O Uber e o mito da panaceia tecnológica
O Uber se apresenta como um fenômeno da “economia compartilhada”, mas a ideia é desonesta. O aplicativo nada mais é do que uma empresa agressiva tentando maximizar seus lucros

"Talvez seja até o melhor exemplo que temos atualmente de um capitalismo desenfreado abastecido por enormes reservas de capital que primeiro destroem a competição para depois monopolizar o mercado (o exemplo da Amazon). Com um exército de lobistas e de advogados, o Uber vem penetrando mercados de maneira beligerante, curvando governos municipais aos seus desejos e colecionando multas por não dar ouvidos aos reguladores.
Fica também a dúvida quanto à ética do sistema de surge pricing (onde os preços aumentam simultaneamente com a demanda) adotado pela empresa. O Uber foi criticado severamente quando seus preços explodiram durante o sequestro em massa que ocorreu em dezembro de 2014 em Sydney (o preço mínimo para usar o serviço subiu para 100 dólares australianos).
Hoje, em 2015, temos a Uber estimada em mais de 40 bilhões de dólares, o seu CEO com seus 5.3 bilhões de patrimônio e seus motoristas autônomos (“driver partners”, de acordo com a “novilíngua” do Silicon Valley) — esses últimos cada vez mais desiludidos com o potencial econômico de um trabalho instável ao mesmo tempo em que ameaçam o ganha pão de milhões de taxistas pelo mundo."
leia o artigo de Patrick Luiz Sullivan De Oliveira >>
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