This site will look much better in a browser that supports web standards, but it is accessible to any browser or Internet device.



blog0news


  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

    Powered by Blogger

    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    quinta-feira, maio 19, 2022

    Vivências e reflexões sobre evangélicos e política

    Vivências e reflexões sobre evangélicos e política

    Preto Zezé

    Já fui evangélico e tenho dois irmãos que são. Parte expressiva dos moradores de favela está nas igrejas protestantes. Esse grupo é predominantemente preto e pardo, pobre, periférico e do sexo feminino. O maior desafio do campo progressista é aprender a escutar e a dialogar com esse grupo.

    É preciso falar sobre dinheiro, principalmente para mulheres, muitas delas evangélicas preocupadas com a segurança social de filhos, de idosos. A grana que recebem circula nos bairros em que vivem. Elas vendem lanche, marmita, cosméticos, muitas vezes em paralelo com empregos. É preciso falar sobre apoiar esses negócios.

    Parte do campo progressista crítica a ideia da inclusão pelo consumo, como se garantir renda e direitos fossem conquistas rivais. Carteira assinada, consumo e acesso a crédito são símbolos do capitalismo que parte do campo progressista quer destruir.

    Quem não debater dinheiro e prosperidade num país de desempregados vai ficar falando sozinho. A eleição de 2018 foi vencida a partir da promessa de defesa da ordem pela repressão armada e de melhora da economia. É preciso falar sobre família, valores e costumes.

    Em vez de discutir valores sociais, o campo progressista prioriza valores morais. Em um país em que as mulheres pobres seguram a onda de suas famílias, progressistas usam argumentos intelectualizados para justificar que a família pode ter qualquer formato.

    Família é acolhimento, reconstrução, segurança, coletividade. Cabem discussões sobre seus formatos, mas não a imposição de certezas absolutas.

    É preciso falar de segurança e direitos. A gramática de direitos humanos foi capturada pelo campo progressista e hoje é percebida pelo brasileiro pobre como representando a defesa do bandidos.
    Moradores de bairros de classe média e alta não têm dimensão da violência cotidiana nas periferias. E defender a legalização das drogas não é uma ideia bacana para a mãe que tem seu filho ou filha no vício ou no tráfico. Para essa população, há outras prioridades.

    As populações que vivem na guerra interna produzida por grupos criminosos rivais pedem que cessem os tiroteios. Essa violência fecha escola, para o comércio, trava a vida.

    Em suas gestões, o campo progressista se ausenta em relação às políticas de segurança, o que reforça sentimentos favoráveis a ações autoritárias.

    O aceno aos evangélicos pobres é fundamental. Eles não podem mais ser confundidos com líderes charlatões e políticos oportunistas, que tiram proveito da ausência de soluções para a segurança e da desesperança da gente mais simples.

    E é um erro tentar falar com esse público como se fossem todos iguais.


    FOLHA 

    0 Comentários:

    Postar um comentário

    Assinar Postar comentários [Atom]

    << Home


    e o blog0news continua…
    visite a lista de arquivos na coluna da esquerda
    para passear pelos posts passados


    Mas uso mesmo é o

    ESTATÍSTICAS SITEMETER