punishment because they “did that which was evil in the sight of the Lord.” As it happens, Hamas’s forebears, the Muslim Brotherhood, held the same belief. The Harvard scholar of the Middle East Sara Roy tells us that, after Israel’s victory in the war of 1967, “the Brethren in Gaza especially remained convinced that the loss of Palestine was God’s punishment for neglecting Islam.” It seems that God has a peculiar way of chastising his various chosen peoples in Israel and Palestine: by inflicting them on each other. With millenarian religious believers in power on both sides of the Gaza wall, it seems that this blood-dimmed vision is again being played out as reality.

    The Hamas incursion, in which more people died violently in Israel in a single day than ever before in the turbulent history of the state, is frightful. Even in the present state of the world, the murder, wounding, and kidnapping of so many defenseless civilians is shocking in its depravity. Hamas’s knowing provocation of Israel’s wrath against a Gazan population it cannot then defend shows that it cares as little for its own civilians as it does for the enemy’s. The dehumanization of the whole population of Gaza by Israel’s defense minister, Yoav Gallant, who said that “we are fighting against human animals,” and his explicit threat to deprive civilians of food and electricity are also profoundly disturbing. Retaliation against noncombatants has been established as Israel’s equal and opposite reaction to Hamas’s crimes and it foreshadows horrors even greater than the many hundreds of Gazans already killed by Israeli air strikes. Yet none of this is truly surprising. Nothing justifies these assaults, but when violence has become the only means of communication, everyone knows that its language will be spoken—and not in whispers but in screams.

    It is hard, from the outside, to understand how Israel could have become so complacent about this inevitability. The country has historically had a strange naiveté about Islamism. In 1986, a year before Hamas was formed, Israel’s military governor of Gaza, General Yitzhak Segev, acknowledged that “We extend some financial aid to Islamic groups via mosques and religious schools in order to help create a force that would stand against the leftist forces which support the PLO.” Radical Islamism seemed a safer alternative to the more secular Fatah movement. But any notion that jihadism was somehow going to be nicer or more malleable than leftist Palestinian nationalism was surely vaporized a long time ago. Even if global events this century had not revealed the inherent murderousness of this strain of religious zealotry, Israel should have known from the start that Hamas’s rejection of the two-state solution supported by Fatah is rooted in the conviction that Palestine itself is a god-given Islamic endowment. The persistence in Israeli policy of the notion that Hamas is a useful force because it divides Palestinians has always seemed a form of willful blindness.

    It might have made some sense had there been a consistent strategy of encouraging Hamas to move away from militarism. But democratic politics in Gaza and the West Bank collapsed after January 2006, when Hamas won what international observers judged to be fair and well-run elections for the Palestinian Legislative Council. Exit polls suggested that the main concern of voters was to end the flagrant corruption of Fatah’s rule. Yet both the US and Israel rejected those election results and imposed financial and other sanctions against the Palestinian National Authority. The message was clear: Palestinians would be punished for voting for the wrong people. Hamas would not be allowed to function as a democratic political party.

    In Northern Ireland, a successful peace process was built by drawing Sinn Féin, the political wing of the extremely violent IRA, into democratic politics. The US, having strongly encouraged this process in Ireland, adopted the opposite strategy with Hamas. It was to be kept out of politics and its voters in Gaza were to be similarly isolated by being confined to the strip and kept in limbo. We will never know whether a different strategy might have allowed Hamas to shed its jihadist skin, but this brutal demonstration of the futility of electoral politics surely closed off that possibility.

    Instead of a political process, Israel implicitly assumed that there can be such a thing as an acceptable level of violence: sporadic rocket attacks from Gaza on Israeli civilians followed by retaliatory incursions by Israel to inflict a greater retribution, often also on Palestinian civilians. The blockade became permanent as a fully institutionalized form of containment. Israel came to believe that the problem of Hamas could be literally walled off, penned behind concrete, and deflected by a forcefield of human intelligence gathering and electronic surveillance. Hence the stunned incredulity at the scale and effectiveness of Saturday’s assault.

    Yet was it ever likely that keeping 2.3 million people in a state of suspended animation would make Israel safe? The idea seemed to be that the Gazans would learn from bitter experience that every suffering they inflicted on Israelis would be returned to them tenfold, and they would, as a result, be pacified. But that calculation depended on the notion that the ordinary inhabitants of Gaza have political agency, that they can in effect tell Hamas what to do or not to do. The problem is that it makes little sense to rely on the agency of people who have been rendered politically powerless. It’s impossible to tell people that their votes don’t count, force them to live in a state of humiliation and impotence, and then expect them to assert themselves collectively against a well-funded and deeply rooted jihadist movement that promises them both patriotic pride and religious redemption.

    To understand why many Gazans could cheer on hideous atrocities against Israeli civilians, we have to remember what so many other asymmetric conflicts have taught us: absolute powerlessness corrupts absolutely. Strip away the capacity to make decisions and you also disable the faculty of moral responsibility. What Israelis experienced on October 7 was the terror of statelessness. Their extremist government, convinced that Israel was so safe that it could afford to turn its violence inward, against its own liberal infidels, had effectively abandoned them. They were back, for a terrible moment, in the world of European pogroms, where there was no state to defend them against the depredations of the mobs. It is easy to understand how sickeningly disorienting that would be for anyone, let alone for Jews for whom that dread is lodged in the very marrow of their bones. It is less easy for those who are still reeling from this nausea to reflect that this is what statelessness feels like for Palestinians too.

    There is no doubt that Israel can, if it chooses, level Gaza city, kill many thousands of its inhabitants, and hunt down Hamas militants. It can, and presumably will, enact a biblical revenge. It may even believe that this time, if the punishment is sufficiently severe, the Gazans will learn a lesson they will never forget. But what lessons do people actually learn from the cruelties they applaud and the ones they suffer in return? Almost always, only that violence is the way of the world. For some, the wars become holy; for most they become just grimly unavoidable. Until there is a political settlement, atrocity will have its dominion. Samson will still be there, eyeless in Gaza, turning the terrible millstone that grinds lives to dust.

    THE NEW YORK REVIEW OF BOOKS 

     

     

    Pretenders Kid (Demo) (2021 Remaster)



    KidPrecious kidYour eyes are blueBut you won't cry I knowAngry tearsAre too dearYou won't let them go-

    maré cheia


     

    quinta-feira, outubro 12, 2023

    Dia da Crianças

     

     

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    R.I.P. Keith Giffen

    Image 

     

     

     

     

     DE SERGIO CODESPOTI>

    Acordei e soube da morte do Keith Giffen aos 70 anos.


    Em homenagem a esse roteirista e desenhista, segue um fio com imagens 

    Thread by @codespoti on Thread Reader App – Thread Reader App

    Some Young Lives Matter More Than Others, Some Don’t Seem to Matter at All

     

     

    JEFFREY ST. CLAIR

     Perhaps I’ve become terminally jaded, but the blood-curdling bi-partisan calls from American politicians and pundits to obliterate Gaza–1.1 million children be damned–don’t surprise me much. Some young lives matter more than others. Others don’t seem to matter at all.

    My mind flashes back to Rachel Corrie, who I got to know slightly through email correspondence while she was a student at Evergreen and an environmental activist, leading protests against industrial clearcuts on near verticle slopes that threatened to bury small towns in the Washington Cascades under landslides.

    What does it say about the American mentality that this courageous young woman was blamed by many here for her own murder? After being crushed to death by an IDF bulldozer, while trying to keep a Palestinian family’s house from being demolished so their land could be confiscated and auctioned off to Israeli settlers, Rachel was roundly vilified instead of mourned. Political outrage was directed at her, not the regime that killed her. She had it coming, they said. She could have just gotten out of the way. She shouldn’t have been allied with “them.” She had no business being there.

    What is it in the twisted American psyche that would make her own country turn on a 23-year-old woman–smart, humane, fearless, and beautiful–who was doing nothing more than protecting what we’ve been led to believe is the most sacrosanct American “right”, the right of property, the right to be secure in your home? 

    It is, of course, the same mentality that pointed an accusatory finger at the Palestinian-American journalist Shireen Abu-Akleh for her own death, after being shot in the head by IDF snipers in Jenin, while wearing a helmet and vest emblazoned with “Press.” Some American lives matter more than others. Some don’t seem to matter at all. 

    The government of these two brave and accomplished American women never pressed for answers about their killings, never demanded that anyone be held to account. If they had, perhaps, the real story about what’s been going on in Israel and the Occupied Territories might have gotten a brief airing in the American media. Instead, the money and the weapons continued to flow into the hands of a regime that had demonstrated over and over again its willingness to use them against anyone who stood in its way, even women from the country that provided them.

    Now here we are again, having to ask ourselves how many children Biden’s shipment of weapons to Israel will kill? How many tiny limbs will be lost? How many small heads will be crushed in the rubble? Will we see the bodies our bombs have mutilated? Get a body count of the deaths our tax dollars have underwritten? What doctrine of just war decrees that the deaths of children justify the killing of more children? 

    Where are the Rachel Corries and Shireen Abu Aklehs now, at this fraught moment? Voices who could break through the cacophony of vengeance, stand up against senseless slaughter and make the case for peace? And not just peace as a ceasefire, but a peace that rectifies the injustices of an apartheid system that has led to 75 years of dispossession, impoverishment, torture and killing.

    COUNTERPUNCH

     

    Catimbau, Paquetá


     

    Marina de la Riva - & João Donato Canto a Yemanjá – Rainha do mar (Caymmi)

     

    O canto vinha de longe

     De la do meio do mar 

    Não era canto de gente

     Bonito de admirar

     O corpo todo estremece 

    Muda cor do céu do luar 

    Um dia ela ainda aparece 

    É a rainha do mar

     

    maré cheia


     

    Israel Can’t Imprison Two Million Gazans Without Paying a Cruel Price -

     

    Iron Dome firing at rockets over Ashkelon on Saturday. We thought we could arrogantly keep rejecting any attempt at a diplomatic solution.

     

    "Behind all this lies Israeli arrogance; the idea that we can do whatever we like, that we’ll never pay the price and be punished for it. We’ll carry on undisturbed.

    We’ll fire at innocent people, take out people’s eyes and smash their faces, expel, confiscate, rob, grab people from their beds, carry out ethnic cleansing and of course continue with the unbelievable siege of the Gaza Strip, and everything will be all right."
    read article by GIDEON LEVY >

    Padroeira do Brasil



    AROEIRA

     

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    Dia das Crianças



    FRAGA

     

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    Mario Castro Neves & Samba S.A. - Candomblé (1967)



    Iemanjá vem neste Candomblé
    Todos que tem fé
    Oxalá vem, vem marchar também
    Tantos filhos tem
    Iemanjá é a Deusa do Mar
    Oxalá é Deus da Criação
    Atabaques tocam pra saldar Exum
    Iaos enrolam e chamam Omolú
    Com danças de guerra pedem a Ogum
    Cantos de beleza soam a Oxum
    Pra Xangô tem abalá
    Pra Nanã tem macassá

    Déjà Vu in Israel


    David Shulman 

    Israel has survived many wars, but none of them, not even the 1948 war in which casualties amounted to one percent of the country’s Jewish population, was as gruesome and cruel as what we have seen in the last few days. Hamas has shown its true colors (not that there was any real doubt about them): it is a murderous terrorist organization driven by an extreme, indeed lunatic fundamentalist ideology, a brutal travesty of Islamic tradition. In a single day, Hamas murdered over 1,200 Israelis—babies, children, the aged, women, and men, including soldiers and policemen. That was its goal, and it succeeded beyond its wildest dreams. What more is there to say?

    But there is much to say about how Israel allowed this massacre to happen, and about who bears responsibility for it. An entire conceptual system that has dominated Israeli thinking, and also government policy, for the last several decades has been exposed, repeatedly, as dangerous and delusional. You cannot lock up two and a half million people for years in an open-air ghetto, with minimal necessities for survival, and expect them to remain docile. But at the heart of the present crisis lies an even deeper moral failure. In effect, the state of Israel has drifted remorselessly (in two senses of that adverb) toward hara-kiri.

    On the one hand, the messianic settler hypernationalists and Jewish supremacists—also delusional in their own way—have effectively hijacked the state in pursuit of their annexationist goal. On the other hand, we have a prime minister who has undermined the central institutions of Israeli democracy, including, first and foremost, the courts, and who has betrayed in word and action the classical Jewish humanistic values that were foundational to the state from its inception. Netanyahu has brought the country to the brink of civil war by pursuing antidemocratic legislation that happens to serve his own narrow interests. He has also relegitimized the extreme-right Kahanists such as Itamar Ben Gvir, a convicted felon and now a government minister, who wants to take over the Haram al-Sharif in Jerusalem, including the Al-Aqsa mosque. It’s a crazy idea, like so many incendiary ideas in the Middle East; but the Hamas murderers who crossed into Israel last weekend were shouting “Save al-Aqsa” as they broke through the fence.

    The result that we have seen unfolding for the last nine months, since the present extremist right-wing government was set up, and that has now emerged even more starkly in what happened on the Gaza periphery is a dysfunctional state mired in internal conflict, hubris, and steep moral decline. The army and the intelligence services, committed to their ruling conception, failed to heed Egyptian warnings that Hamas was planning a major terrorist assault. The army has wasted years policing the West Bank in the service of the settlers; the Gaza border was only one of the areas (though a critical one) guarded by too few combat-ready soldiers. When the attack began, many soldiers and policemen were murdered in their headquarters and posts; some managed to fight back against overwhelming odds; it took the army long hours to concentrate units near Gaza—hours enough to allow the hundreds of Hamas militants to continue their murderous rampage largely undisturbed. All of this is sadly reminiscent of the 1973 Yom Kippur War, when Israel was taken by surprise by Egypt and Syria. Egyptian president Anwar Sadat had warned the Israelis at the time that if there were no progress toward a political solution—he was serious about making peace—there would be war.

    That is where we are again today. The sense of déjà vu has deep roots in Israeli history, going back to the early Zionists in the pre-state era and their blindness or indifference to Palestinian rights, indeed to the very existence of a Palestinian people. Netanyahu is not the first, and by no means the last, to believe that Israel can destroy the Palestinian national movement and that the state can get along just fine by oppressing and controlling, or perhaps expelling, the Palestinians (and, with some luck, by making treaties with other Arab countries—Saudi Arabia, for example). But without a reasonable Palestinian solution and an end to the occupation, there will never be even a semblance of peace. For now, Netanyahu bears the responsibility for his misguided vision and, above all, for its long-term practical consequences. He lacks the common decency to acknowledge that the destruction and moral rot now threatening the state of Israel with collapse from within constitute his singular achievement.

    Israel’s ruthless, hate-driven enemies are perfectly aware that its polity and society are unraveling; they clearly saw their opportunity. They prepared for it meticulously and successfully fooled Israeli intelligence. Now that it is too late, with the trauma engraved in our memories, we hear mostly the predictable, threadbare threats coming from the government, the Knesset, the army, and significant parts of the media. And, of course, from the prime minister, who no doubt still thinks that violent coercion—that is, slaughter and revenge—is the only viable path, whatever the cost. Vengeance is almost always a transient pleasure. I fear the cost will be devastating, beginning with what happened on October 7, 2023

    THE NEW YORK REVIEW OF BOOKS 

    quarta-feira, outubro 11, 2023


     

    Lil Hardin Armstrong - Born to Swing



    When I was a baby, maw used to sing lullabies and nursery themes,
    But I never stopped crying, believe it or not,
    Till maw starting swinging and gettin' real hot!
    Old man river can roll along, pick cotton with Georgia reams,
    But I'll roll my eyes and pick cute guys,
    'Cause I was born to swing!

    What is the Palestinian Authority and what is its relationship with Israel?

     

    Palestinian demonstrators attend an anti-Palestinian Authority protest in Ramallah in the Israeli-occupied West Bank, July 3, 2021.

     

    "The Palestinian Authority (PA) is a governing body that has overseen parts of the Israeli-occupied West Bank since the mid-’90s. Its creation was supposed to pave the way to an independent Palestinian state, but today it is considered to have little real power and is operating under the control of the Israeli military.

    The PA is dominated by Fatah, a secular political party founded by diaspora Palestinians after the 1948 Nakba, or “Catastrophe”. Fatah is also the driving force of the Palestinian Liberation Organisation (PLO), an umbrella organisation comprising several political parties, which claims to represent Palestinians worldwide."


    read the Explainer 

    What is the Palestinian Authority and what is its relationship with Israel? | Palestinian Authority News | Al Jazeera

    Café com Fascistas



    TONI D'AGOSTINHO

     

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    Lamaçal sem-fim

     

     "Tão preocupante quanto os danos am-
    bientais é o impacto social que o desas-
    tre de Mariana tem causado na vida das
    pessoas. Assim como Alexandre Ribeiro,
    milhares de outros pescadores, pequenos
    agricultores e comerciantes percorrem
    uma verdadeira via-crúcis para ser reco-
    nhecidos pela Fundação Renova, respon-
    sável pela reparação às vítimas. Muitos,
    até hoje, não tiveram direito a indenização
    ou auxílio financeiro pelos prejuízos sofri-
    dos. “Essa tragédia impacta todo um sis-
    tema por afetar a biota, matar o rio e cau-
    sar, para as populações mais vulneráveis,
    uma série de transtornos no modo de vi-
    da. E o mais sério é que foi feito um termo
    de ajuste de conduta com toda uma buro-
    cracia que dificulta a reparação dos atin-
    gidos. Se você não estiver naquela margem
    definida pelo termo, que é bem estreita,
    não é reconhecido. Os pequenos agricul-
    tores, que não estão bem do lado do Rio
    Doce, não são reconhecidos, mas eles ti-
    veram muitos prejuízos. Foram impedi-
    dos, por exemplo, de fazer irrigação por-
    que a água estava contaminada. Perderam
    colheitas, sofreram danos”, ressalta a pes-
    quisadora Marta Zorzal, professora do De-
    partamento de Ciências Sociais da Ufes.
    Juliana Stein Nicoli, coordenadora es-
    tadual do Movimento dos Atingidos por

    Barragem no Espírito Santo, acrescen-
    ta que a maioria dos atingidos nem se-
    quer conseguiu se cadastrar para plei-
    tear indenização. “Dos cadastrados, me-
    nos da metade obteve alguma reparação
    e, entre os que conseguiram, grande par-
    te ganhou valores muito aquém do que
    deveria ter recebido”, explica. Segundo
    Nicoli, está em curso uma nova repactu-
    ação com a Fundação Renova para am-
    pliar o programa de auxílio emergencial.
    O MAB, que vem mobilizando os atingi-
    dos, também defende a implantação de
    um plano de monitoramento da saúde,
    para dar assistência ao grande número
    de adoecidos por conta dos efeitos cau-
    sados pelo desastre de Mariana."
     

    LEIA REPORTAGEM DE FABIOLA MENDONÇA

     

     

    O Rio é tipo uma criança abandonada...

        FERNANDES  
     
     
     
    DANIEL LAFAYETTE
     
     

     
    BETO 
     

     

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    PALAVRAS

     "Por todo o dia este homem labutaria assim, todo o seu ser centrado no propósito de faturar vinte e tres ao invés de vinte e dois centavos e meio por hora; e então seu produto seria contabilizado pelo encarregado da contagem, e os capitães de indústria exultantes ostentarão isto em seus banquetes, falando de como os nossos trabalhadores são duas vezes mais eficientes do que aqueles de qualquer outro país. Se somos a nação mais grandiosa sobre a qual brilhou o sol, parece ser principalmente porque fomos capazs de induzir nossos assalariados a este nivel de frenesi." 

    - Upton Sinclair

    terça-feira, outubro 10, 2023

    O intrépido livreiro de rua em guerra contra os algoritmos e o mercado eletrônico de Jeff Bezos

     

     


    SERGIO AUGUSTO

    Sábado é o melhor dia para uma passada na livraria Folha Seca; até porque ela fica no centro do Rio, intransitável durante a semana. Dupla homenagem, ao craque Didi e a Nelson Cavaquinho, a Folha Seca fica no 37 da machadiana Rua do Ouvidor, que aos sábados, sitiada por mesas dos botecos vizinhos, abriga manhãs e tardes de autógrafos, quando não almoços de aniversário, sambas e choros por conta da casa.

    Fui lá, semana passada, ao lançamento carioca do livro de histórias, memórias e ruminações de José Luiz Tahan, Um Intrépido Livreiro nos Trópicos (Vento Leste, 400 págs.) – precisamente nos trópicos de Santos, onde Tahan nasceu, vive, edita livros, cuida da charmosa livraria de rua Realejo e do festival Tarrafa Literária. Na dedicatória que me fez, seu brado permanente: “Viva as livrarias de rua!”. Tahan continua em guerra contra as livrarias online, epígonos da Amazon.com, e seus algoritmos.

    O intrépido livreiro não luta sozinho, embora ainda se contem nos dedos os escritores em condições de dispensar os serviços e vantagens oferecidos pelo tentacular empório eletrônico de Jeff Bezos, que, ao contrário dos livreiros, não vende apenas livros. Há dois anos, o bostoniano Dave Eggers, premiado autor de O Círculo, proibiu que a continuação daquele romance, The Every, fosse vendida na (ou pela) Amazon, cujas práticas de exploração laboral são, para muitos, análogas às da escravidão.

    Outro nome de peso acaba de aderir à confraria: a romancista, ensaísta e tradutora Lydia Davis, a grande dama da flash-fiction, que se orgulha de não cortejar a fama e a glória e de ter um refinado leitorado relativamente modesto, mas fiel.

    Faz dez anos que pela primeira vez lhe publicaram aqui uma coletânea de contos, Tipos de Perturbação, traduzidos pela Companhia das Letras. Idiossincrática, concisa, austera, elegante, lacônica, elíptica, aforística, divertida – eis alguns do adjetivos que nessas páginas dediquei à sua microprosa, por mim lida inicialmente num kindle da Amazon. Não mais.

    O novo livro de Davis, Our Strangers (Nossos Estranhos), lançado quinta-feira pela Canongate, só estará disponível em livrarias físicas e sites online selecionados. Já pensando em vindouras aquisições fora do circuito amazônico, inscrevi-me no Bookshop.org, indicado pela autora como o melhor acesso às livrarias independentes com as quais ela optou trabalhar.

    Pelos títulos de algumas micronarrativas, uns mais longos que a própria narrativa, Davis continua desconcertante. O título de Fim de uma Discussão Sobre Capas de Chuva Entre uma Mulher Madura e Outra Mulher Madura na Hora do Almoço tem quase 90 caracteres, o dobro da discussão em si. Que praticamente se resume a este comentário de uma das mulheres: “Não precisa ser uma Burberry”. Puro Beckett.

    ESTADÃO 

     

     

    Paquetá


     

    João Bosco - My Favorite Things

    Maré Cheia

     


    NEY MATOGROSSO CORDAS DE AÇO (Cartola)



    Solte o teu som da madeiraEu você e a companheiraNa madrugada iremos pra casaCantando

    Antigona Gaucha

     

     " Passados mais de dez anos, os familiares dos 242 mortos e 636 feridos no incêndio da Boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria, estão fartos de esperar por justiça. Em 2021, os proprietários da casa noturna, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, assim como o músico e o auxiliar que tiveram a irresponsável e desastrosa ideia de usar artefatos pirotécnicos em um show em ambiente fechado, foram condenados a cumprir penas entre 18 e 22 anos de prisão. Mas o alívio pela punição dos responsáveis pela tragédia durou pouco. Em agosto do ano seguinte, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu anular o resultado do julgamento – decisão confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça no início deste mês. 

    "Sei que a anulação foi dolorosa, mas o STJ
    assim decidiu. O caso da Boate Kiss deve-
    ria servir para que fizéssemos uma refle-
    xão acerca do comportamento do Esta-
    do brasileiro”, propõe o jurista. “Desde a
    aurora da civilização, não se pode negar
    enterro aos mortos e, no caso da Kiss, há
    um enterro simbólico negado há mais de
    dez anos. Além de prolongar o desfecho
    dessa história, essa demora está seques-
    trando as almas dos mortos e dos vivos. Na
    tragédia grega de Sófocles, Antígona mor-
    reu enfrentando Creonte, o rei, para ter o
    direito de enterrar seu irmão.”"

     

    leia reportagem de RENE RUSCHEL

     

     

     

    A política de Cangaço Novo

     

    Gabriel Trigueiro  


    Antes de qualquer coisa, e para não restar qualquer dúvida sobre o que quer que seja, “Cangaço Novo”, a série nacional criada por Mariana Bardan e Eduardo Melo, e exibida na Amazon Prime, é excelente.

    Assisti aos episódios e não me cansava de me encantar com a direção de arte impecável, com a qualidade da direção (não apenas, mas sobretudo das cenas de ação), no desenvolvimento da trama e na galeria de personagens.

    Em “Cangaço Novo” vemos as convenções de um cinema de gênero (o western, que sempre “agoniza mas não morre”) a serviço de uma história e, mais do que isso, de um universo estético tipicamente brasileiro. É bonito de doer. 

    As cenas de flashback filmadas em P&B, no início dos episódios, é uma direção de fotografia de quem assistiu ao “Grandes Esperanças” de David Lean, penso agora na cena inicial filmada como um filme de terror numa atmosfera meio onírica etc, e em “The Night of the Hunter”, do Charles Laughton. Coisa fina demais.    

    De acordo com a sinopse oficial de Cangaço Novo,

    Descontente com a vida e precisando de dinheiro para cuidar do seu pai adotivo doente, Ubaldo, um bancário sem memória da sua infância, recebe uma herança que mudará sua vida. Em Cratará, no meio do sertão cearense, ele se tornará o líder de uma perigosa gangue de assaltantes de banco, cumprindo o destino e o legado do seu pai biológico, um mítico cangaceiro. 

    Aqui começam os problemas. Não sei qual foi a intenção inicial da equipe criativa, mas “Cangaço Novo” é uma história baseada em uma ideologia reacionária. O fio condutor da narrativa é o “honra teu pai e tua mãe” bíblico.

    Ubaldo, o personagem principal, interpretado por Allan Souza Lima, tem um arco de desenvolvimento que é pautado por um sistema de deferência e lealdade aos patriarcas de sua vida — em primeiro lugar ao seu pai adotivo moribundo e depois à memória de seu pai biológico.

    Mesmo (aliás, sobretudo) no fim da temporada, compreendemos como Ubaldo basicamente reage, mesmo quando as nega ou confronta, às figuras de autoridade patriarcal que estão em sua vida.

    Outra coisa é que a trama toda, sobretudo a trajetória de Ubaldo, se desenvolve a partir de uma lógica de “sangue e terra” — inclusive com demonstrações gráficas, e pra lá de in yo face, de cenas em que o bróder segura dramaticamente a terrinha entre os dedos, à moda de uma Scarlett O'Hara paulista, não à toa um personagem de outro filme reacionário, aliás.

    “Cangaço Novo” é puro suco de um conservadorismo agrário quase freyreano. O substrato filosófico do negócio é uma exaltação à família, em seu modelo mais patriarcal, e aos valores reais do bom povo do campo, a ficção romântica do volk, se você preferir, em contraponto à artificialidade cosmopolita e à tibieza moral da cidade.

    A política de “Cangaço Novo” é uma utopia reacionária baseada em valores rurais, na celebração de um modelo de auto-organização da sociedade em milícias e no recurso à violência numa lógica meio get rich or die tryin'

    Assim, não me entenda mal. Não tenho pessoalmente qualquer problema ideológico com a política de “Cangaço Novo”. Quem disse que uma história ou que seus personagens têm que ser progressistas?

    Argumentar isso seria um filistinismo muito do faixa branca, eu hein. O que me interessa aqui, sempre e absolutamente sempre, é apenas chamar as coisas pelo nome. Comigo não, violão.

    CONFORME SOLICITADO 

    https://conformesolicitado.substack.com/i/137439240/a-politica-de-cangaco-novo

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    Lou Donaldson - The Masquerade is Over

    Indecency’s Conspiracy of Silence: Hamas, Israel and the Use of Force

     

     Palestinians take control of an Israeli tank after crossing the boundary fence with Israel from the southern Khan Younis area of the Gaza Strip on 7 October.

     

    "!In the short term, the offensive by Hamas looks like a spectacular bloodying of Israel’s strangulating forces and any number of restrictive labels you might wish to apply to the bully that holds the reins over any prospect of Palestinian sovereignty. It is particularly bruising given the rag-tag status of previous Palestinian military efforts to breach the security barriers of the Israeli state, not to mention showing up its hubristic security and intelligence services, caught entirely napping.

    This is not to suggest that Hamas, and its various Islamist iterations, is ideal as a governing or prosecuting body for the Palestinian cause; it is merely to observe that, as a reality, retributive or retaliatory counters to Israeli power, the no-change-in-hope-of-Palestinian-extinction message, was bound to happen. As it will happen, again."

     READ MORE>>

    Indecency’s Conspiracy of Silence: Hamas, Israel and the Use of Force - .

    4 X BIGUÁS





     

    segunda-feira, outubro 09, 2023

    nina na praia do buraco


     

    FILIPE CATTO – VACA PROFANA (Caetano)


    Dona das divinas tetasDerrama o leite bom na minha caraE o leite mau na cara dos careta

    Vinicius de Moraes bebia uísque e Garrincha se agarrava à poltrona: ex-aeromoça da Panair revela medo de avião de famosos que deram glamour à empresa aérea fechada na ditadura

     Ingrid, à esquerda: ex-comissária guarda histórias curiosas dos tempos da Panair

     

    "Passados 58 anos da falência da Panair, a Comissão da Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, na semana passada, finalmente concedeu a anistia política e oficializou, em nome do Estado Brasileiro, um pedido de desculpas. Depois de tanto tempo, era até difícil acreditar na notícia, conta Ingrid Fricke, antiga aeromoça da companhia aérea, que precisou ligar para Rodolfo Rocha Miranda, filho do antigo dono e autor do requerimento à comissão, para confirmar a veracidade do acontecimento. Desde então, as histórias de momentos inesquecíveis têm voltado com mais força à memória."

    leia reportagem de LUCAS ALTINO 

    clicando no titulo abaixo

    Vinicius de Moraes bebia uísque e Garrincha se agarrava à poltrona: ex-aeromoça da Panair revela medo de avião de famosos que deram glamour à empresa aérea fechada na ditadura

    HEROIS DA TV



    TONI RODRIGUES

     

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    Riscos tornam invasão de Gaza pesadelo militar e político para Israel

     Tanques isralenses Merkava rumam para a fronteira do Líbano em rua ao norte de Kiryat Shmona

     "Nos 16 anos em que, com a ajuda do Egito, Israel tornou o território uma paupérrima prisão na prática, todos os líderes do Estado judeu evitaram este momento. Para ficar no registro da cultura pop, basta assistir à série israelense "Fauda" (Netflix), na qual até os mais durões agentes de inteligência sabem que Gaza é "off-limits".

    Há um motivo para isso. Gaza é um pesadelo para qualquer planejador militar. Nas maiores operações anteriores contra o Hamas, como em 2014, o grosso do serviço foi feito pelo ar, com os potentes caças americanos à disposição de Israel. Eram ações chamadas sem desassombro na mídia do país de "cortar grama", já que novas lideranças hostis seguiriam surgindo.

    Em solo, trata-se de um território de difícil navegação, com ruas estreitas, infraestrutura urbana precária e infinitas possibilidades de pontos de emboscada. É evidente que o Hamas se preparou para isso, sabendo que a ação terrorista e militar do sábado talvez fosse incontornável do ponto de vista de resposta."


    leia analise de IGOR GIELOW 

    Riscos tornam invasão de Gaza pesadelo militar e político para Israel:


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