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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, maio 21, 2022

    FRIO



    MARZ

     

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    BENETT

     

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    02 Diamonds And Gold [The Silver Hearts] (Tom Waits Cover)



    The broken glass
    And the rusty nails
    Where the violets grow
    Say goodbye to the railroad
    And the mad dogs of summer

    And everything that I know
    What some men will do here for diamonds
    What some men will do here for gold
    They're wounded but they just keep on climbin
    And they sleep by the side of the road

    Carmen - Habanera (Bizet; Anna Caterina Antonacci, The Royal Opera)

    Por dentro do Telegram



    "Um aplicativo sem algoritmo, sem anúncios, que faz tudo pela liberdade. Parece um sonho? Cuidado com o que você deseja"
    Leia reportagem de Darren Loucaides

    Por dentro do Telegram

    Vinho com Fascistas


    TONI D'  AGOSTIBNHO

     

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    BOTO




     

    W.A. Mozart - Symphony 29 in A Major, 1st Movement ("Amadeus" Soundtrack)

    Congresso quer combater golpismo com cafezinho e acordão

     O senador Arthur Lira e o senador Rodrigo Pacheco em cerimônia no Planalto

    BERNARDO MELLO FRANCO

    A era das notas de repúdio ficou para trás. Agora a cúpula do Congresso quer combater o golpismo com declarações apaziguadoras e promessas de acordão.

    Ontem o presidente da Câmara, Arthur Lira, defendeu uma “saída negociada” para a crise. Sem citar as ameaças de Jair Bolsonaro à democracia, apresentou-se como um guardião do equilíbrio e da moderação.

    “O Legislativo sempre buscou a harmonia e a tranquilidade entre os Poderes”, discursou. Ele elencou duas tarefas para si mesmo: “apaziguar” e “acalmar”. Faltou informar quem precisaria ser amansado.

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi tomar um cafezinho no Supremo, alvo dos atos bolsonaristas de domingo. Após ser recebido pelo ministro Luiz Fux, saiu recitando platitudes e pregando a paz universal.

    Ao ser questionado sobre o conflito aberto entre as Forças Armadas e o Judiciário, o senador tentou desconversar: “Eu não considero que haja uma crise instalada nesse sentido”.

    Lira e Pacheco chegaram ao comando do Legislativo graças ao apoio do Planalto. Com estilos diferentes, os dois têm atuado como cúmplices da escalada autoritária.

    O chefão da Câmara segura mais de uma centena de pedidos de impeachment. Em troca da blindagem ao capitão, ganhou poder inédito sobre a partilha do Orçamento.

    Mais discreto, o presidente do Senado prefere colaborar nos bastidores. Retardou a instalação da CPI da Covid e agora tenta barrar outra investigação sobre o balcão de negócios do MEC. Entre um episódio e outro, articulou a recondução de um procurador-geral que se recusa a investigar o governo.

    Diante dos novos ataques de Bolsonaro ao Supremo, os chefes da Câmara e do Senado voltaram a lavar as mãos. Ontem os dois trataram a graça concedida a Daniel Silveira como fato consumado. Nas entrelinhas, endossaram o acordão que manteria o deputado inelegível, porém livre da cadeia.

    Após o café com Fux, Pacheco repetiu que a disputa política não pode descambar para “anomalias graves”. A omissão do Congresso é uma das mais graves anomalias que ameaçam o país.


    GLOBO

    sexta-feira, maio 20, 2022

    Se Bolsonaro conseguir melar as eleições, o golpe será militar

     

    Bruno Boghossian


    O ministro Luís Roberto Barroso foi até generoso quando perguntou se as Forças Armadas são "orientadas para atacar" as eleições. Depois de três anos no coração do poder, com uma adesão continuada às ameaças golpistas de Jair Bolsonaro, é impossível ver os generais como colaboradores que apenas obedecem cegamente às ordens do presidente.

    Se Bolsonaro levar adiante o plano de melar as eleições, o golpe será militar. As Forças Armadas trabalham ativamente na confecção do roteiro que o presidente parece disposto a seguir para invalidar a votação e continuar no poder. Além disso, os generais passaram a disparar insinuações cada vez mais ameaçadoras de intervenção nesse processo.

    Há meses, o militar indicado pelo Exército para atuar no TSE procura as brechas que Bolsonaro e seus sócios pretendem usar para anular a votação em caso de derrota.

    Num ofício ao tribunal, o general Heber Garcia Portella tentou abrir a porta para a realização de novas eleições caso sejam apontadas irregularidades. Os governistas querem saber quais são os critérios para repetir a votação caso haja perda de dados nas urnas –uma hipótese que o TSE considera remota.

    Os militares também decidiram forçar a barra para justificar sua interferência na disputa. Em duas notas, o Ministério da Defesa afirmou que "as eleições são questão de soberania e segurança nacional" e avisou que a instituição estará em "permanente estado de prontidão" para cumprir missões constitucionais.

    As Forças Armadas se comportam como protagonistas políticos, não como personagens que só acompanham Bolsonaro nessa história. Não há notícias, aliás, de que o capitão tenha dado ordem ao general Eduardo Villas Bôas, em 2018, quando o comandante do Exército tentou pressionar o STF no julgamento de um habeas corpus de Lula.

    Ainda há quem alimente a ilusão de que uma "ala militar" poderia frear as aspirações autoritárias de Bolsonaro. Lances recentes já deveriam ter sepultado essa fantasia.

    FOLHA 

    Amor & Odio



    GILMAR

     

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    Vangelis - Pulstar (in memoriam)



    At the third stroke it will be 10.03 and 40 seconds



    BOTO


     

    quinta-feira, maio 19, 2022

    A trajetória do legendário artista visual psicodélico Alain Voss






    "Para a arte da capa de O Jardim Elétrico, Rita Lee diz no livro Discobiografia Mutante, que o desenhista ficou livre para “viajar” nas idéias e, “depois de tomar um ácido”, foi exatamente o que ele fez. Sérgio Dias conta que Alain se inspirou de alguma forma na música Jardim Elétrico para fazer a obra de arte."

    veja a galeria 

    A trajetória do legendário artista visual psicodélico Alain Voss





    15 glaring plot holes in famous movies



    <p>Michael J Fox as Marty McFly in ‘Back to the Future'</p>

     


    "There’s nothing worse than a smart-alec film fan.

    We’ve all done it, of course. Picked apart a cheesy blockbuster for its perceived flaws. Poked holes in some sloppy plot logic. Proposed another ending that would have made oh so much more sense.

    The fact is, though, we’re often not as smart as we think we are. Often, films are simply more interested in telling a story than in bulletproofing themselves against pedants.

    Sometimes, even widely circulated complaints are totally fatuous. People watch Titanic, for instance, and ask why Leonardo DiCaprio didn’t simply hop on the door alongside Kate Winslet at the end. It’s enough to make you want to scream: “That’s not how buoyancy works!”

    But sometimes, plot holes are so egregious that you just can’t let them go. These are the ones that really stick in your mind, and leave you searching for any kind of plausible explanation."

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    15 glaring plot holes in famous movies, from Star Wars: The Force Awakens to The Dark Knight Rises | The Independent

    BOTO


     

    Buraco negro absorve tudo



    BENETT

     

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    Adeus às Armas

     


    Cristina Serra

    É aterrador o relato do repórter Ivan Finotti sobre sua visita a uma loja de armas, em São Paulo, para o lançamento de uma marca de fuzil. O novo fetiche da turma da bala custa quase R$ 20 mil e pode ser parcelado em até dez vezes no cartão.

    A mesma loja oferece tacos de beisebol não para praticar o esporte, mas como um item a mais para o cliente montar o seu arsenal. Os bastões têm inscrições como "Direitos Humanos" e "Diálogo". É o recado claro e debochado de como resolver conflitos: no grito, na força bruta, à bala.

    Este é apenas um exemplo de como a violência passou a ser um valor promovido pelo governo. Bolsonaro conseguiu afrouxar a legislação sobre armas por meio de decretos e portarias. São instrumentos meramente administrativos, que dispensam a apreciação do Congresso. Alguns deles contaram com a conivência do Exército, que perdeu atribuições de controle e rastreamento.

    Quase quatro anos de estímulo às armas produzem muitos efeitos. Tem gente ganhando rios de dinheiro com isso, multiplicaram-se os clubes de tiro pelo país e devem estar abarrotados os depósitos das milícias, facções e outras modalidades de crime.

    Há ainda outra consequência, difícil de mensurar, que é a naturalização da percepção de que uma sociedade armada até os dentes seria uma garantia de proteção e segurança para o cidadão. O caso do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, no balcão do aeroporto de Brasília, é autoexplicativo. Ele carregava uma pistola em vez de livros.

    Com a convicção de que Bolsonaro não será reeleito, tomo a liberdade de dar uma sugestão ao próximo presidente. No dia da posse, em 1º de janeiro de 2023, como primeiro ato de governo, publique um "revogaço" no Diário Oficial, anulando todas as medidas de facilitação do acesso às armas.

    O "revogaço" não resolverá tudo, pois já há um imenso arsenal em mãos erradas. Mas emitirá um sinal poderoso de mudança e de que é possível e urgente dar adeus às armas.

    FOLHA

    Noel Rosa - Você Só... Mente (Aurora Miranda e Francisco Alves)



    Invariavelmente,
    Sem ter o menor motivo,
    Em um tom de voz altivo,
    Você quando fala, mente.

    Mesmo involuntariamente,
    Faço cara de contente,
    Pois sua maior mentira
    É dizer à gente
    Que você não mente!

    Vivências e reflexões sobre evangélicos e política

    Vivências e reflexões sobre evangélicos e política

    Preto Zezé

    Já fui evangélico e tenho dois irmãos que são. Parte expressiva dos moradores de favela está nas igrejas protestantes. Esse grupo é predominantemente preto e pardo, pobre, periférico e do sexo feminino. O maior desafio do campo progressista é aprender a escutar e a dialogar com esse grupo.

    É preciso falar sobre dinheiro, principalmente para mulheres, muitas delas evangélicas preocupadas com a segurança social de filhos, de idosos. A grana que recebem circula nos bairros em que vivem. Elas vendem lanche, marmita, cosméticos, muitas vezes em paralelo com empregos. É preciso falar sobre apoiar esses negócios.

    Parte do campo progressista crítica a ideia da inclusão pelo consumo, como se garantir renda e direitos fossem conquistas rivais. Carteira assinada, consumo e acesso a crédito são símbolos do capitalismo que parte do campo progressista quer destruir.

    Quem não debater dinheiro e prosperidade num país de desempregados vai ficar falando sozinho. A eleição de 2018 foi vencida a partir da promessa de defesa da ordem pela repressão armada e de melhora da economia. É preciso falar sobre família, valores e costumes.

    Em vez de discutir valores sociais, o campo progressista prioriza valores morais. Em um país em que as mulheres pobres seguram a onda de suas famílias, progressistas usam argumentos intelectualizados para justificar que a família pode ter qualquer formato.

    Família é acolhimento, reconstrução, segurança, coletividade. Cabem discussões sobre seus formatos, mas não a imposição de certezas absolutas.

    É preciso falar de segurança e direitos. A gramática de direitos humanos foi capturada pelo campo progressista e hoje é percebida pelo brasileiro pobre como representando a defesa do bandidos.
    Moradores de bairros de classe média e alta não têm dimensão da violência cotidiana nas periferias. E defender a legalização das drogas não é uma ideia bacana para a mãe que tem seu filho ou filha no vício ou no tráfico. Para essa população, há outras prioridades.

    As populações que vivem na guerra interna produzida por grupos criminosos rivais pedem que cessem os tiroteios. Essa violência fecha escola, para o comércio, trava a vida.

    Em suas gestões, o campo progressista se ausenta em relação às políticas de segurança, o que reforça sentimentos favoráveis a ações autoritárias.

    O aceno aos evangélicos pobres é fundamental. Eles não podem mais ser confundidos com líderes charlatões e políticos oportunistas, que tiram proveito da ausência de soluções para a segurança e da desesperança da gente mais simples.

    E é um erro tentar falar com esse público como se fossem todos iguais.


    FOLHA 

    FRIO



    DALCIO MACHADO

    ( foto: Jardiel Carvalho/Folhapress)

     

    O problema é o STF



    KLEBER

     

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    quarta-feira, maio 18, 2022

    The ukraine war benefits

     

    JEFFREY ST. CLAIR

     So Putin’s war to keep NATO from expanding to its border has resulted in a nation (Finland) on Russia’s border, a stone’s throw from Putin’s hometown, applying to join NATO. NATO, which had pretty much been left for dead in Europe after the Yugoslavian wars, suddenly has been resurrected, flush with weapons, money and a re-branded raison d’être. Putin now has the permanent threat on Russia’s border that he can use to justify a tightened grip on power and a build-up of weapons Russia can’t afford. The Ukraine war benefits all the players, except of course average Ukrainians and the ethnic national conscripts in the Russian Army who have been pushed forward as Javelin missile fodder on the frontlines of the fighting.

    + This is the charitable interpretation, along the lines of Walter Karp’s Indispensable Enemies. That is: Superpowers need Super Enemies to justify their “super” existence and super-sized military spending. An uncharitable one is that Putin is not nearly as smart as many of fans on the Left believe him to be and that his snap-invasion of Ukraine played right into NATO’s hand, ranking as the biggest strategic blunder since April Glaspie enticed Saddam into claiming Kuwait as the 19th province of Iraq…

    Future - Crushed Up



    Diamonds in the face crushed up, I can see it

    Pro-Russian Bloggers React to Reported Donets Military Disaster



    A ruined pontoon crossing with dozens of destroyed or damaged Russian armored vehicles on both banks of the Donets River.
    Credit...Ukraine Armed Forces

    "As the news of the losses at the river crossing in Bilohorivka started to spread, some Russian bloggers did not appear to hold back in their criticism of what they said was incompetent leadership.

    “I’ve been keeping quiet for a long time,” Yuri Podolyaka, a war blogger with 2.1 million followers on Telegram, said in a video posted on Friday, saying that he had avoided criticizing the Russian military until now.

    “The last straw that overwhelmed my patience was the events around Bilohorivka, where due to stupidity — I emphasize, because of the stupidity of the Russian command — at least one battalion tactical group was burned, possibly two.”"

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    Pro-Russian Bloggers React to Reported Donets Military Disaster - The New York Times

    A Família Toda


    FRANK



     

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    Mamatrioska



    AS TIRAS DO CAOS

     

    Chet Baker & Paul Bley - Diane

    PALAVRAS


    EVO MORALES

    (no encontro de chefes de estado dos países produtores de petroleo)

    «Aqui então eu, Evo Morales, vim encontrar os que celebram o encontro.

    Aqui, então, eu, um descendente daqueles que povoaram a América há quarenta mil anos, vim para encontrar aqueles que a encontraram há apenas quinhentos anos.

    Aqui, então, estamos todos. Sabemos o que somos, e isso é suficiente.

    Eu, vindo da nobre terra americana, declaro que a alfândega europeia me pede papel escrito com visto para poder descobrir quem me descobriu.

    Eu, vindo da nobre terra americana, declaro que o irmão usurário europeu me pede o pagamento de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei a me vender.

    Eu, vindo da nobre terra americana, declaro que o irmão advogado europeu me explica que toda dívida é paga com juros, mesmo que seja vendendo seres humanos e países inteiros sem pedir seu consentimento.

    Estou descobrindo-os. Também posso reivindicar pagamentos e também posso reivindicar juros. Está registrado no Arquivo das Índias, papel após papel, recibo após recibo e assinatura após assinatura, que somente entre 1503 e 1660, 185.000 quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata chegaram a San Lucas de Barrameda vindos da América.

    Pilhagem? Eu não acreditaria! Porque seria pensar que os irmãos cristãos quebraram seu Sétimo Mandamento.
     
    Espoliação? Impeça-me, Tanatzin, de imaginar que europeus, como Caim, matam e negam o sangue de seu irmão!
     
    Genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomé de las Casas, que descrevem o encontro como a destruição das Índias, ou pessoas ultrajantes como Arturo Uslar Pietri, que afirma que o início do capitalismo e a atual civilização europeia se devem ao inundação de metais preciosos!

    Não faça! Esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata devem ser considerados como o primeiro de muitos outros empréstimos amistosos da América, destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria o direito não só de exigir o retorno imediato, mas também de indenização por danos.

    Eu, Evo Morales, prefiro pensar na menos ofensiva dessas hipóteses.

    Essas fabulosas exportações de capitais nada mais foram do que o início de um plano "Marshalltesuma", para garantir a reconstrução da Europa bárbara, arruinada por suas deploráveis guerras contra  cultos muçulmanos e africanos, estes, criadores de álgebra, medicina, banhos diários e outras conquistas superiores da civilização.

    Portanto, ao comemorarmos o V Centenário do Empréstimo, podemos nos perguntar: nossos irmãos europeus fizeram um uso racional, responsável ou pelo menos produtivo dos fundos tão generosamente adiantados pelo Fundo Indo-Americano Internacional? Lamentamos dizer não.

    Estrategicamente, eles o desperdiçaram nas batalhas de Lepanto, em exércitos invencíveis, em Terceiros Reichs e outras formas de extermínio mútuo, sem outro destino a não ser acabar ocupado por tropas gringas da OTAN, como no Panamá, mas sem canal.

    Financeiramente, eles não conseguiram, depois de uma moratória de 500 anos, cancelar o capital e seus juros, e se tornar independentes da renda líquida, das matérias-primas e da energia barata que todo o Terceiro Mundo exporta e fornece a eles.

    Esse quadro deplorável corrobora a afirmação de Milton Friedman segundo a qual uma economia subsidiada nunca pode funcionar e nos obriga a exigir deles, para seu próprio bem, o pagamento de capital e juros que tão generosamente demoramos todos esses séculos em cobrar.

    Ao dizer isso, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus as vis e sangrentas taxas de juros de 20 a 30 por cento, que nossos irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo. Limitar-nos-emos a exigir a devolução dos metais preciosos adiantados, acrescidos dos modestos juros fixos de 10 por cento, acumulados apenas nos últimos 300 anos, com 200 anos de carência.

    Nesta base, e aplicando a fórmula europeia de juros compostos, informamos aos descobridores que nos devem, como primeiro pagamento da sua dívida, uma massa de 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, ambos valores elevados à potência de 300.

    Ou seja, um número cuja expressão total exigiria mais de 300 algarismos, e que excede em muito o peso total do planeta Terra.

    Muito pesadas são essas pilhas de ouro e prata. Como eles pesam calculado em sangue?
    Argumentar que a Europa, em meio milênio, não conseguiu gerar riqueza suficiente para pagar esses juros modestos seria o mesmo que admitir seu fracasso financeiro absoluto e/ou a irracionalidade insana dos pressupostos do capitalismo.

    Tais questões metafísicas, é claro, não incomodam a nós índios americanos.

    Mas exigimos a assinatura de uma Carta de Intenções que disciplina os povos devedores do Velho Continente e que os obrigue a cumprir o seu compromisso através de uma pronta privatização ou reconversão da Europa, que lhes permita entregá-la integralmente a nós , como o primeiro pagamento da dívida histórica...

    Depois de viver e sonhar, há o que mais importa: acordar.

    185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata! Esse foi o empréstimo da América para a Europa no século 16... Nós não devemos nada ao FMI, eles nos devem”.

    O mercado está aquecido


    MIGUEL PAIVA

     

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    Dona Onete (Banzeiro) - 08 Queimoso e Tremoso



    É queimoso e é tremoso
    Êta molho gostoso
    Vamos saborisar
    Com queimoso, tremoso do Pará
     
    Pimenta de cheiro com flor de jambu

    The Sandman creator and star discuss bringing Morpheus to the screen


    The Sandman

    "The character at the center of the sprawling comic series created by Neil Gaiman, Sam Kieth, and Mike Dringenberg goes by many names. He is, of course, the titular "sandman" who is capable of putting people to sleep, but he is more formerly known as Dream, one of the Endless who embody eternal concepts (his siblings include Death and Desire, among others). The character himself prefers the name Morpheus, but what's most important to him are his duties — as Lord of the Dreaming, Morpheus is in charge of the stories that humans tell ourselves, especially when we're asleep.

    The story of Morpheus' screen casting is a long one."

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    The Sandman creator and star discuss bringing Morpheus to the screen | EW.com

    O que fazer ante os erros terríveis dos artistas que uma vez admiramos?




    "Sobre Mario Vargas Llosa haveria muito a dizer, trata-se de um personagem esférico. Se alguém quisesse permanecer nos elogios aos seus livros consistentes, eloquentes, bem constituídos, poderia fazer um texto só com argumentos verdadeiros. E, no entanto, estamos falando de um homem que já nos chocou muitas vezes com seus comentários estapafúrdios, com a defesa de guerras ignóbeis, com infames questionamentos às vítimas das ditaduras, e agora com uma intervenção grosseira no contexto das eleições brasileiras. O que nos resta diante desse sujeito? Podemos nos proteger com a distinção convencional entre um homem péssimo e sua obra excelente? Essa noção precária dá mesmo conta de sua complexidade, diz o suficiente sobre sua grandeza e sua pequenez?"

    leia artigo de Julián Fuks​

    O que fazer ante os erros terríveis dos artistas que uma vez admiramos? - 14/05/2022 - UOL ECOA

    terça-feira, maio 17, 2022

    73 x 0



    GILMAR

     

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    Kurtis Mantronik - Mantronik (radio version)

    Bem na mosca!



    AROEIRA

     

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    Lua de sangue



    GEUVAR


     

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    Neal Adams, 1941-2022



    "Neal Adams, whose vigorous, realistic, emotional art arguably set the highest standards of the Silver Age comics mainstream, died April 28 at the age of 80 of complications from sepsis. Only Jack Kirby could be said to be more influential on comics artists of the day, but whereas Kirby gave expressive shape to the most fantastic visions of the superhero genre, Adams’ heroes seemed to live in the same world we lived in. His images combined a detailed realism with an exhilarating dynamism, so that one could almost imagine meeting Batman on the street or squinting up at the stars to see the Avengers mixing it up with alien armadas. As much as Adams was admired for his art, he was also known and respected as a fighter for creators’ rights who helped form the Academy of Comic Book Arts and spearheaded one of the first serious efforts at a union for comics creators."

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    Neal Adams, 1941-2022 - The Comics Journal

    segunda-feira, maio 16, 2022

    O VAR das urnas


    ARNALDO BRANCO

     

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    Joao Gilberto - Eclipse (Ernesto Lecuono)



    Eclipse de luna en el cielo
    Ausencia de luz en el mar
    Muy solo con mi desconsuelo mirando la noche me puse a llorar
    Pensaba que ya no me amabas
    Con honda desesperación
    Y algo que siempre eclipsaba la luz de tu amor

    BOTO


     

    Voltei a morar em Get Back

     Adams Carvalho

    A ilustração de Adams Carvalho, publicada na Folha de São Paulo no dia 15 de Maio de 2022, mostra o desenho, em traços pretos, de um homem engravatado e extremamente sério. Sobre seu bigode e paletó repousam flores amarelas.Adams Carvalho

    Antonio Prata


    Depois de alguns meses exilado neste inóspito país estrangeiro chamado Brasil, voltei a morar em "Get Back", o documentário com imagens inéditas dos Beatles. Quando o calo aperta, pego meu saco de dormir e me meto no estúdio londrino: entre a Yoko e o hare krishna, passo horas vivendo com meus amigos imaginários de Liverpool.

    Uma das partes mais interessantes é quando a Scotland Yard aparece para acabar com o último show da banda, na cobertura da Apple. Enquanto dois delicadíssimos e imberbes policiais são engambelados pela secretária e pelo manager da banda, um repórter na rua entrevista os passantes: o que estão achando daquilo?

    Para uma senhora de cabelo azul, o show é "Supimpa! Uma maneira bonita e solar de terminar o dia!". Para um tiozinho de cartola, "Traz vida à cidade de Londres". Há, contudo, almas atormentadas cuja primeira reação, ao ouvirem Beatles entrar pela janela do escritório no final do expediente, não é pensar na sorte de estarem vivos naquela época, naquela cidade, naquele bairro, mas chamar a polícia. Um sujeito cinza, de terno cinza e bigode cinza, grasna: "Atrapalha completamente todos os negócios da região!".

    Tenho de concordar com o plúmbeo bigodudo. Os Beatles tocando no telhado, no meio da tarde, atrapalham completamente todos os negócios na região. Acontece que o contrário também é válido: todos os negócios da região, ao chamarem a polícia, atrapalham completamente o show dos Beatles. E aí, como é que fica?

    A resposta cinzenta padrão é: as pessoas precisam trabalhar para ganhar dinheiro e pagar as contas, enquanto a música é uma atividade inútil. É. Vá lá. Mas há maneiras menos tacanhas de se encarar o fato de haver nascido.

    O mundo produzido por aquelas pessoas que discaram 190 ao ouvir "Don’t Let me Down" viria a dar aqui: neste apocalipse político climático zumbi com tanta desigualdade, Romero Britto e pizza de sushi. Passamos horas no trânsito. Quem não tá gordo é anoréxico. A humanidade se divide entre os ansiosos e os deprimidos e, embora saibamos que a vida é curta, gastamos boa parte dela vendo imagens da falsa felicidade alheia nas redes sociais. O que só nos deixa mais ansiosos ou deprimidos. Ou gordos ou anoréxicos. E ainda aumenta o aquecimento global, pois precisamos de cada vez mais energia pra ver mais fotos da falsa felicidade alheia nas redes sociais. Bem, aqueles caras, ali no telhado, estavam sugerindo uns outros caminhos.

    Durante o Carnaval, no Rio de Janeiro, um taxista furibundo começou a rosnar quando viu, num bloco de rua, garotas de maiô com a bunda (meio) exposta. "Falta de vergonha! Elas não se dão o respeito, depois reclamam se alguém passa a mão!". Tentei argumentar que mostrar meia bunda era um direito de qualquer brasileiro, passarem a mão nela, não, mas o homem vivia uma lua de fel com o semelhante.

    Lembrei, na hora, do documentário. À época do lançamento, alguém tuitou que a queda de braço entre os SUJEITOS CINZENTOS X BEATLES NO TELHADO seguia vivíssima —e com ampla vantagem para o primeiro time. Ó que enrosco: o mundo acabando, a humanidade infeliz pra burro e ainda acham que loucas são meninas dançando de maiô na rua ou a maior banda de todos os tempos tocando de graça pra população da cidade.

    "I have a dream!", diria Martin Luther King. "I have a dream that one day" os Beatles e as bundas poderão mais do que os bigodes grisalhos! "I have a dream" de que um dia o menino da Scotland Yard e o hare krishna e a Yoko Ono estarão de mãos dadas cantando "All together now!".

    Não. Aí também já é demais, Antonio. Além de inalcançável, soa piegas. Sejamos pragmáticos na utopia: se deixarem em paz os Beatles e as bundas, já tá de bom tamanho.

    FOLHA

    O futuro sairá caro no Brasil

     

    teus Camillo

    Um futuro sem senhas. Essa foi uma das promessas no Google I/O, eventual ocorrido na última quarta-feira (11) em que a big tech anunciou as novidades do ano.

    Ao introduzir a nova versão do Google Wallet, Sameer Samat, vice-presidente de Gestão de Produtos, comemorou a possibilidade de a ferramenta no celular substituir a antiga carteira no bolso. "Permite acesso rápido e seguro a tudo o que é essencial no dia a dia", disse. "O aparelho de celular é essencial em toda situação. É nossa melhor companhia digital.

    Um mundo em que o smartphone faz tudo em nossa vida já é realidade na China há alguns anos e começa a entrar na nossa rotina. Você se lembra da última vez que segurou um ingresso físico na mão? Tudo isso seria motivo de entusiasmo, mas não no Brasil. Por aqui, a insegurança pública fará com que cada novidade seja território fértil para os bandidos. O país já vive uma epidemia de crimes digitais.

    O Pix foi uma revolução digital no país, um dos raros avanços do governo Bolsonaro. A facilidade de transferência de dinheiro beneficiou pequenos empresários, trabalhadores informais, campanhas de doação, entre outros. Tão rápido quanto caiu no gosto dos brasileiros, o Pix virou uma atração para furtos e roubos de celulares. Quadrilhas especializaram-se em limpar contas, driblando senhas, reconhecimento facial e impressão digital.

    No mesmo evento, o Google mostrou uns óculos, ainda em desenvolvimento, que serão capazes de exibir traduções de conversas em tempo real.

    Se o produto vingar, não será difícil imaginar as manchetes da Folha no futuro. "São Paulo vive onda de furtos e roubos de óculos de turistas estrangeiros" ou "Quadrilhas sequestram turistas estrangeiros na região da Paulista". Assim como começam a surgir seguros para Pix, a solução será o brasileiro resignar-se a contratar seguro para óculos —ou para a próxima inovação.

    O futuro está chegando, mas a que preço?

    FOLHA


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