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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, maio 10, 2025

    Sem Anistia

    CAU GOMEZ





    CRIS VECTOR



    FRAGA


     

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    Todo o Sentimento (1997) - Nana Caymmi (Chico Buarque)



    Prefiro então partirA tempo de poderA gente se desvencilhar da genteDepois de te perderTe encontro, com certezaTalvez num tempo da delicadezaOnde não diremos nadaNada aconteceuApenas seguirei, como encantadoAo lado teu

    cristiano


     

    As Torcedoras



    MARIO BAGG

     

    O Eternauta propõe a volta do herói coletivo

     

     

     "“Quando se é criança na Argentina, Nova York, Tóquio ou Barcelona são tão distantes quanto Marte, Xaldhia ou Krypton. Ver um herói – um personagem cotidiano que involuntariamente se torna herói, que joga truco, pai de família que protege os seus, envolto numa linguagem que eu não precisava decodificar – foi o que me fez segui-lo quadro a quadro, página a página.”

    “Um herói próximo, que podia ter uma loja de ferramentas ou ser professor, que em sua jornada – ainda que navegando pela eternidade – borrava a linha entre realidade e ficção”, relata Huergo.

    “Oesterheld e Solano López criaram na América Latina algo que o resto do mundo levou décadas para compreender: que os quadrinhos são uma linguagem autônoma, tão digna quanto o cinema, teatro ou literatura – uma plataforma comunicativa onde todas as experiências criativas cabem e são possíveis, desde as mais leves até as mais eruditas, do mero entretenimento (que também adoro) até a exploração de temas complexos e profundos. Eles me mostraram que os quadrinhos podiam ser tudo isso e mais”, explica o autor da graphic novel Los años de Allende, feita com o desenhista Rodrigo Elgueta"


    leia o artigo de José Durán Rodriguez

    O Eternauta propõe a volta do herói coletivo - Outras Palavras

     

    V E Day


     AMORIM

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    Fascista, futurista ou vigarista? As origens de Elon Musk

     O CEO da SpaceX, Elon Musk, durante reunião sobre exploração especial com oficiais da Força Aérea do Canadá, em 2019. (Foto: Defense Visual Information Distribution Service)

    "O futuro é uma ideia poderosa e motivadora, além de ser um campo de disputa. A classe capitalista gasta bilhões de dólares para estabelecer a hegemonia sobre a forma como imaginamos o futuro – por meio do ensino da ciência, do desenvolvimento da tecnologia, do cinema, da literatura, da arte e das formas como falamos sobre progresso e desenvolvimento –, e os chamados “futuristas”, como Musk, são figuras-chave nessa batalha de ideias."

    "Em todos os aspectos, Musk é uma força motriz na retomada de muitas visões tecnocráticas, futuristas e, em última instância, fascistas quanto ao futuro. Além das teorias econômicas descritas acima, o Technocracy Inc. também propôs a criação de um “Tecnato da América”, descrito na revista “The Technocrat”, do Technocracy Inc., como uma entidade política que “abrangerá todo o continente americano, do Panamá ao Polo Norte, pois os recursos naturais e as fronteiras naturais dessa área a tornam uma unidade geográfica independente e autossustentável.”"

    mais no artigo de Jasper Saah

    Fascista, futurista ou vigarista? As origens de Elon Musk - Revista Opera

    Fumaças

    BRUM
     

     
    JBOSCO
     
     



    ULISSES ARAUJO
     

     

     

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    Cristina Buarque* | Vida (Paulinho da Viola)



    Mais não se pode dizer
    Nem eu, nem ninguém
    Você é quem deve colher
    Depois de semear também
    Você é quem pode rasgar o caminho
    E fechar a ferida
    E achar o seu justo momento
    A razão de tudo aquilo que chamamos vida

    100 Days of Turpitude

     

     

    + America finally got its Pope, but not the reactionary the Opus Dei sect was furiously lobbying for. And not an anti-abortion zealot like Cardinal Dolan, either. (Though his views on homosexuality and gender appear to be more orthodox than his predecessor’s.)  Instead, the Vatican’s smokestack spewed white in honor of Robert Prevost, a Chicagoan, whose attitude, at least, seems that of a Southsider (Indeed, the Pope’s brother told WGN that Leo is a White Sox fan! They need all the divine intervention they can get.). For years, Prevost served as the head of the Augustinian Order, whose members, like the Franciscans, are instructed to lead simple lives and devote themselves to the ministration of the poor.

    + Like his mentor, the Hippie Pope, Prevost was in the thick of the South American wars. Francis was in Argentina during the Dirty Wars, and Prevost spent two decades in Peru at the height of the Sendero Luminoso insurgency. Where exactly Prevost stood politically during those bloody years remains unclear, as was the nature of Francis’s relationship to the Argentine Junta. But the new Pope’s attitude towards the rise of right-wing Christian nationalism is much less opaque. He has directly criticized the Catholic convert JD Vance and decried the Trump administration’s treatment of refugees and mass deportation scheme. Whether he shares Francis’s views on Gaza and his affection for the Palestinian people remains to be seen.

    + Greg Grandin on Southside Leo, the America, América Pope [Prevost was born in Chicago and became a citizen of Peru]:

    He spoke Spanish and Italian, no English, from the balcony. I know he said he chose Leo because Leo XIII was the first Augustinian pope, but Leo XIII was also known as the “social pope,” or the “labor pope,” and his encyclical Rerum Novarum (1891) called for a just wage. The text is a rearguard action against socialism, but it also sought to socialize capital. And reads a hell of a lot better than what we have today — “Abundance,” for example: “All masters of labor should be mindful of this – that to exercise pressure upon the indigent and the destitute for the sake of gain, and to gather one’s profit out of the need of another, is condemned by all laws, human and divine.” And so the wheel turns: Leo XIII influenced Perón, who influenced Francis, who, it seems, handpicked Leo XIV.

    reality is crashing into the ideology of the Trump administration.

    "In a follow-up story to last night’s information about the Trump family’s cryptocurrency corruption, MacKenzie Sigalos of CNBC reported today that 58 crypto wallets have made more than $10 million each on Trump’s meme coin, gathering a total of $1.1 billion in profits. But 764,000 wallets, mostly owned by small holders, have lost money. Meanwhile, since January the meme’s creators have pocketed more than $324 million in trading fees.!

     more by Heather Cox Richardson


     

    sexta-feira, maio 09, 2025

    Mão grande no bolso do aposentado

    AMORIM
     

     
     

     
    MARTINEZ
     
     

     

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    papo na praça manoel de macedo


     

    Lady Gaga leva 2 milhões a Copacabana



    KLEBER

     

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    Frei Betto: O legado de Francisco e os desafios do Papa Leão XIV

     

    Papa Leão XIV acena para os fiéis no balcão diante da Praça de São Pedro 

    O mundo multipolar e fragmentado requer uma liderança espiritual capaz de promover pontes — eis o significado da palavra ‘pontífice’

     FREI BETTO

    O cenário que o novo Papa herda está longe de ser tranquilo. A Igreja Católica enfrenta inúmeros desafios internos e externos que exigirão habilidade diplomática, coragem pastoral e capacidade de diálogo com o atribulado mundo atual.

    Sob o pontificado de Francisco, aumentaram as tensões entre setores conservadores e progressistas dentro da Igreja. A polarização crescente no mundo ecoa na barca de Pedro. Críticas ao seu estilo pastoral e às reformas vieram de cardeais influentes, grupos leigos e teólogos. Essa divisão reflete a diversidade política e cultural que marca a conjuntura global. O Papa Leão XIV terá a difícil missão de preservar a unidade da Igreja sem sufocar a pluralidade de expressões católicas.

    A escolha do nome Leão demonstra sensibilidade para questões sociais: Leão XIII (1810-1903) foi o Papa da encíclica “Rerum novarum”, a primeira a abordar o tema das relações trabalhistas. Há que considerar também que Prevost é agostiniano, discípulo de Santo Agostinho, um filósofo pagão que se converteu à fé cristã e se tornou um pilar da teologia. Boa parte de sua atividade sacerdotal e episcopal foi no Peru, o que nos permite considerá-lo o segundo papa latino-americano.

    Papa Leão XIV aparece na sacada da Basílica de São Pedro e se apresenta ao mundo como o novo líder da Igreja Católica

    Papa Leão XIV aparece na sacada da Basílica de São Pedro e se apresenta ao mundo como o novo líder da Igreja Católica

    No entanto, a escassez de vocações sacerdotais, sobretudo na Europa e no continente americano, ameaça a sustentabilidade pastoral da Igreja em muitos lugares. Ao mesmo tempo, o envelhecimento do clero e a sobrecarga das funções pastorais dificultam a presença efetiva da Igreja nas inúmeras comunidades. Isso reabre os debates sobre o celibato facultativo, a ordenação de mulheres, o direito dos casais homoafetivos ao sacramento do matrimônio.

    Após 12 anos de pontificado, o Papa Francisco deixou um legado marcante na Igreja Católica e na conjuntura mundial, tanto por sua abordagem pastoral quanto por suas posições diante dos problemas contemporâneos. Primeiro Papa latino-americano, primeiro jesuíta no cargo e primeiro a adotar o nome Francisco — em referência a São Francisco de Assis — Jorge Mario Bergoglio conduziu a Igreja por tempos turbulentos, marcados por crises internas e profundas transformações sociais, políticas e ambientais.

    Desde sua eleição em 2013, Francisco buscou uma Igreja mais próxima dos excluídos e do mundo real. A opção preferencial pelos pobres, a crítica à cultura do descarte e a defesa dos migrantes foram marcas registradas. Encíclicas como “Laudato si’” (2015), sobre a ecologia integral, e “Fratelli tutti” (2020), sobre a fraternidade universal, revelaram um Papa com sensibilidade global e consciência dos desafios éticos da contemporaneidade.

    Na Igreja, promoveu reformas significativas na Cúria Romana, buscou maior transparência financeira, puniu um cardeal corrupto, simplificou estruturas administrativas. Adotou uma postura mais pastoral em temas sensíveis, como a homossexualidade, os divorciados recasados e o papel das mulheres na Igreja, embora mantendo a doutrina tradicional em muitos aspectos. Seu estilo direto e despojado, aliado ao compromisso com a misericórdia, revitalizou a imagem da Igreja para muitos fiéis.

    Apesar dos esforços de Francisco para valorizar a presença feminina na Igreja, as demandas por maior protagonismo das mulheres crescem. A nomeação de mulheres para cargos na Cúria Romana e a criação de comissões para estudar o diaconato feminino são passos importantes, mas insuficientes. A misoginia é muito forte na Igreja. O novo Pontífice enfrentará uma pressão crescente por avanços concretos nessa área, inclusive com implicações doutrinárias e eclesiológicas. Os conservadores, no entanto, bradarão com seus velhos argumentos de que Jesus era homem e não havia nenhuma “apóstola” no grupo dos Doze...

    O escândalo dos abusos sexuais continua sendo uma ferida aberta na Igreja. Francisco deu passos significativos para enfrentar o problema, mas há ainda resistência institucional e omissões. Leão XIV precisará manter e aprofundar políticas rigorosas de prevenção, punição e apoio às vítimas.

    O mundo multipolar e fragmentado requer uma liderança espiritual capaz de promover pontes — eis o significado da palavra “pontífice”. O pontificado de Francisco destacou-se pelo diálogo com o Islã, o Judaísmo e outras tradições religiosas, além de seus apelos pela paz em conflitos como os da Síria, Ucrânia e Israel. Prevost terá de cultivar esse papel diplomático e moral num cenário global marcado por xenofobia, racismo, guerras e mudanças climáticas.

    Talvez o maior desafio do novo Pontífice será manter a vitalidade da missão evangelizadora em um mundo cada vez mais secularizado. A Igreja precisa encontrar linguagem, atitudes e estruturas que falem ao coração das pessoas de hoje, especialmente dos jovens. Isso exige criatividade pastoral, abertura à sinodalidade — processo já iniciado por Francisco — e coragem para repensar formas de presença e atuação no mundo digital, nas periferias urbanas e nos contextos multiculturais.

    Penso que o legado mais significativo de Francisco é a tentativa de devolver à Igreja um rosto de ternura, simplicidade e diálogo. Em tempos de crise de autoridade e de perda de confiança nas instituições, ele insistiu na misericórdia como o nome de Deus. Leão XIV não começará do zero — terá diante dos olhos o testemunho de um pastor que, com suas limitações, tentou ser fiel ao Evangelho no coração das contradições do século XXI.


    Imagem exclusiva do conclave em Roma



    THIAGO LUCAS

     

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    Novo papa criticou governo Trump e apoiou Francisco em questões sociais

     Cardeal Robert Prevost em encontro com o papa Francisco

    JAMIL CHADE

    O novo papa já criticou abertamente o governo de Donald Trump, é um profundo conhecedor do Brasil e da América Latina e adotou uma linha de defesa dos pobres e mais vulneráveis.

    Ainda assim, o presidente americano foi um dos primeiros a comemorar a escolha.

    "Parabéns ao cardeal Robert Francis Prevost, que acaba de ser nomeado papa. É uma grande honra saber que ele é o primeiro papa americano", disse.

       Originário de Chicago, Robert Prevost era o chefe do Dicastério para os Bispos da Igreja. Essa posição poderosa significou que, por anos, ele supervisionou a seleção de novos bispos e construiu uma ampla rede de contatos. Ele também atuava como presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina.

    Ao falar suas primeiras palavras, pediu uma "Igreja sinodal", missionária e que saia ao encontro "dos que mais sofrem". Chamou a atenção ainda o fato de ele ter feito uma referência ao Peru, e não aos EUA.

    De fato, Prevost tem dupla cidadania, possuindo nacionalidade tanto dos EUA quanto do Peru, onde serviu por muitos anos. Dentro do Vaticano, é considerado como um profundo conhecedor da América Latina.


    Criticou JD Vance e políticas migratórias de Trump

    Apesar de ser americano, Prevost se mostrou contrário às políticas de Donald Trump. Nas redes sociais, ele criticou JD Vance, o vice-presidente católico dos EUA.

    Em 3 de fevereiro, ele compartilhou um artigo da National Catholic Reporter intitulado: "JD Vance está errado: Jesus não nos pede que classifiquemos nosso amor pelos outros". Isso foi sua resposta aos comentários que o vice-presidente fez na Fox News em fevereiro.

    Dez dias depois, ele publicou em suas redes uma carta que Francisco enviou aos bispos americanos, criticando a política migratória de Donald Trump. Naquele momento, a Casa Branca reagiu de forma enérgica contra o argentino.

    Mais recentemente, ele compartilhou uma postagem que criticava a visita do presidente salvadorenho, Nayib Bukele, aos EUA, e ações de deportação de um imigrante de forma irregular.

    Ainda assim, Vance emitiu um comunicado no qual parabeniza Leão 14, "o primeiro Papa americano". "Tenho certeza de que milhões de católicos americanos e outros cristãos orarão por seu trabalho bem-sucedido na liderança da Igreja. Que Deus o abençoe!", disse.

    A escolha de seu nome como papa, Leão 14, foi amplamente comentada entre religiosos e diplomatas. Leão 13 havia sido uma figura fundadora da tradição católica de justiça social.

    Em entrevistas, o novo papa disse ao Vatican News em outubro de 2024 que um "bispo não deve ser um pequeno príncipe sentado em seu reino, mas sim chamado autenticamente a ser humilde, a estar perto das pessoas a quem serve, a caminhar com elas e a sofrer com elas".

    Mais conservador que Francisco em questões dogmáticas, mas alinhado na questão social

    Embora seja visto como um centrista em algumas questões mais dogmáticas e mais tradicionais que Francisco, o novo papa adotou um posicionamento progressista em muitos aspectos, abraçando grupos marginalizados. Neste sentindo, ele segue a visão do papa Francisco.

    Ele ainda presidiu uma das reformas mais revolucionárias feitas por Francisco, quando acrescentou três mulheres ao bloco de votação que decide quais indicações de bispos devem ser encaminhadas ao papa. No início de 2025, Francisco demonstrou novamente sua aposta em Prevost ao escolhê-lo para o posto mais sênior dos cardeais.

    Há quem tenha visto isso como um sinal de que Francisco gostaria de vê-lo como papa.

    Segundo o jornal The New York Times, Prevost criticou a imprensa que tinha "simpatia por crenças e práticas que estão em desacordo com o evangelho", incluindo o "estilo de vida homossexual" e "famílias alternativas compostas por parceiros do mesmo sexo e seus filhos adotados".

    UOL

    Leão 14, o novo papa, não deixa de ser resposta ao incendiário Trump

    Um homem vestido com vestes religiosas, incluindo uma túnica branca e um manto vermelho, está acenando com as duas mãos levantadas. Ele usa óculos e tem cabelo grisalho. O fundo é de um tecido vermelho.
     

    Ao ser eleito papa, o argentino Francisco gracejou que seus irmãos cardeais "foram buscá-lo no fim do mundo". O cardeal Robert Francis Prevost, eleito nesta quinta-feira (8) seu sucessor, não vem da dita periferia global, vem dos Estados Unidos. Escolheu para si o nome de papa Leão 14.

    A escolha é farta em simbolismo geopolítico: dia desses o perfil da Casa Branca compartilhou uma foto de seu atual inquilino vestido de pontífice, uma cortesia da inteligência artificial. Donald Trump tem um histórico de arranca-rabos com Francisco, crítico de sua política migratória. A montagem pegou tão mal que o próprio Trump tratou de dizer que não tinha nada a ver com ela.

    O novo líder da Santa Sé é ao mesmo tempo da América do Norte e do Sul. Nasceu em Chicago, formou-se em matemática no país natal e tem nacionalidade peruana, por ter servido como missionário por anos no país latino-americano —Prevost, por sinal, é próximo da América Latina e era esperado na Assembleia-Geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que acabou cancelada após a morte de Francisco.

    Se Trump quer erguer muros, o primeiro discurso papal de seu conterrâneo insistiu na construção de pontes. Tal qual Francisco, o cardeal Prevost bateu de frente também com o vice dos EUA. J. D. Vance havia usado um princípio da teologia católica medieval para justificar a sanha do chefe contra imigrantes. "Ordo Amoris", ou "ordem do amor", segundo ele, traduziria o "senso comum básico" de que as obrigações morais com os próprios filhos se impõem àquelas que devemos ter "com um estranho que vive a quilômetros de distância". Ou seja, América primeiro, sempre.

    "J. D. Vance está errado: Jesus não nos pede para ranquear nosso amor pelo próximo", foi o título de um artigo compartilhado no X por Prevost, ainda na pele cardinalícia, em fevereiro.

    É um papa de perfil diplomático. Feito bispo no Peru, estava hoje à frente de um dos postos de mais alto calibre no Vaticano, encarregado de supervisionar a seleção de novos bispos.

    Aparenta-se com Francisco na defesa dos pobres e dos migrantes. Quer uma Igreja mais disposta a ir ao fim do mundo, fora da zona de conforto eurocêntrica que por séculos a guiou. "Um bispo", disse em 2024 o agora papa, "não pode ser um pequeno príncipe sentado em seu reino". Está lá na Bíblia: "Ide e levai o evangelho a toda criatura", já pregara Jesus.

    Como o papa que lhe precedeu, Leão 14 é afeito ao sínodo, processo na Igreja que amplia discussões. Em vez de discutir as questões centrais na alta cúpula católica, o debate pode incluir sacerdotes de outros graus e até leigos. Mulheres, inclusive.

    O papa anterior era pop. O novo talvez seja menos midiático. Prevost difere de Francisco na personalidade, considerada menos efusiva.

    Não é, a princípio, o papa que a comunidade LGBTQIA+ pediu a Deus. Já deu declarações pouco simpáticas à causa. Em 2012, chegou a lamentar que a mídia ocidental se afeiçoe a "crenças e práticas que estão em desacordo com o Evangelho", como "estilo de vida homossexual" e "famílias alternativas compostas por parceiros do mesmo sexo e seus filhos adotivos".

    Leão 14 e Francisco não são alinhados em tudo, mas há pontos de confluência. Não espere um papado de ruptura com o legado de Francisco.

    O primeiro papa Leão, que liderou a Igreja Católica no século 5, atuou no que romanos à época encaravam como "invasões bárbaras". Ele capitaneou uma delegação para se encontrar com Átila, líder dos hunos, e dissuadi-lo de continuar a pressionar pela guerra.

    A negociação surtiu efeito, e Roma foi poupada. Prevost, que a partir de hoje atenderá por Leão 14, conduzirá 1,4 bilhão de católicos por tempos também turbulentos. Onde há fumaça, branca ou não, há fogo. O papa que sai hoje do conclave terá que ser um pouco bombeiro também.

    FOLHA

     

     

     

     

     

    NANA CAYMMI DORA



    Ô, Dora
    Rainha do frevo e do maracatu
    Ninguém requebra, nem dança
    Melhor do que tu

    Em Roma... No Patropi....

    PATER
     

     
    FRAGA
     

     
    MILTON
     

     

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    JONGO DO VALE DO CAFÉ – NASCI N’ANGOLA



    Nasci n ́Angola 
    Angola que me criou 
    Eu sou neto de Moçambique
     Eu sou negro sim sinhô 

    OutKast - Slump



    I'm strictly stressin' dirty dirty
    Gon' represent it to the T-top
    Born and bred up on the street top
    Get to the money and the sweet spot
    And forever hollerin' hootie hoo when we see cops

    Jimmy Page Faces New 'Dazed and Confused' Lawsuit From Jake Holmes

     

     

    NEW YORK, NEW YORK - NOVEMBER 03:  Jimmy Page performs onstage during the 38th Annual Rock & Roll Hall Of Fame Induction Ceremony at Barclays Center on November 03, 2023 in New York City. (Photo by Kevin Mazur/Getty Images for The Rock and Roll Hall of Fame )

    "Holmes wrote and recorded “Dazed and Confused” in 1967, and Page allegedly heard the tune in August of that year after the singer-songwriter opened for the Yardbirds in Greenwich Village (the track also appeared on Holmes’ 1967 album, “The Above Ground Sound” of Jake Holmes). Soon after, the Yardbirds worked out their own version of the song, which they began to incorporate into their live performances; while they never recorded a proper studio version of “Dazed and Confused,” several live recordings were made in 1967 and 1968.

    The song, however, stuck with Page, and he would go on to rework it further with Led Zeppelin. While Page wrote new lyrics to the song, the main instrumental melody — especially the famous descending riff — remained largely similar to Holmes’ original. "

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    Jimmy Page Faces New 'Dazed and Confused' Lawsuit From Jake Holmes

    The War on Reality: NPR, PBS, and the Machinery of Control

     

    "The goals are dressed in euphemisms, efficiency, accountability, constitutional order, but the underlying vision is clear. In this vision, the president does not govern by consensus or law. He governs by decree. Regulatory protections are not debated; they are scrapped. Public education becomes ideological training. The military enforces immigration law. Courts are circumvented. The press is “fake.” The facts are fungible.

    And the people? They are not citizens. They are spectators. Or worse, targets."

    read article by MARY GEDDRY 

    The War on Reality: NPR, PBS, and the Machinery of Control

    quinta-feira, maio 08, 2025

    -Mos Def & Talib Kweli - Hater Players -1988



    I'm sick of the hater-players, bring on the regulatorsWith the flavors like a farm team fucking with the majorsLike a river how I run through it, I do it so coldFreezin up your bodily fluids, your style is oldYou runnin your mouth, but don't really know what you be talkin aboutYou should retire, get that complimentary watch, be out

    Leão XIV, o anti-anti-cristo

     

    AROEIRA
     

     
     
    CAZO
     

     

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    Dorival & Nana Caymmi - Acalanto



    É tão tarde, a manhã já vem
    Todos dormem, a noite também
    Só eu velo por você, meu bem
    Dorme, anjo, o boi pega neném

    Lá no céu deixam de cantar
    Os anjinhos foram se deitar
    Mamãezinha precisa descansar
    Dorme, anjo, papai vai lhe ninar

    Papal in-tray: New Pope will have to hit ground running on many urgent issues

     Papal in-tray: New Pope will have to hit ground running on many urgent issues

     

    "From conflicts in Ukraine and the Middle East, to migration, the climate crisis and schisms in the church, the honeymoon period will be short!"

    read analysis by Harriet Sherwood

    apal in-tray: New Pope will have to hit ground running on many urgent issues

    quarta-feira, maio 07, 2025

    Obrigado, Francisco: se papa pareceu radical, problema é do mundo de hoje

     

    Um homem vestido com vestes brancas e uma capa branca está acenando com a mão direita. Ele está em uma varanda, com um fundo escuro. Na frente dele, há uma borda vermelha e algumas flores decorativas. O homem parece sorrir.
     

    Celso Rocha de Barros

    Quando o papa Francisco dizia que é impossível ser cristão e não dar prioridade aos excluídos, só estava citando o fundador da empresa milenar de que foi CEO nos últimos 12 anos.

    Mesmo o então cardeal Joseph Ratzinger (futuro papa Bento 16), em seu combate à Teologia da Libertação, deixava claro que "o escândalo das gritantes desigualdades entre ricos e pobres – quer se trate de desigualdades entre países ricos e países pobres, ou de desigualdades entre camadas sociais dentro de um mesmo território nacional – já não é tolerado" ("Instrução sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação", 1984).

    Não é coincidência que tenha vindo da América Latina, a região mais desigual da cristandade moderna, um papa que desse prioridade à luta contra esse escândalo específico.

    Francisco também promoveu um salto na reflexão católica sobre o meio ambiente, que papas recentes (citados na encíclica) já vinham enfatizando.

    Contra os que interpretam a instrução de Gênesis 1:28 como licença para o homem fazer o que quiser com a natureza, a Laudato Si lembra que Deus colocou o homem no Éden "para cultivá-lo e guardá-lo" (Gênesis 2:15). O documento final do Sínodo da Amazônia terminou com um apelo a "Maria, mãe da Amazônia", para que "a vida plena que Jesus veio trazer ao mundo chegue a todos, especialmente aos pobres", e para que a igreja tenha "rosto amazônico" e "saída missionária".

    Francisco também realizou um ajuste pequeno, mas importante, na discussão da igreja sobre a comunidade LGBT. Admitiu a possibilidade de padres católicos abençoarem casais LGBT e casais formados por pessoas divorciadas. Em repetidos pronunciamentos, pediu que os católicos não julgassem os LGBT, mas procurassem antes de tudo amá-los.

    Não foi a aceitação plena dos LGBT que católicos de esquerda como eu desejariam. Mas foi importantíssimo por mostrar qual exatamente é o tamanho dessa questão dentro do cristianismo. Quando Francisco disse "quem sou eu para julgar?" sobre os homossexuais, não estava se declarando incapaz de condenar algo que, oficialmente, ainda é pecado. Afinal, Francisco julgou muita coisa: a miséria, a degradação ambiental, a desigualdade.

    Estava tirando o foco de uma pauta que ocupa um lugar completamente desproporcional no discurso de movimentos políticos que se dizem cristãos. A homofobia como política funciona porque vende ao eleitor uma forma de se afirmar cristão condenando o desejo dos outros, não o próprio. E os LGBT são convenientemente minoritários na sociedade, de modo que o voto que se ganha entre a maioria hipócrita mais do que compensa o voto que se perde na minoria perseguida.

    A maior parte da Bíblia é sobre pecados que todos cometemos, mas é difícil se eleger lutando contra os pecados da maioria. É melhor mentir, como faz a bancada fundamentalista, que a Bíblia é basicamente um livro falando mal da Pabllo Vittar.

    Francisco fez uma bem-vinda mudança de foco para os pecados da maioria, o consumismo, a indiferença diante da miséria, a depredação da criação. Defendeu os pobres, e os mais pobres entre os pobres; os excluídos, e os mais excluídos entre os excluídos. É o que o Evangelho manda fazer. Se isso pareceu radical no mundo de hoje, o problema é do mundo de hoje.

    FOLHA


     

     

    O papa estadista

     



    "Os aflitos do nosso tempo são os pobres,
    os famintos, os imigrantes, os deserdados,
    os desesperançados, as mulheres,
    as crianças, aqueles que são vítimas
    de violência e discriminações, os
    palestinos, os ucranianos, os africanos,
    os latino-americanos que cruzam fronteiras.
    Todos querem direitos e os direitos
    são o fundamento da igualdade, da liberdade
    e da justiça, valores interdependentes
    que são a expressão da universalidade.


    Mas a luta pelo universalismo precisa enraizar-
    se nas causas da aflição dos aflitos.
    Por isso, Francisco fundiu Inácio de
    Loyola e São Francisco de Assis. Ele buscou
    viver nas fronteiras, ampliando suas conquistas
    com o amor e o acolhimento. Sua
    expansão não visava aniquilar os outros,
    apossar-se de riquezas, mas conquistar
    mentes e corações e comungar com os diferentes,
    com os muçulmanos, com os ortodoxo"


    MAIS NA COLUNA DE ALDO FORNAZIERI


     agora é que a grama está começando a recuperar desse verão 

     

     our lawns are slowly recovering from the sizzling summer 




    Canarinho Pistola



    FRAGA

     

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    BIRIBA, campeão de 1948


     

    O papado de Francisco e o catolicismo de extrema direita no Brasil


    CAMILA ROCHA

    Sem dúvida, o papado de Francisco foi um grande contraponto à ascensão de lideranças de extrema direita e regimes autoritários. Seu legado para a Igreja Católica e para o mundo foi de extrema importância para a defesa das igualdades e para a ampliação das vozes do Sul Global dentro da Igreja, vindas da Ásia, África e América Latina.

    Atualmente, a América Latina está na liderança no número de fiéis com mais de 40% dos católicos do mundo, e o Brasil segue sendo o país com o maior número absoluto, com 182 milhões devotos, o maior rebanho do mundo.

    Não à toa, dentre os líderes religiosos mais influentes do país estão padres católicos. O padre Fábio de Melo é o mais popular de todos, com 26 milhões de seguidores no Instagram, seguido pelo padre Marcelo Rossi, com 10,3 milhões, mesmo número de seguidores do perfil oficial do papa Francisco.

    Porém, ao contrário do papa Francisco, Fábio de Melo e Marcelo Rossi jamais se posicionaram abertamente contra o crescimento da extrema direita no país. Sem citar nomes, o papa disse, durante as eleições de 2022: "Peço a Nossa Senhora Aparecida que proteja e cuide do povo brasileiro, que o livre do ódio, da intolerância e da violência", causando descontentamento entre eleitores do ex-presidente de extrema direita.

    É justamente a oposição aberta ao papa Francisco que aglutinou e mobilizou setores da extrema direita católica no país nos últimos anos. De acordo com o teólogo Venâncio Romero, professor da Universidade Federal do Sergipe, a expansão das redes sociais, em conjunto com o abandono da formação de base e da piora da qualidade da preparação do clero brasileiro, influenciou a popularização da extrema direita católica no país e a atração de padres pelo tradicionalismo.

    Para além de figuras populares nas redes sociais, como o padre Paulo Ricardo, que já soma 2,5 milhões de seguidores no Instagram, movimentos como os Arautos do Evangelho vêm crescendo rapidamente. Fundado em 1999 por João Clá Dias, o grupo está ligado à Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição Família e Propriedade, mais conhecida como TFP, que atuou em prol do golpe de 1964 e da ditadura militar no país.

    Em 2011, os Arautos passaram a ser uma associação com caráter pontifício, aceitos pelo papa Bento 16 em 2011, mas que estavam sob intervenção do papa Francisco por conta do tratamento dispensado a seus internos. Os jovens que integram os Arautos do Evangelho usam pesadas vestes medievais a despeito do clima tropical e já foram alvo de agressões físicas, verbais, assédio sexual, alienação parental, tortura, estupro e até homicídio, segundo uma série de denúncias junto à Igreja e à Justiça brasileira.

    Porém, a ampla exposição negativa na mídia e o conflito com o Vaticano parecem não ter tido maior impacto na atuação dos Arautos, que hoje já possuem 3.000 membros e já se espalharam por mais de 70 países.

    No clima político atual, o crescimento de seitas como os Arautos do Evangelho tornou-se uma questão séria a ser enfrentada pela Igreja e pela sociedade. E a escolha do próximo papa pode fazer a diferença entre um futuro mais ou menos parecido com a distopia escrita por Margaret Atwood, "O Conto de Aia". Basta uma visita à sede dos Arautos do Evangelho para confirmar que a comparação está longe de ser exagerada.

    FOLHA

    Universidade de Columbia demite 180 pesquisadores após cortes de Trump

     Universidade de Columbia

     JAMIL CHADE

    Como resultado da ofensiva de Donald Trump contra acadêmicos nos EUA, a Universidade de Columbia anunciou ontem a demissão de quase 180 pesquisadores. Diante de cortes avaliados em mais de US$ 400 milhões para a instituição, a reitoria da universidade indicou que encerrou os contratos com dezenas de cientistas.

    Em março, Trump promoveu a suspensão no repasse de verbas públicas, alegando que a instituição em Nova York não tinha agido de forma suficiente contra o antissemitismo.

    Em um comunicado, a universidade afirmou que teve de tomar "decisões difíceis" e encerrar ou não renovar contratos com cientistas e pesquisadores que estavam sendo pagos com os recursos do governo.

    Claire Shipman, presidente interina da universidade, assumiu após a instituição já ter cedido em várias exigências por parte de Trump, incluindo um maior rigor contra os estudantes e a reformulação do Departamento de Estudos do Oriente Médio.

    "Estamos trabalhando e nos planejando para qualquer eventualidade, mas a pressão nesse meio tempo, financeiramente e em nossa missão de pesquisa, é intensa", escreveu Shipman. Segundo ela, a reitoria foi obrigada a reduzir "os gastos com base nas realidades financeiras atuais", enquanto buscava fontes alternativas de financiamento.

    Os cortes atingem 20% dos pesquisadores que são financiados pelos subsídios encerrados por Trump. "Não tomamos essas decisões levianamente. Estamos profundamente comprometidos, na Columbia, com o trabalho fundamental de invenção, inovação e descoberta. As crescentes restrições orçamentárias combinadas com a incerteza relacionada aos níveis futuros de financiamento federal para pesquisa exigem que façamos escolhas difíceis", insistiu.

    "Tivemos que tomar decisões deliberadas e ponderadas sobre a alocação de nossos recursos financeiros. Essas decisões também afetam nosso maior recurso, nosso pessoal. Entendemos que essas notícias serão difíceis", completou.

    Enquanto cientistas são demitidos nos EUA, a Europa criou nesta semana um fundo com US$ 500 milhões para ajudar instituições europeias a acolher pesquisadores americanos que queiram continuar seus trabalhos nas universidades da França, Alemanha ou qualquer outro país do continente.
    13 universidades levam Trump às cortes

    Apesar dos cortes, as instituições de ensino nos EUA continuam a tentar reverter o ataque de Trump com processos judiciais. Na segunda-feira, em Boston, 13 universidades denunciaram os atos do governo como ilegais.

    O processo incluir gigantes como o MIT (Massachusetts Institute of Technology), Princeton, Brown, Cornell, e as universidades de Michigan e da Pensilvânia.

    Desta vez, o governo decidiu cortar recursos que eram usados para apoiar pesquisas, como créditos para a compra de computadores e equipamentos.

    "Estamos tentando impedir a implementação dessa política mal concebida e míope, que só prejudicará o povo americano e enfraquecerá o país", disseram os grupos em uma declaração conjunta.

    Agência de US$ 9 bilhões que financia a pesquisa científica já cancelou centenas de concessões que não estavam em sintonia com as prioridades do presidente republicano. Mas a ação judicial argumenta que os cortes "prejudicarão gravemente a pesquisa científica nas universidades americanas e corroerão o status invejável de nossa nação como líder global em pesquisa científica e inovação".

    UOL

    Escola não é quartel!

     

     


    RENATO ROVAI


    Recentemente o governador Tarcísio de
    Freitas (Republicanos) anunciou uma decisão
    que deveria mobilizar imediatamente toda a
    sociedade paulista: a implantação de 100 novas
    escolas cívico-militares no estado de São Paulo,
    principalmente em cidades do interior.

    O governo estadual tenta, com essa medida,
    capturar politicamente o interior, substituindo
    professores capacitados por militares e policiais
    aposentados, transformando as escolas em
    espaços mais preocupados com o corte de
    cabelo dos alunos do que com a aprendizagem
    efetiva. Trata-se claramente de uma tentativa
    de catequizar os alunos numa ideologia
    conservadora e reacionária. É preocupante
    imaginar a consequência dessa ação sobre
    o pensamento crítico e o desenvolvimento
    intelectual dos jovens paulistas.

    Façamos um exercício simples: se o governo
    Lula anunciasse que, a partir de agora, as aulas
    de história seriam ministradas por sindicalistas,
    qual seria a reação da sociedade? O escândalo
    seria gigantesco. Mas, no governo Tarcísio,
    policial aposentado sem qualquer formação
    pedagógica dará aulas de ética e política.
    É simplesmente uma loucura. O que dirão
    esses professores improvisados aos alunos?
    Que a ditadura foi algo bom? Que o governo
    Bolsonaro foi o melhor da história do país?
    Esses militares aposentados não têm
    condições de ensinar disciplinas complexas.
    Não sabem quem é Espinosa ou Marilena
    Chauí. Confundem ética com etiqueta e
    desconhecem totalmente os ciclos históricos
    brasileiros ou conceitos básicos de geopolítica
    internacional. A educação paulista corre o
    sério risco de cair nas mãos de pessoas
    despreparadas, cuja visão limitada e enviesada
    pode causar danos irreparáveis.

    Estamos diante de um verdadeiro absurdo,
    uma tentativa descarada de lavagem cerebral.
    Cabe destacar que esses militares receberão
    salários maiores que os dos professores
    qualificados e experientes, para ministrar
    menos aulas em disciplinas que poderiam
    perfeitamente ser lecionadas por profissionais
    com formação adequada.

    Perguntamos então: onde está a indignação
    da grande imprensa diante disso? Vimos
    alguma manifestação contrária na Globo News?
    E nos veículos que se dizem de ultraesquerda?
    A Folha de S.Paulo ou o Estadão expressaram
    qualquer crítica contundente? Não, porque
    infelizmente parece haver um pacto tácito de
    conveniência com essa agenda conservadora.
    Esses mesmos veículos preferem direcionar
    seus ataques contra Lula, Frei Chico, Sindnapi
    e Contag do que questionar as políticas do
    governador Tarcísio, o candidato preferido
    dessas elites midiáticas.

    É hora de reagir! A sociedade paulista,
    inclusive a direita civilizada, precisa se unir
    contra essa investida absurda e perigosa. Não
    podemos aceitar passivamente essa tentativa
    de transformar nossas escolas em quartéis
    ideológicos. É preciso barrar essa tentativa
    nefasta antes que seja tarde demais.

    FORUM

    Entranhas



    QUINHO

     

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    Geraldo Pereira em dominio público

     

     


    DANIEL CAETANO

    Uma notícia que ainda não vi por aí: depois de amanhã, dia 08 de maio de 2025, toda a obra de Geraldo Pereira entra em domínio público. Nesse dia vão se completar setenta anos da passagem do grande, genial compositor de sambas como Falsa Baiana, Escurinha, Sem compromisso e muitos outros. 
     
    Geraldo foi uma figura da pesada. Carioca nascido em Juiz de Fora, foi um dos maiores compositores da era de ouro da rádio brasileira. Foi também motorista da Comlurb, já que tinha contas a pagar. Morava na Mangueira e aprendeu a tocar violão com o Cartola. Foi um dos criadores do samba sincopado e do samba de breque, tendo vendido pro Moreira da Silva a autoria do samba Na subida do morro. Foi amigo do João Gilberto, parceiro de cerveja (e provavelmente de otras cositas). Num forte indício da grandeza do seu caráter, era torcedor do Flamengo. 
     
    A história da sua morte é controversa e se mistura com a lenda: dias antes de falecer, Geraldo brigou com Madame Satã num bar da Lapa, o que levou muitos a atribuírem seu falecimento a essa briga. Os textos biográficos em geral desconfiam dessa versão, já que alguns dias se passaram entre uma coisa e outra. Mas o Mário Lago, num depoimento que concedeu no final dos anos 1990 (em que eu era um dos entrevistadores, junto com as queridas Clara Linhart e Camila Maroja), contou que testemunhou a briga entre Geraldo e Satã - segundo ele, Geraldo estava bêbado e provocou tudo. Ainda segundo o Lago, era notório entre os frequentadores do bar que Geraldo tinha um grave problema de saúde no sistema digestivo e Satã, ao acertar vários chutes no compositor, deixou ele à beira da morte. Passados os anos, imprima-se a lenda e cada um acredita na versão que preferir.
     
    Geraldo chegou a participar de uns poucos filmes, entre eles o lendário Berlim na Batucada, produção da Cinédia com direção do igualmente lendário Lulu de Barros. Em 1998 foi lançado um filme contando a sua história, "O rei do samba", do José Sette. Com os setenta anos de sua morte, caem em domínio público todas as canções que compôs sozinho, então desconfio que nos próximos anos os sambas dele vão ser ouvidos em muito filme de baixo orçamento, juntando-se ao nosso querido Noel Rosa.


    Sem chão, EUA vivem sob Trump uma rotina de desenho animado

     

    papaleguas


    JOSIAS DE SOUZA

    Com a insanidade em alta, a economia em baixa, o Congresso inerte e o Judiciário desafiado, os Estados Unidos como que perderam o chão. Sob a presidência de uma caricatura imperial, o país vive uma rotina de desenho animado. Nele, Trump é o coiote. No papel de Papa-Léguas, a nação demora a perceber que caminha sobre o vazio. Evita olhar para baixo. Não se dá conta de que pode se esborrachar no chão a qualquer instante. Trump pode ignorar a Constituição. Mas ainda não revogou a lei da gravidade.

    Os Estados Unidos estão sob ataque. Um ataque inédito, deflagrado desde a Casa Banca. Cada nova declaração de Trump é um míssil que atinge os pilares sobre os quais estão assentados os valores e a prosperidade do país. Na sua penúltima investida, o imperialista laranja disse numa entrevista que não sabe se deve respeito à Constituição americana.

    Questionado pela apresentadora Kristen Welker, da rede NBC News, sobre se acredita que deve respeitar determinações constitucionais, Trump pronunciou um singelo "não sei". A apresentadora quis saber se os cidadãos americanos e os estrangeiros merecem o devido processo legal, como prevê a Constituição. E Trump: "Não sou advogado. Não sei".
     
    Dissipou-se qualquer tipo de dúvida sobre o instinto ditatorial de Trump. O que deveria unir os Estados Unidos no momento é o fato, cada vez mais inegável, de que a nação está sendo violentamente atacada pelo seu próprio presidente. Se ainda houver uma réstia de amor-próprio, a sociedade americana deve esquecer suas diferenças para se concentrar nesta verdade nua e crua: os Estados Unidos foram convertidos numa zona de guerra. E Trump promove disparos diários.

    Na mesma entrevista, Trump declarou que não considera a hipótese de se candidatar para um terceiro mandato. "Isso não é algo que eu esteja buscando fazer." Nesse ponto, o entrevistado desdisse a si mesmo, pois desde que retornou ao trono já declarou várias vezes que um novo mandato faz parte dos seus planos.

    UOL

    Em março, Trump afirmou que "não está brincando" sobre o fato de desejar um novo ciclo no Poder. A Constituição proíbe o terceiro mandato. Mas essa não é uma questão relevante para um autocrata que decide quais artigos do texto constitucional merecem ou não ser respeitados. Do mesmo modo, a sociedade americana já deveria ter notado que apenas as ameaças de Trump devem ser levadas ao pé da letra, não os seus recuos cínicos.

    Cristina Buarque & Roda de Samba do Bip Bip - "A Paixão e a jura" (Mauro Duarte - Paulo César Pinheiro)



    Eu ando sofrendo tanto
    Quando essa paixão me invade
    Que às vezes me pego em pranto
    Com receio de ferir outra amizade
    Você me procura, você me procura!
    E eu não sei negar amor, nem resistir
    Mas fiz uma jura
    E essa jura, é tão difícil de cumprir


    e o blog0news continua…
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    Mas uso mesmo é o

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