Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital.
Desagua douro de pensa mentos.
sábado, agosto 08, 2015
pela cochlea: Phill Veras - Paixão e Fé’ (Tavinho Moura & Fernando Brandt)
Já bate o sino, bate na catedral
E o som penetra todos os portais
A igreja está chamando seus fiéis
Para rezar por seu Senhor
Para cantar a ressureição
E sai o povo pelas ruas a cobrir
De areia e flores as pedras do chão
Nas varandas vejo as moças e os lençóis
Enquanto passa a procissão
Louvando as coisas da fé
Velejar, velejei
No mar do Senhor
Lá eu vi a fé e a paixão
Lá eu vi a agonia da barca dos homens
"A galera que vive no mundo da música, em shows, gravações e
ensaios acaba desenvolvendo uma linguagem própria, um jargão, um jeito
de falar. E uma das coisas mais engraçadas é essa mania de
transformar os nomes dos músicos em apelidos trocadilhescos e absurdos.
Paulinho Albuquerque era um que gostava dessa brincadeira…No Dia
Internacional do Jazz nós publicamos aqui alguns dos grandes nomes do
jazz. E agora vamos continuar nessa praia, lembrando grandes nomes da MPB… "
Via Iris - KREUZWEG (Dietrich Brüggermann, Alemanha, 2015)
Aquela menina ficou tão obcecada com sua religiosidade que decidiu se depurar em sacríficio, como se virasse santa, suplicando a cura do seu irmão autista.
Seu isolamento crescente do mundo é narrado - como consta no título brasileiro, 14 Estações de Maria, ou no americano, Stations of the Cross - como num calvário, em 14 tableaux de plano único.
Noivos turcos trocam a festa de casamento por banquete para 4.000 refugiados sírios
Um casal turco recém-casado decidiu trocar a recepção para a família por
um banquete para 4.000 refugiados sírios que vivem na região da
fronteira entre Turquia e Síria. A boa ação de Fethullah Üzümcüolu e
Esra Polat ganhou as redes sociais depois que a organização
não-governamental Kimse Yok Mu, em que o pai do noivo, Ali Üzümcüolu, é
voluntário, divulgou as imagens do evento.
O porta-voz da instituição, Hatice Avci, disse ao jornal "The Washington Post"
que o pai do noivo acreditava que custear um grande jantar para
parentes e amigos seria desnecessário enquanto tantas pessoas passavam
fome tão perto de casa.
Ri muito com este filme de gerações e os mores do nosso tempo.
Baumbach retoma seu ator de Greenberg, passando pelo alto astral de Frances Ha, para chegar nesta sátira.
"Uma fraude no Facebook está ajudando a divulgar o ato contra Dilma Rousseff e o PT. Para inflar o evento “16 de agosto eu vou pra rua #fora PT”,
um ativista pró-impeachment valeu-se de um truque sujo. Primeiro,
atraiu cerca de 67 mil usuários da rede com um suposto evento contra o
PSDB e o senador tucano Aécio Neves (MG). Depois, trocou as imagens e o
título. A armadilha fez com que centenas de eleitores petistas ou
pessoas de perfil progressista aparecessem com presença confirmada no
protesto. "
It's always around me, all this noise
But not really as loud as the voice saying
Let it happen, let it happen (It's gonna feel so good)
Just let it happen, let it happen
Muito boa a produção desta música. O loop que parece ter agarrado é bem legal.
Some of our favorite films could have turned out entirely different.
Sometimes the directors simply changed their minds, and sometimes the
test audience hated the original ending so much there was really no
choice but to change it. Here's how 20 famous movies almost ended.
Spoilers abound!
Via iris: EX MACHINA (Alex Garland, Inglaterra, 2015)
Tenho um colega que foi escolhido para participar de um mega-Teste de Turing. Passar uma semana num ultralaboratório isolado, com um gênio cientista, convivendo com uma protótipa de robo feminino e avaliar seu nível de inteligencia artificial.
O que aconteceu com ele? Só vendo esta ótima ficção científica.
Por que falar da escravidão do Brasil em quadrinhos?
Cumbe traz contos de resistência, de personagens negros escravizados que sofrem os mais variados tipos de violência e que, n
a convivência com o fantasma da própria morte, buscam saídas. Longe de qualquer sensacionalismo em relação às condições de vida dos escravos, o autor usa a poesia para mostrar essas saídas, que vão desde o combate armado até o puro delírio. Poesia que se materializa mais em forma de traços, símbolos e metáforas do que propriamente em textos. Cumbe é uma HQ silenciosa que tem como plano de fundo a solidão.
"O livro Cumbe começou a partir de pesquisas sobre a escravidão no Brasil colonial. Mais do que dados quantitativos, minha intenção era falar da perspectiva dos africanos escravizados, mostrando seus modos de resistência, desde a busca mais individual até as formas de luta coletiva. Há poucas histórias desse tipo em formato de HQ e tentei mostrá-las de um jeito mais pessoal."
In easily the worst news that has ever been reported, Miss Piggy and Kermit the Frog announced on Tuesday they are splitting up.
"After careful thought, thoughtful consideration and considerable squabbling, Kermit the Frog
and moi have made the difficult decision to terminate our romantic
relationship," Miss Piggy said on her official Facebook page. "We will
continue to work together on television and in all media now known or hereafter devised, in
perpetuity, throughout the universe."
"However, our personal lives are now distinct and separate," she
continued, "and we will be seeing other people, pigs, frogs, et al. This
is our only comment on this private matter… unless we get the right
offer. Thank you for your understanding."
"The company is collecting data on much of what you do while using its new software.
From the moment an account is created, Microsoft begins watching. The company saves customers’ basic information—name, contact details, passwords, demographic data and credit card specifics —but it also digs a bit deeper.
Other information Microsoft saves includes Bing search queries and conversations with the new digital personal assistant Cortana; contents of private communications such as email; websites and apps visited (including features accessed and length of time used); and contents of private folders. Furthermore, “your typed and handwritten words are collected,"
Zimbabwe has a lot more going on than the death of Cecil
These are symptoms of a larger problem: the “cycle of poverty, poaching
and political corruption” throughout Zimbabwe. “We’re outraged by trophy
hunting, when in fact the real danger to wildlife across Africa is
poaching,” Wright explains.
What’s more, 90-95% of the country’s population is un- or underemployed.
Most Zimbabweans are thus forced to live off the land: “This creates a
cycle where there is deforestation, killing of wildlife, both to feed
people but also as poaching because a rhino horn can get up to a quarter
million dollars,”
Poet's Viral Video Wants To Help You Find Love On The Subway
Stossel came up with the concept while waiting at the West 4th Street
stop and realizing the ridiculousness of the subway ritual. "It was one of those times where it was taking forever
and it was hot and sweaty and more and more people came and it got
hotter and sweatier," he told the Daily Mail. "And all of the sudden I
had this realization that we were 250 people staring into a tunnel."
What if, Stossel asks, we paid attention to the myriad people around
us? Could we learn something new? Make a friend? Fall in love?
O Uber se apresenta como um fenômeno da “economia compartilhada”, mas a
ideia é desonesta. O aplicativo nada mais é do que uma empresa agressiva
tentando maximizar seus lucros
"Talvez seja até o melhor exemplo que temos atualmente de um capitalismo desenfreado abastecido por enormes reservas de capital que primeiro destroem a competição para depois monopolizar o mercado (o exemplo da Amazon). Com um exército de lobistas e de advogados, o Uber vem penetrando mercados de maneira beligerante, curvando governos municipais aos seus desejos e colecionando multas por não dar ouvidos aos reguladores.
Fica também a dúvida quanto à ética do sistema de surge pricing (onde os preços aumentam simultaneamente com a demanda) adotado pela empresa. O Uber foi criticado severamente quando seus preços explodiram durante o sequestro em massa que ocorreu em dezembro de 2014 em Sydney (o preço mínimo para usar o serviço subiu para 100 dólares australianos).
Hoje, em 2015, temos a Uber estimada em mais de 40 bilhões de dólares, o seu CEO com seus 5.3 bilhões de patrimônio e seus motoristas autônomos (“driver partners”, de acordo com a “novilíngua” do Silicon Valley) — esses últimos cada vez mais desiludidos com o potencial econômico de um trabalho instável ao mesmo tempo em que ameaçam o ganha pão de milhões de taxistas pelo mundo."
"Entro
no táxi. Bato a porta. Não fechou. “Bate de novo”. Bato. “Não fechou,
com mais força”. Bato outra vez. “Não precisava bater com tanta força”.
Fechou. “A senhora vai pra onde?’’ Santa Teresa. “Ih, já vi que hoje não
é meu dia de sorte, dona”. Superado aquele estranhamento inicial, a
corrida, finalmente, começa. É dada a largada. Eu me encaixo numa
depressão do banco velho. As janelas estão abertas. Sabe aquele Corcel
velho? Comento que faz calor para, quem sabe, dispensar um pedido formal
de ar-condicionado. “É, isso aqui é a sucursal do inferno!” Desisto.
Que venham as baforadas do capeta."
No trilho do trem, morreu na contramão atrapalhando o tráfego
"Um vendedor é atropelado e morto por um trem no Rio de Janeiro e a
SuperVia, empresa responsável pela linha, manda o condutor de outra
composição passar por cima do corpo para que não ocorressem atrasos."
"Com o banimento do tempo qualitativo e pessoal e toda a sujeição da vida
ao tempo linear, quantitativo, repetitivo, automatizado, frio, a gente
vai se tornando alheio ao que significa o passar desse tempo e para que o
colocamos para correr."
pela cochlea: Edu Lobo - No cordão da saideira (1967)
Tempo da praia de ponta de pedra Das noites de lua, dos blocos de rua Do susto é carreira na caramboleira Do bomba-meu-boi Que tempo que foi Agulha frita, munguzá, cravo e canela Serenata eu fiz pra ela Cada noite de luar
Redução da maioridade penal: O morto que denunciou o repórter
"Um repórter entrevistar um morto não é mesmo algo banal. Pode provocar várias questões, a começar pelo que faz um repórter de programa policial não reconhecer um morto quando está diante de um, tão acostumado está a ver corpos submetidos no chão e a submetê-los com seu microfone. Mas por que essas questões foram apagadas e o episódio se tornou apenas “curioso” ou “bizarro” ou “ridículo”? Se este morto no chão fosse branco, vestido com roupas caras, numa área “nobre” de Aracaju, estas ainda seriam as perguntas do repórter? E esta morte ainda seria um não fato? Se a resposta sobre o território de origem dos garotos imobilizados fosse um endereço de classe média, a “gafe” do repórter ainda seria a notícia sobre a notícia? Se fosse um jovem rico, as imagens do seu corpo estirado ainda seriam exibidas, reproduzidas e replicadas sem nenhum clamor sobre o desrespeito com o morto e com aqueles que o amam?
A notícia sobre a notícia, os olhos sobre os olhos, é o “mico” do repórter. Em alguns portais, ela foi postada nas editorias de “entretenimento” ou “TV” ou “diversão”. Podemos concluir, então, que há mortos que viram entretenimento."
"Alguns —ou até muitos— podem argumentar que “esse tipo de jornalismo é assim mesmo, não há por que se espantar”. Bem, se é assim mesmo, é preciso lembrar que esse mau jornalismo é praticado em vários programas como este, assistidos diariamente por milhões de brasileiros, que formam sua opinião a partir de “reportagens” como esta. Assim como pautam sua vida a partir da convicção sobre o que ali é apresentado como “realidade”.
Essa desinformação calculada é colocada a serviço da produção de realidade: uma maioria a favor da redução da maioridade penal por várias razões, mas também porque é convencida —e gosta da comodidade de ser convencida— de que o problema da violência no Brasil são adolescentes criminosos e impunes. " leia mais na coluna de Eliane Brum >> Redução da maioridade penal: O morto que denunciou o repórter | Opinião | EL PAÍS Brasil
Luiz Fernando Pezão, Arthur Nuzman, vocês não têm vergonha?
"O Rio está prestes a passar pelo maior vexame de sua história. Vai mostrar para o mundo que não passa de uma cidade abandonada numa paisagem bonita rodeada de um mar de cocô.
Posso entender que tanto os governos quanto o COB simplesmente não tenham vergonha de mentir descaradamente sobre a merda que banha a cidade para quem mora nela. Não é de hoje que o cidadão está largado à própria sorte –ou ao próprio esgoto.
Mas eu quero ver com que cara de pau essa gente vai tentar convencer o mundo que não há problema em praticar esportes em litros e litros de cocô.
Tenho vergonha de viver na merda todos os dias sem que nada seja feito. É um crime o que se vai fazer com os atletas, mas é um crime ainda maior o que se faz com o cidadão do Rio de Janeiro há décadas." leia a coluna de Mariliz Pereira Jorge >> naofo.de |